quinta-feira, 27 de setembro de 2018

"A alimentação é uma questão de segurança"



Estes dias, ouvi na rádio sobre um estudo em Inglaterra, relativo à obesidade, que lhe atribuía uma série de doenças, entre as quais cancro, e que aumentaria a um número absolutamente assustador nas próximas décadas, sobretudo entre as mulheres. 
E não apenas porque a alimentação e saúde estão intrinsecamente ligadas e são fundamentais à vida humana, mas também porque devemos  proteger o planeta para os nossos filhos e netos, a informação tonar-se vital. 
Não vale a pena desviar o olhar, fazer ouvidos moucos, nem fingir que a realidade não existe, porque se nada fizermos, muito certamente, ela irá bater-nos à porta.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Parabéns com "emojis"!


Quando há fortes possibilidades dos filhos acordarem antes dos pais, no dia dos seus aniversários, os "Parabéns" podem ser dados de diversas formas. E eu gosto que acordem com essas palavras. Foi assim para a Letícia. Mesmo a festejar dezasseis anos, encantou-se com a recepção que teve, mal abriu a porta!



De resto, as festas de aniversário já não dão a trabalheira da infância.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Agora que o Verão se acaba...


Elegia a uma pequena borboleta

Como chegavas do casulo,
— inacabada seda viva —
tuas antenas — fios soltos
da trama de que eras tecida,
e teus olhos, dois grãos da noite
de onde o teu mistério surgia,

como caíste sobre o mundo
inábil, na manhã tão clara,
sem mãe, sem guia, sem conselho,
e rolavas por uma escada
como papel, penugem, poeira,
com mais sonho e silêncio que asas,

minha mão tosca te agarrou
com uma dura, inocente culpa,
e é cinza de lua teu corpo,
meus dedos, sua sepultura.
Já desfeita e ainda palpitante,
expiras sem noção nenhuma.

Ó bordado do véu do dia,
transparente anémona aérea!
não leves meu rosto contigo:
leva o pranto que te celebra,
no olho precário em que te acabas,
meu remorso ajoelhado leva!

Choro a tua forma violada,
miraculosa, alva, divina,
criatura de pólen, de aragem,
diáfana pétala da vida!
Choro ter pesado em teu corpo
que no estame não pesaria.

Choro esta humana insuficiência:
— a confusão dos nossos olhos
— o selvagem peso do gesto,
— cegueira — ignorância — remotos
instintos súbitos — violências
que o sonho e a graça prostram mortos

Pudesse a etéreos paraísos
ascender teu leve fantasma,
e meu coração penitente
ser a rosa desabrochada
para servir-te mel e aroma,
por toda a eternidade escrava!

E as lágrimas que por ti choro
fossem o orvalho desses campos,
— os espelhos que reflectissem
— voo e silêncio — os teus encantos,
com a ternura humilde e o remorso
dos meus desacertos humanos!


 Cecília Meireles. “Retrato natural”. In: Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

"O cérebro humano leva 25 anos a ficar maduro"

 
Via

"Somos o ser vivo que depende mais tempo dos seus progenitores; basta pensarmos que o córtex pré-frontal só amadurece completamente por volta dos 24 anos! Mas, ao contrário do que poderíamos supor, esta dependência faz com que tenhamos mais tempo pata dar oportunidades de aprendizagem ao cérebro e reforçar as ligações entre neurónios. Esta aparente desvantagem face aos restantes mamíferos, acaba por ser o segredo para o nosso cérebro poder evoluir de forma tão rica e complexa."

In "Cá dentro - Guia para descobrir o cérebro", pág.pág.34, Planeta Tangerina

- Para nos lembrar, quando comportamentos imaturos dos nossos filhos nos tiram do sério!

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Habitação para estudantes? Boa sorte!




Inicio de ano lectivo coincide com a divulgação das admissões à Universidade. Um momento de grande importância na vida de milhares de jovens, por se decidir não apenas o seu futuro profissional, mas também por coincidir com a saída de casa dos pais, um marco que frequentemente divide as águas. Portanto, é natural que o acontecimento seja emocionante e de grande alegria. Avançam pais e filhos, para a etapa de procurar quarto para alugar ou casa para dividir. Há muito que é assim, porém nos últimos anos esta tarefa vai sendo cada vez mais complicada. Os preços das casas para os locais que pretendem arrendar têm subido de forma proibitiva, e os quartos igualmente. Todos querem fazer o negócio das suas vidas, e alugar através de sites online é que dá dinheiro, e pouco trabalho! Sobe a oferta dos transitórios, desde a dos definitivos.

