segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A Primeira-dama

(Bernardette Chirac, ex-primeira dama francesa)

Já muitas vezes ouvi dizer que o papel de primeira-dama não é avaliado com justiça. Ela é essa mulher que dizem estar por detrás do “grande-homem”, aquela que trabalha arduamente na sombra; que carrega com a família, que apoia o marido, que se entrega como relações-públicas do país que representa e que trabalha afincadamente no seu gabinete. Em muitos casos a primeira-dama abdicou de uma profissão a bem da família e da carreira política do marido. Noutros casos, ela conseguiu conciliar carreira com vida familiar. Porém, no momento de assumir finalmente o papel de primeira-dama, ela afasta-se provisoriamente da sua profissão, para assumir um papel que lhe vai consumir muita energia e tempo. O seu trabalho é muitas vezes de bastidor, outras vezes ela é personagem principal, exactamente no centro do palco.

Contudo, como tudo na vida, isto também está a mudar. Aconteceu precisamente o contrário com a ex-top model Carla Bruni; ela tinha-se afastado das passerelles devido à idade, pois ela própria o disse: ” Quando as propostas começaram a declinar, eu afastei-me porque não queria baixar o meu cachet. Não queria entrar nesse jogo patético”. Então, ela optou por uma carreira na música e foi bem sucedida. Não vai de encontro ao meu gosto a sua forma de cantar-falar, que mais parece uma lengalenga,com excepção desta música:

Bruni nesse tempo também foi mãe; em 2002 ela dizia numa entrevista que não aparecia nas revistas com o seu filho por achar que a maternidade é ” uma fonte de valorização para a mulher” e que não lhe convém. Que a exibição das crianças lhe causa aversão.

No início de 2008 foi notícia a relação (noivado? casamento?) de Carla Bruni com Sarkozy, o presidente da república francês e a vida da ex-top model sofre uma reviravolta. Regressa às páginas das revistas ao posar nua para a revista masculina espanhola DT. O que era patético em 2002 deixa de o ser em 2008. E surge nas televisões e revistas acompanhada de Sarkozy e …do seu filho. O que a enojava antes é agora uma mais valia.

Com certeza alguém me vai chamar moralista, mas realmente eu penso que para ser primeira-dama são necessários vários requisitos e nenhum deles é despir-se para as câmaras! Eu acredito que uma primeira-dama é muitas vezes a imagem do país que representa e portanto o seu comportamento e a sua vida devem ser inquestionáveis.

Porém, que esperar de um tempo em que os políticos são cada vez mais medíocres, mais incompetentes e mais corruptos? No mínimo, que as suas cara-metades estejam na mesma linha. Não que eu esteja, neste caso, a acusar Bruni, mas que os parâmetros estão a baixar, ai isso estão!

Boa semana!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

MEME: Feliz Ano Sustentável




No final do ano recebi essas fotos como postal de Boas Festas e gostei tanto que reencaminhei como postal de feliz ano, apesar de já ter enviado os postais da época natalícia. Já postei várias vezes sobre o ambiente, porque realmente é um tema que me é caro, e não gostaria de me repetir, no entanto, a Evellyn indicou-me para esse meme e não resisto. Vou tentar dizer algo novo, porque convenhamos, sobre o ambiente há sempre alguma novidade!

Já falei das pequenas acções que praticamos cá em casa, em prol da preservação da natureza, mas entretanto adoptamos uma ou outra e passo a citar:
- Levamos o nosso próprio saco do pão (de algodão) à padaria para evitar que nos dêem um saco de papel, ou plástico, ou pior: os dois! A cara de quem atende fica assim esquisita. Falta de hábito!
Quem sabe outros não aderem à moda?
- O óleo usado coloco numa garrafa de plástico, que só depois de estar cheia ponho no lixo. Bem sei que não é perfeito, mas é bem melhor do que despejar pela pia!
- Quando pensamos num presente a oferecer a alguém pensamos primeiro nalguma coisa que incite essa pessoa a boas práticas ambientais. O que mais oferecemos é o caixote de lixo, com compartimentos para papel, plástico e vidro. Tem sido um sucesso!

Não indico ninguém para o meme; se quiser continuar fique à vontade, mas avise-me depois.O que sugiro a quem lê e queira comentar, é que deixe pelo menos uma idéia, mais ou menos inédita, que todos possamos adoptar!

Uma boa semana a todos!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Onde começa a hipocrisia


Na minha adolescência tinha uma amiga que se vangloriava de ser amiga de toda a gente. Realmente assim era, todos com quem ela falava eram amigos dela. Coisa que me deixava muito confusa porque eu era muito criteriosa nas minhas amizades. Depois conclui que essa minha amiga não tinha uma personalidade própria, mas antes se moldava a todo o tipo de amigos que tinha. Ela era incapaz de confrontos, de discordar, de se opor.

