quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Frio Natalício

Via

Mais do que os piscas-piscas coloridos das ruas e montras, que agora parecem confundir Natal e Carnaval, constatei este ano que é o frio das temperaturas de 0º que me evoca a época natalícia. 

O que antecede o Natal não é chuva, é o frio, aquela camada branquinha de geada que cobre como um manto leve a vegetação rasteira, e deixa brilhos nas árvores. Vejo-a pela manhã, quando abro a janela e espreito o exterior, e apenas há cerca de 4 dias o cenário se tem revelado deste modo. Aquela visão invernosa provoca-me sentimentos de alegria, pela beleza, e gratidão, porque estou a observá-la do meu espaço protegido, quente, reconfortante. 

Sempre me foi penoso imaginar as pessoas que passam o Natal nos trópicos, de chinelos e mangas-curtas, como se fosse um castigo, o nosso Natal relaciona-se com camisolas quentinhas de lã, lareiras, bebidas aquecidas e comidas reconfortantes. Como dois mundos, o da casa e família, e o de fora e natural, coexistindo em harmonia. 

Bem, finalmente o frio chegou, mesmo na semana que antecede o Natal, como o último sortilégio para que este recupere, pelo menos, parte da sua magia. Tão lindo...

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Preparar o espírito natalício

 


Achei esta ideia tão gira. 
"Embrulhe 24 livros e coloque-os debaixo da árvore para as crianças escolherem um todas as noites antes do Natal. Todas as noites eles retiram um dos livros e você passa algum tempo lendo-o para eles"

Se já souberem ler podem ser eles próprios a ler o seu livro, e poderá ser um momento de leitura familiar, aconchegados no sofá, com um chocolate quente. Que aconchegante! 

O ideal é fazer uma selecção de livros natalícios, ou passados no Inverno, para entrar no espírito da época. Se não houver stock em casa, as Bibliotecas são um recurso, e a noção deste défice poderá ser também um motivo para os adquirir como presente de Natal. 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Uma Cidade Mística

 

Museu das Belas Artes. Fourgiére.Mercado de Natal.Museu Irmãos Lumiére

Regressar a Lyon durante a Festa das Luzes, é sempre especial, porém este ano foi muito diferente, não tanto como uma viagem cultural mas antes espiritual. Vi a cidade de outro ângulo, e senti a sua energia mais pura. 

Voltamos a visitar o Museu das Belas Artes, a entrar na Basílica de Fourgiére, na Igreja de St.Jean, e em todas as outras igrejas antigas, a ver as projecções de Luzes com imagens e movimento nas fachadas mais icónicas, a passear pelo Marché de Noel, a entrar em livrarias, a comer a pastelaria refinada, a experimentar novos restaurantes. 

Todavia, o sentido desta visita foi imediatamente definido pelo primeiro local que visitamos a Basílica de Fourgiére, e pelo segundo, Cadence, uma livraria dedicada somente a temas religiosos, filosóficos e espirituais. 

Entramos também, e pela primeira vez, num cemitério, em busca da tumba de Philippe de Lyon, um médico do séc.XIX que curava os doentes de forma incompreensível para a ciência, e que por isso ficou conhecido pelos milagres que operou. Ignorava a existência desta pessoa até poucas semanas antes da viagem. O local da sua última morada física continua a ser venerado, e muito florido. 

Nos arredores de Lyon, visitamos também Jean Marie de Viannay, o Cura Santo de Ars, a casa-Museu e a Basílica, que pelo exterior induzia em erro, revelando-se um local de grande beleza e paz, talvez sobretudo devido aos cânticos angelicais de um grupo de freiras. Também este cura, de finais do Séc.XVIII, foi sobrecarregado pela procura constante dos pobres e enfermos, a quem atendia durante 17 horas por dia; as muitas graças pelos milagres estão plasmadas em placas de mármore, nas paredes da basílica. 

A energia da basílica tocou-nos profundamente e sentimos uma vontade de aí permanecer indefinidamente, contudo outros compromissos nos esperavam e tivemos que sair, embora pesarosamente. 


Ars, basílica de Ars. Fête des Lumiéres

A festa das Luzes, que leva habitualmente a Lyon cerca de 2 milhões de visitantes, revelou-se, tenho que o admitir, per se, decepcionante, tem vindo a perder qualidade e quantidade, contudo continua a ser uma festa que envolve famílias, e todas as gerações. E apesar dos chuviscos a multidão não se desmobilizou, antes se passeava tranquilamente pela beira rio, Velha Lyon e Presqu'ile, e sem guarda-chuvas. 

O que fez a diferença nesta viagem foi de facto a mística, inclusivamente a única pessoa francesa que conhecemos, e com quem conversamos horas, revelou-se ela própria alguém muito elevado espiritualmente. 

E tudo se conjugou desta forma, estou convencida, por duas razões, a primeira porque viajou connosco uma amiga, que está no sendeiro da espiritualidade, e porque eu própria estava a precisar de um fôlego vindo de Cima. E assim o recebi. 


terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Magia ...

Há acontecimentos na vida que estragam para sempre, músicas, sítios, datas. Não queria que acontecesse com o Natal, festa de que gostei sempre tanto, e ensinei os meus filhos a gostar. 

Não sei se será definitivo. Mas pelo menos este ano...quebrou-se a magia. E não sei como a recuperar. 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Adeus. E até à Próxima!

 


E todas as vezes que penso que o mundo perdeu mais um pouco de cor, de graça, de alegria, a Natureza lembra-me que a vida é cíclica. Que depois dos dias cinzentos e chuvosos, do frio que gela os ossos, o sol virá, e com ele o céu azul, o calor que aquece o corpo e anima a alma. 

Entretanto, vai-me dando sinais como promessas, e neles eu vejo a manifestação de Deus. Somos dele e a ele voltamos, continuamente. São estes momentos provas práticas em que as minhas crenças são testadas inequivocamente. 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

A Beleza Rural

 


Ao caminhar pela Natureza, onde o rural toca indelevel a paisagem montanhosa, sou surpreendida, por vezes, com os toques de beleza artificial, que alguém de outrora se importou o suficiente, para aí os colocar, como uma cancela de ferro, que limita o caminho público do terreno privado. 
A pessoa que a idealizou não se limitou à utilidade da divisão, do aviso de trespasse, fê-lo com uma intenção de beleza, como se tratasse da moldura adequada à beleza natural. 

Já não se fazem destas coisas, pois não?! Lamentavelmente, são ofícios que se vão perdendo, capacidades e técnicas que caem no esquecimento, pois a actualidade dispensa a estética em prol do moderno e funcional. 

Eu penso que poderíamos aliar ambas, e que se o homem tentasse sempre agir em consonância com a Natureza o mundo seria muito mais belo. 

