sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Couscous de Inverno

 


Esta receita é uma óptima proposta para o Ano Novo, é rica e festiva. Acompanha com um arroz Basmati e uma salada fresca de alface, rúcula, tomates-cereja, cebola roxa e maçã fatiada, e fica perfeito!

Retirei a receita do Compassionate Cuisine, vou transcrever Ipsis Verbis, não vá a receita desaparecer, como tantas vezes acontece. 



Couscous de Inverno

" 3-4 PORÇÕES | DURAÇÃO: 50 MIN | DIFICULDADE: 1/5

Ingredientes
2 cenouras, descascadas e cortadas em cubos
1 cebola roxa, cortada em cubos
1 pau de canela
2 folhas de louro
1 colher de sopa de azeite
½ colher de chá de gengibre em pó
¼ colher de chá de açafrão-das-Índias (curcuma)
1 colher de chá de colorau
½ colher de chá de paprika (pode ser fumada)
¼ colher de chá de piripiri
¼ cabeça de couve-flor pequena (pode aproveitar o talo, cortando-o em cubos)
½ abóbora-menina (350 – 400 g), descascada e cortada em cubos
2 damascos, picados
260 g de grão-de-bico cozido (corresponde a 1 lata pequena)
80 g de cuscuz
80 mL de água
Salsa ou coentros frescos, picados
Uma pitada de sal e pimenta preta a gosto

Procedimento
1. Preaqueça o forno a 180°C. Coloque a cenoura e a cebola numa forna, e junte a canela, as folhas de louro, ½ colher de sopa de azeite e uma pitada de sal. Leve ao forno e asse durante cerca de 10 a 15 min. Junte a abóbora, a couve-flor, ½ colher de sopa de azeite, e as especiarias. Envolva tudo e leve novamente ao forno. Deixe assar cerca de 30 min, até os legumes ficarem dourados. Junte cerca de 80 mL de água, o grão-de-bico, e os damascos picados. Leve ao forno mais 10 min.
2. Enquanto os legumes assam, prepare o cuscuz: numa taça coloque o cuscuz, a água a ferver, e uma pitada de sal. Cubra a taça, e deixe repousar cerca de 10 min. Solte o cuscuz com um garfo, e reserve.


.3. Para servir, envolva o cuscuz com os legumes e sirva numa travessa ou prato fundo. Ajuste os condimentos a gosto. Guarneça com coentros/salsa frescos picados e amêndoas tostadas."


Desejo-vos Boas Entradas em 2023, e que o Ano Novo vos traga tudo de bom!

Até ao Ano| 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Dica de Leitura - " Noite sem lua"

Via

Este foi o último livro que li em 2022, e queria deixá-lo registado. 

John Steinbeck é um autor norte-americano, nascido em 1902 e vencedor do prémio Nobel da Literatura. Foi muito bem sucedido, e a sua actividade escrita prolífica. Vários dos seus livros foram adaptados ao cinema, eu vi pelo menos "A leste do Paraíso", e li "As vinhas da Ira" e "A pérola", que tenho, e ainda tenha sido há muitos, muitos anos, e não me recorde detalhadamente, sei que fiquei com boa impressão. Portanto, este "Noite sem lua" não me decepcionou, pelo contrário, foi muito melhor do que antecipei. 

A acção localiza-se algures perto de Inglaterra, num país/ilha que não é nomeado, durante uma guerra que também não é designada mas leva a crer que seja a II Mundial, e que é invadido sem resistência, devido ao diminuto e despreparado exército,em poucas horas. O local tem interesse devido à mina de carvão, que o inimigo pretende, e desde logo o diálogo entre o Presidente do país e o coronel inimigo espanta pela franqueza e humanidade. Um, enquanto soldado de carreira cumpre ordens sem questionar, o outro, eleito pelo povo não esquece que deve fazer o que este deseja, e que é somente um mero representante. Este modelo de politico que parece deixar o coronel perplexo, tal como me deixou a mim, é o exemplo perfeito do que deveria ser, mas que desapareceu da nossa sociedade, e se tornou utópico. 

O retrato dos soldados inimigos e da população ocupada é visto do mesmo ângulo, o humano. Por detrás da imagem dos soldados há homens,velhos,jovens, rapazes que querem paz, querem voltar a casa, às famílias, e desesperam pela falta das emoções que os fazem felizes, aconchegados e queridos. No fim de contas, almejam o mesmo que os civis privados de uma série de coisas decorrentes da guerra. 

