sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Não mexam com o sono de uma mãe!

Via
 " Das coisas menos boas que a maternidade me trouxe, acho que destacaria o meu sono interrompido. Até porque sou uma dorminhoca por natureza.

Nada de novo para a maioria de pais que vive com sono, sobretudo nos primeiros meses. No entanto, para as mães é bem pior, quando somos nós que amamentamos, como era o caso. E como os meus filhos foram brindadas com um despertador interior que os despertava exactamente a cada três horas, eu estava praticamente em estado de vigília permanente."

Continua no blog do ConsultaClick, este mês dedicado à Pediatria.  Aqui.

Até breve!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Visita às gravuras rupestres


Há já algum tempo que tinha muita vontade de ver as gravuras rupestres de Foz Côa. Quer dizer, estas gravuras  foram feitas na infância da humanidade, já imaginou?
" Datadas do paleolítico superior,  são o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo";  e estão cá, em Portugal! Não é impressionante?! Eu acho.


A visita deve ser marcada com antecedência, e pode ser  para o Turismo local, que é um pouco mais económico, porém, também fica lotado mais depressa, ou para uma empresa particular, sobre quem recaiu a nossa escolha, cujo contacto nos foi dado pelo Turismo.

Para visitar as gravuras do Côa, seguimos para Castelo Melhor e aí numa aldeia minúscula, fizemos a visita guiada de jipe.
A viagem é curta, e um pouco turbulenta, caminho de pedra pela serra, mas com vistas deslumbrantes. No entanto, suspeito que essa parte foi a mais sensacional para os meus filhos. Se bem que, também apreciaram bastante quando o guia lhes pediu ajuda para exibirem o manual !


Já no local, o guia mostrou-nos as gravuras, e com ele foi, de facto, muito mais fácil identificar os animais, que por vezes se sobrepõem, tornando a imagem mais complexa.

Parece que existem no vale do Côa, milhares de gravuras, porém nos vimos apenas três painéis; há ainda o Museu, onde se podem admirar muitos artefactos retirados do Vale, mas que já não tivemos tempo de visitar.


Achei sobretudo muito interessante a conversa que estabelecemos com o guia, pois como se sabe muito pouco do significado das gravuras, tudo fica em aberto. Sendo eu uma confessa apaixonada por enigmas, imediatamente me aventurei na exposição de diversas teorias:
- Será que era marcação de território?
- Será que era uma mensagem para outros povos nómadas, dizendo que tipo de caça encontrariam no local?
- Ou seria uma espécie de "oração", pedindo abundançia na caça?
- Ou então, agradecimento pela abundância?
- Ou simplesmente...expressão de arte?!

Tudo isto pode dizer imenso sobre uma fase da humanidade, que consideramos extremamente primitiva;  por isso é tão fascinante.

A especulação que se estabeleceu entre o nosso pequeno grupo foi  muito engraçada, o ambiente entre nós muito descontraído, proporcionando a todos uma experiência muito agradável.

Por tudo isto aconselho muito a visita! Se lá for, passe pelo Paleolítico, um café da aldeia, onde pode comer um gelado e comprar excelentes amêndoas locais a preço da chuva. E mel. E vinho. Tudo muito bom!

Até breve!

Mais informação aqui.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Desmaquilhante caseiro

"caseiro" é aquela palavra que faz tilintar um sininho no meu cérebro - pára tudo! A minha atenção volta-se imediatamente para aquilo que é caseiro, seja lá o que for. No caso, foi este desmaquilante que encontrei no Pinterest* há alguns meses; estava na expectativa de o fazer, tinha todos os componentes em casa, porém, como o meu desmaquilante não tinha acabado, ia adiando.

No entanto, deve ser a coisa caseira mais simples do mundo! E foi desta. Feito e testado com sucesso, partilho a fórmula do desmaquilhante mais económico e eficiente que já usei.

Dei-o a experimentar a uma "cobaia", para uma opinião mais isenta. Segundo ela: - É fresco, macio e limpa muito bem. É muito agradável de usar!

Desmaquilhante caseiro
Um recipente pequeno 
Um frasco
Uma colher de sopa de champô infantil ( que não faz chorar)
Uma colher de sobremesa de azeite
Uma chávena de água

Como fazer:  Misturar a chávena de água com o champô e azeite, e mexer muito bem, até os ingredientes ficarem misturados. Passar para o frasco com ajuda de um pequeno funil. Agitar antes de usar.
E pronto!

Tenha uma óptima semana!

