sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Paris com Crianças


Poder-se-ia dizer que Paris tem vários Ex-libris, porém, a Torre Eiffel é sem dúvida o preferido dos meus filhos. Portanto, não haveria melhor forma de lhes apresentar a cidade. Infelizmente as filas intermináveis de espera para os elevadores eram desanimadoras; enquanto as filas de espera para a subida pelas escadas, eram apenas desanimadoras pela ideia de subir os cerca de 700 degraus, até ao 2º andar. Mas o que é isso, para os meus intrépidos viajantes? Não subestime a força dos pequenos, até porque mais tarde terão o prazer de divulgar a proeza aos sete ventos.
No final, comer um gelado, sentados na relva do jardim anexo à Torre, e subir uma árvore, lá ao fundo, pela primeira vez, se for o caso. 


Visitar a catedral Notre Dame, lembrando aos pequenos o filme " O corcunda de Notre Dame", ver ou rever, antes de partirem de casa, e deixar que se entretenham nas filas de espera, a brincar: Zero, zero, sete! ( Se não sabe o que é, os seus filhos sabem!)

( Céu a ameaçar chuva! Mas não choveu.)
Andar num bateau Mouche pelo Sena e observar, e conhecer, os monumentos desde a perspectiva do rio. Ir traduzindo as informações da guia:
- Esta é considerada a ponte mais bonita de Paris! ( AlexandreIII )
- Esta foi construída, parcialmente, com pedras da Bastilha, que foi uma prisão muito famosa, onde ficaram presos os últimos réis, da monarquia francesa. 
- Esta foi oferecida por  Luís XV, ao povo parisiense, como presente, após os sucessivos impostos, para a construção de Versailles.
- Esta é a ponte mais romântica de Paris; quem passar por baixo dela, pela primeira vez, deve abraçar quem vai ao lado e fazer um pedido em pensamento. Depressa: todos a cumprir a tradição! (Ponte Marie)
- Esta é a ponte mais perigosa de Paris, já ruiu 11 vezes! ( Que não seja agora a 12ª!)
- Ali está a casa mais pequena de Paris! Dois andares, uma porta e uma janela!
- Vejam! O celebre restaurante La Tour d'Argent, onde o rei François II e sua mãe Catherine de Médicis, comeram frango, pela primeira vez com talheres! ( - O quê? os réis comiam com as mãos?! Arghhh..!)

Ao passar em frente à Mairie de Paris, parar para observar os artistas de rua, como este a fazer bolas de sabão gigantescas, jogar futebol na areia, ou andar nos barquinhos.


A Disneyland Paris era o segundo destino de eleição dos meus pequenos, e não se sentiram defraudados. Foi  somente um dia, muito bem aproveitado, graças ao Fast Pass, e à escolha das diversões conforme os gostos e idades. Quem diria que o Duarte iria adorar o Templo do perigo do Indiana Jones?! Nunca se tinha mostrado muito entusiasmado com montanhas russas.

(O meu príncipe e princesa na sala dos espelhos)
O palácio de Versailles, não prometia grande emoção aos meus filhos, mas quando se contam as histórias....tudo muda! E o último episódio da história real francesa foi emocionante. Pequenos detalhes fazem a diferença: - Aqui, no quarto de Marie Antoinette, reunia-se a aristocracia que vivia no palácio, para a ver acordar. Era tradição assistir ao acordar da rainha, e vê-la vestir-se. Era como um espectáculo, e algumas rainhas não gostavam nada dessa falta de privacidade, que não se praticava nas cortes, de onde vinham. Mas tinham de aceitar!
Coisas deste género tornam as visitas aos monumentos muito interessantes, e os meus filhos não se cansam de ouvir.

E a minha extravagância, enquanto as crianças visitavam o Museu da História Natural, foi uma tarde no Museu d'Orsay. Ver os impressionistas franceses mais uma vez.
(- Ele tem aqui um belo negócio montado! Diz o Duarte ao ver cair as moedas.)
Para nos despedirmos de Paris, um olhar desde a basílica do Sacré Coeur, enquanto ouvíamos a música relaxante da harpa.

