quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Coroa de Natal


Desde o príncipio deste mês que vejo entradas no Mãe... e muito mais vindas de pesquisa para decoração de Natal. Normalmente por essa ocasião já tenho publicado algumas sugestões, porém este ano pareceu-me cedo demais.
Fui deixando passar o tempo, embora as crianças não me permitam esquecer.

No domingo, ao passearmos pelo Parque, encontrei ramos de Pinheiro podados, e não resisti a apanhar alguns, já a pensar na decoração. Portanto, inauguro hoje a season, com esta coroa de Natal, super simples e rápida de fazer.


Material necessário:
Uma coroa básica ( a minha foi feita de videira, e adapta-se a todas as ocasiões )
Pistola de cola quente
Ramos de Pinheiro manso
Pinhas
Bolas de esferovite
Fio Norte
Neve em spray

A pistola de cola quente é muito prática, agiliza o trabalho, e por isso acho que vale muito a pena. Não havendo, as bolas podem ser coladas com cola normal, e os ramos presos à coroa com linha. A montagem foi de facto muito fácil.

Para dar um ar infantil, coloquei-lhe uma rena, da colecção de animais do Duarte, porque os meus filhos adoram estes detalhes. E eu também, confesso.


E falta um mês!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Revolução da Cidadania


Como já disse antes, não é porque os eleitores estão fartos de Política que se abstêm de votar; estão é, fartos dos políticos.
E o fenómeno não é apenas nacional, os espanhóis queixam-se do mesmo, por isso o PODEMOS ganhou a força que ganhou, num tempo record.

Estamos nós, impacientes, à espera de algo semelhante. De um cidadão idóneo e capaz, que avance, para juntos fazermos a revolução da cidadania.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Alimentos Germinados e os Seus benefícios

foto de Letícia

De há uns tempos para cá a minha preocupação com a alimentação aumentou. Para além das refeições vegetarianas duas vezes na semana, deixei de beber leite, que susbtituí por cevada e chá, e agora descobri os benefícios dos germinados. A Letícia já se juntou a mim, e devora os germinados como se de uma guloseima se tratasse. E é isso mesmo que sentimos!

E o que são alimentos germinados e quais os seus benefícios?

A germinação provoca reações bioquímicas no interior dos grãos e sementes que ajudam na redução dos antinutrientes (como o ácido fítico) e disponibiliza nutrientes essenciais que estão latentes. Isso significa melhor digestão, maior concentração e maior possibilidade de absorção de substâncias, em comparação aos grãos e sementes não germinados. Dentre os nutrientes importantes estão os antioxidantes, os ácidos graxos essenciais, as proteínas, as fibras, as vitaminas e os minerais.

São muitas as vantagens do consumo de alimentos germinados: elimina compostos inibidores de enzimas; aumenta o número de enzimas digestivas e de lignanas (compostos fitoquímicos similares ao estrogênio, que tem propriedades anticancerígenas, principalmente em relação ao câncer de mama e cólon);  melhora a qualidade do sono e a pressão arterial, entre outras propriedades.

No mercado, há alguns produtos do gênero à venda, como os do Sítio do Moinho (ver matéria nessa edição), mas você pode também arregaçar as mangas e fazer o seu próprio alimento germinado. 

Como produzir grãos germinados
1. Coloque de uma a três colheres de sopa de grãos em um vidro e cubra com água pura, sem cloro. 
2. Deixe de molho por uma noite (o girassol sem casca só precisa de quatro horas).  
3. Cubra o vidro com um pedaço de filó e prenda com um elástico. Despeje a água e enxague bem sob a torneira.  
4. Coloque o vidro inclinado num escorredor com a boca para baixo e cubra com um pano (o pano é opcional).  
5. Enxague duas vezes ao dia: de manhã cedo e à noite.  
6. Os grãos germinados estarão prontos para ser comidos ou plantados após um período variável:

Agrião: após seis a oito dias.
Alfafa: após três a quatro dias.
Arroz: após quatro a cinco dias.
Feijão azuki: após quatro a cinco dias.
Gergelim: após dois a três dias.
Girassol sem casca: logo que amolecer com a água.
Lentilha: após três a quatro dias.
Trigo: após dois a quatro dias.


