Não é à toa que a falta de concentração se tornou um problema cada vez mais generalizado. E a "culpa" nem sequer é das crianças. Algumas pistas:
Uma das causas da falta de concentração é óbvia: eles têm, basicamente, muito mais distracções do que nós tínhamos. "Recebem tanta informação visual desde que nascem que o seu cérebro não está preparado para gestão de tantos estímulos". Psicóloga Ana Manta, no livro "Filho, presta atenção".
O mais natural é que a sua capacidade de concentração se disperse para dar atenção a tanta coisa, não conseguindo focar-se no mais básico.
É mais importante uma criança saber respeitar as regras de um jogo do que saber escrever o nome dos familiares aos 4 anos.
...muitas vezes não é que a criança não esteja concentrada ela está concentrada coisas.
Há uma lógica social por trás disto: a sociedade de consumo e de concorrência, em vez de nos orientar o cérebro para a paz, faz com que estejamos sempre na defensiva, ou seja, o cérebro é muito menos capaz de estar sossegado e aprender qualquer coisa."
Se o meu filho não é hiperativo, vamos saber que outras podem estar a correr mal. Às vezes eles estão simplesmente...cansados. E desmotivados.
... em vez de sentada e quieta, a aprendizagem seria mais efectiva, porque o nosso cérebro aprende mais pela experiência do que passivamente.
Como podemos aprender se somos frágeis, temos pouco oxigénio e músculos pouco desenvolvidos?
Valorizamos muito a inteligência escolar e muito pouco a inteligência emocional.
Se eu não conseguir colocar-me no lugar do meu filho, não vou perceber as dificuldades dele.
Perceber como é a vida dela, como ela se dá com os professores e os colegas, de que é que gosta mais, como aprende melhor, se precisa de ir dar uma volta antes de fazer os trabalhos ou prefere atacá-los. Perceber se há situações emocionais pontuais, uma mudança na escola, um problema em casa. E depois, ter calma e não a stressar como nós stressamos.
Uma das causas da falta de concentração é óbvia: eles têm, basicamente, muito mais distracções do que nós tínhamos. "Recebem tanta informação visual desde que nascem que o seu cérebro não está preparado para gestão de tantos estímulos". Psicóloga Ana Manta, no livro "Filho, presta atenção".
O mais natural é que a sua capacidade de concentração se disperse para dar atenção a tanta coisa, não conseguindo focar-se no mais básico.
É mais importante uma criança saber respeitar as regras de um jogo do que saber escrever o nome dos familiares aos 4 anos.
...muitas vezes não é que a criança não esteja concentrada ela está concentrada coisas.
Há uma lógica social por trás disto: a sociedade de consumo e de concorrência, em vez de nos orientar o cérebro para a paz, faz com que estejamos sempre na defensiva, ou seja, o cérebro é muito menos capaz de estar sossegado e aprender qualquer coisa."
Se o meu filho não é hiperativo, vamos saber que outras podem estar a correr mal. Às vezes eles estão simplesmente...cansados. E desmotivados.
... em vez de sentada e quieta, a aprendizagem seria mais efectiva, porque o nosso cérebro aprende mais pela experiência do que passivamente.
Como podemos aprender se somos frágeis, temos pouco oxigénio e músculos pouco desenvolvidos?
Valorizamos muito a inteligência escolar e muito pouco a inteligência emocional.
Se eu não conseguir colocar-me no lugar do meu filho, não vou perceber as dificuldades dele.
Perceber como é a vida dela, como ela se dá com os professores e os colegas, de que é que gosta mais, como aprende melhor, se precisa de ir dar uma volta antes de fazer os trabalhos ou prefere atacá-los. Perceber se há situações emocionais pontuais, uma mudança na escola, um problema em casa. E depois, ter calma e não a stressar como nós stressamos.
in Revista Activa, Janeiro, 2017