sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Hall de Natal 2020

 

Há uns 4 ou 5 anos que planeava decorar o hall da entrada com a Natividade, só teria que ir buscar o Presépio, que a minha mãe tinha arrumado num anexo, mas procrastivava até ser tarde demais. 2020 foi o ano em que, finalmente, o plano se concretizou. 

Usei a caixa de madeira do Vinho de Porto do ano passado como cabana, cobri com um resto de tecido, polvilhei neve e iluminei com as luzinhas que decoram os quadros, e algumas velas. De um lado da sagrada família está a Luz, do outro, o coro de Anjos. Muito significativo, acho.

Simples, mas muito bonito, sobretudo à noite, fica com uma certa atmosfera, algo mística, e solene. Acho que esta decoração, para este Natal, se revelou particularmente adequada. 

Tenham um Feliz E santo Natal! 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Proposta de Presente de Natal

  

 

É um aborrecimento que cada ano mais "miúdos" da família prefiram receber dinheiro como presente de Natal! A árvore fica despojada de parte importante dos seus enfeites, e isso custa-me um bocadinho. Mas é compreensível, são verbas que acumuladas lhes fazem jeito para comprar aquilo que querem mesmo. E por outro lado, é uma preocupação a menos nesta época, e evitam-se as idas às lojas, coisa que aliás  sempre evitei, não é de agora.

Porém, há sempre alguém a quem dar um presente, mais ou menos simbólico, no caso é mesmo este último. Para a prima que está a montar casa, e que aí trabalhando, actualmente, grande parte do tempo, plantas são uma óptima ideia. Aliás, hei-de passar pelo Horto e comprar-lhe uma Espada de S.Jorge, viu a minha a gostou imenso, e porque tem direito a dois presentes - de aniversário e Natal, saem duas plantas!

A que quero propor é este vasinho, que na realidade era uma caneca do Duarte, que compramos há imensos anos no Zoomarine, e para dizer a verdade sempre foi mais bonita do que prática com a sua abertura reduzida, e no micro-ondas aquecia demais, estava por conseguinte, arrumado na prateleira, a ocupar espaço. A planta, cujo nome ignoro, é de um vaso que se multiplica espontaneamente por todos os vasos que o rodeiam, retirei de lá um pé, que transplantei. Em termos de espaço, economia, e ambiente temos um presente "win-win-win"! 

 


A presenteada vai achar graça, porque se tornou bióloga devido a uma paixão precoce pelos golfinhos, e embora a caneca seja de baleia, é da família dos cetáceos. Creio que fará a ligação.

Vai ficar lindamente em cima da secretária. 

 

Vejam lá as canecas giras guardadas no armário, sem uso e a ocupar espaço, e toca a sujar um bocadinho as mãos!


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Bolachas de Natal - tipo alemãs, vegetarianas

 

Queria umas bolachas de Natal tipo alemãs, versão Vegetariana, e já há alguns anos que procurava, acho que finalmente encontrei.

Parti da base da receita do blogue Made by Choices, cuja receita original tenciono testar, mas por agora fico-me mesmo por esta, por serem rápidas, fáceis e deliciosas. E sabem mesmo a Natal!

 

Bolachas de Natal🎄, tipo alemãs 

Ingredientes:

1 chávena de farinha integral

1 chávena de farinha de aveia

1/2 de chávena de açúcar amarelo

3 colheres de sopa de óleo de coco

80 ml de leite vegetal

1 colher de chá de fermento

1 colher de chá de gengibre

1 colher de chá de cardomomo em pó

1 colher de sopa de canela do Ceilão

 Como fazer: 

Misturar todos os ingredientes secos num recipiente, envolver tudo, acrescentar os líquidos e voltar a envolver; se a massa precisar de mais leite, ajustar. 

Fazer uma bola, deixar repousar 10 minutos. Estender em bancada enfarinhada, cortar com moldes natalícios, e levar ao forno em tabuleiro coberto com papel manteiga, a 180º, cerca de 10 minutos (aconselho a vigiar, pois depende também dos fornos). Se preferirem mais crocantes deixar assar até ficarem moreninhas; costumo fazer uma fornada mais pálida, e outra mais crocante, para variar.

Retirar, polvilhar com açúcar pilé, e guardar na lata.

Simples e deliciosos!  

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A aura das árvores e plantas

 

Via
 

Nesta época, as árvores que em linha, junto à avenida do Parque mesmo ao lado cá de casa, mostram-se totalmente despedidas com os seus galhos secos, quais braços dançando ao vento, em harmoniosos gestos ao luar. É lindo de se ver, mês após mês, aquela metamorfose da natureza. Digo-me sempre que as deveria fotografar, pelo menos uma vez na semana, mas as estações passam e não o faço, apenas as observo, cada dia, todos os dias, sentindo-me mesmerizada, privilegiada com a visão daquela paisagem. Por vezes, juro que quase sinto uma ligação a elas, como se comunicássemos a nível de alma. Parece loucura, mas li recentemente que as plantas têm aura, e que durante a noite a aura aumenta até três e quatro vezes o seu tamanho; portanto, imaginem o tamanho da aura de uma tília! Devo conseguir tocar-lhe com a mão estendida, quando as árvores expandem a aura nocturna. 

E qual a utilidade da aura das plantas? Dizem que para limpar, curar e energizar. Por isso faz todo o sentido trazê-las para dentro de casa, sobretudo porque no exterior há cada vez menos e ao invés, estamos rodeados de alcatrão e cimento. Precisamos de nos ligar à Natureza, agora e mais do que nunca é vital que o façamos. Há uma conta no Instagram que sigo só por ser uma casa cuja habitante é viciada em plantas, não há um cantinho livre, e porém ela não pára de adicionar mais uma. É uma casa maravilhosa!


Podem ver mais aqui:
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

"O nosso cérebro é o que comemos"

É comum dizer-se que somos o que comemos, e à medida que a Ciência avança, e estuda a influência da dieta no ser humano, esta máxima prova-se e consolida-se. O que vão descobrindo nesta área é fascinante e ao mesmo tempo atribui-nos mais responsabilidade na forma de nos alimentarmos. Não apenas por nós, mas também pelos nossos filhos; por exemplo, num estudo que incluiu 23 mil mulheres grávidas constatou-se que aquelas que consumiam mais junk food tiveram filhos mais propensos à agressão e birras. 

Aconselho a visualização do Documentário, e mais ainda a uma reflexão que leve a uma mudança positiva. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

É por eles!

 

Via Other Perspectives, FB 

 

É por eles que lutamos, para que possam viver com direito a tudo que precisam, para serem saudáveis e felizes!


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Viver a vida!

