terça-feira, 17 de outubro de 2023

"Sou pacifista"

Filósofo, escritor e poeta francês

Todas as vezes que começa um novo conflito no mundo, e agora sucedem-se sem que os anteriores terminem, parece ser obrigatório que tomemos partido por um lado ou pelo outro. Como se isso fosse mudar o resultado de alguma maneira, ou influenciar quem quer que seja de relevante, para o resultado final. Acontece que só serve para discutir com quem não partilha da mesma opinião, e fomentar mais uma vez a divisão. Criar o caos nas nossas vidas, impedir a paz pessoal, baixar a nossa vibração. 

A realidade é que a informação que nos chega sobre conflitos e guerras é, frequentemente, distorcida, enviesada, falseada e manipulada, e portanto, partindo de pressupostos incorrectos como poderemos avaliar justamente, e opinar correctamente?! Não vejo como seja possível. Pessoalmente, estou totalmente descrente de narrativas jornalísticas e políticas, e por isso recuso-me a tomar partidos. 

A minha empatia e compaixão vai para os civis que querem viver as suas vidas em paz, e estão a sofrer com as guerras; nenhum civil minimamente equilibrado é a favor da guerra, quando é a sua vida que está em risco, ou a dos seus filhos. Quem promove a ideia da guerra sem lá pôr os pés é apenas hipócrita, que vão os filhos dos outros, não? Ou então, tem muito a ganhar com os conflitos bélicos, e nesse caso, são opiniões irrelevantes, por serem tendenciosas e criminosas. 

Estamos no Séc.XXI e temos que aprender a resolver conflitos de forma humana, diplomática e pacificamente. Porém, às elites políticas, protegidas e resguardadas, não lhes agrada esta filosofia pacifista, só ganham com o medo e a destruição, teremos que ser nós, os cidadãos, a assumir posições inequívocas relativamente aos conflitos armados. Temos que ser claramente pela paz, pela vida, pela segurança, pelo crescimento e prosperidade de todos. Temos que dizer "Basta", e que ninguém, que seja pela guerra e morte, nos represente. 

Eu sou pacifista, porque a única verdade que conheço como certa é a paz, e crer que o direito de viver em paz deve ser universal.