Uma amiga, que me contava sobre uma tarde maravilhosa que tivera a poucos kms de casa, dizia em jeito de conclusão: - Não vale a pena viajar
para longe, quando temos praias fabulosas, monumentos lindíssimos e
antigos, em Portugal!
De facto temos tudo isso, tanto
para visitar e conhecer, seja de férias, fim-de-semana ou apenas um dia. A oferta é tão extensa e diversificada que o difícil é
escolher; mas também não podemos deixar ao acaso como se assim obtivéssemos a combinação perfeita em
slots online!
Este foi o trajecto vencedor: Ponte da Barca - Arcos de Valdevez- Monção - Caminha.
Em
meados de Agosto apanhamos festas e romarias em todo o Minho, e foi o
que aconteceu, o que tornou o passeio ainda mais colorido e inesperado.
Ponte da Barca é uma vila muito antiga, cuja toponímia deve à barca que aqui existia para transportar as pessoas de uma margem do Rio Lima, à outra. A ponte foi construída no Séc.XIV por D.Pedro. Era aqui que os peregrinos a caminho de Santiago de Compostela atravessavam.
A vila tem o encanto das povoações medievais minhotas, belas casas com brasões e uma igreja paroquial barroca, do séc.XVII, que por sorte abriu para um baptizado, e conseguimos visitar.
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Andores primorosamente decorados com flores verdadeiras |
Arcos de Valdevez - Esta vila minhota recebeu foral em 1515; é atravessada pelo rio Vez, com vários monumentos de interesse como a igreja da Lapa, a igreja do Espírito Santo, considerada uma das jóias do Barroco nacional, o Pelourinho, e algumas casas brasonadas, distribuídas pelas suas ruas estreitas de granito, que calcorreamos alegremente.
Nos arredores ( aproximadamente 20 kms) temos os espigueiros do Soajo, um conjunto de 24, datando o mais antigo de 1784, ainda hoje utilizados pelos habitantes.
Monção - Antiga vila muralhada, como convém a localidade raiana, possui muralhas e castelo muito bem preservados, datando do séc. XI ou XII, conforme alguns estudiosos. Das muralhas temos amplo panorama para o Rio Minho e Espanha.
O nome
Deu-lá-Deu Martins surgia-nos com regularidade pela vila, até que finalmente entendemos ter sido esposa do alcaide, que no séc.XIV, durante as guerras fernandinas teve a ideia de atirar das muralhas, aos soldados espanhóis, todo o pão da cidade, levando-os a levantar cerco. A sua astúcia valeu-lhe a homenagem que ainda hoje lhe rendem os monçanenses.
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À primeira vista tive a sensação de estar perante a Downton Abbey |
Próximo da vila, podemos visitar o belíssimo
Palácio da Brejoeira, fundação privada, onde a actual proprietária ainda reside.
Construção do inicio do séc. XIX, em estilo neoclássico, é monumento nacional desde 1910. Foi oferecido à sua actual proprietária, pelo seu pai Francisco Oliveira Paes, pelo seu 18º aniversário. A partir de 1970 foi fundada uma adega que naturalmente produz vinho Alvarinho, o famoso "Palácio da Brejoeira".
A visita inclui palácio, capela (- com o característico triângulo maçónico, um doce para quem descobrir onde! ), teatro e jardins.
Caminha - O rio Minho desagua nesta vila, proporcionando praias de água salobra e menos frias. Como o dia estava cinzento, passeamos apenas. Daqui pode atravessar-se para a Galiza ( pessoas e automóveis), através dos barcos.
A vila tem muralhas seiscentistas ( de onde podemos contemplar o panorama diversificado ( vila, mar, rio e Espanha), um centro com vários monumentos de valor, como a Torre do Relógio, casas solarengas, igreja da Misericórdia, etc. E ao redor muito mais ainda para descobrir e admirar.
Este périplo foi todo feito pela estrada nacional, o que nos proporcionou paisagens verdes e frescas, com vistas para rios, riachos e fontes que surgiam a cada passo. É o Minho, em todo o seu esplendor!