quinta-feira, 30 de março de 2023

Mesa Posta de Azul e Branco

 


Diz o Duarte: Já nem sei onde acaba o prato e começa a toalha!

Faz-me rir tanto, o meu filho! Todavia, portou-se bem, e manteve a comida no sítio certo. 

terça-feira, 28 de março de 2023

Dica de Leitura: Elizabeth and her German Garden

Via


Dado que tenciono ler outro livro desta autora vou dedicar-lhe, desta vez, uma apresentação mais extensiva, que pelo menos contextualize este livro. Para a biografia completa, ler aqui.

Elizabeth von Arnim nasceu na Austrália, no seio de uma família rica; aos 3 anos os pais decidem mudar-se para Inglaterra, o pai era inglês, deslocando-se pela Europa, e fixando mesmo residência na Suiça. A dada altura voltaram para Inglaterra, onde Elizabeth, inteligente e musicalmente dotada, estudou no Royal College of Music, Órgão. Aos 20 anos, os pais organizaram um passeio pela Europa para lhe encontrar noivo; em Roma conheceu o recém-viúvo Raff Henning Von Arnim Schlagenthin, membro da aristocracia prussiana. Ele ficou cativado pela inteligência, vivacidade e talento de Elizabeth, pelo que 2 anos mais tarde casavam em Londres. Moraram inicialmente em Berlim, e do casamento nasceram rápida e sucessivamente 3 meninas. Foi numa viagem ao campo, pelas propriedades do marido que Elizabeth descobriu e se apaixonou pela casa de Nassenheide, na Primavera de 1896, convencendo-o a mudar a família para aí. 

Este livro resulta de uma espécie de diário que Elizabeth inicia na nova residencia, a propósito do jardim, que descurado durante anos se tornara uma selva, e que a nova moradora tenciona recuperar. Não se espera certamente que uma senhora, aristocrata, se dedique a tal tarefa na primeira pessoa, nem sequer que lhe devote grande importância, mas Elizabeth não consegue ficar longe dele. É o seu sítio preferido para ler, é aí que descobre a tranquilidade, onde é mais feliz. 
De jardinagem não percebe, mas instruí-se com os livros, e se no início era o jardineiro quem decidia, a senhora da casa foi descobrindo a sua voz. Para Elizabeth o jardim tornou-se uma espécie de laboratório de experiências, dedicando-lhe tempo e dinheiro próprio, para perplexidade do marido, que esperaria que o fizesse antes com vestidos. Mas o livro não versa apenas sobre jardinagem; o relato ganha um fôlego extra a propósito de duas visitas, que chegam para o Natal, Irais, amiga da anfitriã, e conhecida cantora, e Minora, uma desconhecida e jovem estudante inglesa, aceite como especial favor a um amigo.
 
A estadia das duas visitas prolonga-se por semanas, dando azo a diversos episódios em que os costumes, leis, formas de pensar, estar e fazer são revelados, para espanto de Minora e gáudio das outras duas senhoras. A diferença de culturas não se esbate para uma leitora do século XX ou XXI, como eu, também perplexa com a comparação das mulheres a crianças e imbecis, perante a Lei alemã, no final do séc.XIX. Ou pelo inusitado costume da lavagem das roupas apenas 4 vezes ao ano, sendo a roupa suja acumulada, e a substituição dessa pela limpa significar a abundância e riqueza da casa. 
Há confrontos de ideias entre elas, mas também entre elas e ele, o Man of Wrath, como a esposa o apelida. Os debates são muito interessantes e estimulantes. E também cómicos por vezes, aliás o sentido de humor de Elizabeth repercute por toda a narrativa. 

O livro foi publicado em 1898 e imediatamente se tornou um sucesso, providenciando a Elizabeth um rendimento considerável. 

