Li há uns tempos que as "miúdas" da moda no Instagram compram roupa para se fotografarem e publicarem, mas que depois a devolvem às lojas. A política de devolução permite "o arrependimento", entendendo-se que tal situação seria excepção, e não utilizada como comportamento corriqueiro. Mas portanto, estão dentro da lei e nada a apontar quanto a isso. Apenas à atitude nada ética de quem se aproveita da Lei e faz disso prática corrente para alimentar um estilo de vida fictício. Só que isso já não é subentendido, pelo contrário, para quem vê é totalmente real.
Efectivamente, espanta-me a quantidade de roupa que as fashionistas compram para partilhar diariamente os seus outfits, e parece que algumas até diversas vezes ao dia, como a Chiara Ferragni (que aliás, por isso mesmo tem sido acusada de destruir a Moda), e com a excepção de umas quantas patrocinadas por marcas, indagava-me como a maior parte delas tem arcabouço financeiro para tal. Sendo que muitas delas são adolescentes, por conseguinte, ainda estudantes. Ora, são precisamente estas que me preocupam, pois são vistas pelas jovens da mesma idade, e obviamente, pelas primeiras influenciadas. É mais uma achega para minar a auto-estima, numa idade em que as preocupações com o aspecto atingem níveis estratosféricos.
As influencers são pessoas que adoram moda e mais do que adorar moda, adoram mostrar-se; sendo que no caso, a moda é o leitmotiv perfeito para se exibirem. Também se caracterizam por se colarem umas às outras relativamente às tendências, de forma que vendo uma se vê automaticamente todas. Até os quartos são semelhantes, em cores, móveis e objectos decorativos. E tudo isto, elas mostram orgulhosamente.
Assim sendo, parece-me que encaixam perfeitamente no perfil dos narcisistas, que por seu lado poderia não implicar grande coisa para além de gostar muito -sobretudo- de si próprio, mas de acordo com este artigo do Psicologias do Brasil, os narcisistas são também inseguros e pouco saudáveis. Podemos muito bem compreender porquê sem nos aprofundarmos em teses, aliás, qualquer observador atento destas redes sociais, acaba por conhecer facilmente as personalidades destas jovens, e concluir que nada disto é saudável, aconselhável e muito menos exemplar. Portanto, temos por um lado jovens narcisistas e pouco saudáveis a influenciar outras jovens ansiosas para encaixarem no grupo das primeiras. Uma autentica marmotinha-de-rabo-na-boca de loucura.
Todas querem pertencer ao grupo, e lembramos bem que sobretudo nestas idades, a ideia de pertença ao grupo é intrínseca, o que faz das jovens seguidoras umas verdadeiras macaquinhas de imitação.
É importante ter modelos, exemplos a seguir, todavia a era da imagem e das redes sociais vem apresentar um panorama que em nada ou pouco contribuiu para um crescimento e inspiração sadios. Estas tendências não se compadecem com as diferentes situações financeiras familiares, nem com o meio ambiente, e o consumo exacerbado, ou com a exagerada valorização do aspecto exterior. É um apelo à futilidade, ao superficial, à rama da vida que deveria compor apenas uma parte daquilo que somos.
As influencers deste mundo baixaram a fasquia de forma, realmente, preocupante. Não haverá melhor para imitar?
Efectivamente, espanta-me a quantidade de roupa que as fashionistas compram para partilhar diariamente os seus outfits, e parece que algumas até diversas vezes ao dia, como a Chiara Ferragni (que aliás, por isso mesmo tem sido acusada de destruir a Moda), e com a excepção de umas quantas patrocinadas por marcas, indagava-me como a maior parte delas tem arcabouço financeiro para tal. Sendo que muitas delas são adolescentes, por conseguinte, ainda estudantes. Ora, são precisamente estas que me preocupam, pois são vistas pelas jovens da mesma idade, e obviamente, pelas primeiras influenciadas. É mais uma achega para minar a auto-estima, numa idade em que as preocupações com o aspecto atingem níveis estratosféricos.
As influencers são pessoas que adoram moda e mais do que adorar moda, adoram mostrar-se; sendo que no caso, a moda é o leitmotiv perfeito para se exibirem. Também se caracterizam por se colarem umas às outras relativamente às tendências, de forma que vendo uma se vê automaticamente todas. Até os quartos são semelhantes, em cores, móveis e objectos decorativos. E tudo isto, elas mostram orgulhosamente.
Assim sendo, parece-me que encaixam perfeitamente no perfil dos narcisistas, que por seu lado poderia não implicar grande coisa para além de gostar muito -sobretudo- de si próprio, mas de acordo com este artigo do Psicologias do Brasil, os narcisistas são também inseguros e pouco saudáveis. Podemos muito bem compreender porquê sem nos aprofundarmos em teses, aliás, qualquer observador atento destas redes sociais, acaba por conhecer facilmente as personalidades destas jovens, e concluir que nada disto é saudável, aconselhável e muito menos exemplar. Portanto, temos por um lado jovens narcisistas e pouco saudáveis a influenciar outras jovens ansiosas para encaixarem no grupo das primeiras. Uma autentica marmotinha-de-rabo-na-boca de loucura.
Todas querem pertencer ao grupo, e lembramos bem que sobretudo nestas idades, a ideia de pertença ao grupo é intrínseca, o que faz das jovens seguidoras umas verdadeiras macaquinhas de imitação.
É importante ter modelos, exemplos a seguir, todavia a era da imagem e das redes sociais vem apresentar um panorama que em nada ou pouco contribuiu para um crescimento e inspiração sadios. Estas tendências não se compadecem com as diferentes situações financeiras familiares, nem com o meio ambiente, e o consumo exacerbado, ou com a exagerada valorização do aspecto exterior. É um apelo à futilidade, ao superficial, à rama da vida que deveria compor apenas uma parte daquilo que somos.
As influencers deste mundo baixaram a fasquia de forma, realmente, preocupante. Não haverá melhor para imitar?