Contudo, fazer programas com os meus filhos é coisa que muito me agrada, conciliar os nossos gostos, com eles na adolescência, é que se torna realmente desafiante. As personalidades estão a fortificar-se e descobrir-se por caminhos, muitas vezes, alheios aos dos pais.
A Letícia gosta muito de música, e eu também, todavia gostamos de géneros diferentes e escolher algo em comum parecia-me praticamente impossível. Mas não é!
Fui eu quem descobriu o Erlend Oye, e como acontece muitas vezes, descobrindo artistas menos conhecidos, "envio-os" aos meus filhos, sabendo quem se irá encaixar no gosto de cada um, mas aqui tive a sorte de encontrar alguém que nos agrada a ambas. Pela melodia, pela longa parte instrumental, que em espectáculo se revelou ainda mais intenso e imprevisto.
Foi um espectáculo maravilho, e sim, é possível desfrutarmos dos mesmos espectáculos, gerações à parte, haverá sempre a possibilidade de confluência.