Infelizmente, este livro não está traduzido, pelo que o li em inglês, e confesso que embora o meu domínio da língua seja bastante bom, não foram poucas as vezes que consultei o dicionário. Creio que o vocabulário reflecte a classe, com palavras distintas, e também época, com palavras caídas em desuso. Mas a leitura valeu tanto a pena!
Identifiquei-me com a autora relativamente ao jardim, e ao que sente por ele: What a happy woman I am living in a garden, with books, babies, birds, and flowers, and plenty of leisure to enjoy them!
Compreendi-a diversas vezes, como sobre a ânsia pela solidão. Mas também sobre muitas das suas reflexões e humor. Que mulher tão extraordinária! Tão profunda e multifacetada. Foi certamente alguém que se destacou numa sociedade tão regrada e convencional, tal como uma flor espontânea e colorida que surge num jardim rigorosamente desenhado. Espero que a metáfora lhe faça jus. 

É lamentável que actualmente as editoras não invistam nestas obras, antes se dedicando a estragar papel com outras que em nada contribuem para a cultura. 
Para mim, este livro entra para a minha Lista dos preferidos, aliás, estou a lê-lo pela segunda vez, entre as outras leituras que entretanto faço. 

Título: Elizabeth and her german Garden
Autora: Elizabeth Von Arnim
Editora: Penguin English Library
Nr de págs: 104 


sexta-feira, 24 de março de 2023

Arroz de Feijão Preto & Cogumelos Paris

 

Os coentros eram todos para mim! 

Da primeira vez que fiz este arroz alguém comentou "até parece arroz de cabidela!". Mas só mesmo na aparência, e quando se olha bem afinal o que se encontra são feijões e cogumelos! Mas é, realmente, daquelas receitas que os vegetarianos gostam de apelidar algo como "Arroz sem cabidela", porém no caso, dispenso a alusão. 
É muito bom, fácil e rápido de confeccionar. 



Arroz de Feijão Preto & Cogumelos Paris

Ingredientes:

Um quarto de cebola

Meio alho

Um copo de feijão preto cozido

Um copo de arroz carolino lavado

Água da cozedura do feijão

Uma folha de alga wakame (que demolha e coze com o feijão)

Uma chávena de cogumelos Paris 

Sal e pimenta a gosto


Como fazer:

Saltear em azeite a cebola e alho picados até ficarem translúcidos, acrescentar um pouco de água quente, e deixar cozinhar alguns minutos. Juntar água da cozedura do feijão, deixar levantar fervura, o arroz, o feijão (com a alga) e os cogumelos, temperar com sal e pimenta, e deixar cozer.

Servir com coentros picados, aqui teve que ser em rama, para não se misturar com todo o arroz, porque só eu é que gosto, gosto não, adoro!

Fácil não é? E muito saboroso.  

quarta-feira, 22 de março de 2023

Guilhermina Suggia - Aclamada Violoncelista Portuguesa

Via RTP

Eu não faço nada o culto de personalidades, sempre distingui a pessoa do profissional, e por mais que este último me interesse, não conhecendo pessoalmente, não faço questão de saber detalhes. Essa é também a razão pela qual nunca me decepciono com certas figuras públicas quando o verniz lhes estala, publicamente, mas é que não sabendo nada deles também não os idealizo. 

Porém, há personalidades cujas vidas valem mesmo a pena ser conhecidas, é o casa de Guilhermina Suggia; nascida no Porto, em 1885, mostrou-se desde pequena uma virtuosa do violoncelo, cujo talento excepcional era imediatamente reconhecido por todos os seus mestres, nomes soantes que faziam questão de a ter como aluna. Aclamada pelo público melómano, e críticos por toda a Europa, que a seguiam apaixonadamente, e cujos concertos eram lotados e disputados, sendo também, posteriormente, reverenciada pelos seus alunos, revelando-se uma mestra notável; a todos marcou pelo som inefável que produzia do violoncelo, todos unânimes em afirmar que o som da sua música era algo de inexplicável, nunca ouvido, parecia...vindo do céu! 