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Pessoas Comuns Fora de Série

Estava eu numa sala de espera, e a senhora sentada ao meu lado começou a falar comigo; aguardava a vez para fazer um exame, enquanto eu esperava a pessoa que fui acompanhar. Não sei a idade, tem um filho de 43 anos, disse-me, e trabalha como cuidadora de uma septuagenária. Contou-me como era um trabalho difícil, apesar de ser apenas nocturno, e de durante o dia essa senhora ter mais duas empregadas a cuidar dela.  Em 3 anos apegou-se muito àquela senhora, que tem ainda o filho de 45 anos a viver com ela, mas que nada faz pela mãe. Bem, as coisas têm mudado, por conta desta minha interlocutora, que por diversas vezes tomou a iniciativa de se dirigir ao filho e o chamar à razão; "É muito mimado, sabe? Habituou-se a receber, e não está acostumado a dar", explicou-me. Porém, o bom senso e bom coração desta senhora, de aparência humilde e Português atropelado, tem levado a grandes mudanças naquela casa e família. 

Mencionou que não quer que o próprio filho bata no neto, e que o primeiro lhe diz "Ai não quer? Mas você a mim batia-me!" Ao que ela lhe perguntou " E tu gostaste? Não pois não? Então agora não batas, faz melhor que é obrigação dos filhos fazer melhor do que os pais."

Adorei aquela senhora. E tenho pensado muito nela, e na sabedoria que a vida lhe proporcionou. Espero que não tenha nada de grave e continue por aqui, a ensinar e inspirar as vidas que toca. 


quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Natal - Parte I

É estranho começar a ver a decoração de Natal e não sentir a época como habitualmente. Suponho que é preciso sentir o Natal no coração antes de tudo, e eu não estou a sentir. E muito sinceramente, nem sequer faço questão, até porque este não será um Natal festivo, em qualquer circunstância.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

"É a vida"

É muito inesperado e surpreendente como a vida consegue ser tão incoerente, ao acontecer tantas coisas boas e más, ao mesmo tempo. Como havemos de gerir sentimentos tão conflituosos? 

Raras vezes me sinto assim tão sem resposta. 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Inventou carro movido a lixo e oferece os planos

"Para a glória de Deus" - a quem atribui a inspiração

A humanidade tem, de facto, uma criatividade e potencial ilimitados! E se o resultado fosse executado com sentido de partilha e cooperação a vida seria muito mais fácil, para todos. 

Este senhor argentino, engenheiro reformado, começou a pensar o que faria com o seu tempo livre, e em vez de ficar sentado a beber cervejas lembrou-se de inventar algo que beneficiasse a humanidade e dessa resolução saiu um carro movido a lixo. 
Em vez de guardar os direitos para si, deu a patente à humanidade, o manual está disponível para descarregar grátis, num gesto de génio em que se protege (as grandes corporações não gostam que as prejudiquem), e ajuda as pessoas. 

Este é verdadeiramente um veículo ecológico, usando o motor original, move-se com a utilização do lixo, que abunda e não falta nunca, dando-lhe um fim definitivo, e pelo cano de escape sai oxigénio e vapor de água! Não contamina, emite oxigénio! 
Com o lixo que encontrou pelo caminho, este senhor, fez cerca de 10,000 kms. 

Nesta entrevista ele termina com 2 conselhos, aos jovens: Não façam um trabalho pelo dinheiro, façam o que gostam, irão sentir-se sempre de férias; e aos mais velhos: Não renunciem aos vossos sonhos, nunca é tarde! 

Para que este projecto se torne comum seria necessário industrializá-lo, para agilizar o abastecimento, o que deveria ser prioritário, sobretudo para governos e comunidades que se dizem preocupadas com o Ambiente. Entretanto, que avancem os privados! 

( Planos para descarregar, aqui)

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Transição de Estação


Fico sempre admirada por haver tantas pessoas a terem o Outono como estação preferida. Sobretudo pessoas da minha região, quer dizer, não vivemos propriamente numa província onde as folhas das árvores secam gradualmente, permitindo a transformação e passagem de uma cor para outra, verde, amarelo, laranja, castanho, como se vê nas lindas fotos associadas ao Outono. 

No Norte, passamos do calor e das roupas leves para as galochas e lãs. 

Eu tento ajustar-me à passagem das estações e aproveitar o que cada uma tem de melhor, mas sinceramente, a que mais me custa é mesmo esta, deixar o Verão e entrar no Outono, por precisamente implicar chuva, e chuva a potes! Se pelo menos fosse o frio... mas não, são dias e semanas seguidas de chuva. O seu som monótono e repetitivo, de manhã à noite, é cansativo. Suponho que a chuva é como a neve, muito mais bonita nos filmes do que na realidade. 

Suspeito que esta transição desafiante seja sentida por muitas pessoas, e que isso se reflicta no grande número de deprimidos que surgem por esta época. Como sou uma pessoa um pouco ( há quem discorde com o pouco...mas adiante)reactiva, depressão não me provoca, mas alguma irritabilidade e impaciência, creio que sim. Portanto, o desafio é encontrar estratégias para transformar a casa, as rotinas, os dias, de forma a tornar tudo muito mais agradável e apaziguador. 

O que eu faço:

Tapetes - Volto a colocá-los depois de terem sido recolhidos no início de Verão. É muito mais agradável pousar os pés na lã do tapete quando me levanto de manhã. 

Almofadas- Troco as capas das almofadas de algodão e seda dos quartos e salas, para os tecidos mais quentes e macios.

Velas - Começo a acendê-las mais frequentemente, e volto a colocar uma no parapeito da janela da cozinha, gosto daquela luz tremelicante ao fim do dia, ou noite. 

Pães & Bolos - Volto a fazê-los com maior frequência, não há nada mais reconfortante do que o cheirinho do bolo, ou pão, a cozer no forno, e chamar para o lanche a família que vem a correr.

Compotas e doces - Faço com a fruta da época, a marmelada e compota de abóbora e maçã, para lanches e sobremesas. O cheirinho destas iguarias a cada confecção é outra característica da época que guarda boas memórias.   

Chás - Renovo o stock de chás, gosto deles bio, e de variar para agradar a todos. Recomeçamos a tomar chá também às refeições. 

Livros - Depois das actividades mais viradas para o exterior, do Verão, volta o tempo de recolher mais ao sofá e dedicar mais tempo à leitura. 

Roupa - Troco a roupa de Verão pela de Inverno, nos armários. Troco os lençóis de cama de algodão pelos de flanela ( somos friorentos e gostamos de roupa de cama fofa) e estes são mesmo, com lindos padrões conforme o gosto de cada habitante da casa. 

Sol - Aproveitar melhor os momentos de sol, quando intervala a chuva, seja no jardim, seja numa caminhada ou passeio. Não podemos mesmo esperar por um dia de sol, é agarrar o momento, carpe diem

Fotografia - Tirar fotos predispõe-nos a olhar os espaços de outra forma, é a busca pela beleza, pelo ângulo adequado, pela perspectiva diferenciada. E depois, ao observar as fotos no pc, volto a sentir aquelas emoções positivas. 