* Dica adaptada, daqui.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Brave - Indomável


Há filmes de animação que faço mesmo questão de ver, ou seja, acompanhando os meus filhos,  foi o caso deste. Primeiro, porque foi produzido pela Pixar e segundo, porque a protagonista era feminina.

Sem saber nada, já imaginava uma heroína capaz de grandes feitos, a superar as personagens masculinas. Aparte: Não que seja feminista, nada disso, mas para variar, gosto de proporcionar aos meus filhos exemplos de mulheres fortes, admiráveis. A publicidade aos heróis masculinos é avassaladora.

No entanto, senti-me um pouco decepcionada com a história. Mérida é uma linda princesa, as montanhas da Escócia proporcionam cenários maravilhosos, e a heroína realmente conseguiu mudar o destino. Mas...para Mérida conseguir mudar o seu destino teve que recorrer a feitiçaria.

Isso não é uma forma de actuar muito correcta, pois não? Vai de encontro àquela ideia que se tem de muitas mulheres, que vão à bruxa, fazer simpatias e coisas desse tipo, para alcançar o que pretendem, sem demonstrarem capacidade pessoal para o fazerem.
Não gostei. Mas talvez seja só eu, uma adulta, não feminista, a ver coisas.

O certo é que o Duarte gostou, pela violência ( - Ó filho, o termo correcto é acção!) e pelo discurso que Merida fez perante os clãs. E a Letícia também gostou, mas ainda assim achou-o violento demais; argumento com o qual eu concordo, e embora tenha explicado que os tempos eram assim mesmo, achei que foi excessivo, para um filme de animação infantil.

Portanto, a Brave-Indomável foi assim. E foi pena, era tão promissor.

Tenha um óptimo fim-de-semana!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O que é a liberdade?

Via
Este artigo que li na Marie Claire* deixou-me a pensar durante vários dias. Perguntaram a algumas mulheres o que era a liberdade para elas, e as opiniões foram todas diferentes.
Uma dizia que não havia liberdade sem liberdade financeira. Outra dizia que liberdade é poder dizer o que pensa. Outra, que era poder ser o que muito bem entendesse; se era uma "Barbie", era livre para fazer essa escolha.
Outra dizia que podia estar na dependencia completa de outra pessoa e ainda assim, ser livre.

É verdade que o meu pai concordava com a primeira definição, e muitas vezes ma citou, no entanto, ao longo da vida tenho visto muitas pessoas que são livres financeiramente, e não são livres de todo. Não fazem o que querem, e vivem subjugadas.

Há pessoas dependentes emocionalmente de outrem; constantemente à espera do aval, do consentimento, da aprovação, sem ousarem dar o passo que desejam.

Há pessoas que são livres de se exprimirem, pois vivem em países politica e socialmente tolerantes, e  não o fazem, por puro desinteresse. Basta olhar para as estatísticas de abstenção nas eleições, por exemplo. Por outro lado, há pessoas confinadas ao presídio, e que sempre foram livres, como o caso de Nelson Mandela.

Poder dizer o que se pensa, ter dinheiro na carteira, poder ser o que se deseja, é ser livre? Não me parece, até porque frequentemente para se possuir algum destes requisitos, renegamos outros, que violam a nossa liberdade. 

Será que ser livre, é mesmo possível?!

Bem, talvez seja realmente algo muito pessoal e até mesmo íntimo, mas para mim, ser livre é ser "educado". Não me refiro às boas maneiras, nem ao conhecimento livresco, ensinado nas escolas. Refiro-me à educação que transforma o ser humano num ser pensante, autónomo, e consequentemente, com pensamento crítico.
Para mim, a liberdade está na mente, e nesse caso, nunca ninguém será capaz de nos subjugar. Um dos meus objectivos na educação dos meus filhos, é exactamente esse: educá-los para essa liberdade.

Até breve!

* Marie Claire, edição francesa, agosto 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

10 Coisas que todas as crianças deveriam fazer

Quando li o artigo aqui*, não pude deixar de sorrir. Enquanto criança, eu fi-las todas, e enquanto mãe, também já as proporcionei aos meus filhos. No entanto, sei que para muitas mães estas coisas são interdições; porque elas próprias não as fizeram, ou porque não as acham importantes. Mas são, acreditem. E já agora, sugiro que as façam com os vossos filhos, é um regresso à infância garantido! Sinónimo de felicidade.