Dá-me pena e uma certa inveja. Os discos não lhe fazem jus, diz quem ainda a ouviu tocar. 

Foi a primeira mulher a fazer algumas coisas, de não pouca monta, mostrou-se aventureira, corajosa e audaciosa, causando uma profunda impressão por onde passava, fazendo amizades longas e profundas. Um ser humano muito completo e excepcional.

Recomendo muito o documentário da RTP, desta mulher magnífica, que merecia um Museu na terra onde nasceu e morreu, para que quem não a conheceu a conhecesse, e pudesse continuar a inspirar. 

Guilhermina Suggia

Por Augustus John

segunda-feira, 20 de março de 2023

Jogo Viciado

A vida é como um puzzle que tentamos montar sem sucesso. Espreite por baixo da mesa, e verá quem tem escondido algumas peças. 

quinta-feira, 16 de março de 2023

Sente-se no ar


Depois dos dias, realmente, invernosos de Janeiro, curtos e frios, veio Fevereiro com alguns dias de sol já aquecendo a pele; e eis Março, que deixa antever pelas frestas da chuva e céu cinzento, a promessa da Primavera breve. 

terça-feira, 14 de março de 2023

- Está tudo mesmo muito bem?

 Ao entrar na loja já os dois funcionários conversavam com a senhora, de forma que me pareceu de imediato muito pessoal, cumprimentamo-nos e segui, para a secção das toalhas de mesa, onde por momentos me concentrei na escolha de texturas e tamanhos, porém, às páginas tantas, devido, talvez, ao repetitivo "Que bom!" que soava como um mantra, a minha atenção dirigiu-se para a conversa. Em minha defesa, a loja é ampla e aquelas pessoas conversavam num tom de voz que não era propriamente baixo. Obviamente, já tinha perdido parte do diálogo, e por vezes a minha atenção voltava a focar-se mais nos tecidos que apalpava e escolhia, o que me fazia perder mais informação, mas basicamente foi isto: 

- Ah, a minha neta está muito bem! Agora a fazer o Mestrado no...( estrangeiro, não percebi o pais), e embora não tivesse direito a bolsa, porque...devido aos pais, não é?! Candidatou-se à bolsa de mérito, e ganhou. Ela sempre foi a melhor da turma, desde pequena. Está tudo na Conta, nem toca nesse dinheiro. Quando o avô lhe der o carro, no final do curso, vai lá buscar esse dinheiro, para comprar um melhor, como ela já disse. 

- Que bom!

-Ah, o meu neto está em ....( não entendi qual curso nem onde), que é mesmo o melhor! Pergunte, informe-se com quem saiba, se o seu filho realmente pretender seguir essa área! Mas é que ele nem hesitou, entrou onde queria, no melhor!

- Que bom!

- Claro que estando os nossos 3 netos a estudar fora só os vemos nas férias, mas no verão vêm sempre passar uns dias connosco na praia, e eles adoram! Estão sempre a perguntar para quando marcamos outra vez. 

-Que bom!

- Por acaso, a minha nora nessa altura foi promovida a chefe de serviço da clínica, precisamente quando o meu filho.... ( não percebi, mas qualquer coisa boa, pois seguiu-se o recorrente comentário):

- Que bom!

Por fim, já quando pagava, lá se lembrou de perguntar como estavam os filhos de quem a atendia, mas a resposta foi sucinta e rápida. Eu é que fiquei a pensar, já um pouco contagiada: olha que bom, para variar alguém a quem acontece só coisas boas! 

Porém, entretanto, fiquei a pensar ainda mais na conversa, e em como o foco do "bom" estava nos estudos, no sucesso dos estudos, nas boas-melhores-faculdades, nas promoções, no dinheiro.

