Verónica errou, quando há dez anos fez vídeos de teor sexual para enviar ao namorado. Tinha 22 anos. Depois, parece que voltou a fazê-lo, com outro namorado.
Errou porque transmitiu a posse de imagens privadas para outra pessoa. Porque já deveria saber que este tipo de conteúdo é petisco viral na Internet.
E assim foi; os vídeos começaram a circular por entre os colegas da empresa em que Verónica trabalhava, calculando-se que cerca de 2.500 pessoas o terão visto e repassado.
Verónica começou a ser perseguida no seu posto de trabalho, por colegas que iam propositadamente perto dela, para lhe fazer comentários jocosos.
Agora com 32 anos, casada e mãe de dois filhos de quatro anos e outro de nove meses, não aguentou a pressão da humilhação e vergonha e suicidou-se. Não sem antes, ter sido sujeita a chantagem por parte de um ex-colega, com quem terá tido um caso.
Verónica não era santa, era uma mulher jovem, com desejos e emoções naturais e próprios da idade. Porém, errou quando decidiu gravar e enviar esses vídeos íntimos e pessoais. Porque o mundo, está repleto de canalhas, que sendo tudo menos santos, se colocam em pedestais judiciários e não perdoam as falhas dos outros. E não refiro apenas os colegas da empresa, os comentários que li na notícia, deixaram-me desolada; não havia empatia, compreensão, compaixão. Ninguém se colocou no lugar da Verónica, que deve ter sentido um desespero tão avassalador, que a levou a esquecer que tinha filhos a precisar dela. Ninguém se colocou no lugar dos filhos, tão pequeninos, que perderam a mãe. Ninguém pensou no marido e família, que estão a sofrer, não apenas com os vídeos, mas agora com a perda de quem amavam.
Ninguém se pôs no papel imaginário, de quem tem uma filha, uma sobrinha, uma neta, uma prima, que possa cometer o mesmo erro.
Foram todos juízes frios e distantes de algo que acontece e voltará a acontecer. Porque as Verónicas são sempre filhas de alguém, e amadas pelas suas famílias. E por muito óbvio que nos pareça que é um erro fatal, elas vão continuar a fazê-lo. E este sofrimento todo, vai repetir-se, não se sabendo a quem calhará vivenciá-lo.
Errou porque transmitiu a posse de imagens privadas para outra pessoa. Porque já deveria saber que este tipo de conteúdo é petisco viral na Internet.
E assim foi; os vídeos começaram a circular por entre os colegas da empresa em que Verónica trabalhava, calculando-se que cerca de 2.500 pessoas o terão visto e repassado.
Verónica começou a ser perseguida no seu posto de trabalho, por colegas que iam propositadamente perto dela, para lhe fazer comentários jocosos.
Agora com 32 anos, casada e mãe de dois filhos de quatro anos e outro de nove meses, não aguentou a pressão da humilhação e vergonha e suicidou-se. Não sem antes, ter sido sujeita a chantagem por parte de um ex-colega, com quem terá tido um caso.
Verónica não era santa, era uma mulher jovem, com desejos e emoções naturais e próprios da idade. Porém, errou quando decidiu gravar e enviar esses vídeos íntimos e pessoais. Porque o mundo, está repleto de canalhas, que sendo tudo menos santos, se colocam em pedestais judiciários e não perdoam as falhas dos outros. E não refiro apenas os colegas da empresa, os comentários que li na notícia, deixaram-me desolada; não havia empatia, compreensão, compaixão. Ninguém se colocou no lugar da Verónica, que deve ter sentido um desespero tão avassalador, que a levou a esquecer que tinha filhos a precisar dela. Ninguém se colocou no lugar dos filhos, tão pequeninos, que perderam a mãe. Ninguém pensou no marido e família, que estão a sofrer, não apenas com os vídeos, mas agora com a perda de quem amavam.
Ninguém se pôs no papel imaginário, de quem tem uma filha, uma sobrinha, uma neta, uma prima, que possa cometer o mesmo erro.
Foram todos juízes frios e distantes de algo que acontece e voltará a acontecer. Porque as Verónicas são sempre filhas de alguém, e amadas pelas suas famílias. E por muito óbvio que nos pareça que é um erro fatal, elas vão continuar a fazê-lo. E este sofrimento todo, vai repetir-se, não se sabendo a quem calhará vivenciá-lo.