In Planeta Orgânico

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A vontade do Universo

- Não vale a pena contrariar a vontade do Universo, disse-me o Duarte.
Não fosse a frase tese de defesa para uma futilidade sua, e eu seria a primeira a pensar que o meu filho é um filósofo embrionário, um sábio ou quiçá, um buda renascido.

O certo é que ficou a martelar-me na cabeça. A propósito de uma futilidade, ou de algo mais profundo, esta  frase vive nas entranhas da própria verdade. E lembrar-me disso é necessário, sobretudo, quando lutar contra a vontade do universo se torna  inútil e insensato.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Brownies de Maçã


Foto da Letícia

Que eu haveria de gostar imenso desta receita, já sabia de antemão; a combinação de maçã e canela é-me irresistível, mas que a Letícia, avessa a bolos de fruta, devorasse fatia após fatia... foi totalmente inesperado! De resto, ninguém lhes resistiu.

Um bolo húmido, com sabor a Outono, ou Inverno, que estes dias chuvosos e frios convidam a sabores reconfortantes. Para além disso, fácil e rápido de fazer! Em suma, uma receita a guardar, para repetir mais vezes.


Brownies de Maçã*
Ingredientes:
1/2 chávena de manteiga derretida
1 chávena de açúcar branco
1 ovo
3 maçãs médias - descascadas e cortadas em fatias finas
1/2 chávena de nozes picadas
1 chávena de farinha de trigo
1/4 colher de chá de sal
1/2 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio 

1 colher de chá de canela em pó

Como fazer:
Pré-aqueça o forno a 175º. Unte e enfarinhe uma forma rectangular. 
Numa tigela grande bata a manteiga derretida, o açúcar e o ovo até ficar um creme macio.  
Acrescente as maçãs e nozes. Num recipiente deite a farinha peneirada, o sal, o fermento, o bicarbonato de sódio, e a canela. Junte esta mistura ao creme anterior. 
Espalhe a massa uniformemente na forma e leve ao forno, cerca de 35 minutos no forno pré-aquecido

Desenforme e corte aos quadrados.

*Receita do All Recipes

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Construir Intimidade entre Pais e Filhos

Acredito que, infelizmente, as relações entre pais e filhos adquirem o tom, desde muito cedo. E digo "infelizmente" porque é uma pena, sobretudo para aqueles pais que despertam a determinada altura, e querem reverter a situação, mas já não o conseguem.

Antes de ser mãe não tinha notado quão importante a intimidade era, e quão frequentemente ausente estava da relação pais/filhos. Uns e outros vivem durante anos na mesma casa, partilham acontecimentos, familiares e sentimentos, partilham conversas e emoções e ainda assim não conseguem alcançar a intimidade.

Se aplicarmos a própria definição do Dicionário da Porto Editora, constatamos que há um conceito geral, e outro mais refinado: "situado muito dentro, muito cordial, que goza de intimidade, particular, doméstico, amago, consciência, pessoa de intimidade."
Para mim, a intimidade entre pais e filhos que faz sentido é aquela que vem do amago, e está na consciência. Constrói-se exactamente por partilharmos um conjunto de factores, que apenas nos proporcionam a conjuntura necessária, dependendo finalmente do plano que desejamos realizar. E a cola que une todos esses factores, de forma a atingir a intimidade, é a aceitação.
Aceitar sentimentos, emoções, pensamentos, actos e opiniões, não descurando, com certeza, a orientação que acreditamos ser necessária à construção de uma personalidade com carácter. Porém, faze-lo com tolerância e compreensão.

Pais que constantemente julgam os filhos e os criticam de forma permanente, acabam por afasta-los. Levam-nos a fecharem-se cada vez mais. A procurar outras pessoas para as suas partilhas, e assim os amigos surgem com uma importância que nos parece desmesurada.
Pais e filhos acabam por partilhar somente o estritamente necessário, para o funcionamento normal da família. Assim sendo, a intimidade simplesmente não acontece.