Sujar-se 
Sempre ouvi dizer quando uma criança aparece suja, que é uma criança feliz. Realmente, acho muito estranho crianças que mantêm as roupas imaculadas no final do dia. Eu também gosto que os meus pequenos estejam limpos, mas quando se sujam, mudam de roupa!
Brincar com terra, juntar-lhe água e fazer papas, brincar com barro, ervas e pedras. Brincar em charcos da chuva, fazer bolachas, etc., proporciona grande prazer às crianças, e contacto com materiais menos usuais.  

Comer alimentos colhidos na natureza com as suas próprias mãos
Como vivi numa zona rural, as frutas estavam em todo o lado, mesmo à nossa mão. Então, praticamente íamos comendo sempre que tínhamos vontade e fome.  
Uma coisa que os meus filhos adoram é apanhar amoras e come-las directamente. Estão cobertas com uma fina camada de pó, mas sopra-se. E o que não mata, engorda! No fim, eles adoram comparar quem tem a língua mais negra. Claro que seria maravilhoso que os meus filhos pudessem tirar o leite a uma vaca e o bebessem de seguida, ou fizessem um queijo, mas não havendo essa hipótese, ficamos pelas amoras. 

Construir um abrigo
Eu passava a vida a construir casinhas! Debaixo da mesa da sala, com as costas das cadeiras e uma manta. Mas aquela que foi memorável, era feita de silvas; cortamos-lhe as silvas por baixo, deixando um espaço vazio, como se fosse um ovo. Passamos aí semanas, até lhe demos um nome - o cubículo. Só lá entrava quem era membro.
Com os meus filhos fiz igual. Ensinei-os a usar as costas das cadeiras, e as mesas, com ajuda de mantas e eles ficaram mestres. Mesmo depois de terem recebido cada um a sua tenda de brincar, ainda construíam refúgios, que enchiam com almofadas, mantas, lanternas e comida. Da verdadeira.

Sentir os elementos
Em criança eu adorava andar à chuva! E dias ventosos com chuva? Maravilha! Muitas vezes cheguei a casa encharcada da escola. E claro que a minha mãe me ralhava, mas o prazer desses momentos já ninguém me tirava. Por isso me lembro tão vivamente do prazer que os elementos me proporcionavam e sou condescendente com os meus filhos. No entanto, com regras; saltar para uma poça de água sim, mas com galochas! Sentir a chuva no rosto, sim, mas durante alguns minutos apenas. Caminhar pela berma de um riacho, chapinhado com os pés descalços. Aquecer ao sol, desfrutando do calor no rosto. Ouvir os barulhos do vento nas árvores. Respirar mais profundamente no alto de uma montanha, ou nalgum local mais isolado, onde o ar tem outro odor!
Tudo isto pode ser muito educativo, é o contacto com a natureza, mas é sobretudo divertido.

Descobrir animais em liberdade
Isto é algo que ainda faço espontaneamente; procurar alfaiates, rãs e peixes num lago. Borboletas, joaninhas e abelhas nos jardins. Pássaros diferentes num bosque, só pelo chilreio. Tocas de coelhos bravos e outros sinais deles, menos românticos, mas mais engraçados!
Estando em família, revela-se uma autêntica caçada ambiental, porque tudo o que queremos é observar, ouvir e respeitar estas pequenas vidas. Ensinamos às crianças o respeito pela natureza e amor à vida em liberdade.

Fazer os seus próprios brinquedos
Em tempos idos os brinquedos eram feitos artesanalmente, e quem não podia adquiri-los, fazia em casa. Eu tive muitas bonecas, mas lembro-me em particular de uma boneca de pano que alguém me fez; muito tosca na verdade, mas maravilhou-me que daqueles tecidos sem forma tivesse surgido uma boneca!
Eu e as crianças já fizemos alguns brinquedos, realço as maracas feitas de massinhas e uma garrafa pet, e o intercomunicador feito de copos de iogurte e linha, que usamos para nos comunicarmos do rés-do-chão, para o 1º andar. Acredito que eles  esquecerão o inter-comunicador electrónico, mas não este!

Trepar
Apesar de não ter sido propriamente uma Maria-rapaz, subi muitas vezes a árvores, sempre fruteiras. Gostava de apanhar os frutos e come-los ali mesmo, uns atrás dos outros. Estas histórias maravilhavam os meus filhos, e causava-lhes pena por não termos árvores no jardim para fazerem o mesmo. No entanto, há árvores nos parques, nas montanhas  florestas, e quintais de amigos.
Vencer o medo das alturas, olhar para baixo, procurar o equilíbrio, deixar-se balançar num galho, encontrar um ramo para se sentar, apanhar um fruto e come-lo. Mas também sobem pedras altas, ou rochas na praia.