 

Tiram-lhes os parques infantis, os recreios, os brinquedos, os amigos, os avós, o ar! E os pais tudo aceitam! Só falta tirarem-lhes os filhos...

Tenho descurado o blogue, mais do que habitualmente, por estar mais dedicada ao activismo digital noutras plataformas, onde alcanço mais pessoas. Creio que este é realmente o momento mais importante, no sentido de decisivo, da minha vida, por isso me tenho dedicado tanto a ele. Por aqui também se vê que sim, tenho o foco direccionado à Palermia e tudo o que a ela se relaciona. Não apenas por mim, porque sinceramente, se querem que vos diga, pouco tenho sentido na pele a transformação que a sociedade sofreu nestes últimos meses; continuei a fazer quase tudo o que fazia antes. Nunca fiquei em fila para compras, nunca me faltou nada, nunca deixei de ir a onde queria (excepto de férias lá para fora), e estar com quem quisesse, com duas ou três excepções, pois quando não querem eu respeito. Continuo a respirar bem, não uso máscara 7 horas por dia como muitos no trabalho, nem sequer na rua, onde mantenho a distância. Inclusive, sou física e psicologicamente saudável, continuo bem humorada e optimista; sinto uma imensa gratidão por tudo o que tenho, sabendo quão abençoada e privilegiada sou, mas penso nos meus filhos, na minha família, nos amigos, e em todos no geral. Penso imenso nas crianças.

Acredito que a forma como os políticos estão a lidar com tudo isto está a pôr em risco as futuras gerações, e não posso ficar indiferente. Principalmente, por tudo ser tão óbvio para mim. Lamento que desde Março muitos continuem a olhar para o seu umbigo, só porque continuam em teletrabalho e o vencimento cai certinho na conta; outros porque mesmo não trabalhando têm igual tratamento. É fácil reclamar mais regras e mais severidade nas regras em "defesa da saúde", quando não está em questão pagar a renda e alimentação. Difícil é aceitar que estas pessoas não tenham compaixão, nem se lembrem da maioria que não está no mesmo barco! Os outros já começam a afirmar: Deixem-me decidir se quero morrer de covid ou de fome! Acho que tenho mais hipóteses se for do vírus!

A continuarmos assim a vida tornar-se-á catastrófica, e o futuro vislumbra-se negro. Mas finalmente a sociedade vai acordando, sector por sector, parece, e lá está, quando nos toca a música já é outra! Infelizmente as lições têm que ser dolorosas, e aqueles que continuam a pensar apenas neles também irão passar por aí, pois não acordaram de outra forma.

Aceitar e conformar-se com esta "nova realidade" é consequência de uma lavagem cerebral intensa, da desinformação relativa a números falseados de infectados e óbitos, que são a maior fraude diante dos nossos olhos. 

A "nova realidade" que nos querem servir subjuga-nos, retira-nos direitos a uma vida livre e feliz. É isso que querem para vocês e vossos filhos? Eu não, eu rejeito-a. Não consinto esta "nova realidade", nem para mim, nem para a minha família. A vida que vale a pena ser vivida é outra, é aquela em que decidimos o que queremos para nós, em que respiramos livremente, em que nos abraçamos e beijamos à vontade, em que tocamos em pessoas e coisas sem hesitar, em que nos movimentamos por onde nos apetece, onde o sol brilha a cada dia, porque cada dia tem esperança! Isso é viver. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Vivemos numa sociedade distópica!

Se, no passado, alguém me dissesse que eu passaria por uma situação como a actual, em que sinto a minha liberdade em risco, não acreditaria. Seria uma insanidade pensar que vivendo em democracia no séc.XXI, os nossos direitos defendidos pela Constituição estariam em perigo. E mais ainda que tudo isto viesse de um regime de esquerda. Assustam-nos tanto com a sombra da insidiosa direita, do fascismo eminente se baixarmos a guarda, e afinal o ataque veio mesmo da esquerda socialista. 

Agora dou por mim a pensar, e sentir, aquilo que o meu avô, opositor de Salazar e apoiante público de Norton de Matos, sentiu; e por aquilo que o meu pai, defensor do meu avô, dando a cara à PIDE, sentia, quando lhes entravam em casa à procura do pai, e passavam em revista o escritório e sala de leitura. São sentimentos de que me falaram, e que ouvi sem sentir, até agora. 

A propósito da Palermia, o governo está aprovar leis absolutamente inaceitáveis para um regime democrático, como a da expropriação dos bens particulares; como a da entrada da Polícia, em casa dos cidadãos, sem mandato; como a da obrigatoriedade da instalação de uma APP no telemóvel privado, atacando-nos a privacidade. Questionado sobre a inconstitucionalidade da obrigação desta regra, António Costa dá uma resposta bem ilustrativa do seu perfil e também anedótica:

“As medidas só são autoritárias se as pessoas não as cumprirem já espontaneamente” 
 
Isto dava um meme! E tem dado. 
A falta de noção daquilo que é a democracia do actual PM é escandalosa, e pior ainda, nem o PR nem a oposição fazem o papel que lhes compete; direita e esquerda estão perfeitamente alinhadas nas medidas covideiras e naquilo que não tendo nada a ver, se lhes associa e consente. Visto de fora, isto parece um filme de alguma sociedade distópica, inspirado num livro do género "Admirável mundo novo" ou "1984", de tão fiel e contudo, surreal que é!

Crenças à parte do covid19, que existe, mas não é e nunca foi pandemia, as pessoas estão cordatamente a aceitar a máscara, as regras dos ajuntamentos que proíbem mais do que 5 pessoas num sítio, e permitem concertos e touradas com espectadores em abundância, horários estapafúrdios para restaurantes e bares, os abusos que estão a ser infligidos aos nossos filhos nas escolas; professores a concordar com o castigo aplicado à criança que partilhou lanche com os colegas! Porque já tinha sido advertido sobre as regras sanitárias e nem sempre as cumpria! E etc. A lista das arbitrariedades cresce todos os dias, porque todos os dias as pessoas as aceitam, e até se antecipam, como que pedindo por elas. A nossa economia vai em direcção ao abismo, mas só quando as pessoas perderem o tecto, e virem os pratos vazios vão acordar para a realidade. E depois será tarde demais. 

Já não se trata da Palermia, isso é uma cortina de fumo para o que está a ser implementado pelos governos, não apenas em Portugal, mas por todo o mundo. Os globalistas estão a executar um plano que visa submeter-nos, e estão a ser bem sucedidos. As pessoas estão amedrontadas, vigiando um vírus que lhes disseram que entraria pelas frestas da janela, enquanto o criminoso entrou pela porta da frente, sem oposição. E nem sequer notam que lá fora já está um mundo às avessas, daqueles que viram em filmes e leram em livros (alguns leram), e que lhes pareceu sempre ficção científica. É aí que estamos! 