Numa época de tanta guerra no mundo, e mesmo aqui, na Europa, ler este livro lembra-nos de que as pessoas, o que querem realmente, é viver em paz. Em segurança, com as suas famílias. E que se os políticos fossem genuínos representantes dos seus povos jamais se envolveriam em guerras; é deste modo, um romance universal, e por isso o escolho como a melhor leitura de 2022. 


Título: Noite sem Lua

Autor: John Steinbeck

Editora: Ulisseia

Nr de Págs: 176

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Embrulhos dos presentes 2022

 


Gosto de embrulhar os presentes todos com o mesmo papel, e quando vi este rolo de papel de embrulho pensei na toalha de mesa, pareceu-me igual, e boa ideia embrulhar os presentes naquele prolongamento, e comprei.

Afinal era bem diferente, não ficou perfeito, ficou mismatched mas o suficiente para suscitar comentários que perceberam a associação.  

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Mesa de Natal

 


Este Natal voltei a usar o serviço de pratos Bordallo Pnheiro, e foi isso que deu o mote para a montagem da mesa; para mim, as cores de Natal são o verde e o vermelho, portanto, foi só recolher pela casa o que poderia ser usado nesta mesa; e a toalha foi comprada a pensar nesta combinação, é de algodão reciclado, da Tognana, o tecido é algo grosso, tem um certo aspecto rústico, mas eu gosto imenso dela, dá à sala um ar muito aconchegante, nesta ocasião, muito natalício. 




Para o centro de mesa usei dois ramos de pinheiro manso, uma fita de cetim a que dei um grande laçarote, decorei com duas rodelas de laranja, três ou quatro pinhas e pronto. 

A fruta que espalhei pela mesa foi apenas encenação, não se pode manter demasiada decoração quando o espaço é necessário para trazer refeições para 9 pessoas, sendo que metade comeu peru assado e outra metade rolo wellington de lentilhas, cogumelos e nozes. 

Gostei imenso do resultado, muito provavelmente vou repetir na passagem de ano, com algumas alterações, aliás basta mudar a toalha, para uma de linho bordada, e o centro para dar logo outro ar. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Sonhos-falsos de Abóbora


No domingo passado, queria fazer alguma sobremesa que soubesse um pouco a Natal (sem ser uma das sobremesas tradicionais, prefiro esperar até ao dia), e por outro lado, pretendia que fosse algo rápido, pensei em sonhos de abóbora, porque já a tinha cozida, mas adaptei uma receita; a modos que resultou numa falsa versão de sonhos. Funcionou, preparei a massa, e no momento da sobremesa fritei os bolinhos. Foram para a mesa quentinhos e bons. Mas frios também sabem bem. 

Sonhos-Falsos de Abóbora 

Ingredientes:
Uma chávena grande de abóbora-menina cozida e escorrida
3 Colheres de sopa de açúcar
6 colheres de farinha com fermento (se a massa parecer demasiado liquida acrescente mais farinha, depende da abóbora)
1 ovo 
Raspa de uma laranja
Mistura de açúcar e canela a gosto

Como Fazer:
Triturar a abóbora, transformando-a num puré, juntar-lhe o açúcar, o ovo, a raspa de laranja, envolver; juntar a farinha peneirada e envolver novamente, com delicadeza.
Fritar às colheradas em óleo bem quente, de ambos os lados, escorrer no papel e, por fim, passar na mistura de açúcar e canela.

Não tem que enganar, não requer os cuidados dos sonhos, nem sequer o tempo. E ficam muito bons. 

Aproveito para desejar um Feliz Natal. Que não vos falte nada, sobretudo paz e amor.  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Dica de leitura - Uma vida Inteira

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É considerado um romance brilhante, e foi um fenómeno de vendas nas livrarias alemãs. Já não recordo de onde me chegou a dica mas a apresentação da narrativa interessou-me. Assim que comecei a ler as primeiras páginas anotei mentalmente que devo prestar mais atenção à origem das minhas sugestões de leitura; tal como aconteceu antes com o som, são agora as palavras lidas que não estando em sintonia com a minha consciência se me tornam penosas e intoleráveis. Refiro-me particularmente à descrição da infância do protagonista; o mau-trato infantil, ainda que em ficção, é-me absolutamente insuportável. 

