Ainda a propósito do Prós e Contras sobre a violência na escola, uma professora terminou dizendo que falar sobre o assunto só faria aumentar a violência, como se tem vindo a verificar; mas eu pensei na altura, que muito provavelmente seriam casos que estavam a ser divulgados, estimulados exactamente pelos casos noticiados; finalmente, os professores desesperados compreendem que não estão sós nesta situação, que a violência na escola contra eles, está acontecer diariamente, por todo o lado, com muitos colegas. Isso deu-lhes a coragem para assumir agressões de que tinham vergonha, afinal, eles é que são os agentes de autoridade e se não conseguem exercê-la dentro da escola, o problema deve ser deles, certo? Incompetentes, despreparados, pusilâmines, fracos!
E todos os dias, agora, leio relatos de professores que foram e são agredidos, que vêem a público, enviando testemunhos para o "Com Regras", um blogue sobre a educação de referência; os casos são muitos, de grande violência, seja de alunos, encarregados de educação, contra professores e auxiliares educativos.
Alunos que entram tarde e saem da aula a meio porque alguém lhes telefona; a aluna que puxa o cabelo da professora porque apostou com a colega que o faria se tirasse negativa, o aluno que deu um soco no professor de 67 anos, com idade para ser seu avô, a mãe agressiva que invade a escola e para impedir o director de chamar a GNR, lhe destrói a roupa e agride, a professora que abortou, após um ataque na aula de uma E.E., a professora agredida a pontapé, soco e bofetadas por aluno de 7 anos com deficiência, durante um ano! ( está desde então on e off do trabalho, devido a depressão quase contínua);enfim, os casos são do mais variado que não se consiga imaginar!
Portanto, os professores sentem-se sós, desamparados, e incompreendidos, e justamente. Estão atados de pés e mãos.
Os nossos profissionais são competentes e bem preparados, todavia a Escola está a ser feita como se todos os alunos fossem iguais, e não são; não têm todos a mesma origem, não têm todos a mesma capacidade, não têm todos o mesmo interesse.
Colocar alunos com deficiências nas turmas regulares, para uma melhor integração é muito bonito, mas na prática não funciona, pois se faz às custas do resto da turma que é, frequentemente, relegada para segundo plano. Às custas dos professores que se desdobram para chegar a todos, pondo em risco a saúde (conseguem imaginar como isto é extenuante e frustrante?).
Nem todos os alunos têm a mesma capacidade de aprendizagem, porém o Ministério quer agora aprovar, automaticamente, os alunos até ao 9º ano, como se as retenções, actualmente, não fossem já muito baixas e, e sim residuais (um termo tão caro ao M.E.!).
Dizer que os alunos são diferentes, implica aceitar que os resultados serão diferentes, e portanto diferentes estratégias deverão ser utilizadas; mas prático, prático, é uniformizar o ensino, colocando todos os alunos no mesmo cesto, e aprovando-os compulsivamente.
Dizer que os alunos são diferentes, tornou-se quase uma obscenidade, a ideia da igualdade está a tornar-se tão entranhada no sistema que todos têm que atingir os mesmos objectivos, ou seja, alcançar a taxa de sucesso, que tanto alegra as estatísticas.
Uniformizar o ensino pela via do facilitismo sai barato, e no fim de contas todas as políticas actuais são economicistas, mesmo as de esquerda. Pelo caminho, são trucidados os agentes da educação, mas enfim, alguém tem que pagar o preço do sucesso, ainda que este sucesso seja uma grande fraude!
E todos os dias, agora, leio relatos de professores que foram e são agredidos, que vêem a público, enviando testemunhos para o "Com Regras", um blogue sobre a educação de referência; os casos são muitos, de grande violência, seja de alunos, encarregados de educação, contra professores e auxiliares educativos.
Alunos que entram tarde e saem da aula a meio porque alguém lhes telefona; a aluna que puxa o cabelo da professora porque apostou com a colega que o faria se tirasse negativa, o aluno que deu um soco no professor de 67 anos, com idade para ser seu avô, a mãe agressiva que invade a escola e para impedir o director de chamar a GNR, lhe destrói a roupa e agride, a professora que abortou, após um ataque na aula de uma E.E., a professora agredida a pontapé, soco e bofetadas por aluno de 7 anos com deficiência, durante um ano! ( está desde então on e off do trabalho, devido a depressão quase contínua);enfim, os casos são do mais variado que não se consiga imaginar!
Portanto, os professores sentem-se sós, desamparados, e incompreendidos, e justamente. Estão atados de pés e mãos.
Os nossos profissionais são competentes e bem preparados, todavia a Escola está a ser feita como se todos os alunos fossem iguais, e não são; não têm todos a mesma origem, não têm todos a mesma capacidade, não têm todos o mesmo interesse.
Colocar alunos com deficiências nas turmas regulares, para uma melhor integração é muito bonito, mas na prática não funciona, pois se faz às custas do resto da turma que é, frequentemente, relegada para segundo plano. Às custas dos professores que se desdobram para chegar a todos, pondo em risco a saúde (conseguem imaginar como isto é extenuante e frustrante?).
Nem todos os alunos têm a mesma capacidade de aprendizagem, porém o Ministério quer agora aprovar, automaticamente, os alunos até ao 9º ano, como se as retenções, actualmente, não fossem já muito baixas e, e sim residuais (um termo tão caro ao M.E.!).
Dizer que os alunos são diferentes, implica aceitar que os resultados serão diferentes, e portanto diferentes estratégias deverão ser utilizadas; mas prático, prático, é uniformizar o ensino, colocando todos os alunos no mesmo cesto, e aprovando-os compulsivamente.
Dizer que os alunos são diferentes, tornou-se quase uma obscenidade, a ideia da igualdade está a tornar-se tão entranhada no sistema que todos têm que atingir os mesmos objectivos, ou seja, alcançar a taxa de sucesso, que tanto alegra as estatísticas.
Uniformizar o ensino pela via do facilitismo sai barato, e no fim de contas todas as políticas actuais são economicistas, mesmo as de esquerda. Pelo caminho, são trucidados os agentes da educação, mas enfim, alguém tem que pagar o preço do sucesso, ainda que este sucesso seja uma grande fraude!