Desengane-se quem pensa que bastam os laços familiares, mesmo os mais próximos, como mãe-filho, pai-filho, irmã-irmã, para haver intimidade.
As relações podem ter como base o sangue, porém, se não forem "trabalhadas" não nos levam para além da superficialidade. É necessário investir, tempo, atenção e dedicação. E é preciso uma vontade consciente para o fazer. Por isso, muitas relações de amizade se transcendem para além delas, pois foram esculpidas para alcançar outro patamar.
No entanto, por acharmos que os laços sanguíneos automaticamente nos proporcionam um estatuto de intimidade, descuidamos as relações familiares. E um dia, ao olharmos para quem nos é próximo, damos por nós a pensar numa pergunta que queremos fazer, num comentário que desejamos partilhar, e não ousamos.
A relação pais-filhos é privilegiada, no sentido da existência abundante de oportunidades. Temos, constantemente, momentos em que podemos demonstrar empatia e respeito, que para mim são fundamentais na construção dos relacionamentos íntimos. Nenhum filho confia em quem não o compreende e respeita. Discordar é outra coisa; está numa área diferente, não sendo ameaçador perante argumentos válidos. E não há mal algum na discórdia, porque as pessoas pensam constantemente de formas diferentes. Temos apenas que aceitar essa diferença, com respeito pelo outro.
Portanto, que alguém levante uma questão do foro intimo a um amigo, que a própria mãe não ousa abordar, não é atrevimento, é a prova da existência de intimidade.
E quem a quiser, que faça por isso.
As relações podem ter como base o sangue, porém, se não forem "trabalhadas" não nos levam para além da superficialidade. É necessário investir, tempo, atenção e dedicação. E é preciso uma vontade consciente para o fazer. Por isso, muitas relações de amizade se transcendem para além delas, pois foram esculpidas para alcançar outro patamar.
No entanto, por acharmos que os laços sanguíneos automaticamente nos proporcionam um estatuto de intimidade, descuidamos as relações familiares. E um dia, ao olharmos para quem nos é próximo, damos por nós a pensar numa pergunta que queremos fazer, num comentário que desejamos partilhar, e não ousamos.
A relação pais-filhos é privilegiada, no sentido da existência abundante de oportunidades. Temos, constantemente, momentos em que podemos demonstrar empatia e respeito, que para mim são fundamentais na construção dos relacionamentos íntimos. Nenhum filho confia em quem não o compreende e respeita. Discordar é outra coisa; está numa área diferente, não sendo ameaçador perante argumentos válidos. E não há mal algum na discórdia, porque as pessoas pensam constantemente de formas diferentes. Temos apenas que aceitar essa diferença, com respeito pelo outro.
Portanto, que alguém levante uma questão do foro intimo a um amigo, que a própria mãe não ousa abordar, não é atrevimento, é a prova da existência de intimidade.
E quem a quiser, que faça por isso.