É tão comum ouvir e ler desabafos de quem não gosta do Natal que quando ouço, um adulto, dizer que gosta de o celebrar a minha atenção foca-se automaticamente nele. Quero saber porquê, quero confirmar se os motivos são comuns aos meus ou descobrir outros.
É fácil perceber porque muitas pessoas não gostam do Natal; época de consumismo exacerbado e com isso dispêndio excessivo de dinheiro; multidões que invadem lojas e shoppings, filas longas para pagar; o stress de não esquecer ninguém a quem presentear, e o quê; a preparação das ementas, compras e confecção. E... a família. Reunir pessoas que nem sempre convivem pacificamente, que até pouco convivem ao longo do ano, num ambiente de crispação dissimulado, poderá ser no fim de contas o que mais pesa, no balanço final.
Só de rever este cenário quase me converto ao grupo dos "descrentes". Só que não, pois acho os meus prós mais fortes.
Eu gosto de tradições, mas apenas das que fazem para mim sentido. Portanto, não faz sentido sentir-me arrastada para convívios convencionais. Nem tão pouco me sinto compelida à prática da oferta obrigatória. A mesa existe sobretudo para agregar os comensais, numa confraternização que se quer longa e farta. A comida nem por isso.
Acredito que o segredo está no equilíbrio, e o Natal geralmente celebrado é excessivo em todos os aspectos. E todos eles materiais, sendo que isso constitui também parte - grande parte- da insatisfação e frustração. O Natal não passa de uma festa como outra qualquer se não lhe reconhecermos a dimensão religiosa e espiritual.
Já me têm respondido que com as suas famílias não poderiam festejar o Natal, como eu o defendo; que os familiares ficariam zangados, ou simplesmente não aceitariam. Oferecer presentes apenas às crianças? Nem pensar! Desligar a televisão e interditar telemóveis e consolas? Só com a intervenção de uma equipa GOE!
O Natal é para muitos uma armadilha à qual não podem escapar. Porém, quando começamos a falar do que nos vai na alma, de como o Natal celebrado nos faz sentir, outros acabam por nos responder da mesma forma, e assim fazemos aliados. Mesmo membros da família de quem isso não seria esperado. Por isso, vale sempre a pena tentar destrinçar a teia e desconstruir a armadilha. Se não resultar pelo menos tentamos.
Mas não é o fim! Antes de nos rendermos há ainda muito a fazer para melhorarmos o Natal para nós, porque no que nos diz respeito, só nós poderemos mudar. E isso vai fazer toda a diferença! Partilho cinco propostas:
1º Comprar menos.
E fazer mais. Com o que temos em casa, com a habilidade pessoal de cada um, com a ajuda da internet para encontrar presentes, postais e decorações diy.
2º Presentear quem precisa.
Pessoas que não conhecemos mas sabemos necessitarem de ajuda; associações de solidariedade, abrigos de animais abandonados, etc.
3º Oferecer experiências.
Em vez de coisas, muitas vezes inúteis e repetidas, as experiências enriquecem, desafiam, e deixarão uma recordação para sempre: um workshop de culinária ou costura, aulas de Inglês, um curso online de fotografia, um salto de para-quedas. A lista é longa.
4º Pensar e organizar jogos.
Não podemos esperar que não havendo tv nem consolas, as pessoas, sobretudo os mais jovens, se conformem à falta de alternativas; pensar em jogos e prepará-los, propo-los e animá-los.
5º Celebrar Jesus.
Normalmente esquecemos que a Festa se faz em sua honra; sem o seu nascimento esta festa simplesmente não existiria. Como podemos fazer a festa sem o aniversariante? Absurdo, não é? Portanto, demos-lhe o protagonismo que merece, se uma oração for "demais", cantar-lhe os parabéns será certamente bem recebido.
Nunca é tarde para mudar, não é?
É fácil perceber porque muitas pessoas não gostam do Natal; época de consumismo exacerbado e com isso dispêndio excessivo de dinheiro; multidões que invadem lojas e shoppings, filas longas para pagar; o stress de não esquecer ninguém a quem presentear, e o quê; a preparação das ementas, compras e confecção. E... a família. Reunir pessoas que nem sempre convivem pacificamente, que até pouco convivem ao longo do ano, num ambiente de crispação dissimulado, poderá ser no fim de contas o que mais pesa, no balanço final.
Só de rever este cenário quase me converto ao grupo dos "descrentes". Só que não, pois acho os meus prós mais fortes.
Eu gosto de tradições, mas apenas das que fazem para mim sentido. Portanto, não faz sentido sentir-me arrastada para convívios convencionais. Nem tão pouco me sinto compelida à prática da oferta obrigatória. A mesa existe sobretudo para agregar os comensais, numa confraternização que se quer longa e farta. A comida nem por isso.
Acredito que o segredo está no equilíbrio, e o Natal geralmente celebrado é excessivo em todos os aspectos. E todos eles materiais, sendo que isso constitui também parte - grande parte- da insatisfação e frustração. O Natal não passa de uma festa como outra qualquer se não lhe reconhecermos a dimensão religiosa e espiritual.
Já me têm respondido que com as suas famílias não poderiam festejar o Natal, como eu o defendo; que os familiares ficariam zangados, ou simplesmente não aceitariam. Oferecer presentes apenas às crianças? Nem pensar! Desligar a televisão e interditar telemóveis e consolas? Só com a intervenção de uma equipa GOE!
O Natal é para muitos uma armadilha à qual não podem escapar. Porém, quando começamos a falar do que nos vai na alma, de como o Natal celebrado nos faz sentir, outros acabam por nos responder da mesma forma, e assim fazemos aliados. Mesmo membros da família de quem isso não seria esperado. Por isso, vale sempre a pena tentar destrinçar a teia e desconstruir a armadilha. Se não resultar pelo menos tentamos.
Mas não é o fim! Antes de nos rendermos há ainda muito a fazer para melhorarmos o Natal para nós, porque no que nos diz respeito, só nós poderemos mudar. E isso vai fazer toda a diferença! Partilho cinco propostas:
1º Comprar menos.
E fazer mais. Com o que temos em casa, com a habilidade pessoal de cada um, com a ajuda da internet para encontrar presentes, postais e decorações diy.
2º Presentear quem precisa.
Pessoas que não conhecemos mas sabemos necessitarem de ajuda; associações de solidariedade, abrigos de animais abandonados, etc.
3º Oferecer experiências.
Em vez de coisas, muitas vezes inúteis e repetidas, as experiências enriquecem, desafiam, e deixarão uma recordação para sempre: um workshop de culinária ou costura, aulas de Inglês, um curso online de fotografia, um salto de para-quedas. A lista é longa.
4º Pensar e organizar jogos.
Não podemos esperar que não havendo tv nem consolas, as pessoas, sobretudo os mais jovens, se conformem à falta de alternativas; pensar em jogos e prepará-los, propo-los e animá-los.
5º Celebrar Jesus.
Normalmente esquecemos que a Festa se faz em sua honra; sem o seu nascimento esta festa simplesmente não existiria. Como podemos fazer a festa sem o aniversariante? Absurdo, não é? Portanto, demos-lhe o protagonismo que merece, se uma oração for "demais", cantar-lhe os parabéns será certamente bem recebido.
Nunca é tarde para mudar, não é?