Certamente outras pessoas farão coisas diferentes, como por exemplo ir às compras de roupa de Inverno, as tendências ditam novas aquisições (já fiz assim no passado), mas cá em casa somos pouco consumistas, só compramos, praticamente, quando precisamos, portanto por si só não é prática "anti-mood". Todavia, o que importa mesmo é encontrar actividades que nos ajudem a elevar o espírito, e sentirmos o aconchego de uma estação que antecede outra que se propicia igualmente para o recolhimento. E porque isto ainda vai demorar, temos mesmo que nos sentir bem, a cada dia. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

"Os 4 passos para gerar psicose colectiva"

(Lourdes Relloso 😱 LOS 4 PASOS PARA GENERAR PSICOSIS COLECTIVA)

Se não percebe espanhol active as legendas na roda dentada do lado direito superior. 
É de vital importância que compreendamos como funciona o nosso psicológico, porque há quem o conheça muito bem, e o use para nos manipular. Podem pensar que aconteceu uma vez, e não se repetirá, mas na realidade está sempre a acontecer. 
O conhecimento prepara-nos, e liberta-nos. 

terça-feira, 17 de outubro de 2023

"Sou pacifista"

Filósofo, escritor e poeta francês

Todas as vezes que começa um novo conflito no mundo, e agora sucedem-se sem que os anteriores terminem, parece ser obrigatório que tomemos partido por um lado ou pelo outro. Como se isso fosse mudar o resultado de alguma maneira, ou influenciar quem quer que seja de relevante, para o resultado final. Acontece que só serve para discutir com quem não partilha da mesma opinião, e fomentar mais uma vez a divisão. Criar o caos nas nossas vidas, impedir a paz pessoal, baixar a nossa vibração. 

A realidade é que a informação que nos chega sobre conflitos e guerras é, frequentemente, distorcida, enviesada, falseada e manipulada, e portanto, partindo de pressupostos incorrectos como poderemos avaliar justamente, e opinar correctamente?! Não vejo como seja possível. Pessoalmente, estou totalmente descrente de narrativas jornalísticas e políticas, e por isso recuso-me a tomar partidos. 

A minha empatia e compaixão vai para os civis que querem viver as suas vidas em paz, e estão a sofrer com as guerras; nenhum civil minimamente equilibrado é a favor da guerra, quando é a sua vida que está em risco, ou a dos seus filhos. Quem promove a ideia da guerra sem lá pôr os pés é apenas hipócrita, que vão os filhos dos outros, não? Ou então, tem muito a ganhar com os conflitos bélicos, e nesse caso, são opiniões irrelevantes, por serem tendenciosas e criminosas. 

Estamos no Séc.XXI e temos que aprender a resolver conflitos de forma humana, diplomática e pacificamente. Porém, às elites políticas, protegidas e resguardadas, não lhes agrada esta filosofia pacifista, só ganham com o medo e a destruição, teremos que ser nós, os cidadãos, a assumir posições inequívocas relativamente aos conflitos armados. Temos que ser claramente pela paz, pela vida, pela segurança, pelo crescimento e prosperidade de todos. Temos que dizer "Basta", e que ninguém, que seja pela guerra e morte, nos represente. 

Eu sou pacifista, porque a única verdade que conheço como certa é a paz, e crer que o direito de viver em paz deve ser universal. 


sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Receita de Pão de Espelta e Quinoa


Estava prevista chuva só para o fim-de-semana, mas entretanto o sol desapareceu durante a tarde, ficou só um bocadinho mais fresco e eu achei que já estava conjugada a circunstância adequada para fazer pão. E fiz; agora faço a "olho", variando apenas nas farinhas, a água vou juntando aos poucos, até a massa começar a ficar pegajosa, é esse o segredo. E outro detalhe, a variação das farinhas pode implicar mais ou menos água, por exemplo, quando leva de quinoa também leva mais água. 
A quinoa confere ao pão uma textura semelhante ao pão de milho, e torna o pão mais proteico, um plus para uma família de vegetarianos. 

Não há nada como o pão caseiro, duas fatias finas deste pão saciam muito mais do que três pães da padaria, que cada vez me parecem mais cheios de ar. Além de que sendo eu a fazer o pão controlo a qualidade das farinhas, agora só biológicas, e francamente, sente-se a diferença. 
O cheiro do pão no forno que se propaga pela casa não tem nada de comparável! É fácil e só não faz pão quem não quer. 



Acompanhei com chá preto bio, e doce de amoras caseiro


Pão de Espelta e Quinoa

Ingredientes
200 gr de farinha de trigo integral
200 gr de farinha de espelta integral
50 gr de farinha de quinoa
1 colher de sobremesa de sal integral
Meia saqueta de fermento ( nunca uso inteira, meia funciona)
Cerca de 300 ml de água morna ( aconselho a juntar aos poucos enquanto mistura, para colocar mais ou menos até ficar pegajoso)

Como Fazer:
Numa taça juntar o fermento com um pouco de água morna, misturar e reservar. 
Noutro recipiente juntar todos os ingredientes secos, misturar, fazer uma covinha no meio, e verter aí o fermento, e parte da água, bater com a batedeira ou à mão, ir juntando a água até ao ponto. 
Cobrir o recipiente com um pano e deixar levedar pelo menos uma hora. Passar a massa para a forma untada (eu uso óleo de coco), cobrir com um pano e deixar levedar pelo menos outra hora. 
Vai ao forno a cozer a 200º, pré-aquecido, cerca de 30 minutos. Desenformar e comer!

A satisfação de comer o meu pão, com a minha compota de amoras bio, e um chá preto é qualquer coisa de muito bom! 

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Dálias- Retirar ou não retirar da terra?

 


Eu sabia que algumas pessoas deixam os tubérculos das dália na terra, e outras que as removem, dizendo que durante a hibernação os ratos podem comê-los, e portanto, fiz eu mesma a experiência no ano passado, início de Outono, quando as dálias já estavam secas, arranquei um pé (que já se tinha multiplicado generosamente), e guardei numa caixa de cartão, coberto com papel grosso. O ideal é com palha, mas não tinha, e o papel grosso funcionou bem. 

No final do Inverno plantei esse pé, no sítio do ano anterior e constatei que à volta os outros tubérculos continuavam por ali, e satisfeita com isso disse para mim que ratos pelo nosso jardim não andariam, devido aos nossos 3 felinos. Estava realmente confiante.

Sucede que rapidamente os tubérculos que passaram o Inverno protegidos na Lavandaria começaram a rebentar, e crescer, enquanto os outros continuavam adormecidos. Rebentaram muito mais tarde, e alguns não nasceram de todo. 

Constatei também que os tubérculos da caixa de cartão, floriram mais cedo, e consequentemente, foram muito mais abundantes na floração.

As dálias continuam a florir e agora deixei os pruridos de lado e  tenho-as cortado para pôr no centro de mesa, mas a isso se deve ao calor tardio do Verão. Contudo, fica provado que retirar os tubérculos das dálias funciona melhor, pelo que este ano assim farei com todos. Entretanto, li uma dica de alguém com 30 anos de experiência a cultivar dálias, que diz que isso deve ser feito após a primeira noite de geada, deixando os tubérculos na terra o máximo, para que se nutram mais, e aguentem bem a hibernação fora do solo, portanto não será para já, mas terei essa atenção. 

