terça-feira, 30 de agosto de 2022

Um dia glorioso

 Na semana passada fomos ao Gerês passar o dia, neste Verão foi a segunda vez que lá fomos, e porque estava cá em casa um amigo francês da Letícia a passar férias; só estando lá me lembrei que há alguns anos atrás tinha decidido esquecer Agosto. Voltou-me a lembrança do passado mas desta vez foi ainda pior. O Gerês tornou-se mais popular, entretanto. 

Normalmente, quem chega procura um sítio para se instalar o mais possível afastado de quem já lá está, dando privacidade e beneficiando dela, porém, na segunda passada, não, chegavam e encostavam-se a quem estava, sem qualquer pudor. Tipo praia em domingos de Agosto. 

Primeiro chegou uma família que não era constituída por 20 pessoas, mas parecia, e que a cada vez que viam um animal, tipo cobra de água, lagartixa ou sapo, gritavam amedrontados; eu olhava-os incrédula, mas afinal o que esperam encontrar na natureza?! O que tinham ido para lá fazer? Não é gente para estar ao ar livre, é gente de shopping. As pessoas estão tão desligadas da natureza! 

Sai aquela família e 5 minutos depois chegam os lisboetas, casais jovens, também uma catrefada deles, com crianças pequeninas, muito fofas, mas os adultos...! Encostam-se ainda mais a nós, falam alto, tiram imensas fotografias, estão ali mas não estão realmente. Quando começaram a fumar não aguentei mais, e viemos para casa.

Eu não gosto nada de multidões, evito-as o mais que posso, pelo que já há anos fujo do litoral o mais possível, mas para as pessoas em geral, parece que se tornou normal ficarem amontoados, em casa, onde trabalham, no lazer. Viver em formigueiro. 

Ontem fomos para o Alto-Minho e aí encontrei aquilo que mais prezo, natureza, sons dos pássaros, som da água cristalina, sombras verdes, ar perfumado do reino vegetal, paisagens escarpadas, e muito poucas pessoas. Saí de lá de alma lavada e corpo leve. Não tirei nem uma só foto. Apenas senti e vivi. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Sociedade Comunitária e Solidária

Na Primavera fui a um evento dedicado à geração sénior, e aí conheci uma associação que me encantou, estava para a partilhar há montes de tempo, mas por um motivo ou outro ia adiando. Apareceu-me agora o postal deles, e foi o sinal. 

No dia, quem fez a apresentação foi uma senhora, entre os 55-60 anos, engenheira civil de profissão, que após um acidente grave não voltou mais ao mercado de trabalho. 

A www.55mais.pt associa pessoas experientes com mais de 55 anos e profissionalmente inactivas, com quem delas precisa; oferece um vasto leque de áreas, por exemplo, precisa de um canalizador, um professor de viola, uma baby-sitter, um chef, apoio a seniores, como acompanhamento a uma consulta, etc., pede à Associação se tem algum profissional desse ramo e ele vai prestar o serviço. Estas pessoas, que são ainda muito novas para estarem encostadas na prateleira, mas a quem o mercado de trabalho não dá oportunidade, têm assim uma forma de obter um rendimento extra, e de se sentirem activos, aumentando a sua auto-confiança. 

A 55.mais garante que os seus especialistas prestam um serviço de qualidade e confiança, garantindo-lhes uma vida mais activa e integrada na sociedade

Achei a ideia fantástica, pena é não estar ainda disponível em todo o pais, mas já em imensas cidades. Quanto mais sucesso tiver, mais crescerá, que cada um contribua o melhor possível para isso! 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

"Não têm pão? Que comam croissants!"


Li que a partir de hoje a energia vai subir 35% em Portugal. Para muitas famílias, e empresários, que lutam com tantas dificuldades para chegar ao fim do mês, será mais uma tacada dolorosa. 

A secretária de energia americana, perante o mesmo problema, responde que os menos afortunados, ou seja, os mais pobres, deveriam colocar painéis solares em casa! É o nível psicótico da administração Biden,  ignorância, desligamento, e indiferença totais perante a realidade dos cidadãos. 

