terça-feira, 29 de novembro de 2022

Eu não vou esperar

 Vocês não sabem as vezes que eu fiz ou disse algo com que ninguém concordou. As vezes em que eu estive sozinha com as minhas decisões. Para mais tarde, meses, anos, haver alguém a concordar comigo, a fazer como eu. 

Vocês não sabem de mim mas sabem das vezes que aconteceu convosco. E cada vez serviu para refrear ou seguir em frente? Não é fácil avançar em solidão. 

Fazer uma retrospectiva e ver o que se seguiu, só me prova que eu não tenho de esperar por ninguém. Que cada um tem o seu tempo, e está tudo certo. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Leite-Creme Vegetariano



Foi no GAO, há cerca de 1 ano talvez,  que eu e a Letícia nos deleitamos ( muito adequado este verbo!) com um leite-Creme excepcional, e que pela primeira vez fez jus ao original. Só que para nós, agora, melhor ainda. E desde então fiz algumas tentativas para o recriar. Objectivo alcançado! 

Apresento-vos, como muita  alegria e gosto, a receita perfeita. 




Leite-Creme Vegetariano (serve 4 doses)

Ingredientes:

1/2 lt de leite vegetal (usei de aveia)

Raspa de meio limão bio

2 c.sopa de Maizena

3 C.sopa de açúcar

1 c.café de aroma de baunilha

1 c. Sopa de preparado vegan de ovo (comprei no Lidl)

ou 1 pitada de cúrcuma


Como fazer:

Aquecer o leite-vegetal com a raspa do meio limão.

Juntar todos os ingredientes secos numa taça, acrescentar em fio parte do leite-vegetal, batendo de imediato com o fouet, essa mistura; verter tudo para o fervedor onde está o restante leite-vegetal, acrescentar o aroma de baunilha, envolver tudo, e deixar ferver em lume médio, mexendo sempre, até engrossar. Este passo é muito rápido. 

Verter para uma taça, polvilhar com açúcar e queimar. 

Et voliá! De comer e chorar por mais. Mas não vale a pena, é só voltar a fazer ;) 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Ninho

Os meus filhos adoram vir a casa aos fins-de-semana, aliás, se por algum motivo as aulas de sexta-feira forem canceladas ou adiadas antecipam de imediato a vinda. E a verdade é que eu gosto que venham. Não que estejam mal fora de casa, não, também se sentem muito bem na outra casa, e eu também gosto muito disso, mas adoram voltar a casa,  aos seus quartos, às suas coisas, aos gatos, às comidinhas "da hora", como eles referem, ao aconchego do lar, porque aqui é que continua a ser lar. 

Porém, nada disso seria apreciado e nem por isso apenas voltariam se não fosse a atmosfera que vivem em casa como família. É a família que faz o lar, e por isso esse pode ser em qualquer sítio. 

Por ser tão normal para nós que assim seja, quando os meus filhos me contam que este ou aquele amigo passa semanas sem ir a casa, ou que vai num dia e volta no outro, sinto uma grande pena porque isso me revela um desligamento familiar. O Duarte tem até um amigo muito próximo que já comentou: Quando começar a trabalhar vou para longe, e vou ser daqueles que vai visitar os pais 2 vezes no ano, no Natal e nas férias". E ao meu "Ai, que pena...!" tão consternado, responde o Duarte: Não me admira, a mãe dele não fala, só berra! Parece que quando jogam ouvem a mãe dele, como ruído de fundo. E eu também compreendo que não se tenha vontade de regressar a uma casa onde não nos falam com voz calma, mesmo quando reclamam, ou que reclamam muito, haverá assim tanta coisa errada para fazer zangar?! Até pode haver, quando os pais exigem perfeição dos filhos, quando nada os contenta, quando continuamente elevam a fasquia, quando não gostam de passar tempo com os filhos, de conversar com eles e saber como decorreu a semana; quando não abraçam, não aconchegam os cobertores, e dão beijinho de boa-noite. 

Há anos que eu digo que a intimidade com os filhos se constrói desde o início, desde muito cedo. E se faz com presença, amor, assertividade e justiça. Se não se constrói essa ligação na infância, torna-se muito difícil recuperá-la, e creio que tanto pais como filhos, por nunca terem vivido outra coisa, acham tudo normal e não enxergam sequer necessidade de mudanças, de melhorias. Fica apenas o sentimento, o desligamento, uma certa indiferença, até um certo desconforto e mau-estar, por isso começam a evitar as idas a casa.