Portanto, esta é a história de Egger, um órfão recolhido por parentes relutantes, que desde cedo encontrou as amarguras e desgostos de um mundo rural, duro e impiedoso para com os frágeis e necessitados. Mas ele possui a resiliência das ervas daninhas, que teima em singrar nos climas mais hostis, e até disso faz gala. Tudo o que a primeira metade do século XX lhe proporciona ele aproveita, retirando-lhe o melhor de que é capaz, tornando-se um sobrevivente obstinado do principio ao fim da sua vida. 

Egger é uma personagem comovedora, seja pela solidão imposta e depois auto-infligida, seja pelas suas diversas facetas, por vezes inesperadas, como a romântica, revelam alguém de quem não se sabe o que esperar. Só ele é capaz de se ver na sua profundidade, e tem a coragem de o fazer. 

Título: Uma vida Inteira

Autor: Robert Seethaler

Nr de págs: 120

Editora: Porto Editora 

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Imaginem uma árvore sem presentes! Só envelopes.

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Uma das coisas mais problemáticas do Natal são os presentes. Olhando para trás apercebo-me de como era diferente, e fácil, quando eu era criança, e adolescente! Qualquer que fosse o presente agradava-nos, fossem chocolates, roupa, livros, blocos de Notas e Diários, borrachinhas perfumadas e com feitios de animais, porta-lápis, bijutaria, jogos de tabuleiro, enfim, fosse útil como um pijama, supérfluo como uns brincos de fantasia, ou pedagógico como um livro, deixava-nos entusiasmados e felizes. 

Vivi essa fase da vida em que as pessoas eram mais contidas, e que compras supérfluas não se faziam regularmente, as roupas eram compradas conforme a necessidade delas, e ir às compras só por ir, tipo dar uma volta no shopping, não era programa. Portanto, as festas como o Natal e aniversários eram as únicas ocasiões em que se compravam e ofereciam aqueles extras. Lembro-me de um poncho às riscas que recebi, teria 8 ou 9 anos, e adorei. Também do mini-saco de água quente, com o desenho do Gato das Botas, e muitos outros presentes que eram apenas bonitos para mim, e actualmente impensáveis de se oferecer. 

O que vejo agora é que as crianças e adolescentes têm absolutamente tudo o que precisam, e não precisam, a qualquer altura. Umas vezes pedindo, outras simplesmente partindo da iniciativa dos pais, vão adquirindo e coleccionando uma quantidade e diversidade de coisas que lhes colmata qualquer vazio. E portanto, tornaram-se muito exigentes; uma peça de roupa por si já não os satisfaz, tem que ser de determinada marca, e ainda assim, um certo modelo, provavelmente aquele que todos os da mesma idade estão a vestir. Livros? A maioria não lê. Jogos? Sucedem-se as modas tão rápidas neste quesito que já nem sabemos se o que jogam no início de Dezembro os entusiasma ainda no Natal. Resta-nos portanto... o vil metal! E pronto, lá vai uma nota ou duas dentro do envelope. Para mim este é o presente que mais me frustra e até me entristece. Para além de não dizer nada a respeito do que eu sei sobre aquela criança ou jovem, simboliza o materialismo puro e duro, e nesta época choca-me mais ainda. 

Há quem nesta questão seja muito pragmático,"Olha, melhor, dinheiro num envelope e não se pensa mais nisso, está feito.", e eu até compreendo esta opinião, mas para mim é só mesmo esse o único aspecto positivo.  

Tentei diversas vezes lutar contra esta tendência, mas tive que me render pelo insucesso resultante. Portanto, por tudo isto, este aspecto do Natal é também um pelo qual anseio libertar-me, e que termina com a entrada de cada um destes jovens no mercado de trabalho. É a regra na família. 

Tenho que ressalvar, sem orgulho ou falsa modéstia, que os meus filhos são os únicos jovens que conheço que recebem o que lhes oferecem com igual alegria e gratidão, e para eles os livros são dos melhores presentes que lhes podem oferecer. Têm sempre uma lista deles para sugerir quando alguém lhes pede ideias. 

Sinto-me tão grata por eles, quando penso nestas coisas. Foi-lhes, certamente, impresso no carácter os nossos valores, porém, não terem sido contagiados pelo mundo materialista que os rodeia, é qualquer coisa de excepcional. 

