Pouco ou nada me interessa o Mundial de Futebol, não percebo nem acompanho, e portanto é praticamente impossível não ver o que quer que seja, pois os canais de televisão têm sido exaustivos no seu seguimento. E de tudo o que vi, ou do pouco efectivamente, uma constante se destacou, a quantidade de jovens que assistem aos jogos. Rapazes e raparigas, viram o jogo Portugal X Espanha com um fervor e interesse que não lhes é comum a mais nada.
A formatação a que foram sujeitos pela televisão e Internet, conjugada com a existência de um jogador português extraordinário, que se tornou ídolo mundial, foi campo fértil para desenvolver uma certa faceta da personalidade dos mais jovens. Aqui somos vencedores, temos um papel a representar no panorama futebolístico mundial, somos aguardados, e quiça, temidos. É fascinante crescer com esta doutrina, que contrasta pela positiva, com outras áreas, como a Política, da qual nada de bom vem, nem se espera.
Portanto, o que se faz relativamente à Educação, ou Ambiente por exemplo, cujo impacto é directo nas gerações mais novas, nada lhes diz. Tudo ignoram, e indiferentes ao futuro que na Política se decide e neles se reflectirá, põem-se ao largo como velhos cépticos que desistiram de um mundo melhor por já terem sofrido demasiadas decepções.
A juventude não nasceu para sofrer, muito menos para lutar. Dizem os pais que só querem que os filhos sejam felizes, e com isso eles se barricaram por detrás de tudo o que é fácil, acessível e satisfatório.
De tudo isto apenas uma coisa de boa saiu, por conta do futebol muitos jovens aprenderam a cantar o hino nacional e quando o fazem, dá gosto vê-los!