Dicas:
Comprar os bilhetes online é uma excelente opção; para além de evitar as filas nos locais, que per se, é já um bónus considerável, ainda se obtém descontos fantásticos.
Bateau mouche no sena: aqui, adultos 8€ em vez de 13, crianças: 4€ em vez de 6.
Disneyland Paris, bilhete Francilien a 30€, no site da Disney ou na FNAC, fornecendo morada na ilha de França, ou simplesmente procure outro plano de preços adequado. 
Torre Eiffel- aqui
Palácio de Versailles: aqui
Transfer- do aeroporto para o local onde fica hospedado, sugiro a Bluevan.Fr,  empresa que aconselho muito: aqui.
Estadia- apartamentos da Homelidays, do best

Sem dúvida, uma viagem inesquecível, para as crianças!

Até breve!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Férias com filhos. Sim ou não?

Este ano não levamos os nosso filhos de férias connosco. 

Quem me conhece, e me lê, sabe que sou desde sempre apologista das férias em família; que para mim o período de férias, é um tempo demasiado importante, para que os filhos não o usufruam também. Porque se faz noutras condições, noutro local, ou locais, saindo da rotina habitual.

Porque é um tempo rico em diversidade, tanto em contactos humanos, com familiares e amigos, como com desconhecidos; porque é um outro meio de adquirir cultura, e novas experiências. 

E tudo isso, partilhado pela família, proporciona mais coesão, mais intimidade, e proximidade. É uma experiência extremamente proveitosa, garanto eu, que tenho desfrutado dela, desde que os nossos filhos nasceram.

E depois de reiterar a minha opinião sobre férias com filhos, ainda digo que este ano não levamos os filhos connosco? Perguntam vocês. 

Deixem-me pôr as coisas nestes termos:
- Eles é que nos levam a nós.

O destino foi escolhido pelas crianças, há já algum tempo. Estava prometido, e este verão cumpriremos, se Deus quiser. Uma semana em Paris, com ida à Disneyland. Ou será férias na Disneyland, com ida a Paris?! Depende da perspectiva, suponho eu. 
Desta vez visitaremos Paris com os olhos, e os interesses das crianças, e nisso sem dúvida será  diferente. 

À semelhança do verão de 2010, volto a promover o estilo epistolar; por conseguinte, convido a quem desejar receber um postal da Ville des Lumiéres, a deixar-me o seu endereço, no meu email. 

Até breve!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Quem pergunta quer saber - Complexo de édipo?

" Sou uma mãe, que há vários anos procura uma reconciliação com o seu filho que tanto adora e era adorada por ele, mas veio um divórcio que veio despoletar situações de ciume que levaram o meu filho a não mais querer ver a mãe, não a convidar para o seu casamento e pior ainda não deixar conhecer o seu próprio neto. Depois de várias tentativas minhas e de outras pessoas familiares e amigas a separação continuando. Não consigo fazer nada, o meu filho não quer ouvir ninguém, será complexo de édipo, ou serão outras situações possivelmente patológicas?...",  Ana

Confesso que ao ler pela primeira vez este comentário, não entendi imediatamente qual a ligação da situação, com o complexo de édipo. Porém, ao reler, compreendi que seria possível essa explicação. No entanto,  sendo o assunto do foro psicológico, fica fora da minha área, motivo pelo qual recorri ao auxílio da minha amiga, e psicóloga, Daniela Dorin, obviamente com consentimento da Ana, tornando possível a comunicação entre as duas, para uma análise mais profunda da situação. 
As inúmera entradas no meu blogue, com a busca deste texto, leva-me a pensar que o tema pode ter interesse para muitos mais leitores; saindo de um superficial conceito familiar, para algo mais profundo e mental.
Eis, a análise da Drª Daniela Dorin, psicóloga, habilitada à prática da Psicologia online.

Cara Ana Paula,
Seja bem-vinda ao "Mãe e Muito mais".
Você exprime de maneira muito clara o que sente e vive, isso é algo positivo pois fala da sua clareza mental e equilíbrio, porém, Ana Paula, quem gosta de tortura é o sádico/masoquista e você não tem nada que ver com isso, com masoquismo, ou tem?
Sinto que o seu sofrimento pela perda circunstancial do contato com o seu filho é algo que te toma imenso espaço na vida; você até escreveu algo muito forte como "meu coração sangra", isso me faz a ideia de algo que está além do limite, algo que explode que não se contém... como um TRANSBORDAMENTO.
Infelizmente você foi o alvo perfeito para um filho que usa de manipulação para conseguir algo que quer: o que seria?
Não sabemos, se era um afastamento de você, se era ter que ficar do seu lado, fazendo aí uma escolha diante do divórcio de seus pais, ou simplesmente pela não aceitação de uma separação, e como qualquer divórcio com a possibilidade de ambos (você e  o seu ex-marido) tentarem ser felizes com outras pessoas ou pares.

