Quando eu já penso que li tudo ou ouvi tudo sobre formas de repressão da mulher tomo conhecimento de mais alguma! Não pensei que ainda restassem segredos sobre o assunto, afinal há. No Camarão existe um costume que se transmite secretamente: na puberdade os seios das meninas são”repassados”, com a ajuda de uma espátula ou pedra aquecida, até que desapareçam! Uma em cada 4 raparigas será vítima desta prática bárbara que lhes pretende retardar a sexualidade. A explosão das gravidezes precoces incita as mães e avós a utilizar este processo. Ao invés de as educar informando-as sobre a sexualidade e dizer-lhes que nenhum homem tem o direito de lhes tocar, mutilam-nas. Contra os homens não é tomada alguma medida, pois é aceite que eles apenas desempenham o papel deles. É mesmo muito comum que na Primária o professor repare na menina mais precoce, comece a cercá-la, e mesmo que ela recuse( é inútil ), ele acaba por conseguir abusar dela e quando engravida é expulsa da escola!
Felizmente, um grupo de mulheres começa a combater este costume, e a divulgar nas escolas as informações necessárias para que as raparigas se protejam. Algumas destas mulheres, elas próprias vítima desta prática, acusam:” É o nosso próprio estatuto de mulher que as nossas mães pisam”.
É lamentável a quantidade de práticas inventadas pelo mundo afora que visam mutilar e destruir a mulher, sobretudo na entrada da idade adulta. Contrariamente, para os homens os rituais de passagem para a vida adulta visam aumentar-lhes a auto-estima, a confiança, enfim, a promoção do seu próprio género!
Mas afinal, quem “inventa” as práticas bárbaras que mutilam e humilham a mulher?!
(post inspirado por Marie Claire, edição francesa de Setembro2007)
Felizmente, um grupo de mulheres começa a combater este costume, e a divulgar nas escolas as informações necessárias para que as raparigas se protejam. Algumas destas mulheres, elas próprias vítima desta prática, acusam:” É o nosso próprio estatuto de mulher que as nossas mães pisam”.
É lamentável a quantidade de práticas inventadas pelo mundo afora que visam mutilar e destruir a mulher, sobretudo na entrada da idade adulta. Contrariamente, para os homens os rituais de passagem para a vida adulta visam aumentar-lhes a auto-estima, a confiança, enfim, a promoção do seu próprio género!
Mas afinal, quem “inventa” as práticas bárbaras que mutilam e humilham a mulher?!
(post inspirado por Marie Claire, edição francesa de Setembro2007)