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Doce de maçã

 

Recebemos um lindo e abundante cabaz de frutas e legumes, com imensas maçãs de duas qualidades, e pensei separar uma parte delas para fazer compota. É uma forma de as preservar, e também ter doce para o pão, sobremesas e papas de aveia.

Doce de maçã

Ingredientes 

1 kg de maçãs descasadas e cortadas aos bocados pequenos

800 gr de açúcar

1 pau de canela

1 colher de café de canela em pó

1 colher de café de cardomomo em pó

1 chávena de chá de água

sumo de meio limão

Como fazer:

Colocar a fruta numa panela, juntar todos os ingredientes, mexer, e deixar cozer em lume brando, mexendo de vez em quando, cerca de 50 minutos.

Retirar o pau de canela, passar  varinha, deixar levantar fervura, fazer o teste da estrada num pratinho (deve estar bom por esta altura), e colocar em frascos, devidamente esterilizados em água quente; verter o doce mesmo até cima, fechar muito bem, e colocar os frascos de pernas para o ar, até arrefecer.

Afinal não tem ciência alguma, e vai dar um jeitaço! 


terça-feira, 13 de outubro de 2020

Um quarto fora de casa

 

A entrada na Universidade implica, frequentemente, a saída de casa e porquanto deixar o espaço familiar, principalmente o quarto que projecta a identidade do seu habitante seja a menor das preocupações, não deixa de ser importante. Por conseguinte, convém dar alguma atenção ao quarto desconhecido que irá acolher o nosso filho. No ano passado fiz algumas alterações ao quarto do Duarte, este voltei a fazer, praticamente, as mesmas ao quarto da Letícia. 

Recorri ao que tinha em casa, ao Gato Preto, loja Casa, e àquela loja que já sabemos, onde encontramos tudo a bons preços, e coisas bem giras, o Ikea, claro. 

Sendo o primeiro um quarto de rapaz, escolhi o azul e cinzento, com alguns apontamentos amarelos; substituí as cortinas e o candeeiro de tecto castanhos. A cama ficou arranjada com uma cobertura de algodão azul, e uma almofada decorativa que não sendo da cidade, a ilustra mesmo bem. 

 

Estive indecisa entre esta e outra, mas como já havia o poster mapa-mundi...

Compramos:

  1. Candeeiro de secretária azul com braço extensível
  2. Candeeiro de tecto com abatjur cinza claro
  3. Tapete às riscas em vários tons de cinza
  4. Mesinha-de-cabeceira
  5. Despeja-bolsos em bambu (da Casa)
  6. Estante branca (Ikea)
  7. Vaso com planta,lírio da Paz (de casa)
  8. Cesto para roupa suja (de casa)
  9. Almofada decorativa (ebay uk, compro sempre a este vendedor, são lindas e diferentes)
  10. Capa amarela para edredon (de casa)
  11. Coberta de algodão azul (de casa, Catherine Lansfield)
  12. Mapa-mundi (de casa, Lidl)
  13. Sapateira empilhável (Ikea)
  14. Espelho de corpo (Ikea)
  15. Cadeirão (Ikea)
  16. Termoventilador (Worten)

Resultou num quarto sóbrio, com tudo o necessário, que capta um pouco da personalidade do Duarte, e ele sentiu-se bem nele. Acho que até ficou com umas certas saudades, nestes meses de ausência.

O quarto da Letícia estava mais completo, todo branco, mobília inclusive o que lhe agradou muito, e compramos:

  1. tapete fofo cinza claro, para junto da cama (Ikea)
  2. candeeiro de mesa de cabeceira com abatjur bege claro
  3. candeeiro de secretária em metal prateado, com braço extensível
  4. Candeeiro de tecto com abatjur cinza claro
  5. Cesto para a roupa suja em corda(loja ao pé de casa)
  6. pratinho com cara de gato despeja-bolsos (Gato Preto)
  7. vaso com planta, lírio da Paz (de casa)
  8. Termo-ventilador (Jumbo)
  9. Capa e edredon Catherine Lansfield  (loja da fábrica aqui online)


Acabamos por adiar a compra de cortinas por não encontrarmos umas que ela gostasse realmente, mas será uma questão de pouco tempo, pois é daquelas coisas que torna os espaços aconchegantes. A Letícia tratou da restante decoração, por exemplo, colou umas Instax na parede como lembrança de família e amigos. Ficou giro, minimalista mas engraçado, a cara dela. 

Certamente que isto constitui um investimento extra mas penso que vale muito  a pena, afinal é o único espaço que terão para chamar de seu, durante meses, talvez anos. E nota-se a satisfação que sentem, ao verem aquele espaço a compor-se, personalizado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Escolham de que lado estão!

Há uma coisa que me está a fazer muita confusão; os mesmo que se indignam com a solidão dos velhos nos Lares, que deprimem e pedem para morrer, e com os idosos que vivendo sozinhos, morrendo sós sem que ninguém se aperceba, são a favor do distanciamento desta faixa etária, e da proibição de visitas aos lares. 

Os que reclamam contra os restaurantes, cafés e bares, filas para shoppings e lojas que tais, cujos clientes se amontoam como antes, dizem, rogam-lhes pragas, desejando que peguem todos o covid, insultando-os com "assassinos", "irresponsáveis" e outros mimos do mesmo calibre, lastimam os negócios que faliram, e as pessoas que ficaram desempregadas. 

Isto não dá para estar nos dois lados! Ou somos a favor de uma coisa e rejeitamos a outra, ou então estamos avariados de todo e é melhor que ninguém nos dê ouvidos. Portanto, mais vale nem falar e aguardar em silêncio.  

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Férias de Verão 2020

Como a tantos portugueses, os planos de férias de Verão, este ano, saíram frustrados. Tínhamos previsto passar oito dias em Viena, onde temos um amigo querido que, devido à idade avançada, queríamos ver, e onde a Letícia visitaria uma série de museus de Arte. A parte mais emocionante para mim, quando visito outro país é essa de encontrar amigos queridos e familiares, e só por isso não me importo de repetir destinos, apesar de haver tantos que não conheço e que gostaria de visitar. Também pesou o facto da Letícia não se lembrar  nada destas férias, em 2007, e por estudar Artes se sentir mais motivada para este destino.

