terça-feira, 15 de maio de 2018

Seis dicas de filmes imperdíveis

Filmes muito diferentes, de diversas origens mas realmente bons. Onde passam no Cinema, que não os vejo? Felizmente nos Telecines vou-os encontrando.
 
Jia ( China, 279 min)
Um casal reformado parte em viagem por diversas partes a China, para visitar os quatro filhos, espalhados pelo país. É sobretudo interessante pelo formato de documentário, o espectador tem a rara oportunidade de entrar em casas e famílias chinesas, e observar como funcionam. Apreciei bastante este aspecto porque é uma cultura que conheço pouco, e por ser tão fechada é uma oportunidade rara. Basicamente, fiquei com a ideia de que a actual China, apesar de ser comunista, é bastante igual a qualquer outro pais capitalista e moderno. Por ser muito longo, as cenas nem parecem editadas, fui vendo por partes. 

O Fundador ( E.U.A.)
Pensei que iria ver a história  do fundador do Macdonalds, mas não, afinal é a história do homem que se apropriou do conceito de sucesso Macdonalds. É certo que teve o mérito de conseguir ver a possibilidade de tornar esse conceito num sucesso nacional e depois mundial, foi perseverante e audacioso, porém foi também um oportunista com poucos escrúpulos. Dá que pensar...

A vida de uma mulher (França)
A vida de uma jovem aristocrata do séc. XIX, apenas saída do convento onde fora educada, que casa com um nobre falido; os sonhos tornam-se pesadelos, apesar da protecção da família, e situação financeira. 
A condição feminina, mesmo nas classes mais altas, foi sempre difícil e desoladora; fosse como fosse, era sempre uma prisão. 

A Viagem a Espanha (U.K.)
Steve Coogan ( gosto muito!) e Rob Brydon a fazerem deles próprios numa viagem divertida e interessantíssima por Espanha. Os diálogos são genuínos e hilariantes, revelando uma faceta humana muito cativante e enternecedora. 

Nunca digas nunca (U.S.A)
Não resisto a um filme em que participe Diane Keaton, com ela contracena Michael Douglas, como um vendedor imobiliário mal disposto, prestes a entrar na reforma, que vê a sua vida dar uma reviravolta com a presença súbita da neta de 10 anos, que desconhece; e vai precisar da vizinha. O filme é divertido e muito emocionante; boa música, um figurino espectacular, excelente actuação, e uma história repleta de esperança.

A escolha do rei (Noruega)
Apenas os três dias em que os soldados alemães invadem a Noruega, na segunda guerra mundial, obrigando o rei Haakon e sua família a fugir, de refúgio em refúgio. Os alemães pretendem a rendição do rei, porém ele, que fora eleito pelo povo norueguês, tem disso grande noção, e não quer de todo tomar uma decisão contra a sua consciência. O sofrimento deste monarca, já em idade avançada, as provações que passa como qualquer cidadão norueguês, revelam um lado humano comum a qualquer pessoa de bem. A recusa do rei na rendição tornou-se um símbolo na luta por uma Noruega democrática e soberana.