No dia Internacional das Mulheres estive numa Tertúlia em que duas convidadas eram deputadas na A.R., pelo Partido Socialista. Independentemente do partido, interessou-me ouvir o que estas duas senhoras tinham a dizer, e confesso que não podia imaginar que fosse assim tão mau.
Com uma imparcialidade supra-partidária, partilharam as opiniões pessoais e relataram a situação da mulher na Assembleia da República. Falaram de factos, de como há poucas mulheres no seu partido, de como não existem mulheres em posição de Estado, como lhes são atribuídos apenas papéis pouco relevantes. Contaram, com tristeza e revolta, como raramente lhes é dada a palavra no Plenário, e como quando isso sucede os seus colegas as ignoram, distraindo-se e falando para o lado.
Isto deixou-me deveras consternada e até zangada. Com certeza não serão todos os homens a terem esse comportamento, a manifestarem essa falta de educação e respeito, contudo a grande maioria assim se comporta, para lhes dar essa impressão tão abrangente.
Isto revela o que muitas de nós dizem e suspeitam, os políticos apenas toleram as mulheres na Política; porque tem de ser, para enganar os papalvos que exigem mudanças e modernidade. Todavia, fazem questão de lhes lembrar que o papel delas aí é esse mesmo: decorativo, estar ali. As suas ideias não serão acções, a participação na construção de politicas diferentes ou melhores não acontecerá. Em suma, não as reconhecem como pares. E isto parece-me absolutamente inaceitável.
Na altura não me ocorreu sugerir nenhuma solução, mas parece-me agora, dois dias decorridos, que todas as deputadas da A.R. deveriam unir-se nesta questão e fazer algo; escolher uma data, o mais inconveniente possível, por exemplo, e concertadamente ausentarem-se todas da Assembleia, perante os seus colegas e membros do Governo. Certamente que os Média não iriam deixar de divulgar, e chamar a atenção para o caso.
Ignoro o modus operandi da A.R. , o que é possível fazer legalmente, mas ainda assim que seja forte o suficiente para trazer luz a esta questão e obrigar a mudanças. Mas que algo tem que ser feito, sem dúvida!
Com uma imparcialidade supra-partidária, partilharam as opiniões pessoais e relataram a situação da mulher na Assembleia da República. Falaram de factos, de como há poucas mulheres no seu partido, de como não existem mulheres em posição de Estado, como lhes são atribuídos apenas papéis pouco relevantes. Contaram, com tristeza e revolta, como raramente lhes é dada a palavra no Plenário, e como quando isso sucede os seus colegas as ignoram, distraindo-se e falando para o lado.
Isto deixou-me deveras consternada e até zangada. Com certeza não serão todos os homens a terem esse comportamento, a manifestarem essa falta de educação e respeito, contudo a grande maioria assim se comporta, para lhes dar essa impressão tão abrangente.
Isto revela o que muitas de nós dizem e suspeitam, os políticos apenas toleram as mulheres na Política; porque tem de ser, para enganar os papalvos que exigem mudanças e modernidade. Todavia, fazem questão de lhes lembrar que o papel delas aí é esse mesmo: decorativo, estar ali. As suas ideias não serão acções, a participação na construção de politicas diferentes ou melhores não acontecerá. Em suma, não as reconhecem como pares. E isto parece-me absolutamente inaceitável.
Na altura não me ocorreu sugerir nenhuma solução, mas parece-me agora, dois dias decorridos, que todas as deputadas da A.R. deveriam unir-se nesta questão e fazer algo; escolher uma data, o mais inconveniente possível, por exemplo, e concertadamente ausentarem-se todas da Assembleia, perante os seus colegas e membros do Governo. Certamente que os Média não iriam deixar de divulgar, e chamar a atenção para o caso.
Ignoro o modus operandi da A.R. , o que é possível fazer legalmente, mas ainda assim que seja forte o suficiente para trazer luz a esta questão e obrigar a mudanças. Mas que algo tem que ser feito, sem dúvida!