Mas, entretanto foi o que todos sabemos, o nosso voo foi cancelado, depois reactivado mas eu já não estava nada interessada em ter que fazer teste para viajar, usar máscara no avião, visitar interiores de monumentos e museus com máscara, e cumprir quarentena, nem se fala! Havia possibilidades de outros destinos, mas a minha desconfiança relativamente às regras malucas que surgiam por todo o lado nunca me predispuseram a correr o risco; e ainda bem, por amigos fui sabendo que em Saint-Jean-de Luz e Biarritz, destino de praia que ponderei, a máscara era obrigatória na rua; e que em Córdova, com 42º a máscara também era obrigatória. Portanto, não obrigada!

Fomos fazendo por aqui uns passeios, encontro com família no Caramulo e Luso, idas à praia, Caminha, Esposende e Vila do Conde; passeios pelo Alto Minho, cujo verde florestal me enche a alma, e reaviva memórias de infância, e que bem se passeava por Vila Nova de Cerveira, até parecia que estávamos em Espanha, com tantos espanhóis, e no Sistelo, igualmente, o calor intenso pedia mais banhos na água fria do rio, do que caminhada nos trilhos, e saímos de lá renovados, como que baptizados pelo espírito de Gaia. Maravilhoso. 

Comemos muitas vezes fora, talvez mais do que habitualmente, desfrutamos do nosso jardim com maior consciência da sorte que temos. Porque dos restaurantes abdicamos, enquanto durarem as regras sanitárias covidescas. 


Por fim, na primeira semana de Setembro, repetimos o destino de 2018, voltando à Praia del Rey, onde fizemos piscina, praia, visita a Óbidos, Peniche e praia do Baleal. Foram uns dias em família muito relaxados, os primos todos juntos, como em crianças, desfrutando de sol, natureza, e tranquilidade, como se estivéssemos num mundo à parte. Aliás, tenho tido muita sorte, neste quesito, frequentemente me sinto num mundo alheio a esta maluquice toda, parece-me ainda aquele mundo do "antes", e esqueço-me totalmente da outra realidade. 

Portanto, tinha presente que as férias haveriam de ser sem máscaras e na natureza. Foram cá dentro, e que bem que soube!  

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

O sítio onde os bebés esperam que os pais cresçam...

Hoje a minha filha faz 18 anos. É um cliché dizer que passou a voar, mas passou, e surpresa, para ela também; ontem estava algo nostálgica, se pudesse repetia outro ano com a idade de 17, disse. É o fim de uma etapa e principio de outra, explicou conscientemente. 

Entretanto, estes dias, estivemos a ler alguns posts do blogue Pokemon & Tiaras, que escrevi durante alguns anos com as pérolas dos pequenos. Fartamo-nos de rir. Eis uma das primeiras, tal qual ficou registado a

                                                                                                                         " segunda-feira, Janeiro 15, 2007

Letícia com 5 anos

A Letícia a olhar para uma foto da mãe de quando esta tinha 5 anos.
- E eu, mãe, onde estou?
- Tu ainda não tinhas nascido, filhota! A mãe ainda era muito pequenina.
- Ah, já sei, estava na escola de bebés!"

( Eu escolhia umas coisas bem fofinhas para ilustrar os posts!)

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Primeiro dia de escola, dia de horror

Hoje inicia-se o ano escolar para os meninos do 1º ano, do 1º ciclo, e sendo, habitualmente, um dia já bastante stressante para muitas crianças e pais, a entrada em escola nova, professor desconhecido e colegas estranhos, este ano torna-se dramático, arruinando para muitos a experiência da escola, e de uma nova fase de vida.

Uma amiga levou hoje de manhã o filho à escola, esperando entrar, tal como combinado na Reunião com os E.E., porém, foi-lhe interdito o acompanhamento do filho a sala, para que o entregasse em mãos à professora, porque assim tinha sido decidido pelo Agrupamento, e o email enviado ontem às 21h, não lhe tinha chegado. Quem já passou por isto sabe como este dia é importante, e simbólico, entrar na sala de aula, com o filho, é como um rito de passagem de confiança; é como se disséssemos aos docentes: a partir daqui, a responsabilidade pelo meu filho é sua, voltarei para mo entregar, esperando que esteja bem. E os miúdos sentem este processo como um acto responsável, da parte dos pais, sentem confiança no local e nas pessoas responsáveis, porque sabem que os pais estão atentos, sentem-se protegidos!

Portanto, se o filho da minha amiga entrou sem dramas, porque tem uma mãe que conversa com ele muito tranquilamente, explicando-lhe tudo com muita paciência e coerência, outras crianças tiveram menos sorte; em particular uma, que foi levada para dentro ao colo de uma funcionária, de onde tentava escapar esbracejando, aos gritos, como se estivesse a ser raptada por estranhos ameaçadores (e não seria assim que estaria a sentir-se?), perante o olhar inerte da mãe. A minha amiga veio da escola de coração partido, fartou-se de chorar, e quando me contou, obviamente, o sangue ferveu-me nas veias. 

Está a cometer-se um crime hediondo contra as crianças, e infelizmente, com o beneplácito dos pais. Como é possível termos chegado a este ponto? Como é possível que os pais se demitam das suas responsabilidades? Os filhos são nossos!

Se tivesse de levar o meu filho hoje, à Escola, ele faria como aquela menina; apesar da professora querida e compreensiva que teve, eu tive que o acompanhar à sala nos 3 primeiros dias, chegando a ficar lá dentro uma hora, até o Duarte ficar bem na sala. Portanto, o que faria hoje? Ou me deixavam entrar, desinfectada, mascarada, com luvas e protecções nos sapatos, ou o meu filho voltava para casa. 

Creio que com a Letícia seria bem diferente, ela estava tão entusiasmada com a ideia de ir para a escola "a sério", que entraria sem dramas. Mas cada filho é diferente, e numa turma há muitas crianças diferentes, que não estão a ser respeitadas. 

Hoje é um dia em que muitos traumas se estão a criar. Em que muitas crianças estão a sentir-se abandonadas pelos pais, que as entregaram a estranhos mascarados, em locais desconhecidos, onde lhes é exigido distância dos outros meninos, permanecer sentados em espaços exíguos, não tocar nisto e naquilo, lavar e desinfectar as mãos compulsivamente, etc.etc. . 

E tudo isto para quê?! Sinto-me indignada por estas crianças. Os adultos que quiseram aderir à narrativa do medo, usar máscara, até onde nem sequer lhes é exigido, fecharem-se em casa, desinfectarem-se até a epiderme perder a capacidade de lutar contra os vírus, que o façam, mas deixem as crianças em paz!

Acreditar na notícia da Palermia em Março é uma coisa, continuar a repetir a mesma cassete em Setembro, quando estão a morrer duas ou três pessoas por dia (sempre com doenças associadas), sabendo nós que morrem 100 diariamente devido a doenças cardiovasculares, faz ainda sentido?! Justifica-se que estas arbitrariedades estejam a ser impostas às populações, inclusivamente às crianças, o grupo mais forte e saudável?!