Aguardemos pelas pérolas que o governo português irá debitar, quando confrontado com a mesma questão. Qualquer coisa do tipo Graças Freitas " Agosto não é um bom mês para ficar doente, não comam bacalhau à Brás...", relativamente ao escândalo dos hospitais. 

O mundo está governado por loucos. E há quem vote neles. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Sem medo de viver

 Acho que nunca escrevi aqui sobre reencarnação, e porém é um tema importante, para mim, diria até basilar das minhas crenças. Por volta dos meus vinte anos entrei em contacto com este conceito, que de imediato me foi familiar, não senti que fosse nada novo, apenas relembrava, tudo fazia sentido. Ninguém na família comungava destas crenças, não foi portanto influencia alheia, era algo meu. Comecei a ler sobre o assunto, e tudo encaixava. 

Vivi experiências que não vale a pena serem partilhadas porque são minhas, e sei que há pessoas que poderiam ficar tocadas por elas, mas também há aquelas que mesmo perante esses relatos permanecem impávidas, pelo que no geral não as partilho. Sei que é o caminho e tempo de cada um, e está tudo bem. 

Nunca fiz uma regressão que é algo comum de se fazer, entre aqueles que acreditam na reencarnação, pela simples razão de acreditar que não se deve fazer apenas por curiosidade, mas sim para resolver problemas; por exemplo, há pessoas que têm traumas e fobias que não conseguem explicar com esta experiência terrestre, e que numa regressão podem ser compreendidas e desbloqueadas. E por outro lado, também nunca me deparei com um terapeuta habilitado em quem confiasse totalmente; costuma dizer-se" Quando o discípulo está pronto o mestre aparece", nunca foi o caso para mim. E tudo bem. 

Para quem quiser aprofundar-se neste tema recomendo os livros do Dr. Bryan Weiss, psiquiatra americano, que num tratamento de hipnose comum entrou num tempo que o desconcertou, a paciente recuou vidas e séculos; perante o inusitado, e sendo um médico convencional, custou-lhe aceitar que havia mais para além desta vida, mas enquanto homem da ciência, não fechou essa porta, antes se adentrou num mundo desconhecido, marginal até entre os seus pares mas que se revelou profícuo e fascinante. 

Agora, acreditar ou não na reencarnação pode ter impacto na nossa vida? Evidentemente que tem, por isso a Igreja optou por suprimir estes ensinamentos no Concílio de Niceia, em 325. Crer que vivemos apenas uma vez coloca-nos numa posição dramática, temos que fazer tudo bem à primeira! Se não fizermos somos castigados. É um nível de controlo da humanidade.

Acreditar que vivemos muitas vidas liberta-nos de certa forma, desdramatiza o conceito de morte, dá-nos tranquilidade para o tempo de aprendizagem terreno. Fará sentido que o ser humano venha à terra e em 70, 80 anos ( e nem para todos) aprenda, e evolua o suficiente? Esse tempo é menos do que uma areia na praia, a nível cósmico. O corpo físico tem data de expiração, mas a alma é eterna, e isso todas as religiões o dizem. 

Portanto, a experiência da vida faz-se através dos corpos físicos, habitáculo da alma eterna, que aprende e evolui, enquanto os corpos fenecem. Tal como um condutor conduz um carro, e o descarta quando está muito usado, a dar problemas. 

Há cerca de 2 anos, por indicação de uma amiga, comecei a ouvir uns Podcasts sobre "NDE - near death experiences", são pessoas que estiveram mortas por segundos ou minutos, e que regressando à vida relatam o que vivenciaram. Em primeiro lugar, aquilo é tão bom, que nenhum quer regressar; voltam zangados, revoltados, alguns até ficam deprimidos por terem de estar aqui. Em segundo, a conclusão a que chegam é que isto aqui é uma réplica pálida, desvanecida da verdadeira vida, que é lá, do outro lado, onde existe o amor absoluto. 

