Esta é uma daquelas histórias verídicas, o que a torna realmente interessante, e que recordo frequentemente. Aconteceu há alguns anos atrás, no início da recessão; depois de um congresso, uma certa delegada médica vangloriava-se da medicação anti-depressiva ter batidos todos os recordes de venda em Portugal e de liderar as mesmas a nível europeu. Passados um par de anos, essa mesma pessoa, que aparentemente tinha tudo para ser feliz, estava a tomar essa mesma medicação. Pois é, o Karma...
O facto é que um estudo realizado em 2016, por José Caldas de Almeida, presidente do Lisbon Institute of Global Mental Health, apresentou a evolução da saúde mental dos portugueses desde 2008 até 2015, concluindo que as doenças mentais ( depressão e ansiedade) atingem um terço da população, tendo passado de 19,8% em 2008 para 31,2% em 2015. Sendo que as mulheres são as mais afectadas por distúrbios de ansiedade, numa proporção de duas para um.
As causas destas doenças podem ser psico-sociais, mas também biológicas e hormonais, no caso das mulheres.
De acordo com o psiquiatra Ricardo Reis Marques, o tratamento deve passar pela regularização do sono, prática de exercício físico, e meditação. Se for realmente grave, aconselha-se a "psicoterapia cognitiva comportamental", ou mindfulness. Apenas em último caso, falhando todos os outros, se recorre à medicação.
O facto é que um estudo realizado em 2016, por José Caldas de Almeida, presidente do Lisbon Institute of Global Mental Health, apresentou a evolução da saúde mental dos portugueses desde 2008 até 2015, concluindo que as doenças mentais ( depressão e ansiedade) atingem um terço da população, tendo passado de 19,8% em 2008 para 31,2% em 2015. Sendo que as mulheres são as mais afectadas por distúrbios de ansiedade, numa proporção de duas para um.
As causas destas doenças podem ser psico-sociais, mas também biológicas e hormonais, no caso das mulheres.
De acordo com o psiquiatra Ricardo Reis Marques, o tratamento deve passar pela regularização do sono, prática de exercício físico, e meditação. Se for realmente grave, aconselha-se a "psicoterapia cognitiva comportamental", ou mindfulness. Apenas em último caso, falhando todos os outros, se recorre à medicação.
in revista Activa, Maio 2017
Creio que se estas indicações fossem comuns na classe médica e assim aplicadas, a venda de fármacos não seria motivo de orgulho, para quem os vende. A saúde não deveria ser um negócio. E os doentes seriam tratados com responsabilidade, estando também implicados na sua própria cura.