Fala-se muito de Lisboa e Porto, ouvi estes dias o presidente de uma associação de estudantes dizer que nos últimos quatro anos, um quarto tinha aumentado em média cerca de 100€. Contudo, muitas outras cidades, de onde não esperaríamos esta tendência, apresentam o mesmo problema. Disse-me uma amiga que em Braga, o mesmo apartamento alugado a 4 estudantes há três anos atrás por 350€, está agora para arrendar por 750€.
Sei também que o problema não se restringe a Portugal, uma jovem estudante de Música que vai este ano fazer o Mestrado em Frankfurt, encontrou um quarto por 400€, mas apenas por especial favor e durante dois meses, o tempo para procurar onde ficar definitivamente; o motivo? A proprietária pretende pô-lo no AirBnb, onde ganha mais e gasta menos. 

Esta loucura do Turismo, mas também dos estrangeiros endinheirados que estão a mudar-se para Portugal, desestabilizou completamente o mercado imobiliário. E isto é tremendamente importante, pois está a reflectir-se na vida dos portugueses de uma forma incontornável. 
Vão agora os Tripeiros sair da cidade, e viver para Penafiel, como sugeriram a uma senhora, que nasceu, vive e trabalha no Porto, para que o seu prédio possa ser vendido e transformado num Hostel?! Irão, agora os estudantes começar a concorrer a Universidades pelo critério da habitação? Nenhum dos meus filhos irá para Lisboa, é clarinho transparente. Mas está certa, uma coisa destas? 

Um secretário da Educação dizia esta semana que para o ano o governo vai proceder ao aumento de habitação própria para estudantes, em sequência da falta deste tipo de oferta. Típico, a Política faz-se de véspera, não há planeamentos atempados, projecções ou o que quer que o valha que funcione efectivamente. Há anos que a construção de Republicas deixou de ser prioridade, e se viesse tarde e em más horas já não seria mau de todo, alguém beneficiaria, mas ainda assim guardo muitas dúvidas quanto à concretização deste projecto. 
Neste momento pais e alunos estão por sua conta. E basicamente é isso, uma questão de fazer muitas contas. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Dica de leitura: "Sul Profundo"

Via Bertrand
Este livro é fascinante. Paul Theroux é autor de livros de viagens norte-americano, que viajou toda a vida pelos quatro cantos do mundo, escrevendo para revistas e jornais de renome. Na reforma, decide viajar pela parte do seu país que menos conhece, sem pressa, sem roteiro pré-definido, e com a mente aberta, embrenha-se pelo Sul dos E.U., descobrindo uma faceta que desconhece, que o espanta, e choca. E nós, enquanto leitores, seguimos como que passageiros na sombra, companheiros de viagem que se inteiram e se chocam com as mesmas descobertas. Afinal, os E.U. não são apenas um país rico e poderoso, uma potencia mundial, são também pobreza ao nível dos paupérrimos países africanos e asiáticos. 
Afinal, ali ainda há grandes e intransponíveis conflitos raciais, a segregação ainda existe, o Ku Klux Klan ainda vai dando ares da sua desgraça, os negros ainda estão confinados a um ciclo de pobreza por imposição dos brancos, e porém, muitos brancos vivem igualmente no limiar da pobreza. 
Os Estados do Sul foram esquecidos pelos políticos, e não importa se lideres como Bill Clinton são daí oriundos. Nenhuma fundação, patrocinada pelos grandes multimilionários como Bill Gates, doa parte dos seus milhões para melhorar a vida dos seus compatriotas, grande parte com vidas realmente miseráveis. E portanto, fazem-no em África, como se no seu próprio país a pobreza não proliferasse.

Estado a Estado, o cenário é o mesmo; as grandes empresas mudaram-se para outros países, na busca de maior lucro, os trabalhadores ficam desempregados e o ciclo de pobreza cresce e mantém-se. A história de uma pequena Vila, cujo nome não retive, é ilustrativa; viviam razoavelmente, cada habitante nos seus negócios ou trabalhos, quando uma grande superfície se instalou na localidade. As pessoas começaram a fazer aí todas as suas compras, o pequeno comércio começou a falir, as pessoas foram ficando desempregadas, deixando de ter dinheiro para comprar no grande Supermercado que acabou por fechar portas também. Hoje, resta o edifício e a pobreza. 
As pessoas não compreendem ainda que a riqueza gerada pelas grandes superfícies/ empresas/ multinacionais não fica nos locais que habitam, é levada para outras paragens por meia dúzia. Que os investidores, não sendo locais, não estão ali para proporcionar melhores condições às pessoas, estão ali para recolher lucros, para sugar o máximo. E sem peso na consciência abandonar o barco, quando o dinheiro deixa de entrar. Isto é tão óbvio e portanto, ninguém desperta! Todos deveríamos dar primazia ao comércio local, para contribuirmos efectivamente para a comunidade.

