De vez em quando alguma mãe comenta comigo que o filho não gosta de ler. Todas sabem que a leitura é importante, que ajuda a escrever melhor, a não dar erros ortográficos e sintácticos, que alarga os horizontes, alimenta a imaginação, e etc., e portanto, não conseguem convencê-los a pegar num livro, e ler.
Posso dizer, por experiência própria, que mesmo tendo feito da leitura uma actividade desde a tenra infância, e a promovido ciclo após ciclo, essa também poderia ser uma queixa minha. Relativamente à Letícia, a leitura foi sempre uma constante, com períodos mais ou menos intensos de leitura, a minha intervenção resumiu-se a eventuais dicas de livros. E isso deu frutos, na disciplina de Português. Porém, em relação ao meu filho... isso já são outros quinhentos.
A entrada na adolescência arrumou com as colecções que proporcionavam livro após livro, como os "Gerónimo Stillton", surgiu depois o "Diário de um Banana", mas que pelos escassos números depressa foi arrumada. Vieram os mangas, que pelo preço de um qualquer livro, o meu filho lia de rajada em duas horas (muito desenho e parca leitura), e entretanto, um livro ou outro com mais sumo. As sociedades distópicas sempre foram do seu agrado, por isso "1984" e "O admirável mundo novo" , foram leituras feitas num ápice, entrecortadas por outras leituras que eu lhe "impingia", essas feitas a grande custo, e por isso, bastante demoradas!
No final do 10º ano, obriguei-o mesmo a ler "Os Maias", nas férias de Verão, por ser leitura obrigatório no 11º mas também por ser um dos meus livros favoritos, e me custar acreditar que o Duarte não gostaria. Não, não foi nenhum abuso! Na verdade, após as primeiras 50 páginas, começou a gostar realmente do livro. Ainda hoje me cita passagens e frases. A Letícia fez o mesmo, no ano passado, e com ela resultou bem, de igual forma. No início do ano lectivo, constatou que foi a única da turma que leu Os Maias e isso trouxe-lhe dividendos.
Voltando ao Duarte, o que fui constatando é que o desafio estava em descobrir livros do seu agrado; assim que isso acontecia, ele tornava-se um leitor voraz. Actualmente, descobri a colecção "The witch" de 5 livros, cada um com um título diferente, que o está a agarrar. A impressão inicial foi desde logo positiva, por ser inspirado num jogo ( ou foi o jogo que se inspirou nos livros?), e ele já o ter jogado. Uma das coisas boas em ter os filhos a ler, é que nesse tempo estão afastados no computador, ironicamente, aqui o benefício veio precisamente de ter estado no computador!
Portanto, quando alguma mãe me afirma que o filho não gosta de ler, a pergunta que lhe faço de seguida é - mas nunca gostou de ler mesmo nenhum livro? E a resposta tem sido sempre que sim, e até me contam qual ou quais. Ou seja, a questão é mesmo descobrir "o livro"! Então, a minha proposta é dar-lhes oportunidade de descobrirem os livros que lhes interessam, e tanto pode ser passear por livrarias, como levá-los a bibliotecas. As livrarias podem ser óptimas para pesquisar, e posteriormente, levantar em bibliotecas, pois com as férias grandes, não há carteira que aguente.
Em suma, nunca desistir de promover a leitura com o fatídico " O meu filho não gosta de ler", há sempre esperança, e certamente haverá sempre um livro que se irá destacar, por estar de acordo com o gosto de cada um.
Posso dizer, por experiência própria, que mesmo tendo feito da leitura uma actividade desde a tenra infância, e a promovido ciclo após ciclo, essa também poderia ser uma queixa minha. Relativamente à Letícia, a leitura foi sempre uma constante, com períodos mais ou menos intensos de leitura, a minha intervenção resumiu-se a eventuais dicas de livros. E isso deu frutos, na disciplina de Português. Porém, em relação ao meu filho... isso já são outros quinhentos.
A entrada na adolescência arrumou com as colecções que proporcionavam livro após livro, como os "Gerónimo Stillton", surgiu depois o "Diário de um Banana", mas que pelos escassos números depressa foi arrumada. Vieram os mangas, que pelo preço de um qualquer livro, o meu filho lia de rajada em duas horas (muito desenho e parca leitura), e entretanto, um livro ou outro com mais sumo. As sociedades distópicas sempre foram do seu agrado, por isso "1984" e "O admirável mundo novo" , foram leituras feitas num ápice, entrecortadas por outras leituras que eu lhe "impingia", essas feitas a grande custo, e por isso, bastante demoradas!
No final do 10º ano, obriguei-o mesmo a ler "Os Maias", nas férias de Verão, por ser leitura obrigatório no 11º mas também por ser um dos meus livros favoritos, e me custar acreditar que o Duarte não gostaria. Não, não foi nenhum abuso! Na verdade, após as primeiras 50 páginas, começou a gostar realmente do livro. Ainda hoje me cita passagens e frases. A Letícia fez o mesmo, no ano passado, e com ela resultou bem, de igual forma. No início do ano lectivo, constatou que foi a única da turma que leu Os Maias e isso trouxe-lhe dividendos.
Voltando ao Duarte, o que fui constatando é que o desafio estava em descobrir livros do seu agrado; assim que isso acontecia, ele tornava-se um leitor voraz. Actualmente, descobri a colecção "The witch" de 5 livros, cada um com um título diferente, que o está a agarrar. A impressão inicial foi desde logo positiva, por ser inspirado num jogo ( ou foi o jogo que se inspirou nos livros?), e ele já o ter jogado. Uma das coisas boas em ter os filhos a ler, é que nesse tempo estão afastados no computador, ironicamente, aqui o benefício veio precisamente de ter estado no computador!
Portanto, quando alguma mãe me afirma que o filho não gosta de ler, a pergunta que lhe faço de seguida é - mas nunca gostou de ler mesmo nenhum livro? E a resposta tem sido sempre que sim, e até me contam qual ou quais. Ou seja, a questão é mesmo descobrir "o livro"! Então, a minha proposta é dar-lhes oportunidade de descobrirem os livros que lhes interessam, e tanto pode ser passear por livrarias, como levá-los a bibliotecas. As livrarias podem ser óptimas para pesquisar, e posteriormente, levantar em bibliotecas, pois com as férias grandes, não há carteira que aguente.
Em suma, nunca desistir de promover a leitura com o fatídico " O meu filho não gosta de ler", há sempre esperança, e certamente haverá sempre um livro que se irá destacar, por estar de acordo com o gosto de cada um.