Dizia-me estes dias um familiar, que tinha ouvido falar num estudo em que se dizia que 70% das crianças, que estão agora no Infantário, exercerão profissões que ainda não existem. Noutro estudo, li eu, que as gerações mais novas terão de estar aptas a desempenhar diversas profissões ao longo da vida; que essa tradição até à actualidade, de ter uma única profissão, tem os dias contados.
Acabou com os nossos pais, o costume de permanecer na mesma firma ou empresa, toda a vida, não sendo de estranhar que se passe agora para um outro nível.
Enquanto pais e educadores, tentamos orientar os estudos dos nossos filhos no sentido de se especializarem no exercício de uma profissão, como a geração anterior fez connosco. Porém, o mundo como o conhecemos está em mutação acelerada, sendo praticamente impossível antever de forma acertada o caminho que lhes devemos indicar.
Não nos compete a nós fazer estudos, analisá-los e criar condições para novas formas de estudar, e adquirir novos saberes. Não nos compete implementar políticas educativas, mas temos delegado e elegido pessoas que o deveriam fazer.
E portanto eu pergunto, com tantos estudos projectados no futuro, a Educação não é capaz de se orientar no sentido de preparar os jovens para este novo mercado de trabalho porquê? Continuam a sair da Escola e das Universidades formados como há um século atrás. Continuam a pedir-lhes que, com 15 anos, escolham uma profissão, quando já se adivinha que dificilmente a exercerão. Seja porque o mercado de trabalho está saturado nessa área, seja porque no futuro novas profissões estarão disponíveis, e novas necessidades surgirão.
É difícil para os jovens escolher profissões que julgam ser as definitivas. É uma decisão pesada para quem o próprio conhecimento de si mesmo ainda está em processo de realização. E por isso há mudanças de áreas até ao final do primeiro período. Ou no final no 10º ano. Por isso, ainda muitos jovens, voltam à Universidade para se formarem noutra área, ou fazerem Especializações bem diferentes da área em que se formaram. Apesar dos testes psicotécnicos, apesar das conversas com os psicólogos. Passam por angústias e dilemas desnecessariamente.
Tudo isto deveria fornecer pistas para quem projecta o Ensino e desenha a Educação. Gerir as matérias educativas é possuir o poder sobre a vida de milhares de jovens, no presente e futuro. E no entanto, tenho a impressão de que estamos todos às cegas, e a fingir que está tudo controlado.
Acabou com os nossos pais, o costume de permanecer na mesma firma ou empresa, toda a vida, não sendo de estranhar que se passe agora para um outro nível.
Enquanto pais e educadores, tentamos orientar os estudos dos nossos filhos no sentido de se especializarem no exercício de uma profissão, como a geração anterior fez connosco. Porém, o mundo como o conhecemos está em mutação acelerada, sendo praticamente impossível antever de forma acertada o caminho que lhes devemos indicar.
Não nos compete a nós fazer estudos, analisá-los e criar condições para novas formas de estudar, e adquirir novos saberes. Não nos compete implementar políticas educativas, mas temos delegado e elegido pessoas que o deveriam fazer.
E portanto eu pergunto, com tantos estudos projectados no futuro, a Educação não é capaz de se orientar no sentido de preparar os jovens para este novo mercado de trabalho porquê? Continuam a sair da Escola e das Universidades formados como há um século atrás. Continuam a pedir-lhes que, com 15 anos, escolham uma profissão, quando já se adivinha que dificilmente a exercerão. Seja porque o mercado de trabalho está saturado nessa área, seja porque no futuro novas profissões estarão disponíveis, e novas necessidades surgirão.
É difícil para os jovens escolher profissões que julgam ser as definitivas. É uma decisão pesada para quem o próprio conhecimento de si mesmo ainda está em processo de realização. E por isso há mudanças de áreas até ao final do primeiro período. Ou no final no 10º ano. Por isso, ainda muitos jovens, voltam à Universidade para se formarem noutra área, ou fazerem Especializações bem diferentes da área em que se formaram. Apesar dos testes psicotécnicos, apesar das conversas com os psicólogos. Passam por angústias e dilemas desnecessariamente.
Tudo isto deveria fornecer pistas para quem projecta o Ensino e desenha a Educação. Gerir as matérias educativas é possuir o poder sobre a vida de milhares de jovens, no presente e futuro. E no entanto, tenho a impressão de que estamos todos às cegas, e a fingir que está tudo controlado.