Quando no 5º aniversário do meu filho ele fez um comentário depreciativo a respeito de um presente (era uma peça de roupa e ele queria brinquedos), eu chamei-o a um canto e expliquei-lhe que deveria agradecer e fazer comentários agradáveis, para não magoar a pessoa. Ao dizer-lhe essas palavras, tive consciência que estava, pela 1º vez, a destruir-lhe a noção de sinceridade. Porém, era necessário que o Duarte aprendesse, para bem dele, que em sociedade devemos fazer concessões.

Então, onde fica o limite da sinceridade, que pode ser uma agressão para o outro, e a hipocrisia que pode ser uma incapacidade de se expor diferente do outro?
As relações humanas são complexas e difíceis, contudo se formos tolerantes podemos aprender muito sobre nós mesmos. Tenho reparado que nem sempre na blogosfera as pessoas “ouvem” opiniões diferentes com tolerância; compreendo que é mais agradável ouvir aquilo que queremos. Já me aconteceu ler comentários que não gostei, mas aceitei. E são esses que nos fazem crescer, porque nos abrem janelas para outras realidades e vislumbramos coisas que não tínhamos visto antes. São esses que nos fazem reflectir, sair das nossas verdades, que são parciais e subjectivas e aceitar, por vezes, as verdades dos outros.

Agora é com cada um: ou nos expomos, e arcamos com as consequências, ou aderimos ao que os outros dizem; ou aceitamos opiniões opostas às nossas e alargamos os nossos horizontes, ou ficamos no grupinho de sempre, concordando e concordando e concordando…

Uma boa semana a todos!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Uma PSP?! Ainda não, filhos!


A festa de Natal é aguardada por toda a família com ansiedade; adultos que desejam encontrar familiares, crianças que desejam brincar com os primos, adultos que querem conversar com os filhos dos outros adultos, sobrinhos e netos, e estes que anseiam rever adultos que lhes são caros.
Neste Natal constatei que este convívio entre gerações está ameaçado; mais alguém viu? Vi como uma criança estava presa à X-Box, enquanto outra não desgrudava da PSP e outra não desligava do Nintendo DS. Enquanto isso, os meus filhos deambulavam frustrados pela sala, sem primos para brincar. Eles queriam fazer as brincadeiras de sempre, brincar com Lego, com comidinhas de plástico, com animais, mas isso era demasiado real para meninos que já dependem das brincadeiras virtuais.

Uma amiga contou-me que foi passar o Natal a casa dos cunhados e que os sobrinhos e o seu próprio filho (crianças entre 8 e 12 anos) só eram vistos pela família à hora das refeições. O resto do tempo refugiavam-se no quarto de um deles e quando alguém lá ia, o silêncio era absoluto, cada um agarrado à sua máquina.

As crianças recebem PSP’s como presente de Natal e desdenham todos os outros presentes, no entanto quando se fartam atiram com as máquinas para o cesto dos brinquedos até à próxima vez. Não fazem ideia de quanto custam estes jogos pois recebem-nos com a maior das facilidades, portanto, nem ao cuidado de os preservarem se dão.
Claro que, após o Natal a frase que mais ouvi dos meus filhos foi: - Eu quero uma PSP! Mãe, dás-me uma PSP?
Eu sei que o dia dos meus filhos terem uma PSP há-de chegar. Mas juro que hei-de retardar a chegada desse dia o mais possível! Não quero criar alienados, contudo, também não quero criar seres humanos que aderem às modas só porque sim! Só porque o outro também tem. Quero criar os meus filhos com espírito crítico, com capacidade de discernir o que querem, daquilo que os outros querem. Que digam SIM ou Não em consciência, e tenham força, se necessário, para se oporem ao grupo. Não quero criar “carneirinhos” que vão levados pelo rebanho sem saber para onde. Prefiro criar seres capazes de remar contra a maré. Capazes de voar com as próprias asas. Enquanto isso, eu e o pai damos o exemplo, remando também contra a maré ao dizer aos nossos filhos: - Uma PSP, ainda não, filhos!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

A união faz a força!

Na realidade este foi um dos videos mais vistos no YouTube no ano passado; uma cria de bisonte é atacada por leões, enquanto os progenitores fogem. Será entretanto disputada também por um crocodilo. Porém, incrivelmente, o final é feliz para a cria. Tudo porque efectivamente os pais não fugiram!
Vale a pena assistir para conferir como a solidariedade existe no Reino Animal.