Tenciono também adquirir outras espécies, no principio do ano há uma quinta na Holanda que vende variedade diversas e lindíssimas. E está visto que me afeiçoei às dálias. Espero por essa altura partilhar aqui essa aquisição. 

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Apetece-me alguma coisa....

As histórias dos meus filhos são deliciosas, quando por vezes as conto, eles próprios se riem encantados com as coisas de criança que disseram. Nunca ficam embaraçados, pelo contrário, gostam do que foram. 
Ainda bem que registei muitas, caso contrário caem no esquecimento, aconselho vivamente os pais a fazerem o mesmo. É tão giro reler, e contar, quando já começam a desvanecer. 

Estava a fazer aqui uma espécie de limpeza e encontrei esta, que por algum motivo ficou no arquivo dos rascunhos, desde 14/07/2018. E a memória desta cena voltou. 

- Ó mãe... apetecia-me comer alguma coisa.... há alguma coisa boa no frigorífico? Diz a Letícia muito dengosa.
- A esta hora? Pergunto eu muito espantada ( quase meia-noite e dentes lavados ).
- Sim. E que tem? A Nigella também come uma coisa boa todas as noites.  Ah, deixa-me ir buscar o roupão!

 Que diabo, Nigella! A ensinar maus hábitos às crianças!

( Quem vê o programa da Nigella Lawson na SICmulher entendeu perfeitamente o que aqui se passou! )

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

- Calma, estamos só a discordar!

O post anterior serve, de certa forma, para o tema que pretendo explorar hoje, a atitude ideal a ter em debates, segundo o meu ponto de vista.

Utilizo a palavra "debate" de forma muito consciente, pois sei que a palavra "discussão" está, para a maioria das pessoas, directamente ligada a confronto, e por isso, automaticamente, é negativa. Conceito com o qual eu não concordo de todo! Para mim, uma discussão é um confronto de ideias, que per se, só pode ser positivo, Da discussão nasce a luz, como diz o conhecido chavão, o que tem de negativo e lhe está subjacente é a atitude de quem discute, e isso é perfeitamente dispensável, e idealmente deveria ser trabalhada, com prioridade máxima.

No geral, constato que as pessoas misturam tudo, se alguém as contradiz num assunto, acham que estão "contra elas", como já me disseram a mim, entendem como um ataque pessoal, uma ofensa, o que não é realmente! É somente uma forma de ver o assunto diferente, porque temos vivências e personalidades diversas, e disso podem resultar conclusões opostas. 

A perspectiva que o outro nos apresenta, diferente da nossa, pode até nem ter sido ainda lembrada, analisada, e essa é uma oportunidade para a considerarmos, se honestamente não encontramos nela sentido, descartamos e mantemos a nossa. Tão simples quanto isso. Mas não, as pessoas zangam-se, elevam a voz, e às duas por três já não estão a debater argumentos, já estão no campo da ofensa. Tanto stress porquê? 

Seremos assim tão inseguros que precisamos que todos concordem connosco?! 

Seremos assim tão arrogantes que não possamos conceder que não somos donos da verdade?! 

Entre adultos, eu só posso lastimar pelo que vejo; por mim, digo o que me apraz e não deixo o debate derivar; aprendi há muitos anos uma frase-guia "Nunca discutas com um maluco, quem estiver de fora verá dois", e com ela aprendi a colocar um ponto final em situações que poderiam realmente expor um debate entre doidos. Outra aspecto a que estou atenta é não permitir que a discussão ultrapasse limites, quando já não se debate ideias mas carácter, as palavras ficam com quem as pronuncia, e eu dou-me por satisfeita. 

Porém, sobretudo, entre pais e filhos, vejo que muitas vezes os filhos se retraem de dar opiniões contrárias aos progenitores, por sentirem que isso os vai colocar numa situação complicada, os pais zangam-se. Essa mesma postura também se revela com os professores, e em qualquer relacionamento que sintam autoridade, aliás, a falácia da autoridade tem sido um argumento comummente usado, tacitamente ou não, e repugna-me. Acho de uma grande cobardia, a família e a Escola não são o Exército! 

Considero um grande desperdício de oportunidade que as pessoas se coíbam de partilhar pontos de vista diferentes, por se sentirem ameaçadas; todos poderemos tirar partido desse debate. As pessoas precisam de entender que são apenas opiniões, não são sentimentos, continuamos a gostar das pessoas, continuamos a apreciá-las. 

Esgrimir argumentos foi outrora uma espécie de Arte, em que a eloquência era valorizada, e as técnicas de oratória ensinadas nas escolas. Doravante, necessitamos recuperar essa prática, sob pena de continuarmos a promover uma sociedade apática e passiva. Porém, antes de tudo, temos que tornar o espaço das discussões um espaço seguro. 

Uma sociedade responsável, com maturidade e sentido crítico, precisa de debates, é daí que se chega a conclusões. E isto exercita-se primeiro em privado, na família, depois na Escola, e finalmente em público. É necessário promover esta prática, com respeito pelo outro, com abertura e aceitação. 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

A Maturidade Necessária para Debater Temas e Opiniões

 -Às vezes gosto de te contrariar só para discutirmos.

-Ai, sim?!😐

- Adoro discutir com alguém e que no fim continue tudo bem connosco.

( Meu filho, 22 anos)

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Notícias do Jardim - Verão

 

Publicado assim até parece que o meu jardim foi muito mais colorido e abundante, do que realmente foi; as flores foram desabrochando ao seu ritmo (definitivamente não ao meu!) de forma que todos os dias havia novidades, ainda há, aliás e felizmente, muitos botões para desabrochar. E foi sempre com uma visita matinal, ao jardim, que comecei os meus dias. 

Da minha vistoria ao jardim faz parte a descoberta de insectos, dos habituais ou dos novos que foram surgindo devido às plantas introduzidas este ano, como a arruda, de quem as larvas de borboleta parecem gostar particularmente. Uns deixam-se fotografar, outros são mais esquivos, mas ainda assim fico feliz só de os ver e saber que frequentam o nosso jardim; hoje de manhã vi uma libélula enorme, que deu uma volta ao jardim e se foi sem que eu tivesse tempo de mais nada para além de a observar maravilhada. 


E por fim, a ultima das recompensas, as framboesas e morangos que não sendo em grandes quantidades são suficientes para fazer batidos, decorações de bolos e panquecas, e até para oferecer uma caixinha, uma vez ou outra, e as flores que decoram as mesas. E quase me esquecia, as uvas! Que não sendo tratadas quimicamente, são abundantes e deliciosas.
 
É  muito gratificante ter um jardim, em todos os sentidos.  
Aconselho a todos, com jardim ou apenas um terraço ou varanda, para além da terapia é um passatempo que dá frutos, e não só em sentido figurado, como podem ver. 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Calma... ainda é Verão!

