É necessária uma data no ano para invocar os direitos da mulher, indicar estatísticas das violências e homicídios, e exaltar o seu papel na sociedade.
É necessária uma data no ano, em que as mulheres falam e reivindicam, sem receio de serem taxadas de feministas. E em que os homens se juntam a esse discurso.
Passa o dia e tudo permanece igual. Porque as mentalidades não se mudam com discursos pro forma; a comemoração do dia da mulher não passa de um faz-de-conta, uma acção de marketing, um discurso politicamente correcto. Para muitos. Para aqueles que podem efectivamente agir na sociedade, e serem alavancadores de mudanças. É que há mudanças que não interessam.
Como se explicará que sendo as mulheres em maior número na Universidade, sejam em menor número em lugares de chefia das empresas? Que sejam menos remuneradas do que os homens, exercendo as mesmas funções? Que tenham mais dificuldade na progressão de carreira? Que sejam infinitamente menos representativas na política?
Certamente que tudo isso repercute na esfera privada; a mulher permanece cativa de um modelo estrutural ( é ela a cuidadora por excelência, quem falta ao trabalho quando tem os filhos doentes).
A matriz cultural permanece basicamente a mesma de há séculos. Foram feitas conquistas, porém a discrepância entre géneros é ainda abismal.
O conceito de mulher como propriedade persiste ainda no inconsciente colectivo, e isso reflecte-se na forma como muitos, realmente muitos homens tratam aquelas que deveriam ser suas parceiras em plenitude.
Não interessa abdicar do feudo de privilégios, quando a entrada das mulheres implica a saída de homens. Por conseguinte, não será através do homem que a conquista da igualdade efectiva se fará. A cada mulher cabe essa batalha, e unidas nesse propósito seremos mais eficazes.
Enquanto mulheres-educadoras o nosso papel é fundamental; quem educa filhos e filhas tem a responsabilidade de quem educa o mundo. Educar com ênfase no respeito e igualdade, com crença nas capacidades de uns e outros, valorizando a meritocratia como forma de progressão na vida; com tolerância pelas diferenças per se, e consciência que diferenças são complementares e não exclusivas. Este é o trabalho de base, para a mudança. O trabalho de uma vida.
É necessária uma data no ano para celebrar o dia da mulher, porque enquanto houver caminho a fazer, essa data tem a utilidade de expandir consciências. Assim, de simples.
É necessária uma data no ano, em que as mulheres falam e reivindicam, sem receio de serem taxadas de feministas. E em que os homens se juntam a esse discurso.
Passa o dia e tudo permanece igual. Porque as mentalidades não se mudam com discursos pro forma; a comemoração do dia da mulher não passa de um faz-de-conta, uma acção de marketing, um discurso politicamente correcto. Para muitos. Para aqueles que podem efectivamente agir na sociedade, e serem alavancadores de mudanças. É que há mudanças que não interessam.
Como se explicará que sendo as mulheres em maior número na Universidade, sejam em menor número em lugares de chefia das empresas? Que sejam menos remuneradas do que os homens, exercendo as mesmas funções? Que tenham mais dificuldade na progressão de carreira? Que sejam infinitamente menos representativas na política?
Certamente que tudo isso repercute na esfera privada; a mulher permanece cativa de um modelo estrutural ( é ela a cuidadora por excelência, quem falta ao trabalho quando tem os filhos doentes).
A matriz cultural permanece basicamente a mesma de há séculos. Foram feitas conquistas, porém a discrepância entre géneros é ainda abismal.
O conceito de mulher como propriedade persiste ainda no inconsciente colectivo, e isso reflecte-se na forma como muitos, realmente muitos homens tratam aquelas que deveriam ser suas parceiras em plenitude.
Não interessa abdicar do feudo de privilégios, quando a entrada das mulheres implica a saída de homens. Por conseguinte, não será através do homem que a conquista da igualdade efectiva se fará. A cada mulher cabe essa batalha, e unidas nesse propósito seremos mais eficazes.
Enquanto mulheres-educadoras o nosso papel é fundamental; quem educa filhos e filhas tem a responsabilidade de quem educa o mundo. Educar com ênfase no respeito e igualdade, com crença nas capacidades de uns e outros, valorizando a meritocratia como forma de progressão na vida; com tolerância pelas diferenças per se, e consciência que diferenças são complementares e não exclusivas. Este é o trabalho de base, para a mudança. O trabalho de uma vida.
É necessária uma data no ano para celebrar o dia da mulher, porque enquanto houver caminho a fazer, essa data tem a utilidade de expandir consciências. Assim, de simples.