São relatos espantosos, que modificam totalmente a visão do mundo, da vida, para essas pessoas. E para quem os ouve também, dado que são tantas pessoas a viverem e partilharem, basicamente o mesmo. Estas partilhas ajudam imenso a desconstruir uma série de ideias limitantes sobre a vida, e sobretudo a reduzir e até a suprimir o medo da morte.

Haverá pessoas para quem estas experiências são balelas, devaneios, falsidades, e eu também não acredito em tudo o que ouço, há relatos que me fazem sentido, outros que me causam muitas dúvidas, porém, no geral, as partilhas são muito credíveis. 

No início do Verão entrei numa capela da Sé e vi que todos os crentes (idosos) usavam máscara, durante a missa; e pensei, se estas pessoas acreditam em Deus e no céu, porque têm tanto medo de morrer?! Está certo que queiramos prolongar a nossa vida o mais possível, mas isto é um sinal do medo, do pânico da morte, e viver com este estado de espírito é terrível. Se lhes dizem que o céu é o paraíso, que a vida terrena é um vale de lágrimas, não faz sequer sentido esse terror da morte. Ou então, apesar de cristãos, as pessoas não se andam a portar assim muito bem, não é? Seja como for, a ideia de morrer amedronta muito a população no geral. Conhecer outras filosofias, ideias, e sobretudo experiências é fundamental no processo construtivo de um novo paradigma. 

Animo-vos muito a espreitarem alguns desses canais no YT.

JeffMara Podcasts 

NDE Video

Dorothy Shelton

I died: women share their near death experience

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Tempestade de Verão

 


Primeiro, o céu ficou escuro no horizonte

depois, um ribombar distante ouviu-se.

As abelhas já tinham desaparecido das flores

e as aves voavam em direcções diferentes.

Tudo se compunha 

como numa peça de teatro em que cada um se põe em seu lugar.

Avancei para sentir o vento

que dobrava já as copas das árvores

sem resistência, antes com natural deleite.

A trovoada aproximava-se mais forte, 

e clarões iluminavam o céu pontualmente.

Levantei os braços como se abarcasse tudo o que viria,

Soltei o cabelo, descalcei-me para sentir a terra. 

Pareceu-me natural entregar-me sem reservas nem entraves.

E a cada trovão eu sorria, dizendo:

Vá, acorda-me desta hipnose profunda.

Desperta o meu divino ser! 

A chuva caiu grossa,

o cheiro da terra levantou-se no ar, como inebriante perfume ancestral. 

Tudo se conjugava para me libertar memórias. 


( A chuva está prevista, oxalá ocorra. Novamente. )


quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Biodiversidade não é mito!

 

Faltam as joaninhas pretas e vermelhas, mas tb vieram!

Nunca antes me apercebi tão bem de como funciona a biodiversidade! Talvez porque fui eu a responsável para que isso aconteça no nosso jardim, ao plantar tantas e diversas flores e plantas, e também esteja mais vigilante, mas é realmente maravilhoso ver que funciona. 

Começo as manhãs por dar uma voltinha no jardim e observar as plantas, e encontro sempre algum insecto novo, a diversidade de aranhas é fascinante, não me impressionam nada, são apenas outro habitante no jardim, mas a quantidade de abelhas, vespas, abelhões, borboletas, joaninhas ( estas são pretas com bolinhas amarelas, mais raras por aqui), saltitões,louva-a-Deus, e outros cujos nomes desconheço, assim como este melro mais destemido que durante dias seguidos veio desafiar os vigilantes predadores. Gatos, gatos... por vezes desesperam-me...

Uns consigo fotografar, outros são mais fugazes, mas ainda assim fico contente só de os ver aqui. Tão precioso!

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Estórias para boi dormir



A conversar com familiares fico a saber que ambos, na casa dos quarenta, se queixam de falhas de memória, e que atribuem  à substância experimental inoculada, em 2 doses; contam também dos diversos amigos que se queixam de cansaço, nunca mais tiveram a mesma resistência de antes, e que uma colega dela chegou mesmo a ficar paralisada das pernas durante uma semana. 

