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Na época, as mulheres estavam reduzidas à pintura religiosa, de naturezas mortas ou retratos, tendo-se dedicado a este último. Porém, impedida de recorrer a modelos masculinos para as suas pinturas, usava os membros da família capturados em momentos domésticos, com objectos que definem as suas personalidades. Nos auto-retratos, numerosos ao longo da sua vida (e invulgares para a época, apenas posteriormente se tornariam comuns), também fez o mesmo, revelando-se pela imagem.
Por sugestão do Duque de Alba, a quem pintou um retrato, foi convidada por Filipe II para a corte espanhola, como aia da rainha. Pintou o retrato de Isabel de Valois, mulher de Filipe II, ela própria pintora amadora, descobrindo-se posteriormente que também pintara o famoso quadro do monarca, atribuído durante muito tempo a Alonso Sanchez Coello, e inúmeras vezes copiado.
Casou aos 38 anos, com o filho do vice-rei da Sicília, enviuvou passados 7 anos, e voltou a casar com um nobre genovês, que a apoiou na sua carreira de pintora. Viveu confortavelmente em Génova e Palermo, como artista e patrona das artes, onde a visitou Van Dyck, que a retratou com de 92 anos, mas ainda lúcida. Morreu aos 93 anos de idade.
Deixou cerca de 50 quadros, espalhados por diversos museus europeus e Estados Unidos.
Sofonisba Anguissola, sendo a primeira mulher pintora que alcançou fama e respeito, abriu o caminho a outras mulheres pintoras, que inspiradas pelo seu sucesso, ousaram tentar a sorte numa arte dominada pelos homens.
- Chapeau!
Fontes:
Wikipédia
Britannica
Museo del Prado
Unicamp