quarta-feira, 16 de julho de 2025

10 Prácticas Para Regular a Ansiedade

Ultimamente, sinto que o meu nível de ansiedade tem aumentado conforme tenho mais tarefas, e não é nada agradável. Acompanhei o processo com a minha filha, que desde que ingressou em Arquitectura passou a sofrer bastante de ansiedade, mas realmente não há nada que nos ensine tanto como a própria experiência. A maioria das vezes é difícil imaginar, com exactidão, como o outro se sente, portanto para mim isto também tem sido uma verdadeira aprendizagem. 

Encontrei estas dicas, no Instagram, que partilho por me parecerem muito úteis ( só não concordo com a normalização da ansiedade por me parecer que passando a ser normal passa a ser definitivo, e para mim é algo que deve ser curado, ou ultrapassado, para se viver sem ela), e estratégias algo fáceis de implementar:

 "Se tem um filho que sofre de ansiedade ligeira, sabe que é de partir o coração assistir a isto.

Entre as pressões da escola, as redes sociais, as hormonas e o próprio crescimento, os adolescentes de hoje carregam consigo mais do que alguma vez transportámos na sua idade.

Eis 10 práticas que adotamos e consideramos úteis:

Rotina regular do sono:

Incentive 8 a 10 horas por noite, com uma rotina de relaxamento, talvez um chá de ervas, um banho de magnésio e sem ecrãs 1 hora antes de dormir.

Alimentos integrais nutritivos e refeições tranquilas, consumidos em conjunto:

O ómega-3, o magnésio, as vitaminas do complexo B e os alimentos ricos em proteínas ajudam a regular o humor. Limite o açúcar e os snacks processados.

Movimento diário:

Caminhar, dançar ou praticar desporto ajuda a libertar a tensão e a aumentar a serotonina.

Diário/Arte: 

Pegar num lápis e num bloco de notas ou, em alguns casos, em algumas canetas e num livro de colorir pode ter um impacto muito positivo na redução do cortisol e ajuda a exteriorizar pensamentos ansiosos.

Tempo na natureza:

Mesmo 15 minutos ao ar livre podem ajudar a restaurar a calma.

Estabelecer zonas ou horários livres de ecrãs :

Isto é difícil, mas tentamos ter um horário sem ecrãs depois da escola, enquanto tomamos chá e conversamos sobre o dia e nunca temos ecrãs à mesa. Os telemóveis são retirados antes de dormir para evitar mensagens de texto a altas horas da noite, etc.

Horários consistentes de sono e vigília:

Juntamente com rituais matinais e noturnos, criam uma sensação de segurança e previsibilidade. Algo tão simples como deitar cada um torna-se um momento em que cada um fica sozinho consigo; isso geralmente leva a partilhar algo pessoal ou simplesmente a um beijo e a uma gargalhada.

Converse regularmente sem agenda.

Não há necessidade de resolver os problemas deles ou de oferecer soluções. Só o facto de estar presente já ajuda muito.

Normalize a ansiedade. 

Tranquilize-os de que sentir ansiedade é normal, é uma resposta humana natural ao stress, ameaça ou pressão. Não estão sozinhos.

Modelar um comportamento calmo

Os nossos filhos espelham o nosso sistema nervoso. A nossa regulação apoia o deles. Acendo velas durante todo o ano, a qualquer hora do dia.

Oração ou meditação

Aplicações como Headspace, Calm ou Insight Timer são adequadas para adolescentes.

Vamos apoiar-nos uns aos outros e criar filhos que se sintam seguros, amados e tranquilos - começando em casa.

Via Via Sita Home

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Há Música Boa!

Carla Morrison - Disfruto (letra)

Ainda se diz que actualmente não se faz música boa, faz-se sim! Só que parece que não é tão promovida como o lixo sonoro que se ouve por todo o lado. Como no resto, temos que procurar, escolher e consumir a qualidade. 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Devem os Pais Compensar os Filhos dos Diferentes Valores Gastos na Educação Deles?