 

Um dos sinais, evidentes, de que as pessoas estão constantemente fora do Presente é quando começam a falar, e portar-se, como se já estivessem na Estação seguinte. Não sei se é por terem esvaziado o conteúdo do Verão, neste caso, se por quererem ser pioneiras ao trazer novo tema, ou qualquer outra razão, pessoal ou comum, mas o facto é que se colocam adiante, ao publicarem fotos de imagens outonais, de roupas da Estação seguinte, ou receitas para dias frios. Sinceramente, não sei exactamente qual a pressa em antecipar o Futuro, eu adoro o Verão, e gosto de o apreciar até para além do último dia, se a meteorologia o permitir. 

Para mais, este Verão, apesar de previsto e frequentemente noticiado como efervescente, e com ondas de calor assustadoras, foi fraquito; não me recordo de ter vestido tantas vezes o meu roupão polar, que reservo para o Inverno, em vez do de algodão, pela manhã; não me lembro de ter tomado tão poucas vezes o pequeno-almoço no jardim, por estar fresco demais; de ter ido à praia tão poucas vezes pela instabilidade do tempo, etc. . Portanto, não estou com pressa de dar o Verão por terminado, por ainda não estar satisfeita com o que ele me proporcionou, e que eu esperava. 

Por outro lado, se tenho vontade de passar para uma Estação fria, vestir camadas de roupas, apanhar chuva, comer assados e comida quentinha? Ainda não. Quando lá chegar quero aproveitar tudo isso, embora, francamente, a chuva dispenso muito. Entretanto, quero desfrutar ainda do que resta do Verão, as praias estão mais vazias em Setembro, a natureza aprazível, as saladas continuam deliciosas, a fruta sumarenta e diversificada, os meus filhos ainda de férias. Quero viver o momento presente, desfrutar do que me proporciona agora. 

Pensar no futuro continuamente retira-nos do momento, e localiza-nos num tempo suspenso, o Futuro, que é somente aquilo que projectamos, já que não existe, estamos continuamente no Presente. Insistir que estamos onde não estamos não é saudável, não é pacífico, e causa ansiedade. 

Viver no Presente é uma aprendizagem contínua, um desafio que voluntária e conscientemente nos impomos, dado que pela tendência externa somos, constantemente, projectados adiante. Porém, tudo o que temos como garantia é o Presente, e que merece ser vivido plenamente.  

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Óleos Essenciais - Benefícios e Tratamentos

Via

Iniciei-me agora no estudo mais aprofundado dos óleos essenciais; há já uns bons 5 anos que comecei com o de Lavanda, que pingava na almofada da minha filha, para que ela relaxasse ao adormecer, adormecesse mais rápido e dormisse melhor. O óleo de Lavanda é apropriado para acalmar, tratar da ansiedade; os óleos essenciais tratam o emocional que por sua vez se manifesta no físico, e praticamente todas as doenças se podem tratar com os óleos. 

O de Lavanda trata a ansiedade, alergia de pele, arritmia, arteriosclerose, assadura, cortes, hematomas, insónia, queimaduras, queimaduras do sol, rubéola, stress, urticaria... E pode ser usado topicamente, misturando 1-3- gotas diluído em óleo de coco fraccionado, e aplicado na zona desejada. Uso aromático, colocando num difusor 3-4 gotas e também borrifar a almofada e roupa de cama. 

Uma forma muito prática de usar os óleos é em roll-on, a mistura já está feita, e podemos andar com eles durante todo o dia, e usando de vez em quando. É um recurso valioso.

Os óleos essenciais remontam às civilizações chinesa e e egípcia, que neles reconheciam o seu poder curador, aplicado à medicina e cosmética. Hipócrates, conhecido pelo pai de Medicina, frequentemente recomendava massagens com os óleos, e posteriormente os muçulmanos e romanos também os utilizaram, tendo os primeiros melhorado o processo da extracção dos mesmos. Ao longos dos tempos o seu uso foi decaindo e caindo no esquecimento, porém nos mosteiros os monges continuaram a usar as plantas para fazer medicamentos, e houve sempre uma parcela da população que os usava, nunca sendo totalmente esquecidos. Está a surgir agora um interesse renovado que se alarga a uma população cada vez mais numerosa, que procura uma medicina mais natural, sem efeitos secundários que causem outras maleitas, como frequentemente acontece, pese embora o uso de óleos essenciais também necessitar de dosagens e administração reguladas, sob risco de efeitos indesejáveis.

Os óleos são extraídos das plantas, sendo esse processo feito através de diversas formas, destilação, extracção a frio, maceração, etc., e a origem das plantas ser de vital importância, i.e. , devem ser de cultura bio, evidentemente, e portanto a qualidade dos óleos variar de marca para marca, e isso se reflectir nos preços. Para obter 1 litro de óleo essencial de lavanda, por exemplo, é necessário 300 kg da planta. 

Penso que voltarei ao tema, pelo que esta breve introdução basta, desta vez, ficando-me pela apresentação do de Lavanda, que é um dos mais populares, pela sua agradabilidade no aroma, e tratar problemas tão comuns, como a ansiedade. Experimentem, quanto mais não seja pelo odor que proporciona.


Fontes: 

DoTerra

Iberian Coppers e aqui

Carenb.com

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Chorar Por Quem Fica ou Por Quem Parte?

 O nosso choro por quem parte não é totalmente inocente e altruísta. Choramos,  e não sei se, principalmente, por partir alguém que nos ama. Ter no Mundo uma pessoa a menos que nos tem amor é dramático. 

Começo a pensar que essa é a verdadeira tragédia da morte.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Os Benefícios da Arruda



A arruda já era usada pelos gregos antigos, significa "liberar", portanto tem sido usada para tratar dores físicas e males invisíveis, libertando os que deles padecem, desde dores menstruais, ou regulação da mesma, dor de cabeça, trata varizes, combate sarna e piolhos, equilibra a glicémia, melhora o sistema imunitário, ajuda no tratamento da conjuntivite, é anti-parasitária, vermífuga, repelente-de-insectos, etc. e por fim, faz limpeza energética, tanto da casa através dos borrifos, como de pessoa com o escalda-pés. 

Pode ser usada como chá, através da erva seca: 
1 colher de chá (de 2 a 3 g) de folhas secas de arruda para 1 L de água.
Numa panela, ferver a água e, em seguida, apagar o fogo. Adicionar as folhas de arruda, tampar a panela e deixar repousar por 5 minutos. Coar e beber em seguida. É recomendado beber até 1 xícara (de chá) desse chá por dia.

Por ser abortiva não deve ser consumida por grávidas, e as doses não devem ser nunca excessivas, pode ser uma erva tóxica pela sua potencia, podendo causar intoxicações, tremores, convulsões, hemorragia, vómito, cólicas, diarreia, diminuição dos batimentos cardíacos, contracção da pupila e sono.

