Ontem li uma notícia que me deixou estarrecida, um homem assassinou a ex-sogra e também a filha de 3 anos. Depois suicidou-se. Ou seja, o ódio que tinha à ex-mulher era provavelmente tão forte como o amor que a ex-companheira tinha à sua mãe e filha, e por isso, tirou-lhe aquilo que lhe era mais precioso. Arrebatou-lhe a geração anterior e a posterior. Não a matou, como os outros fizeram a nove mulheres, apenas em Janeiro, mas condenou-a à pior das tortura, a um desgosto que a destroçou para o resto da vida. Aquela mulher nunca mais será a mesma, pode até recuperar com múltiplas ajudas da psicologia, terapias alternativas, apoios diversos, mas para sempre será refém do ódio do ex-companheiro.
No post anterior partilhei um vídeo muito interessante sobre o amor, e que diz, amar é dar. Sem esperar reciprocidade, sem exigir pagamento, apenas dar. Uma pessoa que ama outra, dá-lhe tudo aquilo que ela pede precisamente por lhe ter amor, e se ela lhe pede liberdade, para amar outra pessoa ou apenas para ficar sozinha, quando se ama realmente, concede-se o desejo. Mesmo com tristeza, com desgosto, com sofrimento, dá-se. Acontece que este conceito de amar nos é culturalmente estranho, estamos sempre esperando reciprocidade, esquecendo que isso já sai da esfera do amor. Isso é comércio.
Estes homens não amam, estes homens possuem, e quando o "objecto" do suposto afecto tenta escapar-lhes, o predador ancestral emerge furiosamente para lutar pela sua posse.
Mas que mães educaram estes homens, para que tenham esta visão constrangida e distorcida do amor? As mesmas mães que foram educadas por uma sociedade machista, subjugadas para sobreviverem, formatadas para que as deixem a elas em paz. Conheço o caso de uma jovem mulher que temendo pela vida fugiu do país, deixando para trás as filhas pequenas com o marido e sogra, que de resto já era quem cuidava delas. Por desespero e desamparo, abdicou das meninas, mas a estas nunca a avó lhes contou esta versão, antes as acicatava no ódio. Para espanto, tinha sido esta senhora também vítima da violência do marido alcoólico. E aguentando por anos a sua cruz, enquanto ele foi vivo, acreditava também que a nora deveria fazer o mesmo, aceitando a violência do filho.
Esta mulher escapou, recomeçou uma nova vida, e diz-se nova família, e que está bem. Mas a que preço? E depois desse preço pago, poderá ela estar realmente bem? E as filhas? Não creio.
Andava o meu filho no 1º ciclo quando me disse que gostava de uma menina da sua turma, mas que ela não gostava dele; quando lhe perguntei se isso o fizera triste, respondeu-me prontamente: Não. Há muito peixe no mar! Parece que esta noção faz falta a muitos homens, há décadas que ouço dizer que a proporção de mulheres para homens é de sete, e nem com essa vantagem se dão eles por satisfeitos! Porque a questão não é esta, não é exterior, é precisamente interior, mentes perturbadas pelo orgulho e vaidade, que não admitem ser dispensados. Eles é que dispensam.
As mulheres não assassinam os companheiros. Podem ficar doentes de desgosto, prostradas na cama por dias, chorar ao alto desconsoladas, mas ao fim de algum tempo lavam o rosto e seguem com a vida. Porque as mulheres, desde o inicio dos tempos que geram vida dentro delas; alimentam-nas com os seus fluídos, e viram-se do avesso para as alimentar quando estão cá fora. Isto de tirar a vida é um absoluto contrário ao que fazem há milhões de anos.
Por vezes, deixam de acreditar nos homens, dizem que não os querem ver nem pintados a ouro, mas certamente que quando lhes surge alguém merecedor da sua confiança, apostam novamente. Umas vezes ganham, outras perdem, mas seguem com a vida.