Acender uma fogueira
Porque todas as crianças sentem um fascínio pelo fogo. Lembro-me de as fazer com os meus amigos, para assarmos espigas de milho, em criança, sem sequer termos supervisão de algum adulto! Só de pensar nisso com os meus filhos...! Mas ajudá-los, ensiná-los a apanhar os ramos secos, juntar o papel, acender o fósforo, usar o abanador, e depois apagar as brasas.

Comer com as mãos
É assim que as crianças começam a comer, para sentir o prazer da comida, primeiro pelo tacto, depois pelo odor e paladar. Mas nós, pais, seguindo as normas da sociedade, depressa os fazemos esquecer este acto instintivo, e lhes ensinamos a utilizar os talheres. Porém, eles continuam a gostar de comer com as mãos! E podem por vezes; há comida que se proporciona, como um peixe grelhado em cima do pão, ou uma espetada, ou dips, ou fruta. É divertido, e a comida até parece que sabe melhor!

Andar descalço 
Aqui está outra coisa que as crianças adoram fazer! Mas há pais que têm horror a andar descalços. Eu adoro, sobretudo no verão, caminho pela casa e jardim frequentemente descalça e por isso, naturalmente, e desde sempre, os meus filhos também têm permissão para o fazer. Sentir a relva fresca ou molhada nos pés, a areia na praia, as agulhas no pinhal, é uma experiência sensorial importante.

Todas estas propostas são proibições, mas deveriam ser lições, pois ensinam às crianças uma série de coisas, proporcionam-lhes prazer e momentos de alegria preciosos. O desafio está lançado!

Tenham uma óptima semana!

*Os tópicos são a linha condutora, o desenvolvimento do texto é meu. De qualquer forma, muchas gracias!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vale mesmo a pena ir à Kidzania?

Via
Ouvi esta pergunta inúmeras vezes, depois das nossas férias de verão. O que me levou a escrever a nossa opinião e experiência.

Muito francamente, nunca antes tinha prestado atenção à Kidzania, porque achava que não valeria a pena. Daquelas coisas que pensamos sem nos informarmos, enfim, sem fundamento. Porém, no ano passado uns amigos levaram lá os filhos e falaram-nos muito bem, inclusivamente as crianças, que adoraram. Sem desprestígio para os pais, mas cá entre nós, os filhos é que me convenceram!

E convenceram totalmente a Letícia, que demonstrou muita vontade de lá ir. O Duarte estava muito renitente, chegou a dizer-me que a Kidzania já não era para a idade dele, que deveria ser mais para bebés. Respondi-lhe que as entradas são até aos 15 anos, portanto a Kidzania deveria ter também opções do agrado dos meninos mais velhos. Isto convenceu-o "um bocadinho".

Comprei os bilhetes alguns dias antes, na Worten. Um conselho que dou, sempre que possível comprar os bilhetes online, poupa imenso tempo nas filas - foi o caso, entramos logo que chegamos, e por vezes é mais económico - já não foi o caso, aliás paguei mais 0,80cêntimos, por bilhete, mas valeu  a pena.
O bilhete custa 19,50€  para as crianças de 5 a 15 anos.

O que é a Kidzania? É um parque temático, uma cidade em miniatura, onde estão representadas grandes marcas como o Pizza Hut, o Continente, a rádio Comercial, a SIC, etc, e muitas outras réplicas de lojas, consultórios, posto de polícia, tribunal, estádio, etc, onde as crianças podem trabalhar.

À entrada, as crianças recebem um cheque com Kidzos ( a moeda da kidzania ), que trocam no banco. Depois, utilizam esse dinheiro para pagar determinados serviços, como por exemplo, tirar a carta de condução. Para ganhar mais kidzos, devem trabalhar onde quiserem.
Também me aconselharam, devido à grande afluência prevista, que desse dinheiro às crianças, para almoçarem; se trabalhassem no Pizza Hut, por exemplo, almoçariam lá gratuitamente. 

Como responsável pelas crianças, recebi uma pulseira electrónica que nos "conectava"; os pais acompanham os filhos até aos 8 anos, e pagam bilhete também. Como não era o caso, forneci apenas o meu telemóvel, para ser contactada em caso de necessidade. Que não houve.

Antecipadamente, as crianças informaram-se no site da Kidzania sobre as 60 profissões existentes, para seleccionarem as que mais lhes agradavam, já que seria impossível experimentar todas.
Além da limitação de tempo, houve realmente uma grande afluência de crianças, o que causava longas filas de espera, para trabalhar por exemplo, no McDonalds. Aqueles meninos que conseguem lá lugar, têm oportunidade de fazer o seu próprio hamburger, e degustá-lo! Claro que os meus filhos queriam muito trabalhar ai, e no Pizza Hut, mas escolheram não esperar e passar para onde houvesse menos espera.