Comecei por a ter no meu jardim como planta anti-repelente,entre as dálias, mas confesso que se não fossem as campânulas e a minha vigilância diária, não teria dálias, porém, observei que a arruda atraiu outros insectos, nomeadamente as larvas de borboleta. Apesar do odor desagradável ( mas também há quem aprecie!), já não imagino o meu jardim sem esta planta!  


Fontes:

Tua Saúde

Terra

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Aproveitar o Momento

Na semana passada duas pessoas diferentes contaram-me duas histórias sobre o mesmo assunto; a primeira pessoa queria muito ir ao concerto dos U2, quando vieram a Portugal, mas não foi porque ficava muito caro( bilhete, deslocação, hotel...) e tinha os filhos na Faculdade; a segunda, queria ter ido ao dos Nirvana, e ao fazer as contas concluiu que ficava igualmente caro, e preferiu adiar; um mês depois Kurt Cobain morreu, e ele decidiu que não adiaria mais nada. 

A primeira pessoa contou a sua experiência ainda com uma certa amargura, a segunda contou como uma revelação. Como dizem alguns sábios por aí, "Não há más experiências, há lições." 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Poses Simples de Yoga Para Peito Firme

 


O Verão é uma estação óptima por tantas razões, mas também aquela em que muitas mulheres sentem frustração, e até angústia, relativamente às roupas mais decotadas, justas e finas que revelam a silhueta, e sobretudo pela praia, onde a exposição do corpo já não dá para esconder. 

Vivemos agora num mundo de imagens perfeitas, de influencers "bombadas" com recurso a sessões de Ginásio intensivas e cirurgia estética, e entre o que é real e a manipulação das imagens, tudo é perfeito, contribuindo para uma maior frustração de quem já tem as suas inseguranças naturais, ou causadas por partos e amamentação. 
Eu compreendo esses sentimentos conflituosos; e a frustração de quem não tem recursos para ultrapassar condicionantes físicas. 

Felizmente, o Yoga, que não é invasivo, doloroso, caro, inatingível, tudo pelo contrário, está ao alcance de todas. Guardem a imagem, e reproduzam-na afincada e consistentemente, e verão os resultados. Pode não ser para este Verão, mas vai começar a acontecer. 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Bolo de Baunilha Vegetariano Com Chantilly e Framboesas

 


A partir de uma receita que adaptei ligeiramente, fiz este bolo, metade da receita aliás, queria algo mais fresco, para estes dias quentes de Verão. E ficou muito bom. 

Bolo de Baunilha Com Framboesas*

Ingredientes**:

3 chávenas de farinha de trigo

2 chávenas de açúcar cristal

2 colheres (café) de bicarbonato de sódio

4 colheres (chá) de fermento em pó

1 pitada de sal

1 colher de mirtillo em pó

1 colher (sopa) de essência de baunilha

1 1/2 colher (sopa) de vinagre branco

1 chávena de leite vegetal

1 pacote de natas vegetais ( pôr no congelador 30 m. antes)

Uma chávena de framboesas

Como fazer:

Juntar os ingredientes secos numa taça e envolver; juntar o vinagre com o leite vegetal, deixar repousar 5 minutos e verter na taça dos secos, envolvendo bem.

Verter para uma forma untada e enfarinhada e levar a cozer ao forno a 180º cerca de 20 minutos ( fazer o teste do palito, pois os fornos são variáveis). 

Deixar arrefecer. Bater as natas refrigeradas com 1 colher de sopa de açúcar; cortar o bolo ao meio e rechear com o chantilly e framboesas, assim como em cima, fazendo a cobertura. 


* Adaptado do Cantinho Vegetariano

** Fiz metade desta porção

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Promover a Leitura Juntos dos Filhos

Há dias, a conversar com uma mãe de um menino de 10 anos, ela dizia-me que o filho não lê voluntariamente, e o estratagema que encontrou para o levar a ler foi oferecer-lhe aquilo que ele mais gosta, no momento, que são cartas Pokemon, por cada livro lido. O próprio miúdo disse-me qual o livro estava a ler agora, algo do Sherlock Holmes o que me espantou, e realmente não me parecia nada entusiasmado. Ou seja, a leitura é forçada, ele está a ser coagido a ler. 

Embora eu compreenda muito bem os pais que querem que os filhos leiam, sobretudo aqueles que até dão exemplo porque são leitores convictos, e sabem os benefícios da leitura, também já estive nesse lugar, não me parece que todas as estratégias servem a causa; esta, por exemplo, pode causar mais prejuízo do que benefício a longo prazo. Se a leitura não proporcionar momentos prazenteiros, irá ficar associada exactamente ao contrário, e quando quem vivenciou estes momentos, puder decidir, não irá pegar mais em livros. 

Como não há estratégias de sucesso garantido para todos os casos, só posso partilhar aquela que conheço e funcionou, com o meu filho; desde bebé que esteve sempre em contacto com livros, carregávamos livros para todo o lado, íamos à Biblioteca todas as semanas, a certa altura duas vezes por semana, livrarias eram outro destino incontornável, e durante muitos anos pareceu funcionar. Porém, ao entrar na adolescência a vontade de ler esmoreceu e constatei que passava semanas, alguns meses até, sem pegar num livro. E quando o fazia, porque eu insistia, estava visivelmente contrariado, e rapidamente pousava o livro, demonstrando que estava somente a cumprir a tarefa. A despachar a imposição. 

Finalmente, apercebi-me que quando o Duarte encontrava um livro que o motivava lia-o num fôlego. Portanto, a questão não era apenas ler, mas encontrar algo que lhe interessava, e comecei a procurar afincadamente, dentro das temáticas predilectas, e constatei que efectivamente isso funcionava. 

Então, levar os filhos a Bibliotecas, Livrarias e Feiras de Livros, e expô-los às múltiplas escolhas que existem é fundamental. Ter também a noção de que há fases que nos apetece ler mais do que noutras e respeitar essas pausas. E por fim, ter paciência, até os filhos encontrarem o seu ritmo de leitura, o seu nicho, que pode demorar tanto como se descobrirem enquanto pessoas. 

O Duarte é assumidamente um leitor constante, tem sempre um livro na mesinha-de-cabeceira, pelo menos, e por vezes alterna com outros, porque as temáticas que escolhe são frequentemente algo densas, de História e geo-política. O facto é que o habito da leitura se enraizou, porque nunca desistimos e, sobretudo, de encontrar a fórmula agradável. 


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O Porto/ Portugal Está na Moda

Creio que pode ser contraditório, e até incompreensível, que sendo eu uma pessoa que gosta de viajar se desgoste de ver Portugal invadido por turistas. Mas é realmente assim que me sinto, e na raiz deste sentimento está outro que o justifica, que é eu não me sentir em Portugal em certas cidades. Há alguns anos bastava ir ao Porto, como me aconteceu, e subir de S.Bento aos Clérigos, para não ouvir ninguém a falar Português, de Portugal, o que já foi muito bizarro, porém, actualmente, acontece isto também em cidades secundárias, ou mais pequenas. É muito estranho, e não me parece natural.

