Dizia-me uma mãe estes dias: - Esta fase há-de acabar. Acho eu. Falávamos das fotos publicadas no FB pelas adolescentes: sempre delas próprias, a fazer boquinhas, em poses de revista, com maquilhagem de modelos, exibindo roupas de catálogos. O cenário muda um pouco, entre casa, escola e algum destino de passeio; por vezes estão em grupo, mas basicamente é isto. E todas fazem o mesmo.
Sinceramente, não sei se isto vai acabar. Esta é a primeira geração que utiliza o FB numa base diária, e claramente já se tornou vicio. Interagem num esquema totalmente superficial, dependente de "likes" e número de amigos.
Não sei, mas esta geração está a crescer deste modo e não conhece outro.
Mesmo nós, os pais dos adolescentes, publicamos apenas uma parte da nossa vida que merece "gostos". Não seremos tão egocêntricos, contudo, na essência, o fim é o mesmo - a auto promoção. Não será de admirar as conclusões dos estudos que divulgam um elevado nível de insatisfação, inveja e até depressão causadas pelo FB aos seus utilizadores.
Eu tenho uma amiga no FB que publica fotografias com o cabelo despenteado. E sem maquilhagem. Comidas com magnífico aspecto, e por vezes outras que deixam muito a desejar. Já apareceu uma vez de avental. E fotografias com os seus cães rafeiros? Frequentemente. Publica fotos de paisagens da Grécia dignas de postal. Mas também publica fotografias de ruas e prédios decadentes. Acho que só não publica fotografias dela com o companheiro de costas voltadas, porque não o tem. Companheiro, digo.
Das primeiras vezes estranhei, porém, logo desenvolvi uma grande admiração por ela. A minha amiga é uma ave rara, mas é a mais verdadeira de todas. E a mais corajosa, e a mais sã.
Na minha geração, tenho a sorte de ter uma amiga diferente, que me dá uma perspectiva oposta à tendência, mais realista e saudável. Quanto à actual geração de adolescentes, quem lhes mostrará outro rumo? Quem lhes dirá que a realidade também pode ser bonita?
Sinceramente, não sei se isto vai acabar. Esta é a primeira geração que utiliza o FB numa base diária, e claramente já se tornou vicio. Interagem num esquema totalmente superficial, dependente de "likes" e número de amigos.
Não sei, mas esta geração está a crescer deste modo e não conhece outro.
Mesmo nós, os pais dos adolescentes, publicamos apenas uma parte da nossa vida que merece "gostos". Não seremos tão egocêntricos, contudo, na essência, o fim é o mesmo - a auto promoção. Não será de admirar as conclusões dos estudos que divulgam um elevado nível de insatisfação, inveja e até depressão causadas pelo FB aos seus utilizadores.
Eu tenho uma amiga no FB que publica fotografias com o cabelo despenteado. E sem maquilhagem. Comidas com magnífico aspecto, e por vezes outras que deixam muito a desejar. Já apareceu uma vez de avental. E fotografias com os seus cães rafeiros? Frequentemente. Publica fotos de paisagens da Grécia dignas de postal. Mas também publica fotografias de ruas e prédios decadentes. Acho que só não publica fotografias dela com o companheiro de costas voltadas, porque não o tem. Companheiro, digo.
Das primeiras vezes estranhei, porém, logo desenvolvi uma grande admiração por ela. A minha amiga é uma ave rara, mas é a mais verdadeira de todas. E a mais corajosa, e a mais sã.
Na minha geração, tenho a sorte de ter uma amiga diferente, que me dá uma perspectiva oposta à tendência, mais realista e saudável. Quanto à actual geração de adolescentes, quem lhes mostrará outro rumo? Quem lhes dirá que a realidade também pode ser bonita?