Estes dias fui confrontada com uma questão que ainda não me tinha ocorrido; tendo uma filha ido em Erasmus (a pequena Bolsa que recebeu não cobre nem 10% desse semestre), não deveria compensar o outro filho com a mesma quantia? Quem me apresentou a questão pensa que sim. 

Pelo inesperado do problema a minha resposta foi aquilo que para mim tinha sido óbvio, ainda que inconsciente até aí - O Duarte não fez Erasmus porque não quis, tinha a mesma possibilidade. Mas a resposta não colheu aprovação - Ainda assim! 

Pelas circunstâncias externas a conversa encurtou-se, porém eu fiquei a ponderar o assunto. Eu não penso que estas coisas sejam assim tão equitativas; quer dizer, se os pais derem uma casa a um filho, é justo que também o façam com o outro, ou uma entrada para compra de uma casa, ou um carro, ou algo desta dimensão. Agora, nem tudo merece compensação; se eu tenho um filho que gosta de ir ao Ginásio, pago-lhe a mensalidade, mas nem me ocorre que deveria dar ao outro a mesma quantia, mensalmente. Ou aprender a tocar um instrumento, um quer aprender o outro não, vou também dar-lhe o mesmo valor? Não me parece. Então quem tem menino e menina sabe, normalmente, que o que gastamos com eles é sempre muito menos do que com elas, e isto desde sempre; claro que há excepções, mas o comum é que a oferta para as meninas é muito maior e tentadora, e elas têm também muito mais vaidade, e interesse na questão "Moda". Devemos também fazer a contabilidade neste quesito, e começar a compensar os meninos? Nunca ocorreu a ninguém, penso eu, porém se começamos a fazer estas contas, pela lógica esta secção também deveria ser considerada. 

Se, porventura, um filho terminar os estudos universitários na Licenciatura e o outro prosseguir, fazendo o Mestrado, deve o primeiro receber o valor equivalente a mais 2 anos de estudos? Nunca ouvi tal. 

E então que dizer daquelas situações, em que os filhos deixam a Escola cedo para trabalhar e um irmão, ou mais, prosseguem com os estudos até à Universidade? Devem os primeiros ser ressarcidos pelos gastos que não usufruíram, como os segundos? Nunca ouvi nenhum caso que disso fosse exemplo. Todavia, é possível que existam, embora muito raros. Pela certeza, posso afirmar que nunca ouvi nenhuma pessoa nessa circunstância reclamar sobre o prejuízo sofrido; o que já tenho escutado é "Eu não quis, o meu irmão foi mais esperto, aproveitou a oportunidade!". Agora, reclamar uma compensação, francamente, nunca tive conhecimento de nenhum caso. 

Esta minha conclusão repetida do "Nunca ouvi tal" não significa necessariamente que por isso seja correcto ou justo; a questão deve ser ponderada ainda, e aqui entram outros factores que podem ser muito pessoais e até subjectivos, por exemplo do tipo económico, porque há pais que não conseguem comportar duas situações financeiras exactamente iguais. Do tipo moral, porque há pais que podem fazer questão de serem rigorosamente justos nas quantias despendidas. Do tipo emocional, porque há pais que temem ser acusados pelos filhos de preferência ou favorecimento por um dos filhos; ou não o temerem de todo. 

De maneira que, após esta reflexão concluo o mesmo que de forma inconsciente já pensava. Os gastos com os filhos podem ser diferentes, conforme aquilo que eles querem e escolhem, e a Contabilidade não tem que ser feita de forma tão rigorosa, se houver essa disponibilidade da parte parental, quem quiser que aproveite! 

Este é um daqueles (raros, confesso) artigos que escrevo aqui que gostava realmente que originasse opiniões, gostava de facto de ler o que as pessoas pensam sobre o assunto, pois nunca li nada sobre o tema, e parece-me deveras importante e interessante.