Já o tenho dito por diversas vezes, eu sou uma apreciadora da solidão. Não me interpretem mal, gosto imenso do convívio com familiares e amigos; gosto desse vai-e-vem aqui em casa, porém aprecio igualmente a quietude que se instala na casa, quando partem.
Há uns tempos, uma senhora que se tinha aposentado há alguns meses, desabafava comigo, dizendo que ainda não se tinha adaptado; que não sabia o que fazer em casa. Entretanto, soube que entrou em depressão, o que não me espantou nada.
Um dos motivos que me faz apreciar a solidão, para além do próprio silêncio, é ter tantos interesses e ocupações. De facto, o meu tempo é pouco para tudo aquilo que me interessa e quero fazer.
Esse tempo passado com nós próprios, é muito importante, na medida que nos permite conviver connosco; porém, frequentemente é isso que as pessoas temem, encontrarem-se com elas mesmas, e por isso procuram distracções no exterior.
Quando as distracções do exterior cessam, devido a mudanças na vida, como a reforma, por exemplo, as pessoas deparam-se com um vazio, que esteve sempre lá, mas que até aí não tinham tido tempo para o ver, e entram em pânico, por não saberem como preenche-lo.
Ter uma vida repleta é muito distinto de ser uma pessoa repleta; uma vida repleta implica ocupações, horários, pessoas, compromissos, etc. Uma pessoa repleta pode não ter nada daquilo que mencionei, e bastar-se a si mesma.
Regozijar-se com momentos de silêncio, porque só na quietude nos encontramos é o caminho para nos preenchermos. Precisamos desses momentos para reflectir, sendo isso o que proporciona o conhecimento de nós mesmos. E é assim que nos definimos. Basicamente, temos que atravessar o deserto primeiro, para chegarmos ao oásis. Mas depois compensa!
Há dias ouvi ainda uma frase que me tocou particularmente, e que poderá desvendar a queixa de muitos: "Só é solitário quem não é solidário". O segredo da doação; quando damos de nós, acabamos por receber de volta. E embora pareça um negócio calculista, é assim mesmo que funciona, porque é justo.
Portanto, entre a solidão necessária para o conhecimento do "eu", e a vontade de pôr esse "eu" ao serviço de outros, de causas, seja o que for, cria-se um equilíbrio que não contempla queixas, nem vitimizações, pelo contrário, é um exercício de grande maturidade e evolução pessoal.
Há uns tempos, uma senhora que se tinha aposentado há alguns meses, desabafava comigo, dizendo que ainda não se tinha adaptado; que não sabia o que fazer em casa. Entretanto, soube que entrou em depressão, o que não me espantou nada.
Um dos motivos que me faz apreciar a solidão, para além do próprio silêncio, é ter tantos interesses e ocupações. De facto, o meu tempo é pouco para tudo aquilo que me interessa e quero fazer.
Esse tempo passado com nós próprios, é muito importante, na medida que nos permite conviver connosco; porém, frequentemente é isso que as pessoas temem, encontrarem-se com elas mesmas, e por isso procuram distracções no exterior.
Quando as distracções do exterior cessam, devido a mudanças na vida, como a reforma, por exemplo, as pessoas deparam-se com um vazio, que esteve sempre lá, mas que até aí não tinham tido tempo para o ver, e entram em pânico, por não saberem como preenche-lo.
Ter uma vida repleta é muito distinto de ser uma pessoa repleta; uma vida repleta implica ocupações, horários, pessoas, compromissos, etc. Uma pessoa repleta pode não ter nada daquilo que mencionei, e bastar-se a si mesma.
Regozijar-se com momentos de silêncio, porque só na quietude nos encontramos é o caminho para nos preenchermos. Precisamos desses momentos para reflectir, sendo isso o que proporciona o conhecimento de nós mesmos. E é assim que nos definimos. Basicamente, temos que atravessar o deserto primeiro, para chegarmos ao oásis. Mas depois compensa!
Há dias ouvi ainda uma frase que me tocou particularmente, e que poderá desvendar a queixa de muitos: "Só é solitário quem não é solidário". O segredo da doação; quando damos de nós, acabamos por receber de volta. E embora pareça um negócio calculista, é assim mesmo que funciona, porque é justo.
Portanto, entre a solidão necessária para o conhecimento do "eu", e a vontade de pôr esse "eu" ao serviço de outros, de causas, seja o que for, cria-se um equilíbrio que não contempla queixas, nem vitimizações, pelo contrário, é um exercício de grande maturidade e evolução pessoal.