Só não tendo o coração a bater no lugar certo, ou os neurónios a funcionar mal, se pode acreditar ainda que tudo isto faz sentido e é necessário.

E fiquem sabendo que a indiferença também é criminosa!

Dia 20 de Setembro, manifestações em Lisboa, Coimbra e Porto, pelas crianças, por todos, por uma escola sem máscaras.




segunda-feira, 14 de setembro de 2020

O que quero...

 Há uns tempos, algum dos meus filhos me perguntou o que eu gostaria de alcançar na vida. Na altura, respondi que almejava olhar para trás e concluir para seria uma pessoa muito melhor do que era ao nascer. 

Agora explico em dois aspectos. O primeiro enquanto pessoa; sentir que evoluí enquanto ser humano, que me tornei mais empática, solidária, generosa, e sobretudo consciente. 

A segunda, como mãe; saber que os meus filhos me amam, respeitam, sentem a minha falta, procuram os meus conselhos, se sentem à vontade e sabem que podem contar comigo. 

De momento, estou satisfeita com o caminho realizado, mas com noção de que tenho ainda muito para trilhar, sobretudo no primeiro ponto. Portanto, o que eu quero de momento, é tempo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Terra Abundante

Basta passear pelo interior do pais para começar a suspeitar daquela teoria da sobrepopulação. O território é vasto, as aldeias já foram fundadas, já lá chegaram as estradas; a água canalizada e electricidade, fundamentais para uma vida confortável, são normais, e já ninguém se espanta com tais modernices; e as casas, velhas, decadentes ou em ruínas existem em enorme quantidade. 
As poucas casas habitadas anexam quintais ou campos, uns mais trabalhados do que outros, provando a fecundidade da terra, e as cores dos tomates, abóboras, couve-galega e milho comprovam a generosidade diversa do solo. É produtivo, só necessita de mão que o remexa, lhe lance a semente, o regue e guie para produzir o alimento que na cidade, nem no supermercado se encontra. Este cresce com o sol, a água e os nutrientes do solo, e talvez adubo, natural, para quem já descobriu os malefícios dos químicos. E são muitos, os que no campo, já lhes descobriram os efeitos na saúde.

Viver na cidade é para a maioria um sonho, mas que visto de fora e de longe, mais parece um real pesadelo. O trabalho rouba-lhes horas de vida, para pagar os créditos da casa e dos carros; um e outro como marmotinha de rabo na boca, da qual não conseguem soltar-se. Apesar dos dias cheios, não sobra dinheiro para desfrutar da vida, excepto, com sorte, alguns dias, uma vez no ano. Para manter o luxo da vida moderna na cidade, tornam-se escravos do patrão, acabando por considerar normal este tipo de contrato. Suspiram quando veem as bucólicas imagens do mundo rural, dizendo: ai se eu pudesse! Mas os créditos são grilhetas que é preciso manter, até ao dia da libertação. Que haverá de chegar. E depois, perguntam-se, o que fariam ali, como ganhariam o sustento? Não há trabalho, todos sabem que no interior é inexistente, por isso está deserto, por isso os seus naturais saem de lá. 

Portanto, para alguns aventureiros, cansados do stress citadino, das vidas reféns de necessidades artificialmente criadas, o salto dá-se com um pouco mais de fé, do que de rede financeira. Vendem os apartamentos mal pagos, e rumam para o interior, onde adquirem casas pagas a pronto, por quantias irrisórias, para o pessoal da cidade. Inventam trabalhos, como turismo rural, cultivo de frutos vermelhos e ervas aromáticas; adaptam os seus empregos, fazendo as traduções e dando formações, por tele-trabalho; tornam os hobbies em actividades remuneradas, como a fotografia, em workshops de fotos na natureza, ou workshops de pão e compotas caseiras. Inventam retiros de fim-de-semana, com meditação e Yoga. Sei lá, o talento de cada um emerge com potencial de profissão e torna-se em sustento, que sendo menor, é bem capaz de manter um estilo de vida que também se reduz por falta de oportunidade. Não há shoppings, não há fast food, não há oportunidade de desfilar com roupas novas nos corredores das empresas e escritórios. Os logos das malas ali são chinês, ninguém se interessa ou impressiona. E não há necessidade. É a libertação!

Porém, o ruído da cidade, a falta do bulício dos empregos, a azáfama no cumprimento dos diversos horários, agora relegados a cumprimento por auto-regulação, podem fazer falta. Não é para qualquer um o silêncio da aldeia, a pasmaceira da vida social, o desapego ao material, a falta de proximidade do Take Away, e dos supermercados. E entre acreditar que o mundo está sobrepovoado, porque assim o veem nas cidades, empoleirados uns em cima de outros, e lançar-se no desconhecido, mais vale o conforto daquilo que os frustra, àquilo que os assusta. 

Mas não, há espaço no resto do pais, no resto do mundo, para cada um construir uma vida feliz para si. Onde podem ter casa, e nunca lhe faltar o alimento. Onde pode ter tempo para si, e para os filhos, e crescer de formas inimagináveis, ao cidadão comum. Assim se construiria uma sociedade realmente equilibrada, onde as necessidades de todos mais facilmente se supririam. Fosse esta uma agenda política, e tudo isto seria ainda mais fácil, sobretudo para aqueles que pretendendo mudanças na vida não possuem mais do que o que cabe na mala.

Não me venham com histórias de que o planeta não comporta toda esta população. Sim, comporta, não aguenta é que esta população se comporte de forma egoísta, em que uns consomem o que pertence aos outros; em que meia dúzia se aproprie dos bens comuns e faça o resto pagar a peso de ouro para lhes aceder. 
O que Gaia não aguenta é que o homem se amontoe à beira mar, poluindo com um estilo de vida capcioso e extravagante. Está cansada de oferecer abundância onde ninguém a colhe ou vê; mas continua à espera que a humanidade saia das cidades e descubra o tesouro que lhes oferece.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Alegria em tempo de Plandemia

 
Via Fb

Eu fui buscar informação a médicos, epidemiologistas, bacteriologistas, infectologistas, até a prémios Nobel como o Dr. Michael Levitt e o Dr. Luc Montagnier, e os que se informaram em jornais e telejornais, lendo e ouvindo as opiniões de jornalistas, querem convencer-me que a minha informação sobre o covid-19 é que está errada?! O jornalismo acima da Ciência? Onde se viu coisa semelhante?! Só como efeito de propaganda intensa. 
 
