quarta-feira, 22 de junho de 2016

Férias!

Via A Life full of Serendipity

Nunca o Algarve me pareceu um destino tão maravilhoso como este Verão. Apenas pela quase certeza de que lá não choverá.
( Figas!)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dica de leitura: Mentiras & Diamantes

 
Via Wook

Já tinha desistido de ler autores portugueses contemporâneos, e com isso já me tinha conformado. Porém, depois de ler várias entrevistas a J.Rentes de Carvalho, e ter achado interessantes as suas opiniões, de acompanhar o seu blogue, e gostar muito da sua escrita ( não adoptou o a.o.90!), dei o passo seguinte. Li o um livro dele.

Confesso que estava predisposta a gostar muito do livro. A encontrar um autor vivo que apreciasse. E parece que há imensa gente a gostar dele, colocando-o nos píncaros da Literatura, a par dos génios da escrita. Inclusivamente na Holanda, onde vive. Isto dito, "Mentiras & Diamantes" é um livro bem escrito, que se lê fluidamente, assim como leitura leve de Verão, de praia, mas que ficou aquém das minhas expectativas.  
Não é de todo o thriller anunciado na contra-capa, mas antes um romance noir, cujo desfecho eu já previa, o desenlace apenas demorou mais do que pensei. 

Um conde, quase eremita, marcado por um trauma do passado, recebe como hóspede uma jovem e bela inglesa, com gosto pela liberdade e perigo. Segredos são desenterrados, amizades fortalecidas e outras atraiçoadas, reviravoltas em vidas até aí corriqueiras, crimes, e amor.

Que as mulheres acreditem que o amor de um homem as salva, é coisa que me irrita  bastante, mais do que isso, só a ideia de um homem mais velho ser salvo por uma mulher, jovem e bela. Estes predicados depressa se tornam em diferenças inconciliáveis, cada um puxando para gostos opostos, mais conformes às suas idades. A imaturidade dos homens maduros torna-os, frequentemente, incautos. Querem recuperar a juventude, o tempo perdido, nem que seja por empréstimo, respirando o mesmo ar de quem a possui verdadeiramente. 
Envelhecer não é causa de alegria, tenho que concordar, mas não o aceitar é muito mais triste. 
E para mim, o ponto fulcral de Diamantes & Mentiras é exactamente este. Portanto, não foi tanto a estrutura formal do romance que me decepcionou mas o seu conteúdo. No fim de contas, uma história algo previsível.


Título: Mentiras & Diamantes
Autor: J.Rentes de Carvalho
Editora: Quetzal Editores
Nr.págs.316
Preço: 16.60€   

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Palha Italiana


Faz lembrar o Salame de chocolate, muito ao gosto dos meus filhos, no entanto, parece-me que esta receita é ainda mais saborosa, com uma textura macia e um pouco mole, que o primeiro não tem.
É muito fácil de confeccionar, o ponto menos positivo é unicamente ter que se mexer durante muito tempo. Estes passos aborrecem-me, e desmotivam-me a repetir. Portanto, aconselhado a quem tem paciência e tempo. Embora os meus filhos me peçam para repetir, creio que preciso de tempo. Para esquecer, aquela parte chatinha. No entanto, é bom! Muito bom. 
Receita quase ipsis verbis do Cookie shop.
 

Palha Italiana de Chocolate da Chocolatria
receita original aqui
rendimento: mais ou menos 30 quadradinhos pequenos

  • 1 lata de leite condensado
  • 2 colheres de sopa de manteiga com sal (pode usar sem sal de preferir)
  • 60g de natas
  • 100g de chocolate meio amargo picado
  • 200g de biscoitos amanteigados partidos (ou qualquer biscoito de sua preferência) - usei bolacha Maria
  • Açúcar refinado para cobrir
Prepare um refractário ou forma rectangular pequena forrando com plástico aderente.
Leve ao fogo numa panela de fundo grosso todos os ingredientes, menos os biscoitos. Leve ao fogo médio-baixo mexendo sem parar até ferver. Baixe o fogo e continue mexendo até engrossar e descolar do fundo da panela, mais ou menos uns 10 minutos.
Retire do fogo e misture os biscoitos quebrados. Passe para o refractário preparado com plástico aderente e alise bem. Vede com mais plástico e leve ao frigorífico ou congelador para endurecer.
Retire o plástico e corte a placa em quadradinhos no tamanho que quiser. Passe pelo açúcar e guarde em potes vedados até uma semana, ou congele se precisar guardar por mais tempo.

terça-feira, 14 de junho de 2016

Actividades para as crianças fazerem nas férias

-Finalmente chegaram as férias de Verão! Tem sido um comentário que ouço muito, mas sei que se não houver o que fazer, a excitação das férias rapidamente passa ao repetitivo bocejo do - Que chatice, não tenho nada para fazer!

Já há alguns anos que registamos numa lista actividades para fazer nas férias, para a qual todos contribuem. Afixamo-la no frigorífico, e vamos riscando o que está feito. No final do Verão é bastante compensador ver a quantidade e diversidade dos nossos programas. Temos tendência a esquecer, e a lista reaviva-nos a memória. E causa admiração!  

Aqui está uma lista de propostas para sair de casa:

1. Visitar um museu.
2. Fazer uma caminhada.
3. Apanhar pedras interessantes, pinhas e outras coisas da natureza, para decorar.
4  Ir ao cinema.
5. Ir à Geladaria comer um gelado gigante ( partilhado).
 

