Manif. Rossio, Lisboa, 24/10/20 |
Se, no passado, alguém me dissesse que eu passaria por uma situação como a actual, em que sinto a minha liberdade em risco, não acreditaria. Seria uma insanidade pensar que vivendo em democracia no séc.XXI, os nossos direitos defendidos pela Constituição estariam em perigo. E mais ainda que tudo isto viesse de um regime de esquerda. Assustam-nos tanto com a sombra da insidiosa direita, do fascismo eminente se baixarmos a guarda, e afinal o ataque veio mesmo da esquerda socialista.
Agora dou por mim a pensar, e sentir, aquilo que o meu avô, opositor de Salazar e apoiante público de Norton de Matos, sentiu; e por aquilo que o meu pai, defensor do meu avô, dando a cara à PIDE, sentia, quando lhes entravam em casa à procura do pai, e passavam em revista o escritório e sala de leitura. São sentimentos de que me falaram, e que ouvi sem sentir, até agora.
A propósito da Palermia, o governo está aprovar leis absolutamente inaceitáveis para um regime democrático, como a da expropriação dos bens particulares; como a da entrada da Polícia, em casa dos cidadãos, sem mandato; como a da obrigatoriedade da instalação de uma APP no telemóvel privado, atacando-nos a privacidade. Questionado sobre a inconstitucionalidade da obrigação desta regra, António Costa dá uma resposta bem ilustrativa do seu perfil e também anedótica:
Crenças à parte do covid19, que existe, mas não é e nunca foi pandemia, as pessoas estão cordatamente a aceitar a máscara, as regras dos ajuntamentos que proíbem mais do que 5 pessoas num sítio, e permitem concertos e touradas com espectadores em abundância, horários estapafúrdios para restaurantes e bares, os abusos que estão a ser infligidos aos nossos filhos nas escolas; professores a concordar com o castigo aplicado à criança que partilhou lanche com os colegas! Porque já tinha sido advertido sobre as regras sanitárias e nem sempre as cumpria! E etc. A lista das arbitrariedades cresce todos os dias, porque todos os dias as pessoas as aceitam, e até se antecipam, como que pedindo por elas. A nossa economia vai em direcção ao abismo, mas só quando as pessoas perderem o tecto, e virem os pratos vazios vão acordar para a realidade. E depois será tarde demais.
Já não se trata da Palermia, isso é uma cortina de fumo para o que está a ser implementado pelos governos, não apenas em Portugal, mas por todo o mundo. Os globalistas estão a executar um plano que visa submeter-nos, e estão a ser bem sucedidos. As pessoas estão amedrontadas, vigiando um vírus que lhes disseram que entraria pelas frestas da janela, enquanto o criminoso entrou pela porta da frente, sem oposição. E nem sequer notam que lá fora já está um mundo às avessas, daqueles que viram em filmes e leram em livros (alguns leram), e que lhes pareceu sempre ficção científica. É aí que estamos!
Recebemos um lindo e abundante cabaz de frutas e legumes, com imensas maçãs de duas qualidades, e pensei separar uma parte delas para fazer compota. É uma forma de as preservar, e também ter doce para o pão, sobremesas e papas de aveia.
Doce de maçã
Ingredientes
1 kg de maçãs descasadas e cortadas aos bocados pequenos
800 gr de açúcar
1 pau de canela
1 colher de café de canela em pó
1 colher de café de cardomomo em pó
1 chávena de chá de água
sumo de meio limão
Como fazer:
Colocar a fruta numa panela, juntar todos os ingredientes, mexer, e deixar cozer em lume brando, mexendo de vez em quando, cerca de 50 minutos.
Retirar o pau de canela, passar varinha, deixar levantar fervura, fazer o teste da estrada num pratinho (deve estar bom por esta altura), e colocar em frascos, devidamente esterilizados em água quente; verter o doce mesmo até cima, fechar muito bem, e colocar os frascos de pernas para o ar, até arrefecer.
Afinal não tem ciência alguma, e vai dar um jeitaço!
A entrada na Universidade implica, frequentemente, a saída de casa e porquanto deixar o espaço familiar, principalmente o quarto que projecta a identidade do seu habitante seja a menor das preocupações, não deixa de ser importante. Por conseguinte, convém dar alguma atenção ao quarto desconhecido que irá acolher o nosso filho. No ano passado fiz algumas alterações ao quarto do Duarte, este voltei a fazer, praticamente, as mesmas ao quarto da Letícia.
Recorri ao que tinha em casa, ao Gato Preto, loja Casa, e àquela loja que já sabemos, onde encontramos tudo a bons preços, e coisas bem giras, o Ikea, claro.
Sendo o primeiro um quarto de rapaz, escolhi o azul e cinzento, com alguns apontamentos amarelos; substituí as cortinas e o candeeiro de tecto castanhos. A cama ficou arranjada com uma cobertura de algodão azul, e uma almofada decorativa que não sendo da cidade, a ilustra mesmo bem.
Estive indecisa entre esta e outra, mas como já havia o poster mapa-mundi...
Compramos:
Resultou num quarto sóbrio, com tudo o necessário, que capta um pouco da personalidade do Duarte, e ele sentiu-se bem nele. Acho que até ficou com umas certas saudades, nestes meses de ausência.
O quarto da Letícia estava mais completo, todo branco, mobília inclusive o que lhe agradou muito, e compramos:
Certamente que isto constitui um investimento extra mas penso que vale muito a pena, afinal é o único espaço que terão para chamar de seu, durante meses, talvez anos. E nota-se a satisfação que sentem, ao verem aquele espaço a compor-se, personalizado.
Há uma coisa que me está a fazer muita confusão; os mesmo que se indignam com a solidão dos velhos nos Lares, que deprimem e pedem para morrer, e com os idosos que vivendo sozinhos, morrendo sós sem que ninguém se aperceba, são a favor do distanciamento desta faixa etária, e da proibição de visitas aos lares.
Os que reclamam contra os restaurantes, cafés e bares, filas para shoppings e lojas que tais, cujos clientes se amontoam como antes, dizem, rogam-lhes pragas, desejando que peguem todos o covid, insultando-os com "assassinos", "irresponsáveis" e outros mimos do mesmo calibre, lastimam os negócios que faliram, e as pessoas que ficaram desempregadas.
Isto não dá para estar nos dois lados! Ou somos a favor de uma coisa e rejeitamos a outra, ou então estamos avariados de todo e é melhor que ninguém nos dê ouvidos. Portanto, mais vale nem falar e aguardar em silêncio.