Lamento muito que a minha segurança, bom-humor e alegria lhes seja ofensiva; de verdade que gostaria que todos se sentissem assim também. Que não necessitassem de recorrer a ansiolíticos e anti-depressivos para estabilizar a saúde mental. Entretanto, fazer com que entendam isto é-lhes agressivo, ficam abespinhados; - como se atreve a não ter medo se eu estou bloqueado nele?! 
Até com o facto das pessoas irem de férias, mesmo cá dentro, se indignam; que estejam nas esplanadas, nas praias, nos parques naturais a fazer caminhadas, nos restaurantes, ficam apoplécticos.
apopléctico

"apopléctico", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/apopl%C3%A9ctico [consultado em 20-08-2020].
Não pensarão sequer que a economia precisa desesperadamente de recuperar? Que negócios estão à beira da falência, patrões sem dormir para pagar vencimentos, funcionários sem condições de manterem casas e comida na mesa? Não pensarão nos familiares e amigos, que de alguma maneira estiveram, estão e estarão a ser afectados por tudo isto? O medo não deixa pensar, reagir com bom senso, dar espaço ao outro para que aja de acordo com aquilo que precisa e acredita.
É, portanto, tarefa inglória conversar com quem está petrificado pela lavagem cerebral que sofreu.    
Mas cada um é responsável pelas suas escolhas, e arca com as consequências. Eu com as minhas, eles com as deles.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Bolo "esponja" com cobertura cremosa


Este bolo foi escolhido em função do creme para recheio e cobertura, que comprei no EverVegan, pela segunda vez, e estava na despensa a desafiar mais receitas. Foi adaptado com sucesso, mais outro bolo para repetir. 

Bolo "esponja" de baunilha com cobertura cremosa

Ingredientes:
 1 1/2 chávena de farinha de trigo 
 1 chávena de açúcar branco
 6 colheres de sopa de óleo de coco
 1 chávena de leite vegetal
 1 colher de sobremesa de sumo de limão
 1 colher de chá de essência de baunilha
 1 colher de sopa de fermento 
 1 pitada de sal 

Como fazer:
Num recipiente colocar todos os ingredientes secos, e envolver. Verter os líquidos sobre esses ingredientes, envolver tudo muito bem com delicadeza, e colocar em forma untada e enfarinhada, levando ao forno a 180º, cerca de 20 minutos, ou fazer o teste do palito.
Decorar com creme Custard de coco, que é uma delicia e poderia muito bem comer-se às colheres, mas que aconselho para bolos, panquecas,
e alguma fruta, para cor e acidez, et voilá!  

 

terça-feira, 11 de agosto de 2020

A música que ouvimos não é para "normies"



No carro, ouvimos sempre as playLists deles, porque para ouvirem a minha música já basta em casa. Acho eu. E portanto, vou conhecendo também outras músicas, que de forma alguma ouviria em qualquer outro sítio. E apesar de fugirem ao meu gosto profundo pela Clássica, fico contente de os saber apreciadores de boa música, seja dos épicos anos 80, seja contemporânea, e pelo meio já vai surgindo algo do bom Jazz, como Chet Baker. Há sempre surpresas.

(Ao procurar o vídeo para ilustrar este post, descobri as influências que a Letícia recebe do mundo da moda; e nada disto é para normies) 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Óscar e Faísca - dica de leitura infantil

Wook.pt - Óscar e Faísca


Já há imenso tempo que não partilhava aqui uma dica de literatura infantil. Comprei este livro para oferecer ao meu afilhado e devo dizer que a procura quase que me desesperou, pois a oferta está cada vez mais pobre; ou os livros quase não tinham texto, e para mim por muito bonitas que sejam as ilustrações, a história continua a ser o mais importante, ou a história era parvinha, sem nexo, e portanto não me apetece deitar fora dinheiro com inutilidades. E de repente cá estava o "Óscar e Faísca"! Que combina tudo o que gosto num livro infantil: história pedagógica, ilustrações belíssimas e preço incrivelmente baixo!

O Óscar é um menino que se muda para a cidade, e sente-se sem amigos e com saudades do campo; um dia encontra um cão perdido e toma conta dele, brincam juntos, leva-o para casa, divertem-se, e o menino fica muito feliz. Porém, o Óscar repara que o Faisca (tinha na coleira o nome) sente-se triste, e decide empreender a busca pelo seu dono, que, descobre, é uma menina que se sente igualmente triste. Inicialmente, o Óscar fica pesaroso, ia perder o seu amigo, mas depois compreende que antes pelo contrário, tinha até feito mais uma amiga.

A história fala sobre a empatia para com os animais, e actualmente, com tantos animais abandonados e alojados em canis e gatis sem condições, é importante que os miúdos não lhes fiquem indiferentes. E aborda também a importância de fazer o que está certo, por muito que custe. E que surpreendentemente daí pode (quero acreditar que sempre!) surgir algo de bom.

Título: Óscar e Faísca
Autoras: Claire Freedman e Kate Hindley
Editora: Jacarandá
Nr de Págs:24


terça-feira, 4 de agosto de 2020

A "Plandemia"

Morreram mais 2600 pessoas no mês de Julho do que nos anos anteriores. Devido à covid19? Não, "apenas" 159 se deve a este vírus.
As autoridades justificam as mortes com o calor intenso, porém, já tivemos outros anos com ondas de calor superiores e números muito mais baixos. Outros, acusam o SNS, todavia, como temos visto, as instalações hospitalares estão calmas.
Talvez uma terceira explicação se imponha; poderá dever-se a consultas, cirurgias e tratamentos cancelados? E também idas às Urgências e Centros de Saúde que se evitaram, devido ao medo de entrar nestes espaços, instigado pela comunicação social dominante? 

Portanto, nestes locais onde se tratam os doentes, a afluência tem sido tranquila, muito mais do que normalmente, havendo dias, em certos hospitais, onde apenas um ou dois pacientes dão entrada nas Urgências. São números que dão para reflectir.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Apesar de tudo...

Nós a passearmos na rua, e eu a apanhar parte da conversa entre os meus filhos.
.....
- Esta é mesmo a melhor época para viver, estou tão contente por isso. 
- yah... mesmo. Só os boomers é que acham que não.

( Que injustiça, nem pensamos assim nem somos boomers! )

segunda-feira, 27 de julho de 2020

A sabedoria secreta da natureza - dica de leitura

Via

Peter Wohlleben é guarda-florestal, apresentador num programa na televisão alemã e autor de vários livros. O título atraiu-me desde logo, e embora não seja o género de livros que normalmente leio, li e gostei mesmo muito. 
É alguém que estuda e vive na natureza, que viaja nas férias para locais onde continua a aprender e observar, alargando um conhecimento profundo, e adquirindo perspectivas acima do empírico. E aquilo que partilha nestes livros pode ser simples ou complexo, mas sempre narrado de forma compreensível e fascinante. 