A oportunidade de ouro, para alcançar a intimidade, começa sendo os nossos filhos bebés. Devemos agarrar esse fio delicado e não o soltar nunca mais. E só a nós  isso compete. É da nossa responsabilidade.

No fim de contas, eu posso muito bem estar equivocada e haver pais que conseguem apanhar o fio a qualquer altura, e ainda  a tempo de alcançar a intimidade. 
Uma coisa eu sei, desistir é que nunca!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"Amote"

Julgava eu que aquele " I love you" corrido, dos americanos, era bonito. Porque declaravam o amor informalmente, sem dia nem hora. Porque nós não o fazemos senão muito raramente, e grande parte das pessoas nem sequer o pronuncia, nunca.

Agora, que o vejo escarrapachado em todas as "conversas" de adolescentes no FB, e noutras redes sociais, acho-o supérfluo e falso. Dizem "amote" com a displicência de quem diz "Olá".

Falso no sentimento, falso na abundância, e falso na grafia.
Afinal, prefiro-o raro e mais resguardado.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

"A perfect body"

Via
Esta questão do "corpo" parece ter uma mola que faz reagir as pessoas de forma exagerada e até violenta. Que todos reajam, parece-me bem, porém faze-lo de forma ofensiva para quem tenha  opinião contrária, ou para os corpos em questão, é que me parece muito errado.

A discussão é interessante e muito necessária, mas não nestes moldes de ataque. Há poucas semanas o alvo foi a actriz Jéssica Athayde, que desfilou excepcionalmente para uma marca de biquínis. Na minha opinião, o corpo da actriz é lindo, porém há quem pense o contrário e o proclame aos quatro ventos, condenando a actriz por se exibir num desfile de moda.

A última achega vem a propósito da campanha "Victoria's Secret", cujas modelos são acusadas de extrema magreza. Ainda assim há quem as defenda, usando o argumento do modelo saudável, invocando uma alimentação correcta e exercício físico.

Na realidade, não sabemos se aqueles corpos foram esculpidos graças à genética, ou resultado de esforço e contenção. Parece-me, no entanto, bastante perigoso que estando as modelos na mira de tantas jovens que ambicionam igualá-las e até tomar-lhes o lugar, este físico seja considerado "o corpo perfeito". Sei que o nome da campanha se refere à linha que promove, mas não me escapa o trocadilho entre lingerie/corpo.

Considerando o número crescente de jovens com problemas de anorexia e bulimia, campanhas que mexem com a mente de pessoas, ainda em formação de personalidade, tornam-se preocupantes.

Portanto, modelos como a Jessica Athayde a desfilar agradam-me imensamente. São corpos muito mais aproximados aos corpos comuns. E são lindos.

A campanha da marca americana seria irrepreensível, se enquadrasse no mote de "Perfect body" uma foto que incluísse corpos diferentes, e de diferentes tamanhos. Porque o corpo perfeito contempla diversidade. Essa é a noção mais saudável a reter e promover.


Via

O facto é que as críticas não foram em vão, e os publicitários da Victoria's Secret acabaram por tomar essa linha, ao mudar o slogan da campanha para: " a body for every body".

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Dependências


Via TheTelegraph
Uma reportagem na televisão acompanhou a família de uma jovem que se assumia inseparável do seu Iphone, chamando-lhe inclusivamente - meu melhor amigo. A mãe assumiu que lá em casa cada membro da família estaria normalmente numa divisão diferente, cada um com o seu aparelho, e que através dele comunicavam, se necessário. Assumiu também que a comunicação entre a família era praticamente inexistente.

Entretanto, li um artigo de uma mãe no qual admitia que após ter o telemóvel avariado se apercebeu (depois de 2-3 dias a ressacar), como estava dependente dele, interrompendo qualquer actividade que estivesse a fazer com a filha, para responder às solicitações que o aparelho emitia.