Recentemente fomos ao Porto, e ao passear pela Baixa e atravessando S.Catarina, diz o meu marido: Parece que estou de férias no estrangeiro! Pois parecia. E essa sensação de sermos estrangeiros na nossa terra não é agradável, pelo contrário, é muito incomodava. 

Fiquei também a saber nesse dia que o icónico edifício do Jornal de Notícias, jornal que o meu pai comprava sem falhar, todos os dias, tinha sido vendido, e ia ser transformado... num hotel! A portuense que me contou a novidade estava muito desgostosa, é um prédio histórico, dizia ela! Mas estão a fazer o mesmo com cafés, transformados naqueles restaurantes de hamburgers horríveis. 
portanto, os hotéis e AL existem em todas as ruas, mas não chegam.

Saem os habitantes, por óbito ou despejo, e entram os turistas, transformando as cidades em parques temáticos, despojados da sua essência. Agora começo a compreender os italianos, quando fecham os negócios em Agosto para irem eles próprios de férias, estão-se manifestamente a borrifar para os turistas. E quando os tratam com indiferença, e frequentemente até com impaciência e irritação. 

A economia dos países não pode ser feita às custas do bem-estar dos seus cidadãos; a qualidade de vida dos portugueses que moram nos grandes centros turísticos baixou drasticamente, como me contam os amigos e familiares que vivem no Porto. Evitam ir à Baixa, e deixam de frequentar espaços que sempre foram deles. Os turistas tomaram conta de tudo. 

E depois, ainda me pergunto, de quanto desta riqueza gerada por este turismo descontrolado fica efectivamente no país; os investidores são estrangeiros, na sua maioria, e os trabalhadores ficam com as migalhas. Há cerca de 30 anos, quando trabalhei em hotelaria, os funcionários mantinham-se a trabalhar tanto na estação-alta, como na baixa, actualmente muitos deles são dispensados na estação-baixa. E vivem de quê, entretanto? Do subsídio do Instituto de Emprego? se tiverem direito sim, caso contrário terão que encontrar outro trabalho, ou algum biscate. 

Em suma, os locais ficam sem casas, relegados para periferias cada vez mais distantes, os que permanecem sobretudo nas localizações mais turísticas são incomodados na base diária, por turistas ruidosos, os preços sobem de acordo com os vencimentos dos estrangeiros, as ruas sobre lotadas causam congestionamentos e stress, tudo porque o mundo parece ter descoberto Portugal. 

Para um português fazer férias no Verão, em Portugal, ficou muito complicado, para não dizer insustentável. O nosso país está cada vez mais adequado para os estrangeiros. 

Agosto nunca foi um mês que eu gostasse particularmente, mas actualmente tornou-se pior ainda. O melhor sítio para estar, sobretudo aos fins-de-semana, é mesmo em casa. Felizmente, tenho o meu pequeno paraíso, a minha ilha, como alguém me disse recentemente. Que sorte a minha. 


quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Arranjo Com flores do Jardim


Tratar do jardim proporciona-me imensa satisfação, adoro ver o resultado, as flores a desabrochar e o seu colorido pontual pelos vasos e bordadura. Por isso, reluto muito em cortá-las para as pôr em jarras, e raramente o faço, escolhendo poucas, que misturo com folhas verdes.


Para a jarra "pique-fleur" que está no centro da mesa da sala, cortei duas dálias, algumas saudades roxas, um pé de menta em flor e fetos.

Como os dias têm estado chuvosos e até frios, temos feitos as refeições dentro de casa, portanto, é preciso trazer o jardim para o interior.  

terça-feira, 1 de agosto de 2023

"Para Entender O Chi Kung" - Uma Actividade Mente & Corpo


Comecei a praticar Chi Kung há cerca de um mês, a convite de uma amiga, e fiquei desde a primeira aula rendida. 

Basicamente, promove a circulação fluída da energia, trata a mente e o físico. 

No meu caso, o grupo é excepcional, e o instrutor algo desconcertante, mas muito fiável. Algo que também contribui para o meu entusiasmo. 

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Animais domésticos em extinção?

Em conversa, diz-me uma pessoa que é contra a esterilização dos animais de rua, que a continuar esta prática, promovida pelas Câmaras e organizações de ajuda animal, os cães e gatos vão extinguir-se, e ainda que isso vai originar um novo negócio, muito mais caro. Disse também que desde sempre os animais foram auto-suficientes, mantendo um equilíbrio entre uns e outros, dentro do eco-sistema. 

O mundo mudou desde que o homem entrou pelo território natural, os animais têm muita mais dificuldade em subsistir, e se já antes a sobrevivência era difícil, agora piorou. Não podemos esperar que os animais de rua, cães e gatos, se desenrasquem sós, e tendo os sacos de lixo desaparecido, o que lhes resta? Caçar-se para se comerem? Para mim este pensamento é bárbaro. Se fomos os causadores do problema, temos agora que tentar encontrar soluções.

No ano passado, uma senhora americana contou-me que a filha trabalha numa ONG de resgate animal, e tem pedidos de adopção de cães a que não pode corresponder, então manda-os vir do Canadá e de outros países mais distantes, a expensas do adoptante. Portanto, eu sei que o primeiro argumento do meu interlocutor está correcto. 

Por outro lado, como podemos consentir que as colónias de animais de rua proliferem descontroladamente, se isso põe em risco animais e pessoas? Os cuidadores destas colónias fazem um trabalho fantástico, ao alimentá-los, vigiando-os e tratando deles quando adoecem ou sofrem acidentes, com ajudas institucionais, e por vezes, até mesmo às suas custas. Estes animais são quase todos dóceis, não fugindo ao contacto humano, e se por vezes surge alguém que adopta um destes animais, eles adaptam-se bem. 

A procura do equilíbrio é sempre um desafio enorme, e quando envolve vidas ainda maior. A castração massiva é algo que também me incomoda, mas de momento parece-me um mal menor. Temos é que ficar vigilantes para que, de facto, não se chegue ao ponto de ter que se pagar para ter um cão ou gato, porque nisto tudo é exactamente nisso que sou, assumidamente, contra, que se pague por animais, quando tantos se podem adoptar. 

terça-feira, 25 de julho de 2023

O Melhor do Verão

 

Das coisas que mais gosto no Verão são os jantares de família no jardim. Agora que estou mais interessada na arte de pôr a mesa, e me divirto bastante com isso, ainda gosto mais. 

Acho que descobri tarde que não é por ter um serviço branco, básico, do qual, aliás, ainda hoje gosto imenso, que tenho que continuar fiel ao mesmo, e não posso comprar outros pratos. O meu problema é o espaço; por outro lado, é bom que algo contenha o meu entusiasmo. 

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Bolo de Limão e Alecrim Vegan



Por vezes faço um bolo pequenino, na forma de coração, para a Letícia, este foi para um lanche, em que também assei scones e pão. Acompanhamos com iogurte de soja, de baunilha, uma colherada generosa por cima, para lhe dar uma frescura extra. 