6. Visitar uma biblioteca e requisitar livros.  
7. Lançar um papagaio e fazê-lo voar. 
8. Fazer um piquenique. 
9. Ir ao parque.
1o. Desenhar num caderno o que vemos na natureza (paisagem, rio, pássaros, borboletas, abelhas...).
11. Ir à piscina.
12. Dar de comer aos patos do lago, ou rio. 

Desfrutem!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Piquenique com vista para o Carvalho mais antigo da Europa

Carvalho de Calvos

Das minhas mais queridas memórias de infância fazem parte os piqueniques. Durante todo o Verão fazíamos piqueniques pelas sombras do Minho. Passávamos tardes inteiras deitados na manta, a ler, a jogar às cartas, e a petiscar. Se houvesse algum fio de água, ou fonte, acabávamos invariavelmente por lá pôr os pés, a refrescar-nos. Água cristalina e gelada. Tenho saudades, da pasmaceira dos domingos desses tempos.
Será sem dúvida por isso que ainda faço questão de preservar esta tradição. Assim, logo que o tempo se proporciona, no início da Primavera, abre-se a época dos piqueniques. Porém, este ano, devido ao mau tempo não foi possível senão no domingo passado.

Começamos tarde mas não poderia ter sido melhor. Na notícia, cuja dica guardava há semanas, lia-se: " o carvalho mais antigo da Europa", um senhor Carvalho com 700 anos! Situa-se na freguesia de Calvos, na Póvoa de Lanhoso, num pequeno parque projectado em função do Carvalho. Ao redor, campos e floresta. No parque, uma relva bem tratada e um parque infantil em bom estado, convidam as famílias ao lazer. A tranquilidade do local, onde apenas os pássaros e a folhagem se ouvem, e o cenário verde e azul, proporcionou-nos algum tempo de excelência. 
O Carvalho é rei e senhor do local, por isso ficamos em frente dele enquanto almoçávamos. Especulamos sobre o que teria ele visto ao longo dos tempos, o que acontecia em Portugal e no Mundo na sua meninice, juventude e idade madura. Há locais que parecem mágicos, e este é um deles.

Voltamos revigorados, como acontece sempre que estamos na Natureza. 

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Exames e provas - O esforço também tem valor!

Hoje, cerca de 175 mil alunos vão estrear o novo modelo de avaliação do ensino básico. 
As  provas e exames imprimem um nervosismo e receio extra, inclusive para aquelas provas que não contam para a nota final, como Português do 8º ano, nesta segunda-feira. Estão a ser avaliados, e mesmo sendo a feijões, os alunos querem bons resultados. Porém, às vezes, apesar do estudo e do empenho, os resultados não são tão bons como eles esperam. Por vezes, os alunos não são capazes de melhor. Outras vezes, os resultados dos bons alunos descem. A imprevisibilidade, a ideia de que tudo pode acontecer, aumenta a ansiedade.
E não bastasse o nervosismo que estas avaliações causam, os estudantes têm ainda que lidar com o nervosismo e exigência dos pais. Que serve apenas para lhes acrescentar mais tensão e insegurança. 
Talvez os pais não se lembrem como se sentiam ao fazer exames, ou simplesmente não os fizeram, pois compreenderiam melhor os filhos. 
Quem faz os exames e provas são eles, e na realidade nós podemos fazer muito pouco, mas ainda assim de grande valia:
- Certificarmo-nos que estudam.
- Acalmá-los, dizendo que tendo feito uma boa preparação, vai correr bem.
- Antes da prova, oferecer um chá de cidreira, ou outro calmante natural ( nem que seja efeito placebo!). 
- Dar um abraço de boa sorte, e reafirmar que acreditamos serem capazes. 

E entretanto, fazer figas e esperar que corra bem. Temos que nos lembrar que os resultados são importantes, mas o esforço e preparação não contam menos. 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

"A maternidade fez-me interessante"

A radialista Ana Galvão afirmou que a maternidade fizera dela uma mulher interessante, discorrendo, comicamente, sobre as vantagens que em consequência adquirira. 
O que muda no nosso corpo com a maternidade será mais evidente, mas nem por isso mais importante. Mudanças no corpo estão garantidas pelo tempo. Os "super-poderes", como ouvir o que mais ninguém ouve ( o bebé a choramingar, por exemplo), são os nossos sentidos em estado de alerta e, por vezes, o despertar da intuição, frequentemente até aí ignorada.

Teve graça, brincar com coisas sérias, descobrir-lhes facetas divertidas, é uma perspectiva ligeira mas tão verdadeira como a outra, a séria.  
Sobre esta, já tenho falado e escrito diversas vezes. As obrigações da maternidade, que vão para além dela, a dimensão cívica não apenas da mulher, mas da mãe. Porque depois de sermos mães a nossa responsabilidade cresce; queremos um mundo melhor para os nossos filhos, e isso implica acompanharmos as notícias, interessarmo-nos por assuntos diversos, e empenharmo-nos em causas que valem a pena. Por isso, não podemos ficar indiferentes à política, ao que decidem e fazem. Ao Ambiente, à alimentação, às energias, à Saúde, à Educação, às causas sociais, etc. Quem se interessa por estes temas, torna-se inevitavelmente interessante.

De facto, esta é a mudança estrutural, que se realiza graças aos filhos, mas que é reflexo da nossa vontade consciente. É a mudança  regeneradora, força que impulsiona para cima e para a frente. Que potencia a nossa motivação, que nos instiga ao melhor. Que, em suma, nos torna melhores seres humanos. Portanto, sim, a maternidade também me fez interessante, assim como a muitas outras mulheres, creio eu