Como ele é casado, e tem um filho de 3 anos, ele poderá sentir na pele o que é um casamento e o que seria um desajuste numa relação. Não interessa os motivos que te levaram ao divórcio o que interessa foi que essa foi a escolha feita.
É comum que os pais procurem deixar os filhos do seu lado (muitos usam os filhos) mas por algum motivo o seu filho parece se sentir identificado com o seu ex-marido numa situação de desvantagem - por exemplo não tendo gostado que você tenha ficado com um colega quando quebrou o pé, na sua casa - não cabe a ele manifestar isso, ele pode até gostar ou não, mas deveria,  sendo um filho normal, ficar feliz por ver sua mãe investir numa amizade ou algo assim.

Me parece que algo nesse divórcio não ficou claro o que gera "culpa" em algum lado. O seu filho pode não saber disso conscientemente mas ele usa esse comportamento atual para incutir-lhe culpa ou outro sentimento de punição.

Se você está aberta ao diálogo e ele foge dele há anos, é porque está numa rigidez de não aceitar nem uma conversa.

No momento eu penso que você se beneficiaria de um tratamento psicológico (terapia de apoio) e talvez psiquiatra, para superar essa fase e conseguir investir a sua energia em algo bom para ti.
Procure, para sair dessa fase, investir sua energia mais em você e menos no seu filho já que há uma rejeição, que será passageira, pois ele bem sabe que você o ama.

Cuide do seu cabelo, do seu corpo, e da sua sexualidade!!
Saia, não deixe de viver a vida mesmo! Leia, faça uma reflexão sobre o que te dá prazer e lazer, e invista nisso agora para não afundar na melancolia ou em algo que não será benéfico.

Deixe sua mente livre e tudo se resolverá por si. 

Abraços,
Daniela. "

Agradeço imenso à Daniela, por ter aceite esta parceria, restando-me apenas desejar que o seu texto possa ajudar de algum modo, quem o lê, e o procura.

Tenham um ótima semana!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Receita para o fim-de-semana: Refresco de Menta com Citrinos

Fiz este refresco num destes dias quentes. Soube-nos maravilhosamente bem, sendo a opinião consensual.

 Refresco de Menta com Citrinos
Ingredientes: 
Um rebento de menta
0,5 l de água
três laranjas sumarentas
Um limão
Uma lima

Como fazer:
Introduzir o rebento de menta num pouco de água a ferver um minuto. Lavar os citrinos; cortar o limão e lima em rodelas finas, aproveitando o sumo que escorrer. Cortar as laranjas ao meio, e aproveitar uma das metades fazer rodelas finas, e colocá-las no jarro. Espremer as restantes. Adicionar aos ingredientes do jarro a infusão de menta e o sumo de laranja. Juntar a restante água, pedras de gelo e mexer.

Eu ainda acrescentei, à rebelia da receita, um pouco de açúcar. Achei que ficou perfeito!
Receita retirada da revista Sabe Bem, do Pingo Doce, nr2
 
Tenha um ótimo fim-de-semana!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dica de filme infantil - Panda Kong-Fu 2


Entrevista aos dois espectadores:

-De um a cinco, quanto dás ao filme?
Letícia: Dou cinco! :)
Duarte: Aaaaaaah...4!

-Porque gostaste do filme?
L: Porque havia lutas, o Panda Kong-Fu estava a perder, mas ganhou!
D: Porque tem muita ação e Kong-Fu.

- Qual foi o teu momento preferido?
L: Quando o Louva estava preso numa gaiola, mas se trocou por um boneco igual a ele.
D: O momento em que todos estavam em câmara lenta, até o mestre Shi-fu, e o Panda disse: Euuuuuu gossssstoooo dissssstoooo!

- A quem aconselhas ver?
L: Crianças e adultos.
D: A famílias, especialmente crianças deveriam ver, porque é muito fixe!

Eu gostei bastante, ri muito, apesar da pancadaria. Mas para combater os maus tem que ser, não é? 

Tenham uma boa semana!