E lembrei-me de que há cerca de 3 semanas soube que a filha de uma prima afastada (com quem nunca estou, e se a visse nem a reconheceria), no último ano de Medicina, se tinha suicidado. A família está toda em choque, como se pode imaginar. E pensei: Será que a mãe, a avó, a família, quando se referiam a ela, também falavam com orgulho do sucesso presente, e futuro promissor, sem notarem algo sombrio, que a consumia interiormente? E quem os ouvia também respondia "Olha que bom!"? 

Por acaso, e felizmente, quando me perguntam pelos meus filhos, quase invariavelmente, respondo que estão bem, e relativamente à Letícia acrescento também, quase sempre, "embora bastante cansada"; porque o que primeiro me ocorre no estado dos meus filhos é mesmo o psicológico, saber se eles estão bem, o resto são etapas dos anos de vida, que se vão fazendo. E embora sendo importantes, são também muito superficiais. É preciso prestar atenção às camadas inferiores, sob pena de perder algo verdadeiramente importante. 

sexta-feira, 10 de março de 2023

Massa Vegetariana à Lavrador


Esta é uma daquelas receitas que reúne consenso familiar, é tão saborosa e, sobretudo nesta altura, reconfortante! Até quem não morre de amores por massa a aprecia. E fácil!

Massa Vegetariana à Lavrador
Ingredientes:
Um quarto de cebola*
Meio dente de alho*
Uma cenoura
Folhas de penca (ou netos de couve ou couve-branca)
Um copo de feijão vermelho cozido
6 Cogumelos secos ( demolhados 10 minutos em água quente)
3 Pés de salsa
2 Batatas médias
120 gr de Massa cotovelo 

Como Fazer:
Num tacho estalar a cebola picada com o alho, num fio de azeite; juntar um pouco de água quente, a cenoura e uma batata cortadas aos cubos, deixar cozer cerca de 10 minutos, com a tampa. Acrescentar água (ou caldo vegetal, melhor ainda), e juntar os restantes ingredientes, sendo a segunda batata ralada, e a água dos cogumelos. 
Temperar com sal, pimenta, cominhos e colorau a gosto. Deixar cozinhar, com tampa, até estar tudo cozido. 

* Aprendi que a cebola e alho são usados no Ayurveda com parcimónia, vistos mais como remédio, do que alimento, portanto, reduzi há muito o seu uso, em quantidade, e não se nota! 
Mais info aqui

quarta-feira, 8 de março de 2023

Dica de Leitura: O silêncio das mulheres

Adorei ler a Ilíada na Faculdade, portanto toda a literatura que me surge tendo-a como inspiração me atraí, e embora se possa pensar que é mais do mesmo, não é, sendo que este livro invoca a memória feminina na guerra de Tróia, pelo que nisso é mesmo muito diferente. 

Pat Barker é uma autora inglesa, de ficção, diversas vezes premiada; nasceu em 1943, de mãe solteira, numa família da classe trabalhadora, que passou por imensas dificuldades. Estudou História Internacional, e a sua primeira obra, Union Street, foi publicada em 1982, e adaptada ao cinema, em Hollywood. A lista dos livros publicados é longa, este é de 2018, e ganhou o Women's Prize for Ficction. 

O ditado "O silencio assenta bem às mulheres" indica desde logo que o sexo feminino não tem palavra a dizer nesta história, contudo, as mulheres vivem-na, sentem-na, pensam-na.
 