Os meus filhos entraram às 11h da manhã e ficamos na expectativa de receber uma chamada para os irmos buscar a qualquer momento, mas o tempo passava e ...nada! Saíram apenas quando a Kidzania fechou, quase às 18:30! 

Quando lá entrei, para os ir buscar, indaguei-me como encontrar os meus filhos no meio de tanta criança!  Mas foi fácil e rápido; coloquei a pulseira numa máquina que me mostrou um mapa da Kidzania, e a localização dos meus filhos. O Duarte estava  praticamente atrás de mim, dentro da Rádio Comercial a trabalhar como locutor! E a Letícia vinha da Perfumaria.
Inicialmente tinham ficado juntos, mas depressa os interesses divergiram, e cada um seguiu para o que mais lhe agradava; conclusão, cada um fez amigos com gostos comuns, com quem se deslocaram de uns sítios para os outros! Portanto, pensar " não tem graça, o meu filho ir sozinho", é subjectivo. Lá dentro encontra companhia rapidamente.

Conhecer o interior deu-me uma noção mais concreta da Kidzania, e impressionou-me. A qualidade das réplicas, a organização, a eficiências dos monitores, que parecia estarem por todo o lado, a segurança em que as crianças estão, mas sobretudo, a alegria que vi estampada no rosto, não só dos meus filhos, mas de todas as crianças! A primeira coisa que me disseram - Temos que voltar à Kidzania, mãe!
Ganhar dinheiro e geri-lo, tomar decisões, desfrutar de várias profissões e ser um pouquinho adultos, foi certamente uma experiência que os fascinou.

Finalmente, a minha nota negativa vai para a luz artificial do Kidzania. É uma pena que durante o dia a luz não possa ser natural, sobretudo em dias bonitos. 

Foi aborrecido para nós, permanecermos tantas horas no Dolce Vita? Talvez fosse, se a Patrícia e os seus filhotes não fossem ter connosco! Desfrutamos de uma tarde muito bem passada em amena cavaqueira, e tive o prazer de, finalmente, conhecer a Patrícia pessoalmente.

- Vale a pena ir à Kidzania? Sim, sem dúvida! Um programa infantil memorável.

Até breve!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um feitio "especial"?! Vamos parar com isso.

Via
De há uns tempos para cá que ouço as pessoas dizerem de alguém que tem mau feito, que tem um "feitio especial".
Não que eu tenha nada contra eufemismos; aliás, até gosto imenso de figuras de estilo, a vida fica mais poética!
Mas da última vez que vi no dicionário ser especial, era algo positivo. Se eu digo que a minha filha é especial, por exemplo, quero que entendam isso como um elogio.

Ter mau feitio não é especial, essa pessoa não tem nenhum dom positivo. Mau feitio é uma coisa má. Uma pessoa com mau feitio não é poética. Definitivamente, não é. Então porque há-de merecer que falem dela de forma poética?! Nada de eufemismos, para o mau-feitio.

Até breve!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Férias de praia

Este verão seguimos o conselho do primeiro-ministro e fizemos férias em Portugal. Foi só por isso! Mai nada!
As crianças não tinham ainda passado férias de verão no Algarve, e estavam muito interessadas. 

A última vez que lá estivemos foi durante as férias de Páscoa, há 4 (?) anos. Portanto, estavam muito animados com a perspectiva, porque é um dos destinos preferenciais dos amigos e eles achavam que deveria ser muito bom fazer férias de praia, para variar. 

Sinceramente, e com algum desapontamento meu, as crianças estavam contentes com o facto de não fazermos férias culturais, este ano. Que o programa fosse apenas praia, piscina e Aquashow, sim este último era incontornável. Assim como a Kidzania, durante a nossa viagem.

No entanto, o Algarve não é somente praia. Aliás, foi onde passamos menos tempo, porque há tanto para ver! Já conhecíamos o Algarve de barlavento a sotavento, todas as cidades, todos os museus, castelos e ruínas.Ou quase.

Portanto, passeamo-nos pelas cidades, pela serra, pelo mercado de Olhão - Sábado de manhã a não perder: um verdadeiro festival de cores e odores! Só lamento não ter encontrado a farinha de alfarroba, como é que é possível?!

