Na minha geração era corrente ouvir histórias de alguém que tinha sido sovado pelos pais, por ter feito algo em que se punha em risco, ou por se ter posto em risco e se ter magoado. Já na altura não entendia como podiam os pais bater a um filho que já estava dorido. Depois da maternidade ainda compreendo menos; correr para abraçar e confortar os meus filhos depois do susto, ou dor, foi sempre a minha primeira reacção. E se no processo algo se partia ou estragava a minha primeira preocupação era, e é, saber o estado em que os meus filhos se encontram. As coisas valem o que valem, são coisas, substituem-se.
Pensava eu que os pais dos anos 70 e 80, que tinham esta reacção ilógica de bater nos filhos, depois do susto, tinham evoluído e desaparecido de cena( embora nunca das nossas memórias!). Porem, não; actualmente há ainda pais que o continuam a fazer.
Terão sido, também, eles próprios vitimas deste comportamento contraditório? Não sei, e francamente estou a ficar um pouco cansada de compreender comportamentos incorrectos sustentando-os em atitudes traumáticas; temos que nos responsabilizar, cada um de nós, pelas nossas acções e deixar de nos desculparmos com os erros dos outros. Portanto, não me interessa mesmo o que está para trás.
Será assim tão difícil de entender que um filho magoado, necessitando de colo e consolo, não merece apanhar? Que isso, vindo de quem o deveria proteger e confortar, é alta traição? Que isso é que o vai marcar para sempre, não a brincadeira inconsequente, mas a tareia dos pais?
Será assim tão difícil de descobrir que isso destrói o afecto?
Ouvir uma criança dizer que não gosta do pai, ou da mãe, é algo que me revolve as entranhas. Mexe comigo mesmo não sendo da minha conta.
Como seria bom que estes pais acordassem... Se os pensamentos e as palavras não lhes servem como despertador, oxalá os estudos o conseguissem fazer. Estudos como este.
Bater num filho apenas ensina uma coisa: a arbitrariedade da lei do mais forte. E um dia, os pequenos serão os mais fortes. Para quem ainda se pergunta porque tantos idosos são maltratados, aqui está uma dica.
Dizia-me há dias, uma senhora octogenária, que não há maior tristeza na vida do que a velhice e a solidão. Compreendo-a, verdadeiramente, mas parece-me que acima disso está ainda a falta de amor.
Pensava eu que os pais dos anos 70 e 80, que tinham esta reacção ilógica de bater nos filhos, depois do susto, tinham evoluído e desaparecido de cena( embora nunca das nossas memórias!). Porem, não; actualmente há ainda pais que o continuam a fazer.
Terão sido, também, eles próprios vitimas deste comportamento contraditório? Não sei, e francamente estou a ficar um pouco cansada de compreender comportamentos incorrectos sustentando-os em atitudes traumáticas; temos que nos responsabilizar, cada um de nós, pelas nossas acções e deixar de nos desculparmos com os erros dos outros. Portanto, não me interessa mesmo o que está para trás.
Será assim tão difícil de entender que um filho magoado, necessitando de colo e consolo, não merece apanhar? Que isso, vindo de quem o deveria proteger e confortar, é alta traição? Que isso é que o vai marcar para sempre, não a brincadeira inconsequente, mas a tareia dos pais?
Será assim tão difícil de descobrir que isso destrói o afecto?
Ouvir uma criança dizer que não gosta do pai, ou da mãe, é algo que me revolve as entranhas. Mexe comigo mesmo não sendo da minha conta.
Como seria bom que estes pais acordassem... Se os pensamentos e as palavras não lhes servem como despertador, oxalá os estudos o conseguissem fazer. Estudos como este.
Bater num filho apenas ensina uma coisa: a arbitrariedade da lei do mais forte. E um dia, os pequenos serão os mais fortes. Para quem ainda se pergunta porque tantos idosos são maltratados, aqui está uma dica.
Dizia-me há dias, uma senhora octogenária, que não há maior tristeza na vida do que a velhice e a solidão. Compreendo-a, verdadeiramente, mas parece-me que acima disso está ainda a falta de amor.