A narradora é Briseida, a jovem rainha do Lirnesso, casada com Minos, que após a vitória dos troianos é oferecida pelos soldados a Aquiles, como troféu, sendo habitualmente esse o destino das aristocratas, acabarem, como por sorte, amantes dos altos escalões. Arrasada pela morte da sua família e destruição do seu reino, Briseida tem que servir o seu novo senhor, sendo esse o responsável por todo o seu infortúnio. Enquanto se adapta ao acampamento, Briseida vai tomando conhecimento com outras mulheres, também ex-senhoras de diversas origens, agora escravas dos seus captores, e dos próprios troianos, entre os quais o hermético Aquiles. 
Briseida junta-e às mulheres nas actividades do acampamento, servindo à mesa, na tenda-hospital, nos teares, que nunca param, e obviamente, na cama de Aquiles. A ambiguidade da situação é cruel, os seus captores podem ser também os seus salvadores, e frequentemente os pais dos seus filhos.
O retrato de Aquiles, meio-homem meio-Deus pela sua origem divina, não lhe sai beneficiado, e ainda que Heitor seja apenas aludido, permanece o meu herói favorito da História de Tróia, cuja morte me custa sempre a aceitar. Em todas as narrativas.  

Pela voz de Briseida, ficamos a conhecer a vida militar, religiosa, e amorosa das personagens cantadas por Homero. A crueldade é extensiva a todas as áreas da vida, cujo valor se localiza muito distante daquele que lhe atribuímos actualmente. 

Gostei do livro, aporta outra perspectiva, oferecendo a versão dos mais fracos na guerra, embora no caso, das mais fortes entre as mais fracas. É porém uma narrativa muito actual, as mulheres e crianças continuam a ser as vítimas de guerras que não começaram nem queriam. 


Título: O silêncio das mulheres
Autora: Pat Barker
Editora: Quetzal, serpente emplumada
nr de págs: 379

segunda-feira, 6 de março de 2023

O discurso de Giorgia Meloni contra a ideologia de género

A partir do minuto 1:29

Não sei se estão a notar mas a "mulher" e "mãe" estão sob ataque, querem obrigar-nos a aceitar que os trans são mulheres a 100%, sem diferença absolutamente nenhuma, e por isso podem ficar lado a lado, competindo no desporto, participando na moda & beleza ( Miss Universo), enfim, onde absolutamente quiserem. 

O que faz uma mulher "mulher", para além das características visíveis, e dos órgãos que podem ser artificialmente promovidos, como seios, e formas mais arredondadas, é o útero e os cromossomas XX. O homem para além de não os ter, naturalmente, tem próstata e cromossomas XY. Podem mudar a aparência mas não podem mudar o físico internamente. Muito menos a parte psicológica, inerente aos sexos, tenha dito Simone de Beauvoir o que disse, quer se goste ou não, não é fundamentalmente cultural, é intrínseco. 

Há diferenças exclusivas e características de um sexo e outro, sendo por exemplo, a força física superior no sexo masculino, pelo que em competição a mulher fica automaticamente em desvantagem, como se tem provado, ultimamente, tantas vezes. É o caso do nadador Lia Thomas, um atleta desconhecido na liga masculina, que vence na feminina, para desespero das colegas de balneário. Ver aqui.


Os exemplos sucedem-se, e são surreais, pela injustiça e incoerência.  


Na Inglaterra dois atletas trans comemoram com um beijo o primeiro e o segundo lugar em uma competição feminina de ciclismo (Thundercrit).

Em terceiro lugar ficou uma mulher que levou sua filha para o pódio.
(via FB)

A tolerância e empatia são benévolas, mas não quando usadas para trucidar direitos e promover agendas doentias. 

Desconfie dos "inclusivistas", na verdade o que eles querem é excluí-la! 

quarta-feira, 1 de março de 2023

Humor Cancelado!

Little Britain USA - Fat Fighter 1 - Marjorie hosts Rosie O'Donnell

Os fanáticos do politicamente correcto estão a varrer a literatura a pente fino, os livros de Roald Dahl, por exemplo, serão contemplados com a subtracção de certas palavras, como "gordo" e "feio". Agora imaginem fazer este tipo de humor!
Em 2 minutos abordou os temas mais polémicos da sociedade, a rir questionaram os preconceitos e estereótipos, porque o humor também faz isso. Pode ser útil, crítico e revolucionário. 
Mas um destes dias, não muito longe, estes vídeos da Little Britain desaparecem do YouTube.