Absorvemos tantas influências exteriores, tantas modas e tradições de outros países impregnam a nossa cultura, que começamos a tratá-las como se nossas fossem! E ninguém parece questionar a legitimidade destas aculturações; pelo contrário, justificam-nas como sendo resultado inevitável da globalização.
Inevitável é a exposição a outras formas de viver, e estar, o acesso à informação, quase de forma constante e sistemática. O Comércio faz o que tem de fazer, e para o qual existe, promove aquilo com que pode lucrar, e o marketing acaba por se impor na nossa vida. Porém, já não será inevitável que as adoptemos, depende isso do nosso desejo e sentido crítico.
E se há costumes e festas que nos são alheios e destituídos de significado, outros há que nos tocam na alma, como se fossem nossos, por serem universais. Foi exactamente por isso que a minha querida amiga virtual, Filipa, decidiu adoptar o Dia de Acção de Graças, e celebrá-lo em família no dia 26 deste mês. Achei a ideia fantástica. Porque, por menos bem que a vida nos corra, há sempre motivos para nos sentirmos gratos, e as ocasiões que nos fazem parar para os compreender, e agradecer, são necessárias. E muito compensadoras. Para além disso, torna-se um excelente prelúdio para o Advento, uma preparação para vivermos o Natal tal como merece e deve ser celebrado.
Tarte de abóbora tradicional*
1 base de massa quebrada
Recheio: ½ colher de chá de cravinho em pó
Uma chávena de açúcar mascavado
Uma colher de chá de canela em pó
Uma colher de chá de gengibre em pó
1 colher de sopa de amioa de milho
1 kg de abóbora (descascada e em pedaços)
Uma pitada de noz moscada
Uma pitada de sal
3 ovos
350 ml de leite evaporado
Como fazer:
Ligar o forno em 200º. Cozer a abóbora em pouca água temperada com uma pitada de sal. Escorrer a abóbora e deixar esfriar um pouco. Entretanto, forrar uma forma de tarte com a massa quebrada. Colocar a abóbora num recipiente, juntar o açúcar e bater muito bem. Acrescentar todos os outros ingredientes, bater muito bem, verter na forma e levar ao forno a 200º, durante 10 minutos; baixar para 170º e deixar cozer por mais 30 minutos.
Servir simples ou com uma porção de chantilly.
* Fotos e receita, cortesia da Filipa.