Este ano, devido aos diversos testes e trabalhos que os meus filhos têm tido que fazer, a decoração de Natal atrasou-se bastante mais do que habitualmente. E estávamos a sentir falta da atmosfera natalícia que nos envolve e prepara para a festa, que nos é a mais querida do ano.
Porém, por outro lado, eu estava também com pouca inspiração. E no hall de entrada, gosto de fazer uma decoração com significado. Mas depois de começar o processo, as vinhetas foram-se construindo como que capítulos da mesma história.
Aproveitei a "coroa/janela" do Natal passado, agrada-me muito mais do que a coroa, por a achar mais sugestiva; a janela como metáfora do interior/exterior, do passado/presente, aplica-se mais justamente à quadra. Reformei-a, aplicando-lhe mais alguns galhos, um cano de bolinhas vermelhas e um laço de serapilheira.
Recolhi os vários anjos dispersos pela casa, para reunir um coro de anjos, que rodeiam o minúsculo presépio; este, de barro preto, foi escolhido para festejar o recente reconhecimento, pela Unesco, da Olaria de Bisalhães como Património Cultural Imaterial.
O cenário das casinhas, e os meninos a brincar com o trenó, reflecte o nosso imaginário comum do tema natalício, sendo sempre do agrado dos meus filhos.
E claro, não poderiam faltar as velas, que representam a Luz. Precisamos cada vez mais dela, para nos guiar e iluminar o caminho.
Apesar do que muitos dizem, para mim, continua a fazer sentido celebrar o Natal; tem que é que ser noutros moldes. Com mais significado espiritual, mais recolhimento e profundidade.