Bolo de Limão e Alecrim

Ingredientes:

Uma chávena de chá de farinha com fermento

Meia chávena de açúcar amarelo

Uma colher de café de bicarbonato de sódio

Raspas de meio limão e sumo de outro meio

60 ml de azeite

80 ml de leite vegetal

Alecrim picado a gosto


Como fazer:

Misturar os ingredientes secos numa taça, e envolver tudo; juntar o sumo de limão ao leite vegetal, deixar repousar, e entretanto misturar os restantes ingredientes aos secos, envolver tudo, e por fim o leite vegetal. 

Levar ao forno em forma untada e enfarinhada, e cozer cerca de 20 minutos, ou fazer o teste de palito. 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A Importância dos Mercados de Bairro

Há muitos anos que tenho noção da importância dos pequenos negócios, nomeadamente das mercearias de bairro, e já quando vivia no Porto, há 30 anos atrás, gostava de fazer aí as minhas compras. Há uns meses passamos em frente a uma mercearia, numa transversal de Sta Catarina, onde eu comprava as alheiras de Mirandela e o queijo, e perante a fila de espera que se prolongava pela rua, comentei incrédula, com a minha filha, que quando eu era cliente do casal idoso, muito lento e afável, agora substituídos por empregados com aventais enormes, a clientela ali rareava. Actualmente, vendem uma diversidade maior e mais dirigida aos turistas. O espaço estava renovado, e embora mantendo a traça, tinha perdido a essência. O positivo, a mercearia mantém-se, o negativo, mas não graças aos locais! 

Serve este intróito para falar do fim da "minha" mercearia local, há cerca de uma semana. Com nova gerência há coisa de 2 anos, uma casa centenária, negócio de 3 gerações, e agora negócio de família também, não se aguentou e fechou portas. Não foi total surpresa para mim, que via a clientela a diminuir e a reduzir-se ao mesmo ritmo da mercadoria nas prateleiras, mas desgostou-me à mesma. Era onde eu fazia compras, ao virar a esquina, apoiando o comércio local, e emprego de duas pessoas; onde encontrava, ocasionalmente, produtos locais e da época, a broa de milho caseira (vinda de alguém que também perdeu um cliente), e sobretudo, onde me conheciam pelo nome, e se preciso fosse, em caso de esquecer a carteira, me "fiavam" fosse o que fosse, e até me ajudavam a trazer as compras a casa! Há disso noutras superfícies?! 

Não posso esquecer ainda que durante as restrições covidescas, nunca me aborreceram por andar com a máscara abaixo do nariz, ou mesmo não a usar, quando não estava lá mais ninguém. E que nunca fiquei à porta em fila, como a maioria das pessoas fez nos hipermercados. Porém, a certa altura, reparei que precisamente para fugir dessas filas nas grandes superfícies, começou a aparecer uma nova clientela, e formaram pequenas filas ali ( comigo nunca, que ando sempre ao contrário dos demais), e fiquei contente, até pensei " Pode ser que com isto percebam o valor dos mercados locais e até constatem que nem sequer são mais caros, como a maioria crê!"; ingenuidade minha, eram somente oportunistas, desapareceram assim que terminaram as longas filas nos Continentes e quejandos. 

É certo que o centro da Vila está em obras há demasiado tempo, constrangendo a mobilidade da população, mas isso não justifica tudo. A responsabilidade recai sobre quem descarta o comércio local, e prefere continuar a enriquecer os Azevedo, os Soares dos Santos, e outros com nomes estrangeiros, em detrimento das famílias que nos estão próximas. 

Nas grandes superfícies somos apenas um, no comércio local conhecem-nos pelo nome, e concedendo-nos delicadezas que no momento de "aperto" se provam essenciais, como o tal esquecimento da carteira, ou a dispensa de um artigo que me esquecia de encomendar antecipadamente, como os ovos caseiros ou a broa de milho. Chegaram a partilhar comigo o que tinham posto de lado para consumo próprio. São estas coisas que valorizo e não têm preço. 

Portanto, tenho-me sentido algo zangada com a comunidade local. Por esta falta de apoio ao pequeno comércio, às famílias locais, ao que é português e singular.

Por outro lado, abriu há 2 anos uma loja bio que tem vindo a expandir-se em variedade, onde eu compro cada vez mais, e prevejo agora passar a comprar ali, essencialmente. Já sei, também, que em caso de "restrições" futuras terei neste comércio uma salva-guarda. O resto que volte a fazer filas nos mesmos de sempre, onde as etiquetas de preços promocionais tapam as anteriores com valores inferiores ou descontos de 1 cêntimo! Há quem goste de ser enganado e desconsiderado, e fazem por isso. Há quem nunca aprenda. E siga a marinha! 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Para Queda de Cabelo

Ouvi de uma senhora entendida em tratamentos e curas naturais, na Antena2.

Lavar o cabelo como sempre, com champô, retirar a espuma com água, e voltar a passar o cabelo por água fervida com alecrim, massajar suavemente, e limpar normalmente com a toalha. 

Cortei umas pontas de alecrim e deixei ferver uns 5 minutos, com água. Depois de frio verti para uma garrafa e guardei para uso de quem quiser. Notei que também amacia o cabelo.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Dica de leitura - Os Apanhadores de Conchas

Via

A meio deste livro senti uma enorme vontade de chorar de tal forma estava maravilhada com ele. Não por nada triste, apenas por ser tão bom! Que maravilha rara. 

Rosamunde Pilcher é uma autora inglesa, nascida em 1924, que desde muito cedo começou a escrever, tendo publicado o seu primeiro livro aos 18 anos. A sua obra é vasta, premiada, e reconhecida pelos leitores, tendo vendido mais de 60 milhões de cópias no mundo. 

Este romance conta a história da família Keeling, à volta da matriarca, Penélope. Há nalgumas pessoas uma fragilidade comovente, como se não pertencessem a este mundo, e cada inalação de oxigénio lhes fosse penosa. Senti que era o caso do pai da protagonista. 

Já Penélope parece ter sido alguém que navegou pela vida ao sabor do vento, não demonstrando ter firmeza necessária para grandes reviravoltas, mesmo necessárias, contudo demonstrou possuir uma lucidez apurada, e ver cada um que a rodeava para além das camadas superiores. E tendo isso em consideração, ela vai tomar decisões, afectando-os de forma inesperada. 

A história de Penélope parece algo banal, para uma mulher da sua geração, contudo possuí algumas facetas desconhecidas que nos vão sendo reveladas a nós, leitores, antes mesmo dos seus filhos. Esse desenrolar do fio prende, eficazmente, o leitor à narrativa, e o desvendar da vida passada de Penélope, a franca exposição humana com as suas falhas e vitórias aproxima-nos dela, de forma afectiva, terna.

Depois, há aquelas características que adoro, o campo inglês, a menção constante ao jardim e seus cuidados, a referência à pintura, e a teia das histórias de família, envolta na História da humanidade. 

Mais do que recomendo esta leitura!


Título: Os Apanhadores de Conchas

Autora: Rosamunde Pilcher

Editora: Marcador Nr de Págs: 432