Mas enfim, talvez isto seja um não-problema para as pessoas em geral, e esteja tudo bem. C'est la vie!  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Tempestade



Já vem anunciada em mensagem pela Protecção Civil, sem que a tivesse requisitado. Não me causa qualquer apreensão ou receio. Aguardo-a apenas com uma certa excitação. 

Sinto-me mais viva do que nunca ao ver a força do vento dobrar os galhos das árvores gigantes, que se contorcem para um lado e o outro, numa dança sentida, embora por momentos me confunda a visão e não saiba dizer se dançam em harmonia ou lutam pela sobrevivência. O que sei é que há ali uma força extraordinária, e por vezes um certo furor apaixonado, que é lindo de se ver. 

As folhas que estavam a cair gradualmente, desde o Outono, levadas por ocasionais ventos, caíram repentinamente e as árvores agora totalmente despidas são espectros do que foram no Verão. Mostram-se na totalidade, expondo uma delicadeza que ainda suporta aves, e por momentos ventos quase ciclónicos. 

Dizer que a natureza é um espectáculo vivo não é metáfora nem hipérbole, é uma declaração absolutamente justa e precisa. Quem tiver olhos que veja, e coração a bater, que sinta. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Grande mérito

Em 2010 passeávamos por uma terrinha simpática na República checa, quando ao tirarmos fotos, numa rua pacata mas típica, um senhor nos abordou e num inglês macarrónico nos perguntou de onde éramos, respondemos "we are from Portugal" duas ou três vezes, sem que ele compreendesse, até que eu respondi, sem pensar: "Cristiano Ronaldo"! E o rosto iluminou-se com um sorriso, e ele disse algo como "Ahhh...Portugalsko!". E rimos todos, finalmente concordantes.

Eu não sigo o mundo do futebol, não me interessa absolutamente nada, mundiais e europeus idem. Mas sei isto, podem não gostar do CR7, podem atribuir-lhe este e aquele defeito, mas que levou o nome de Portugal a paragens e pessoas que desconheciam absolutamente o nosso país é inegável! 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Santiago de Compostela - visita de um dia

 


No feriado de 5 de Outubro demos um salto a Santiago de Compostela. Há alguns anos que queria lá voltar e apesar de ter estado na calha um par de vezes, foi sempre adiado. 
Fomos directamente a Pontevedra, que me tinha causado uma maior impressão, há quase 30 anos, é aquele tipo de cidade pequena e antiga de que gosto muito, e foi diferente, achei a cidade muito maior, menos provinciana, mas igualmente bonita. Passa por lá el camiño e ver os peregrinos a toda a hora já nos prepara para Compostela, é assim uma espécie de ante-sala. 

Planeamos fazer piquenique ao almoço, para nós é sempre a melhor opção, porque primeiro, é muito mais prático procurar um sítio para almoçar do que procurar um restaurante, segundo, um restaurante com opção vegetariana é ainda menos fácil de encontrar, e 3º perde-se muito menos tempo, do que fazer a refeição em restaurante. E num passeio de um dia não há tempo a perder.

Apanhamos alguma chuva no final da tarde, de forma que essa parte foi menos agradável, mas deu à mesma para passear pela cidade, admirar os prédios antigos e ruas medievais, apreciar a chegada dos peregrinados vindos pelos diversos caminhos, uns alegres, outros a chorar, uns a solo, outros acompanhados, uns a cantar outros em silêncio, mas todos emocionados, orgulhosos, e talvez aliviados, por chegarem finalmente ao destino.  
Entramos na catedral por uma porta lateral, da outra vez ainda entramos pela porta principal e podíamos tocar na estátua do santo Tiago, agora protegida com acrílico e de acesso restrito a visitantes pagantes, e ficamos sentados algum tempo a apreciar a beleza da talha dourada, das imagens, e da grandiosidade da catedral; também observamos os peregrinos, uns movidos pela fé, outros pela curiosidade turística, mas todos respeitosos. Confesso que esta parte de observar as pessoas é uma das minhas preferidas, nos passeios e viagens. É tão interessante tentar desvendar as pessoas e as suas histórias. 

De tarde, lanchamos os típicos e famosos churros com chocolate que não tem nada a ver com os que se comem por aqui, e os mais deliciosos são servidos no Café Iacobus: a dica foi-me dada pela funcionária de uma pastelaria cujo nome esqueci, mas ao mencionar em conversa o valor que dá aos doces caseiros, pensei logo que era a pessoa certa para me dizer onde encontraríamos os melhores churros. Confesso que se por acaso passássemos em frente daquele estabelecimento nunca na vida lá entraríamos, e porém, tanto os churros como o chocolate quente são deliciosos. Aconselho.