Este estudo do ISPA  fornece agora dados muito concretos e preocupantes - 73% dos jovens portugueses apresentam sintomas de viciação na internet, sendo  13% um caso severo, revelando sinais como dores de cabeça, irritabilidade e por vezes agressividade quando frustrados; por sinal, cerca de 52% dos jovens tem noção e assume essa dependência.

Enquanto pais e educadores temos todos a noção da dependência mas... estaremos realmente preocupados e empenhados numa viragem?
Muitos pais e educadores estão igualmente viciados nas novas tecnologias, postando frequentemente no FB fotos e factos, pensamentos e ilustrações, tão desejosos de likes, como os filhos, e aspirando igualmente a números impressionantes de "amigos".

Em qualquer local se encontram grupos, de família ou amigos, cada um com o seu aparelho, teclando muito mais do que conversando. Seja num restaurante, num jardim, ou caminhando na rua.
E a situação parece ser conveniente para todos. E por que não seria, se em casa se passa o mesmo?

Há pelo menos algumas horas do dia em que as famílias se encontram, que normalmente coincidem com as refeições, sendo que esse tempo conjunto deveria ser assumido como exclusivo para a família, e aproveitado para comunicar.
Desligar todos os aparelhos e desligarmo-nos deles. Desfrutar desse par de horas para nos inteirarmos de como todos passaram o dia, do que aconteceu, para desabafar, pedir conselhos e dar orientações, ou simplesmente assumir um estado de espírito. É assim que se constroem os laços entre as pessoas, através da comunicação directa que estabelecemos com amigos e família.

Não acontecendo isto na vida real, acaba por ser escancarado nos ecrãs de desconhecidos - ah, perdão, "de amigos".

Mais uma vez, e como se costuma dizer: "o exemplo vem de cima". É necessário ter moral para exigir determinados comportamentos dos filhos. Se a prática for comum é mais fácil aceitá-la, ainda que saibamos que fácil nunca será, porque a sociedade está empenhada no contrário;  senão, vejamos mais esta facilidade, uma via reservada exclusivamente a utilizadores de telemóveis. Começou na China, mas quem não acredita que depressa será replicada por todo o lado?

Esta é, de facto, uma dependência a que o Mundo abre alas; a luta para reverter a situação está a desfavor dos pais e educadores, mas creio que se formos consistentes e igualmente perseverantes, poderemos ensinar, pelo menos, que a relação homem-máquina pode ser mais equilibrada. E mais saudável.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Escrever e receber uma carta


Envelopes ilustrados por mim e pela Letícia
Quantas histórias não passaram pelas Caixas de Correio ao longo dos tempos? Histórias de amor e amizade, de saudades, de problemas, de tragédias e desabafos, de segredos, mas também histórias prosaicas, cuja intenção não passava de um "estou a pensar em ti, com estas letras tão banais".

O gesto de quem abria as Caixas de Correio era inspirado por secretas ou explicitas emoções que se frustravam ou não, consoante o seu conteúdo.

Porém, as novas tecnologias retiraram-lhes o protagonismo, e as Caixas de Correio passaram a receber apenas contas e publicidade, tornando-se receptáculos de indiferença e apreensão.
Actualmente, a maioria das empresas envia as facturas por email e grande parte das Caixas de Correio estão decoradas com autocolantes amarelos que avisam não aceitar publicidade.

Pobres e obsoletas Caixas de correio. Estarão destinadas a ser removidas de portas de casa, de portões e outros locais que as sustentem?
Não em minha casa. A nossa Caixa de Correio continua activa, recebendo notícias de outros países, de pessoas distantes que partilham comigo a paixão por um envelope fechado, que traz emoções e pensamentos partilhados. E que eu devolvo, retribuindo na mesma medida. Há ainda muitas coisas em mim que remontam à criança que fui, esta é uma delas e gosto de a cultivar.

Se anseia dar nova vida à sua Caixa de Correio, mas não sabe como fazê-lo, sugiro que espreite no Postcrossing.