E uma tarde, porque afinal as crianças sentiram saudades de "museus", foram ao Centro Ciência Viva de Faro, onde observaram e participaram de diversas experiências.


Gosto imenso de admirar as casas algarvias. Tão bonitas nas suas cores alegres, o azul do céu e o amarelo do sol, a debruar janelas e portas. Tão diferentes das nossas. Se eu vivesse no Algarve seria numa casa dessas. E as flores? Parece que lá são mais coloridas e vibrantes. E o peixe? Comi o melhor arroz de marisco da minha vida, uma delícia.

Conhecemos uma figura muito simpática em Olhão, o Sr. Jardim, que nos contou as suas aventuras no Norte, terminando com uma frase marcante : "abençoado Norte!".

E como para os meus filhos estas foram as melhores férias de sempre, vou retribuir em nome deles, dizendo: abençoado Algarve!

Tenha uma óptima semana!

sábado, 11 de agosto de 2012

Receita para o fim-de-semana: Espargos em molho de manteiga e soja

Pequenas refeições são ideais para fim-de-semana e dias de calor.  É o caso desta, tanto de fácil como de deliciosa! O molho faz toda a diferença, tem um sabor diferente e viciante.
Retirei daqui, e incrementei um pouquinho.

 Espargos em molho de manteiga e soja
Ingredientes:
Um molho de espargos frescos
Duas colheres de sopa de manteiga
sal, pimenta 
Maionese
Ovos  
Molho de soja
Vinagre balsâmico
 
Como fazer:
Pré-aqueça o forno a 180º .
Lave os espargos e coloque-os numa assadeira forrada com folha de alumínio; tempere com sal e pimenta. Deixe cozer cerca de 12 minutos, ou até ficarem macios.
  
Derreta a manteiga numa panela em lume médio. Retire do fogo e misture o molho de soja e o vinagre balsâmico. Despeje sobre os espargos assados para servir.

Estrele um ovo, junte aos espargos e decore com uma colher de maionese.
Fica tão bom com uma fatia de pão, a acompanhar. E um copo de vinho tinto. Uhmmmm...bom.

Tenha um óptimo fim-de-semana!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dica de leitura: Leonor Teles ou o Canto da Salamandra

Há romances-históricos que são mais romances, outros que são mais históricos, é o caso deste. Várias vezes, motivada pelo livro, consultei a enciclopédia da história de Portugal, para me informar mais e melhor.

A imagem com que ficamos de Leonor Teles é péssima, graças à história que nos é contada na escola, porém, será que ela foi realmente assim tão má pessoa, tão péssima rainha e mulher? Nunca antes ouvi o outro lado da história. A versão de Leonor Teles, e é o que este livro pretende fazer.

Narrado na 1ª pessoa, num tom confessional, e em seus últimos dias de vida, Leonor Teles propõe-se contar a sua vida de forma isenta.
Casou em primeiras núpcias com um nobre, de quem teve um filho; sendo, todavia, um casamento arranjado pela família, como habitual na época, e classe, nunca amou o marido. Por isso, quando conheceu D.Fernando, o rei de Portugal, um jovem muito bonito, rico e poderoso, e ele se apaixonou por ela, não teve pejo em largar a família que constituíra e voltar a casar.

D.Fernando conseguiu que o Papa anulasse o primeiro casamento de Leonor, invocando os laços de sangue que uniam marido e mulher. No entanto, este casamento não era da vontade do povo - para quem o 1º casamento não perdera valor - que o fez saber ao monarca, pedindo-lhe que casasse antes com uma princesa de outra nação, ou então uma nobre de calibre semelhante ao seu. O rei prometeu que o faria, mas não cumpriu.

Por infortúnio, das várias gravidezes de Leonor Teles, apenas a princesa Beatriz sobreviveu, tornando-a herdeira do trono de Portugal. Os reis combinaram o casamento da filha com o 2º filho do rei de Castela, numa tentativa de selar a paz entre os dois reinos, porém o noivo morre inesperadamente antes do casamento, e o Rei castelhano propõe ser ele próprio a casar com D.Beatriz.
Os monarcas portugueses aceitam, na condição de que o castelhano nunca reclamasse o trono português, que viria a ser ocupado pelo filho deles, que por sua vez seria entregue à rainha Leonor para ser educado em Portugal, como herdeiro legítimo do trono do reino.

Entretanto, a  nobreza portuguesa  não estava inteiramente satisfeita com o seu rei. Os irmãos bastardos de D.Fernando ( filhos de Inês de Castro) e o mestre de Avis, conspiravam na sombra. Outros nobres queixavam-se dos favores que o clã Teles de Meneses recebia do rei. A sociedade civil por seu lado enfrentava anos de fome, com os maus anos agrícolas. As guerras com Castela também não ajudavam. O cenário era negro.