Na minha geração ainda existia aquela expressão "enquanto estiveres debaixo do meu telhado...", embora eu nunca a tenha ouvido, sempre a achei horrível, era uma ameaça e um aviso: esta casa é minha! Logo não é tua. 

É tão bom sentir que existe um sítio no mundo que é garantidamente nosso! Onde somos bem-vindos, acolhidos, protegidos, em caso de necessidade. Mesmo quando saímos definitivamente de casa, para construir a nossa, com a crença de que será para sempre. É tão reconfortante saber que existe um porto-seguro, não importa o quê.

Eu já disse aos meus filhos que enquanto eu tiver casa também será deles, a entrada é franca, serão sempre recebidos de braços abertos. Isto também é amor incondicional.

Lamento imenso que muitos filhos não possam sentir o mesmo que os meus sentem. Tenho a impressão que de que já sofrem uma espécie de orfandade, em vida dos progenitores. Acho tudo isso um desperdício e muito triste, para ambas as partes. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Mudança de vida!


Ela era advogada, o marido agricultor, e aos poucos ela compreendeu que era mais feliz a trabalhar na terra do que exercendo advocacia, até que deixou mesmo o escritório. 
Construíram um estilo de vida em que o contacto com a natureza, a família, e a simplicidade primam e inspiram. As partilhas sobre construção, criação de animais ( não comem as galinhas, só os ovos!), cultivo de alimentos, receitas e reflexões são a constante deste vlog. 
Adoro estas reviravoltas na vida! 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A torto e a direito

Via

Esquerda e direita unidas na alteração da Constituição, quando a constituição portuguesa é reconhecida pelos legisladores como praticamente perfeita, e uma das melhores do mundo. Dá que pensar, não dá? 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Dica de Leitura - Só o Amor é real

Via

Já tinha lido 2 livros deste autor, portanto sabia de antemão o tipo de leitura que seria este, mas não resisti quando vi o livro tão baratinho na Feira de Velharias, para mais quase novo. 

O Dr. Brian Weiss é um psiquiatra americano, conhecido e bem conceituado, e às páginas tantas deparou-se com uma paciente que lhe pôs o seu mundo de pernas para o ar. Ao fazer-lhe um tratamento de hipnose a paciente recuou não para a infância, ou qualquer momento da vida que lhe tinha causado o trauma, mas para séculos atrás. Após a perplexidade, prosseguiu o tratamento, e investigação, que lhe permitiu comprovar a veracidade dos factos relatos em hipnose. Como conclusão, o Dr.Brian Weiss convenceu-se de que muitas patologias e traumas são causados em vidas passadas, e aí devem ser tratadas. Escreveu um livro a relatar todo o processo pioneiro dessa paciente, e publicou-o a suas expensas, com muito receio da reacção dos seus pares, que já antevia, não seria a melhor. E não foi, teve imensos problemas, porque estas questões ainda são vistas pelo núcleo duro da ciência como charlatanice, embora cada vez menos, pelo menos actualmente.

O facto é que muitos pacientes se seguiram, muitos casos foram tratados desta forma, com registos e investigação, e sobretudo com resultados bem sucedidos. O livro também se revelou um sucesso, e não faltaram editoras interessadas em publicá-lo posteriormente. 

Este livro relata diversos casos de pacientes do Dr. Brian Weiss, dentre os quais dois se destacam, que vão sendo relatados ao longo dos capítulos de forma intermitente, e cujo desfecho, para mim que já não sou novata neste tipo de leitura, foi bastante previsível, mas que comprova, mais uma vez, a teoria do psiquiatra: temos problemas, pendências, fobias, traumas que ficaram por resolver lá atrás, e que precisam de ser resgatados para serem tratados, e nos libertarmos deles para sermos mais saudáveis, mais tranquilos e felizes.  


Título: Só o Amor é Real

Autor: Brian Weiss

Editora: Pergaminho

Nr de págs: 232

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Meditação - Um hábito Saudável

A meditação, para mim, tem sido muito desafiante, ao longo do tempo tenho tentado incluí-la no meu quotidiano, através da prática que julgava ser mais apropriada para mim, que é o foco no momento, foco no acto que estou a executar, porque sentar-me e fazer uma meditação era algo que descartava à partida. Porém, como constato constantemente, há um tempo para tudo, e esse tempo chegou no início do Outono, com uma prática meditativa mais conforme, e ao fazer essa prática diária comecei a notar que é um gosto que se enraíza e desenvolve, e dou comigo a ansiar pelo momento da meditação, e até a repeti-lo.

