segunda-feira, 20 de março de 2017

A evolução do "sexting" ?


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"Sexting" resulta da junção das palavras sex + texting (sexo + envio de texto), para designar o envio de imagens de jovens com pouca roupa ou eróticas, através dos telemóveis ou computadores. 

Resultado do acesso fácil e privado à Internet, este fenómeno passa um pouco alheio aos pais e adultos, que frequentemente nem sequer imaginam o que os filhos fazem. Normalmente, a pratica de sexting faz-se entre namorados, porém quando estes acabam, ou se zangam, o que era privado, torna-se público, resultando num enorme embaraço e vergonha difícil de suportar, ou pior ainda, em bullying.

Todavia, é uma prática que está a vulgarizar-se, e a sair da esfera dos conhecidos. Devido à facilidade com que as pessoas se conhecem nas redes sociais, começando a interagir com uma naturalidade que não é reflexo da vida real, os relacionamentos à distância depressa se tornam íntimos. 

Esta constatação é do conhecimento comum, e os grupos criminosos já compreenderam a potencialidade deste mercado. Funcionam como call centers, em África e Ásia, utilizando fotos falsas e roubadas nos perfis, como engodo nas seduções cibernéticas. Ganham a confiança das vítimas, gravam as imagens comprometedoras, e fazem chantagem:  -Para não as tornar públicas, tens que me pagar xxx€!

A inexperiência e credulidade dos jovens, torna-os alvo fácil para quem pretende ganhar com esquemas fraudulentos e praticamente isentos de risco. 
Nestes casos, a vergonha é maior, a necessidade de manter o segredo é vital. Portanto, quando a disponibilidade financeira não existe, a saída pode ser o suicídio. 
A Polícia diz que este tipo de crime está em expansão, e que a resposta é a prevenção; conversar com os jovens e alertá-los para estes factos, mostrar-lhes notícias, partilhar casos. E sobretudo dizer-lhes que em situação alguma estarão sozinhos; tranquilizá-los para que conversem, procurem conselhos com algum adulto.

O mundo tecnológico está a mudar demasiado depressa, não nos dando tempo para prever determinadas situações, nem antever respostas. Temos que nos adaptar, permanecendo vigilantes e com o sentido crítico alerta.