Portanto, quando D.Fernando morre precocemente, deixando D.Leonor Teles como regente, a situação política é instável, um autentico barril de pólvora. Claro que a rainha esperava reinar, até que a filha D.Beatriz lhe enviasse o tal herdeiro do trono.
Porém, em apenas dois meses, dá-se uma viravolta tal, com a pretensão ao trono dos filhos de Inês de Castro, do mestre de Avis e do próprio rei de Castela, que entra em Portugal  a convite do D.João e posteriormente de D.Leonor, e o barril de pólvora explode. 

Todos disputam o trono, mas vão sendo "eliminados", até que fica apenas o mestre de Avis e o rei de Castela, com  a derrota final para este último, graças à peste que graçou entre os soldados espanhóis, e o auxílio militar dos ingleses.
Esta é a sinopse.

Gostei imenso do livro porque me deu uma visão humana de Leonor Teles; como qualquer narrativa na primeira pessoa, apresenta uma versão mais "simpática" de si própria, no entanto, também não renega o que de mal fez.
Eu acho que posso compreender Leonor Teles. Que mulher, jovem e excepcionalmente bela, poderá resistir ao amor, com um rei igualmente belo e poderoso? Mesmo sendo casada, se o não era por amor? Que o diga Helena de Tróia.
Não compreendo é que se deixe um filho para trás. Mas entendo que ela era suficientemente ambiciosa para preferir fazer esquecer esse seu primeiro episódio de vida, mantendo o filho afastado de si.

Porém, acho que foi pelo facto de ter sido casada e mãe que o povo português nunca lhe perdoou. Lhe chamou "barregã" até ao fim. E os seus inimigos souberam aproveitar esta imagem para a denegrir ainda mais, até que ninguém duvidasse que era amante do conde Andeiro.

Por outro lado, ela errou ao não ter sido capaz de conquistar o povo ao longo dos anos; poderia ter tido preocupações sociais, como outras rainhas, e assim granjear a simpatia e até amor do povo. Acho que se isolou num pedestal esperando orgulhosamente vassalagem.

Apesar de tudo, concluí que a história não tem sido justa para Leonor Teles; porém, como a história é escrita pelos vitoriosos a versão que temos é a do Mestre de Avis, que também não foi nenhum santo ( aliás, com algumas prestações nada dignas!), assim como Leonor Teles não foi apenas um diabo.

Finalmente, parece-me que foi melhor assim para Portugal; não vejo porque seria Leonor Teles regente de um pais, quando nem sequer havia herdeiro para lhe suceder. Havia sim, filhos do rei D.Pedro, não importa que fossem bastardos. E D.João I revelou-se um bom rei, nem que apenas fosse por ter dado vida à Ínclita Geração.
Leitura muito aconselhada. Aliás, nota-se pelo longo texto como me fascinou!

Leonor Teles ou o canto da salamandra
Seomara da Veiga Ferreira
Editorial Presença
324 pág.

Até breve!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cadeiras de criança no carro

Leitores brasileiros, confiram aqui: Via
Estamos a fechar ciclos em várias áreas. ( Não estamos sempre? )Que sentimentos tão ambivalentes estas situações me provocam! Por um lado já a nostalgia de um tempo que se vai, para sempre, por outro a alegria de passar a uma nova etapa. De saber que as crianças estão a crescer bem, como devem.

Desta vez foi com as cadeiras do carro.
Lembro-me tão vivamente da Babycock. A primeira cadeira, ou o ovo, como também lhe chamam, por parecer tão aconchegante para o bebé que faz lembrar ainda a posição uterina. Tirava-se do carro e levava-se no carrinho, com sacos e tralhas variadas. Muito prática.

Depois passamos para uma cadeira já mais digna do nome, no entanto, ainda muito protegida por todos os lados. Onde as crianças ainda podiam dormir confortavelmente amparados.

Em seguida para uma cadeira, que se encaixava já muito bem na cadeira do carro, numa grande aproximação da cadeira que um dia a sucederia. Mais baixa, sem proteções laterais, ou quase sem. As crianças adoraram passar para esta cadeira!

Depois retiramos o suporte para as costas da cadeira, ficando apenas o banco elevatório. E para as crianças foi ainda melhor. Já batiam com os pés no chão, estava quase...

Mas este quase prolongou-se por anos, porque o Duarte e a Letícia nunca foram demasiado altos para a idade.