Há diversas meditações no YT, por vezes entre tanta escolha até nos perdemos, tenho feito, dentre outras, a prática da Letícia, que aconselho. 

Os benefícios da Meditação são diversos, veja aqui quais, e a própria Ciência já o confirma. 

Vou simplesmente partilhar o texto que recebi do Lotus Yoga Studio, e a própria ligação para a prática, que desafio a testar.

"Meditação? Sim, por favor!

Cada vez se fala mais sobre a meditação. Livros, podcasts, entrevistas, artistas, professores, empresários, até mesmo na mesa do café ao lado ouve-se falar sobre a tal da meditação. Realmente numa sociedade com tanta informação e solicitação, desenvolver a capacidade de parar e observar é um verdadeiro luxo.

Acredito que num futuro breve o hábito de meditar se torne tão importante quanto escovar os dentes e seja utilizado como higiene mental.

A meditação faz parte do yoga. É a última técnica ensinada na escritura do Yoga Clássico - Yoga Sutra; então toda a prática de posturas, respiratórios, descontrações, purificações, cânticos tudo na verdade é feito para preparar e conduzir para a meditação.

Esta é a mais poderosa ferramenta que o yoga traz. É o momento no qual a verdadeira transformação se processa, pois o praticante é conduzido a experimentar através da vivência, a capacidade de observar e reconhecer-se além da mente. Esse processo é altamente desafiador, pois a mente é muito poderosa e facilmente entra-se no condicionamento da distração ou do julgamento dos processos mentais.

Além do descanso para a mente, prática de sentar-se para meditar traz-nos um grande reforço do poder pessoal. Isso acontece porque ao escolher para onde direcionar o foco da atenção estamos contrariando um impulso de distração, curiosidade ou julgamento. Assim a cada instante, a cada respiração, estamos reforçando a força da nossa vontade - no yoga esse esforço sobre si próprio é chamado de tapas, e é uma das principais características do comportamento yogi.

É com grande alegria que constato que o nosso grupo de meditantes está se tornando cada vez mais sólido e consistente! A cada prática percebo que os alunos estão mais confiantes e confortáveis com o processo.

Como nem todos podem juntar-se às aulas de meditação, gravei uma prática de 20 min para que possam fazer em casa :) espero que gostem.

Um beijinho e boas práticas!

Letícia"


Prática de Meditação

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Instantes

Num repente percebi que não havia vozes em casa, nenhum gato miava, dos vizinhos não vinha qualquer barulho, as máquinas das obras na rua tinham parado; notei o silêncio com felicidade, quando o ruído do motor do frigorífico parou. Por um instante o silencio foi absoluto. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Dez refeições para as crianças cozinharem!


Estava mais saborosa do que a foto. Mea culpa, não do Duarte! 

Tenho em rascunho imensos posts que por um motivo ou outro vão ficando em fim de lista, normalmente é porque outro vem mais a propósito, e acontece que há muitos que me esqueço de repescar. Foi o caso deste, de 17 de Junho de 2013, acreditam?!

Na época, com 12 anos, o Duarte começou a interessar-se pela cozinha e queria aprender a cozinhar algumas coisas, eu chamava-o para aquelas que me pareciam mais simples, como esta carbonara. 
Convém dar assistência, sobretudo no que envolve facas, fogão, e verter águas ferventes, ensinando sempre a ter muito cuidado. 
Para descascar ensinei os meus filhos a usarem o descascador, mais seguro, e para cortar sempre apoiando os legumes na tábua de madeira, nunca na mão! 

Carbonara
Ingredientes:
240 gr de massa esparguete (60 gr por pessoa) 
1 pacote de natas
1 embalagem de bacon ou fatia grossa de fiambre, cortada aos cubos
1 dente de alho picadinho
1 ovo
sal e pimenta a gosto
queijo parmesão q.b.

Como fazer:
Pôr a massa a cozer com bastante água e sal. 
Numa caçarola anti-aderente saltear o alho e o bacon ligeiramente (a gordura derrete e não precisa de óleo, no caso do fiambre já precisa de um fio de azeite), juntar-lhe o esparguete cozido, envolver, acrescentar as natas, envolver novamente, juntar algum queijo,temperar com pimenta, e por fim, abrir um ovo e mexer delicadamente, envolvendo tudo. 
Acompanhar com o queijo parmesão ralado para quem quiser acrescentar mais. 

Então, segue a lista com ideias de 10 pratos simples para as crianças cozinharem:

1º Carbonara