São pessoas que aderiram à inoculação, e que acreditaram em tudo o que o mainstream lhes disse, e nas promessas feitas. Agora, devido à experiência pensam de outra forma. Isto era algo que eu temia, que as pessoas só conseguissem perceber a fraude quando a sentissem na pele. Porém, há pessoas que continuam a crer em tudo o que o jornalixo propala, e as explicações para óbitos acima da média são do mais ridículo que se possa imaginar, desde vagas de calor, e alterações climáticas, passando por duches a mais, e orgasmos, tudo serve para não nomear a realidade. Até a alegria de passar nos exames, como aconteceu a este estudante!


Vivemos uma realidade surreal, distóptica, e a verdade tem sido camuflada, suprimida, manipulada, com o mainstream a agir de forma totalmente cúmplice. 

Podemos contar apenas com o Página Um, jornalismo independente, que aliás tem tido alguns dos seus artigos copiados, pelos jornais mais conhecidos da nossa praça, sem nunca o nomearem. Uma das iniciativas que o Página Um teve foi levar a tribunal entidades ligadas à Saúde, por recusarem acesso a documentos, e números. 

Porém, outras questões se levantam, irão os tribunais funcionar em prol da verificação da verdade?! Serão os responsáveis por estes 10 mil óbitos mensais chamados a capítulo?! Os responsáveis pela ditadura sanitária sairão incólumes dos seus actos?! 

Perante a realidade dos números parece que estes "profissionais de saúde, gestão de pandemias e militares" começam a atribuir a culpa a toda a sociedade, dizem "é um falhanço de todos...", a sério que vão por essa via novamente?! Quando as coisas parecem correr bem, a vitória é pessoal, e são aclamados como heróis, quando a coisa dá para o torto, a responsabilidade é de todos. Embrulhem! 

BASE DE DADOS DA MORBILIDADE E MORTALIDADE HOSPITALAR
Amigo da ministra Marta Temido “mutila” informação e serve sucedâneo para esconder caos do SNS

A comunicação social que ignora o que se anda a passar com a nossa democracia será a responsável por um dia acordarmos numa ditadura plena…

Aquilo que se anda a passar em termos de obscurantismo é um absurdo.

E se os tribunais não funcionarem em defesa dos cidadãos, esqueçam…

Página Um

Depois disto tudo, continuar a acreditar no mainstream e políticos é de uma enorme falta de maturidade. É praticamente infantil. É urgente querer ver a realidade tal como ela é, assumir a responsabilidade pela nossa vida, não a delegando a estranhos que continuamente são noticiados por casos de corrupção e desonestidade. Porque é isto que temos, não é?! Ou esqueceram-se, entretanto?!  

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Como agir em agueiros


Eu já tinha lido sobre agueiros, creio que me apareceu um alerta nas redes sociais, partilhado por alguém, e embora me tenha dedicado a ler, e lembro-me perfeitamente porque nunca tinha ouvido falar deles, quando estivemos na situação, no momento, não consegui identificar! 

Numa praia pequena, com poucas pessoas, e vigiada, bandeira verde, mar tranquilo, apanhei um dos maiores sustos da minha vida, quando tão próximo da areia, senti que a corrente nos impedia de nadar em direcção à praia. Estávamos em grupo, só família. Foi um sentimento de impotência e incompreensão, e só quando a nadadora-salvadora, me disse que havia ali um agueiro entendi tudo!

A corrente puxa para dentro do mar, não vale a pena cansarmo-nos a tentar nadar, mais vale flutuar, e nadar para as laterais, a partir do momento que não se sente o mar puxar, nadar para terra. Entretanto, o nadador-salvador vai perceber que há banhistas aflitos e virá ajudar com instruções e até salvamento, se for caso disso. 

É uma daquelas situações em que à primeira vista nada faz prever o perigo.