Há diversas histórias maravilhosas, mas esta, em particular, fascina-me, não sei se por gostar imenso de lobos, ou por ela mesma, talvez ambas; aconteceu em Yellowstone, onde os lobos foram caçados até à sua extinção, em 1932. A partir daí as mudanças começaram a acontecer rapidamente, sem predadores, outros animais ocuparam o espaço, devoraram a vegetação das margens dos rios, que desaparecendo deixou de fazer barreira durante as chuvadas, e permitindo a camadas de solo resvalar sem residência, até alterar o curso dos rios. Em 1995 foram libertados lobos capturados no Canadá, para reequilibrar o parque; esfomeados procuraram comida, que havia em abundância. O número de alces diminuiu drasticamente, a as árvores mais pequenas tiveram oportunidade de crescer, e a partir daí todo um ecossistema mudou e recuperou o equilíbrio.
  
Outra, é a capacidade de comunicação das árvores, que conseguem passar informações às vizinhas quando por exemplo, uma praga de insectos a ataca, e essas começam imediatamente a segregar alguma substância repelente; ou quando sentem a seca, dando oportunidade às outras de dosearem o gasto de água, através da transpiração feita pelas suas folhas.

 É portanto um livro que a propósito do Ambiente e sua defesa nos traz um conhecimento e compreensão capazes de nos converter pelo respeito, à sua defesa. A natureza é tão maravilhosa, tão perfeita e colaborativa, que conhecê-la é reverenciá-la e querer protegê-la. Deveria ser leitura obrigatória, não apenas nas Escolas! 


Título: A sabedoria secreta da natureza
Autor:  Peter Wohlleben
Nr de págs: 196
Editora: Pergaminho

quinta-feira, 23 de julho de 2020

O canal menos violento



Durante muito tempo nem sequer passava pelo Fox Crime, achava-o muito violento. Não sei se pelo nome, ou se por alguma vez ao fazer zapping ter visto algo realmente violento, do tipo CSI, série que me repugna. 
Portanto, a dada altura, fazendo exactamente zapping pelos canais, vi Crime disse ela, uma série que segui e gostava imenso, há igualmente, imenssnnnsos anos. Para mostrar aos meus filhos como eram as séries dos anos 80, ficamos a ver o episódio e  achei tão giro rever a Jessica Fletcher com as suas indumentárias impecáveis,  espantou-me como tanto daquilo está, actualmente,na moda, o pied-de-poule, as sweat marinheiras, a clássica gabardina, o sempre eterno colar de pérolas, etc. além disso, as paisagens bucólicas dos estados unidos, e o crime propriamente dito, tão esbatido, para não provocar náuseas, como os de agora. E dai descobrir "Midsomer murders " foi quase imediato, e sendo também dessa época, encantei-me pelas paisagens do campo inglês, as casas das Cotswolds, a decoração do interior e jardins, e fiquei fã. Os crimes também sempre nada perturbadores, afinal são apenas o mote para o que daí se desenrola, a investigação e interacção entre os diversos personagens. Basicamente, o de somenos importância. 
Por fim, encontrei "Rosemary & Thime", uma série sobre duas simpáticas jardineiras, qualificadas e desenvoltas que atraem crimes, sempre em cenários telúricos, seja do countryside inglês, da Provence ou Toscania. Aqueles paisagens maravilhosas, as pequenas localidades típicas, e as casas antigas e históricas, são o cenário idílico que me fascinam, muito mais do que a trama propriamente dita. E no fim de cada episódio, a exibição do jardim em que trabalharam é o final perfeito.
Para brinde, a abertura da série é magnifica, uma combinação visual e sonora perfeita, que me deixa sempre mesmerizada. 

São séries de outra era, em que se privilegia o intelecto humano, a qualidade dos diálogos e interacção das personagens, em centros rurais e aprazíveis, entre pessoas absolutamente normais. Não chocam pelo tipo de crime que ainda ninguém ouviu falar, nem espantam pela tecnologia que descobre o que comeu a vítima há 10 anos atrás. As câmaras são tranquilas, os planos vagarosos, o que resulta numa visualização prazenteira, ou contrário das outras, que me deixam stressada e agoniada, não aguento, estilo CSI.  

Em suma, constatei que de todos os canais que conheço, o Fox Crime é mesmo o menos violento, se exceptuarmos o já mencionado CSI, e não sei, um ou outro do género, pois não vejo mais nada. 

segunda-feira, 20 de julho de 2020

A indiferença é conivente!

Mesmo quem não vê notícias já ouviu falar, penso, na tragédia que ontem se abateu sobre um "canil" em Sto Tirso, em que centenas de animais, ainda não se sabe ao certo o número, morreram, devido a um incêndio, e sobretudo pela recusa da proprietária em abrir o "canil", para o resgate. A GNR defendeu o direito à propriedade privada, impedindo que a população, que, entretanto, ali acorrera para ajudar, procedesse ao salvamento. Surreal, tudo isto. 
Felizmente, venceu a vontade dos populares, veterinários, enfermeiros e membros de associações de defesa animal, entraram à revelia e salvaram os animais que conseguiram. Entretanto, outro "canil", a um km deste foi descoberto, e também aí se passavam cenas de sofrimento inconcebível, que a todos deixaram chocados e perplexos. Também foram resgatados. 
Para cúmulo, a situação era conhecida pela autarquia de Sto Tirso, e pelo veterinário do canil municipal, inclusivamente, uma queixa tinha sido feita em 2018, que não deu em nada. Surreal este descaso.

Os vídeos partilhados revelam testemunhos incríveis, pelo que a humanidade tem de mau e de bom. Muitos, muitos jovens, o que me dá esperança no futuro, a contrabalançar aqueles que deixam as praias e parques cheios de garrafas e caixas de piza, por estes dias, a serem heróis reais.

Quem ajudou precisa agora do nosso auxílio, para tratar os animais feridos, para os alojar, alimentar, etc. , seja através de doações, de adopções e FAT's. Quem estiver em posição de o fazer, por favor, faça-o. Partilho também o link da Petição para uma Declaração de Direitos dos Animais, temos que proteger quem não o pode fazer.   

Animal save Portugal  
Petição por uma Declaração de Direitos dos Animais

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Batido de Meloa




Com este calor só apetece líquidos frescos, se forem nutritivos e saborosos junta-se a sede com a vontade de comer! E agora mesmo lembrei-me que acrescentando mais uma banana para engrossar, pode dar um óptimo gelado. Irei experimentar.