As cidades, vilas e aldeias fantasmas, sucedem-se, restam os despojos de locais que não há muito tiveram vida, permanecendo apenas uns poucos que não tiveram condições de procurar outras paragens. Portanto, o que se passa no Sul é ignorado pelo resto da nação; portam-se como se todos os americanos tivessem as condições de vida dos Nova-Yorkinos. Se um tornado mata 30 pessoas no Arkansas, nem sequer é noticiado no país, apenas no Estado. E para matar dezenas de pessoas, imagine-se o rasto de destruição, e prejuízos materiais que causou!
O Sul Profundo é um encontro sucessivo de histórias reais, de pessoas esquecidas, de uma parte do pais que sofreu com a escravatura, o racismo e exploração, e continua ainda preso a esse sofrido passado. Não apenas porque a memória não permite esquecer, mas porque o resto do país, governantes e políticos o votaram ao esquecimento. A escrita eficiente e por vezes poética, de Paul Theroux, repleta de referências a outras escritas ( nomeadamente às "Viagens na minha terra" de Almeida Garret), é precisa, extremamente humana e pungente. Aconselho vivamente.


Título: Sul Profundo
Autor: Paul Theroux
Pág. 536
Editora: Quetzal

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Começa a Escola? Vamos poupar!




Ainda Agosto não tinha terminado e já a minha filha queria ir comprar o material escolar. Este é o mês em que se adquire novo material, seja porque é a primeira vez, seja na reposição do que está gasto ou já não serve. Setembro é critico pelo forte impacto na carteira dos pais. Portanto, nessa linha de entendimento, e na vontade de oferecer um inicio de ano familiar menos stressante, e mais apelativo para os alunos, o Lidl propõe uma gama de artigos com a melhor qualidade ao melhor preço. Por exemplo, o kit da foto é composto por mochila, garrafa de alumínio, conjunto de geometria de 3 peças, estojo completo, 4 cadernos em espiral e uma powerbank custa apenas cerca de 30 euros! Mas as opções de escolha são muitas, de cores lisas ou com padrões, o Lidl tem uma vasta oferta de cadernos, capas, canetas, mochilas, estojos e garrafas de alumínio para água. Também as powerbanks (7,99€), em diferentes padrões, têm um lugar de destaque na seleção Lidl de Regresso às Aulas.
    
Algumas sugestões Lidl Portugal para o regresso às aulas:
  • Mochilas – De vários temas e tamanhos, existem várias à escolha, incluindo uma opção de mochila trolley que facilita o transporte do material mais pesado para a escola. Os preços vão desde 1,99€ a 14,99€; Para as crianças que carregam mais peso, o Lidl recomenda a mochila ergonómica, com PVP de 16,99€;
  • Garrafas de alumínio para água – Porque a brincar também se aprende, este é o presente ideal para sensibilizar os seus filhos para a importância da redução do consumo de plástico, através de uma garrafa de alumínio divertida. Com PVP de 2,99€;
  • Estojos – Muito completos que se dividem em quatro partes, com canetas, lápis, esferográfica, borracha, esquadro e régua. Desde 5,99€
  • Escrita – cadernos (a partir de 0,49€), canetas e lápis não faltarão ao Regresso às Aulas do Lidl, havendo para todos os gostos e feitios;
  • Material de desenho – para os miúdos mais dados às artes, ou para os que querem aprender, o Lidl oferece o conjunto de 10 guaches (2,99€) ou o conjunto de plasticina ou de tintas (3,99€)
  • Brinquedos – porque as crianças também devem brincar e divertir-se, o Lidl disponibiliza jogos didáticos (7,99€), os já famosos brinquedos em madeira (9,99€) e o veículo para construir (3,99€), entre outras brincadeiras divertidas.

Para além de todas estas vantagens, os artigos são sempre muito giros, e por tudo isso, o Lidl tem sido ao longo dos anos um supermercado que fica na nossa rota de compras nesta época. Recomendamos.