Estes dias li um artigo sobre a evolução do mundo, de como o Homem sempre procurou uma forma de se ligar ao divino; foram práticas pagãs, foram práticas religiosas (que para mim são as mesmas), foram individuais, foram colectivas; foram brutais, e vão sendo agora mais razoáveis. Passar dos outrora sacrifícios humanos, em certas sociedades, para um simples jejum de carne às sextas na Quaresma, é de facto uma evolução, e uma renúncia bastante eufemística.
E porém, para celebrar a vida e sacrifício de Jesus, continuamos, num grande paradoxo, a sacrificar vidas. A quantidade de bezerros (bebés, é o caso!) que são mortos nestas semanas para as grande comilanças que festejam o Salvador do Mundo é uma incongruência gritante que não poderá agradar a Deus. Ele disse: "Não matarás"; onde está escrito que é apenas ao homem? "Não matarás", ponto!
E se nesta Páscoa, o sacrifício que festeja Jesus, fosse o de não comer carne?
A comida pode ser tão mais deliciosa e ética! Ponham um pouco de fé neste conselho e comprovem para crer.