Somos filhos de uma geração que não pronunciava o amor, nem o demonstrava com gestos de carinho. O sentimento estava implícito no acto de educar, de proporcionar o melhor para os filhos, dando-lhes condições para serem adultos capazes.
Não temos o à-vontade dos americanos, que se abraçam sem constrangimentos, e dizem "amo-te" sem pudor.
Permitimo-nos, agora, a declarações de amor aos nossos filhos, que beijamos e abraçamos com motivo e sem motivo. Mas ainda estamos no limbo, relativamente às gerações anteriores e às da nossa idade.
Porém, o sentimento está cá dentro, abafado, acarinhado, a crescer. E vai-nos pesando cada vez mais, porque o lugar dele não é esse. O amor que sentimos quer vir cá para fora, encontrar os ouvidos certos e aninhar-se noutro colo. Onde o coração aguarda, por mais aquela peça que encaixa na perfeição para o aquietar.
Se pensarmos bem, temos em nossas vidas, imensas pessoas com quem simpatizamos, muitas de quem gostamos, mas não teremos assim tantas a quem amamos.
Nunca como agora, tenho dito tanto: "Amo-te". O amor, mais do que salvar quem o recebe, salva quem o dá.
Não temos o à-vontade dos americanos, que se abraçam sem constrangimentos, e dizem "amo-te" sem pudor.
Permitimo-nos, agora, a declarações de amor aos nossos filhos, que beijamos e abraçamos com motivo e sem motivo. Mas ainda estamos no limbo, relativamente às gerações anteriores e às da nossa idade.
Porém, o sentimento está cá dentro, abafado, acarinhado, a crescer. E vai-nos pesando cada vez mais, porque o lugar dele não é esse. O amor que sentimos quer vir cá para fora, encontrar os ouvidos certos e aninhar-se noutro colo. Onde o coração aguarda, por mais aquela peça que encaixa na perfeição para o aquietar.
Se pensarmos bem, temos em nossas vidas, imensas pessoas com quem simpatizamos, muitas de quem gostamos, mas não teremos assim tantas a quem amamos.
Nunca como agora, tenho dito tanto: "Amo-te". O amor, mais do que salvar quem o recebe, salva quem o dá.