Um aparte: Os meus filhos nunca fizeram birras para pôr os cintos. Assim que começaram a ter idade para o fazer, fizeram-no, embora eu me certifique sempre que os cintos vão apertados. Para eles é tão natural apertar os cintos, como entrar no carro. Está tudo ligado. Até porque nós também pomos sempre os cinto. Das primeiras vezes que me questionavam do porquê, mesmo em pequenos trajectos, eu explicava-lhes que era nessas viagens que mais crianças morriam ou ficavam gravemente doentes, por desleixo. E a razão era aceite. Embora eu tivesse que a relembrar diversas vezes.

Porém, os anos passam, e depressa demais na infância dos nossos filhos. Um belo dia, damos com um filho a questionar quanto tempo deve ainda usar o banco elevatório.

- Olha....! Já não precisas de o usar mais. Podes ir na cadeira do carro.
Gritos de alegria, ouvem-se. A cadeira passa imediatamente para o banco do lado, que ninguém utiliza.

Sim, são sentimentos ambivalentes. Mas tenho a impressão que ser mãe é viver permanentemente sentimentos e emoções incongruentes, ambivalentes e contraditórias. E ainda me parece que se fosse diferente não seria tão saudável!

Tenha uma óptima semana!

Nota: A informação sobre os tipos de cadeira e idades é diversa; há quem ache que depende do peso, ou da altura, ou da idade. Para saber mais sobre o tipo de cadeira a usar e idades, entre aqui.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Escolhas difíceis

Via

A família inteira na Livraria.

O pai aponta para um livro de exercícios, para o 5º ano, e diz à Letícia que gostava de lho oferecer.
- Não, não o quero. Responde ela com firmeza, virando-lhe as costas lentamente, enquanto se dirige ao irmão, lamuriosa.
- Já viste?! Claro que não quero; preferia ter o cão mais feio da mundo!

Tenha um óptimo fim-de-semana!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Não se esqueça do mapa!

Via
Na última grande viagem que fizemos de carro, em 2010, até à Eslováquia, consideramos que o uso do GPS foi uma mais valia. No entanto, fomos encontrando algumas discrepâncias entre os mapas do GPS e a realidade, o que nos fazia ficar mais atentos ou então procurar uma segunda opinião nos mapas.

As estradas, cidades e países estão em constante mudança, por isso os GPS's precisam de ser regularmente actualizados. E ainda assim a nossa confiança na máquina deve ter um limite; por exemplo, nessa mesma viagem, os nossos amigos alemães, contaram-nos que alguns dias antes um carro tinha caído no rio Reno, precisamente, porque o GPS indicava que seguisse em frente!
Já em França, vimos na televisão, o engano de uma família japonesa, que alugara um carro com GPS e em vez de irem para o santuário de Lourdes, tinham chegado a uma pequena aldeia, também com o nome de Lourdes, a cerca de 700 kms dali, segundo me lembro.

Tudo isto nos fez pensar que realmente a ajuda da tecnologia é útil, mas não devemos confiar nela cegamente. Entretanto, outra notícia sobre o uso de GPS, oriunda de estudos científicos, alertava para o facto do homem perder a capacidade de ler mapas, se deixasse de o fazer.

O sentido de orientação foi desenvolvido pelos nossos antepassados durante muitas gerações. Depois aprenderam a ler as estrelas e a orientarem-se pelos astros. E por fim, começaram a desenhar mapas e a saber interpretá-los. Demorou muito tempo, até chegarmos até aqui.
E você pode perguntar- E se perdermos essa capacidade, que interessa, se temos a tecnologia, que irá ficar cada vez mais desenvolvida?

Bem, realmente não duvido mesmo nada que daqui a alguns anos se crie e desenvolva um nano-chip que poderá ser implantado no nosso cerebro, de forma a dar-nos todas as localizações necessárias.
Porém, estaremos sempre a depender das máquinas, e a esquecer aquela máquina maravilhosa que é o nosso cérebro. Para que ele funcione perfeitamente, necessita de estímulos, de ser constantemente exercitado. Interpretar um mapa é exercitar o cérebro nessa área específica, se deixarmos de o fazer, essa função deixa de ter utilidade e com o tempo desaparece.
A advertência vem de cientistas, e para mim faz todo o sentido; nós desenvolvemos as habilidades que utilizamos.

Se já antes levávamos connosco mapas, agora passamos a desligar o GPS em grande parte das viagens. E temos conseguido encontrar tudo o que queremos. Tal qual como antes!

Até breve!