Batido de meloa

Ingredientes:
Duas fatias de meloa
Um kiwi
Meia banana da Madeira 
Rebentos de trigo* a gosto (ofereceram-me um vaso, mas é fácil cultivar)
Uma pitada de canela
Meio copo de água fresca

Como fazer:
Colocar todos os ingredientes no liquidificador e bater. 
O sabor mais predominante é da meloa, esta era picante e portanto, ficou um sabor surpreendentemente mais intenso.  

* Os rebentos de trigo são ricos em proteínas, hidratos de carbono, vitaminas C,E,B,B17 e minerais como cálcio, magnésio, fósforo, sódio e potássio.
Proporcionam elasticidade a pele, cabelos e unhas e , devido ao seu valor nutritivo,são parte importante de uma dieta saudável. aqui

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Uma Oportunidade única

Como todo o resto na vida, a Quarentena também teve aspectos positivos. Eu vi-os, sim, duvido é que a maioria das pessoas tenha também reparado. E a minha dúvida consubstancia-se com os números astronómicos de calmantes e anti-depressivos que foram e são vendidos. 
Ora um dos grandes aspectos positivos, foi o tempo que as pessoas tiveram para si mesmas. Não havia forma de escapar, não havia trabalho (ou menos horas), não houve tempo perdido em transportes e viagens, não houve problemas alheios, criados no emprego, que roubam energia e foco, enfim, o exterior fechou-se, parcial e substancialmente, reduziu-se, nos obrigando a recolher-nos. 

Confinados em casa, víramo-nos para aqueles que também estão no seu interior, a família, e a própria casa. Por isso, tanta gente falou que fez limpezas e arrumações procrastinadas há anos, iniciou jardins e hortas em terrenos até aí mais ou menos esquecidos, cozinhou e fez pão frequentemente, e claro, quem tinha filhos, sobretudo de baixa idade, teve também, e talvez principalmente, que se virar para eles, apoiando, esclarecendo, guiando, na continuação do ano escolar. 
Tudo isto é aquilo que habitualmente faço, à parte a escola por ter filhos já autónomos, e portanto, para mim a rotina não foi novidade, e aliás, aprecio-a deveras. Continuei a ter tempo para mim, para as leituras, e mais intensamente para a minha educação espiritual, na qual estou cada vez mais focada. Por tudo isto, foi-me um tempo grato e proveitoso. Em contrapartida, por regra, aquilo que vi e ouvi foi exactamente o contrário, e lastimo que assim seja; que este tempo oferecido/imposto não tenha servido para quem, habitualmente, assoberbado pelo trabalho, afazeres de casa e família, não tenha encontrado um certo tempo para se descobrir, para reflectir sobre si e sua vida. 
Eu tenho bem claro que é dificílimo, senão praticamente impossível conciliar emprego e família, com desenvolvimento pessoal, e portanto viver, é disso que se trata. 

Engana-se quem pensa que viver é trabalhar, comer, dormir, pagar contas, casar, ter filhos, pagar mais contas e com sorte, adquirir casa e carro próprios, e ir de férias. Isto são actividades que na realidade nos distraem e afastam no nosso primeiro propósito, aqui. Todas essa actividades são viradas para a materialidade, e obviamente que quem se identifica apenas com este lado da existência, concentra-se neles, mas quem acredita que somos mais do que um corpo físico, tem tendência a procurar alcançar outros objectivos, e o primeiro caminho para o fazer, é o do auto-conhecimento. Creio que a maioria das pessoas ainda acredita que somos mais do que este corpo. Para isso, necessitamos de tempo disponível para nos virarmos para dentro, todavia, tudo na vida nos empurra para fora. E desligamo-nos. 
Pois esta quarentena, e agora o prolongamento para muitos ainda, proporcionou a oportunidade para tal. E contudo, as pessoas entraram em pânico; descobrira-se vazias, sem o emprego. Não se reconheceram sem aquilo que habitualmente fazem, como se aquilo fosse o que são, e não apenas um meio de proporcionar o pagamento de contas. Poderia dizer também realização profissional, mas não creio que a maioria das pessoas o sinta, infelizmente. 
Frequentemente, as pessoas confundem quem são, com aquilo que fazem e possuem, e quando isso lhes é retirado, o que fica? Nada. E ser nada é avassalador, fica-se sem chão. E porém, essa tontura vertiginosa, pode ser a oportunidade do renascimento, para abrir a janela para um mundo interior que tem existido negligenciado; ou então, mais fácil, escolher o adormecimento, os tais calmantes que provocam o torpor do corpo e mente. Até que tudo isto passe, como um pesadelo. 

Os números não mentem, revelam qual foi a escolha feita pela maioria. E se por um lado lastimo, por outro compreendo, todos temos o nosso tempo, nesta escola que é a vida, mas havemos todos de chegar lá. 

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Síndrome de Estocolmo

Sei de famílias, a viver em apartamentos, com crianças pequenas, que durante a quarentena não saíram de casa, uma única vez. O medo era tão grande, que o confinamento foi levado ao extremo, e desde o dia um, nem sequer um passeio na natureza, longe de todos, foi feito. Obviamente que as coisas não correram bem; o humor geral estava de rastos, a disposição fosse para o que fosse era nula, a boa vontade na colaboração inexistente. No quesito Escola idem; os mais pequenos faziam birra, e nem castigos nem prémios, os incentivaram ou demoveram. A paciência dos pais que, por norma, já não é acima da média, também não ajudou. 
Dominados pela pressão extra, que resultava em frustração, o ano lectivo, ficará para estas famílias como uma experiência de má memória, acima da própria quarentena. 

Lamento muito por estes agregados familiares. Sobretudo pelos filhos, que foram reféns do medo dos pais e do país. E certamente, ficarão marcados para sempre. Já antes imaginava que sim, toda esta história "do bichinho muito pequenino que ninguém vê e que anda no ar", como um pequenito me disse da varanda, iria deixar mossa. E já antes previa que muitos precisariam de ajuda psicológica para o ultrapassar; e portanto, confirma-se, quem antes berrava para sair de casa, ir ao parque infantil e brincar com os amigos, agarra-se agora às pernas da mãe, com medo de se afastar. 

 

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ciao, Ennio!



Há poucos dias, ouvia música quando o Duarte entrou, e perguntei-lhe, a modo de teste, se conhecia, - é aquela do Clint Eastwood, não é? É do Ennio Morricone, digo eu já pensar que não, - Pois, do filme The Good the Bad and the Ugly, não é? Para mim, se falares em músicas de Westerns é isto. 
E pronto, passou.  
E hoje acordei com a notícia de que Ennio Morricone, este compositor excelente, tinha também passado para outra dimensão, onde talvez, continue a compor músicas, quiçá, ainda mais maravilhosas.