Foi um passeio que valeu muito a pena. Afinal, Santiago de Compostela fica a pouco mais de 2 horas e pico de viagem, acho que não demoraremos muito a lá voltar. 


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Natal todos os dias

 Eu sei que a época natalícia pode ser stressante e deixar-nos muito assoberbados, sobretudo para quem organiza o Natal em casa, mas tem tantas coisas boas! 

Obviamente que há um aspecto material que não pode ser descurado nesta época, fazer a decoração da casa, pensar em quem queremos agraciar com os nossos presentes, e depois comprá-los, a mercearia para preparar as refeições, e mais isto e aquilo, e gerir o orçamento para tudo isto pode ser efectivamente desafiante, mas tentar encontrar também nestas actividades alguma tranquilidade e se possível alegria, é o desejável. E depois, há o outro lado...

Parece que o mundo inteiro, pelo menos o nosso mundo, começa a entrar lentamente em pausa, o foco a dirigir-se para coisas mais bonitas, alegres, amorosas, elevando nosso espírito e mudando a nossa vibração. Entramos num estado de mais empatia, compreensão e amor. E nesse estado passamos a fazer todas as coisas que são mais "aborrecidas" com mais paciência, e tolerância. Até incluímos quem habitualmente excluímos, como os menos afortunados. 

Os menos positivos costumam responder-me: E de que adianta?! Passa o Natal e volta tudo ao de antes! E eu respondo: Depende de ti, faz a tua parte sempre. Porque a verdade é que nos focamos muito no colectivo, retirando-nos da equação, quando de facto nós fazemos parte dela, nós somos a solução. Portanto, podemos não conseguir acabar com a fome no mundo, mas se a pudermos mitigar em alguém próximo de nós, já é tudo o que podemos fazer, e estamos a fazer.

A maioria de nós reclama demais sem noção de quão privilegiados somos. O desafio é mudar o foco para um estado interno que sinta gratidão, e desse sítio partir para o exterior. Fará toda a diferença. O Natal vem a cada ano trazer-nos outra oportunidade de sermos e fazermos melhor. Como não vivê-lo com alegria?!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Tendências em árvores de Natal

 

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Tradicionalmente, hoje é dia de montar a árvore de Natal. É isto que, realmente, dá o ponto de partida e countdown para o Natal. Cá em casa não tem havido grandes variações, mas notei que a decoração das árvores está a ser também alvo de modas.

Nos últimos anos a tendência era manter um tema, tudo bolas vermelhas, tudo bonecos-de-neve, tudo chupa-chupas, e etc. , e confesso que a criação de um tema me agradou por lhe dar um certa harmonia, que era alcançada muito facilmente, o que também me agradava pela praticidade. Porém, surgem agora sinais de que essa tendência está a mudar, e começam a aparecer árvores que me fazem lembrar muito as da minha infância, seja pela diversidade decorativa, seja pela profusão. Assim pró Kitsch

Serão menos fáceis de montar mas, convenhamos, têm vários aspectos positivos! Desde logo é aquele tipo de árvore de Natal que sendo mais difícil de identificar, requer uma observação mais demorada, em cada objecto e detalhe, provocando comentários e conversas; é também depositária de uma colecção crescente, há sempre um enfeite bonito ou com alusão significativa que justifica a compra e que traz novidade a cada Natal; e cada enfeite conta uma pequena história, lembra o sítio onde foi comprado, ou a ocasião que o originou; é também uma árvore em arranjo permanente, cada membro da família vem e dá um toque seu, trocando este ou aquele enfeite de sítio, para lhe dar mais ou menos destaque. Por fim, é uma árvore mais amiga do ambiente, por ser feita de acumulação através dos anos, e não de descarte e substituição. 

A solução para evitar o descarte do que temos, é guardá-lo e ir misturando com algo novo que se adquire, ou trocar alguns enfeites nas plataformas de venda ou feiras de velharias, onde aparecem decorações vintage únicas, que remetem para a nossa infância e nos provocam uma certa nostalgia, tão aliás própria a esta época do ano.  

E que os jogos -natalícios- comecem!