É preciso que se comece a dizer aos homens que ninguém é de ninguém. Que a vida segue, mesmo quando quem amamos sai das nossas vidas. Que nós não temos controlo algum sobre os sentimentos, e se não o temos sobre os nossos, muito menos sobre os dos outros, apenas sobre o comportamento. E se mesmo quando o nosso comportamento é correcto, impecável, amoroso e aparentemente perfeito, não chega para que nos amem, devemos deixar partir quem o quer fazer. O amor não é coercivo, pelo contrário, é libertário.
No post anterior partilhei um vídeo muito interessante sobre o amor, e que diz, amar é dar. Sem esperar reciprocidade, sem exigir pagamento, apenas dar. Uma pessoa que ama outra, dá-lhe tudo aquilo que ela pede precisamente por lhe ter amor, e se ela lhe pede liberdade, para amar outra pessoa ou apenas para ficar sozinha, quando se ama realmente, concede-se o desejo. Mesmo com tristeza, com desgosto, com sofrimento, dá-se. Acontece que este conceito de amar nos é culturalmente estranho, estamos sempre esperando reciprocidade, esquecendo que isso já sai da esfera do amor. Isso é comércio.
Estes homens não amam, estes homens possuem, e quando o "objecto" do suposto afecto tenta escapar-lhes, o predador ancestral emerge furiosamente para lutar pela sua posse.
Mas que mães educaram estes homens, para que tenham esta visão constrangida e distorcida do amor? As mesmas mães que foram educadas por uma sociedade machista, subjugadas para sobreviverem, formatadas para que as deixem a elas em paz. Conheço o caso de uma jovem mulher que temendo pela vida fugiu do país, deixando para trás as filhas pequenas com o marido e sogra, que de resto já era quem cuidava delas. Por desespero e desamparo, abdicou das meninas, mas a estas nunca a avó lhes contou esta versão, antes as acicatava no ódio. Para espanto, tinha sido esta senhora também vítima da violência do marido alcoólico. E aguentando por anos a sua cruz, enquanto ele foi vivo, acreditava também que a nora deveria fazer o mesmo, aceitando a violência do filho.
Esta mulher escapou, recomeçou uma nova vida, e diz-se nova família, e que está bem. Mas a que preço? E depois desse preço pago, poderá ela estar realmente bem? E as filhas? Não creio.
Andava o meu filho no 1º ciclo quando me disse que gostava de uma menina da sua turma, mas que ela não gostava dele; quando lhe perguntei se isso o fizera triste, respondeu-me prontamente: Não. Há muito peixe no mar! Parece que esta noção faz falta a muitos homens, há décadas que ouço dizer que a proporção de mulheres para homens é de sete, e nem com essa vantagem se dão eles por satisfeitos! Porque a questão não é esta, não é exterior, é precisamente interior, mentes perturbadas pelo orgulho e vaidade, que não admitem ser dispensados. Eles é que dispensam.
As mulheres não assassinam os companheiros. Podem ficar doentes de desgosto, prostradas na cama por dias, chorar ao alto desconsoladas, mas ao fim de algum tempo lavam o rosto e seguem com a vida. Porque as mulheres, desde o inicio dos tempos que geram vida dentro delas; alimentam-nas com os seus fluídos, e viram-se do avesso para as alimentar quando estão cá fora. Isto de tirar a vida é um absoluto contrário ao que fazem há milhões de anos.
Por vezes, deixam de acreditar nos homens, dizem que não os querem ver nem pintados a ouro, mas certamente que quando lhes surge alguém merecedor da sua confiança, apostam novamente. Umas vezes ganham, outras perdem, mas seguem com a vida.
É preciso que se comece a dizer aos homens que ninguém é de ninguém. Que a vida segue, mesmo quando quem amamos sai das nossas vidas. Que nós não temos controlo algum sobre os sentimentos, e se não o temos sobre os nossos, muito menos sobre os dos outros, apenas sobre o comportamento. E se mesmo quando o nosso comportamento é correcto, impecável, amoroso e aparentemente perfeito, não chega para que nos amem, devemos deixar partir quem o quer fazer. O amor não é coercivo, pelo contrário, é libertário.