terça-feira, 26 de julho de 2022

As flores do jardim

 


Não há como a Primavera e Verão para nos deslumbrarmos com os jardins. Começar o dia observando as flores é uma das formas mais satisfatórias que conheço, para entrar num novo dia com alegria e boa-disposição. 
 
Os ingleses fazem uma coisa muito interessante e bonita, dentro das suas localidades, que é abrir os seus jardins ao público, e jardineiros e não-jardineiros, mas certamente apreciadores de jardinagem, impregnam-se de beleza, inspiração e motivação, usufruindo de momentos mágicos. Gostava imenso que uma tradição dessas se estabelecesse também em Portugal, mas a globalização parece contemplar apenas o menos positivo. Enfim, vamos passeando virtualmente pelos jardins da net. 


A jardinagem é uma actividade terapêutica, momentos de ligação entre as pessoas, natureza e reino animal. E quem não tem jardim não deve retrair-se por falta de espaço, passamos a vida a encontrar desculpas, mas a situação e momento ideal não existe. 


Aproveitem então o que têm, uma varanda uma marquise, o interior da casa! Estes dias contaram-me sobre alguém que tem um verdadeiro jardim dentro de casa, só na sala tem mais de 100 plantas! Impressionante, não é?




Ver a evolução do jardim ao longo das estações é também algo novo para mim, o desafio é continuar a ter plantas viçosas e flores coloridas, durante os meses de outono e Inverno. E aprender os nomes, e características. É sem dúvida um plano a longo prazo, que a cada dia me provoca sentimentos de recompensa e gratidão. 

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Agricultura Regenerativa - a terra é abundante!


Também a forma como praticamos a agricultura me está a levantar muitas dúvidas e questionamentos. É violenta, não somente para a terra, com produtos nefastos, técnicas invasivas e agressivas, como para as pequenas criaturas que vivem nela, e como para o trabalhador, e por isso ninguém quer ter esta profissão. 

Estive na última feira de Esposende e impressionou-me que ali só havia agricultores idosos. E quando deixarem esta vida? Muito preocupante. Mas por outro lado, as pessoas têm direito de escolher um modo de vida mais fácil. E se isso fosse possível na Agricultura? Começo a pensar que sim, é possível. 

Os procedimentos tradicionais na Agricultura baseiam-se em ideias de dificuldade, dedicação total e constante, e falta! Falta de tudo, inclusivamente de dividendos que possibilitem uma vida tranquila.

Isto reflecte a ideia promovida globalmente de "falta". Porém, o planeta é abundante, leio constantemente comentários dos meus "amigos" que se dedicam ao cultivo, a dizerem "aquilo nasceu ali sozinho", e por outro lado sei que naqueles países onde as colheitas são constantes ou bi-anuais, é onde mais fome se passa. Existe aqui um contra-senso que não tem explicação senão nisto: a narrativa da falta foi e é promovida, constantemente, e isso reflecte-se no inconsciente colectivo.

Em vários vídeos que vi do Canal no YT, Epic Garden, ouvi testemunhos de pessoas que em espaços mínimos conseguem cultivar metade do que a família consome, numa família de 5 chegava até aos 85%. Uma das senhoras dizia que trabalhava no quintal apenas 4 horas por semana. Um outro, demitiu-se do emprego para se dedicar ao cultivo do seu espaço, de forma não só a prover a família mas também a retirar dividendos que lhe permitam viver. O que têm em comum estas pessoas? Fazem agricultura de forma diferente, com outras técnicas, mais respeitosas com a terra e o meio ambiente, em colaboração com outros seres que também vivem na terra. E como essa nova atitude é linda a natureza recompensa-os. 

É pois, possível, cultivar a terra com sucesso, de forma facilitada, em comunhão com o reino animal e vegetal, e ter abundância. 

Mais vídeos inspiradores aqui, aqui e aqui.   

terça-feira, 19 de julho de 2022

Semear ervilhas-de-cheiro

 


Uma forma muito prática de semear é colocar as sementes no rolo de papel higiénico, num tabuleiro, este era de cogumelos, e ir regando até terem 2 folhas, e passar para a terra, assim mesmo, com o papel. 

Fiz isso no início da Primavera, deixei na lavandaria, mas como estava frio demoraram a brotar, ao contrário destas, que em poucos dias se apresentaram prontíssimas para serem transplantadas. Estou a contar com o calor do Verão para promover o crescimento e florescimento ainda estas próximas semanas das maravilhosas e perfumadas ervilhas-de-cheiro.


 
Outra dica, que posso deixar, conclusão desta minha primeira experiência; não semeei todas as sementinhas, achei que eram demasiadas, mas foi erro. Quantos mais pés de ervilhas-de-cheiro nascerem, melhor, a profusão de flores tornar-se-à a sensação do jardim! 

Já estou a colher as ervilhas com as sementes, para o ano conto semear muitas mais. 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Pataniscas vegetarianas sem glúten


Já experimentamos diversas receitas de pataniscas, umas melhores outras piores, mas esta, que fiz inspirada um pouco em todas, tendo em conta que queria uma sem glúten, revelou-se a melhor! 


Pataniscas vegetarianas
Ingredientes:
3 colheres de sopa de farinha de grão-de-bico
2 c.s. de farinha maizena
1 c.s. de fermento
1 c.sobremesa de levedura de cerveja
1 c.chá de alho em pó
meia cebola picada
1 curgete média ralada
1 cenoura média ralada
50 ml de água
sal e pimenta a gosto
salsa picada q.b.

Como fazer: 
Ralar a curgete e colocar num coador; ralar a cenoura, colocar num recipiente, juntar-lhe a cebola picada, e todos os restantes ingredientes, e por fim a curgete; envolver tudo. Se a massa se apresentar demasiado líquida, acrescentar mais um pouco de farinha de grão. 
Colocar óleo numa sertã e fritar a massa às colheradas. 

Ideais para levar para um piquenique, ou acompanhar em casa com um arroz malandro de tomate. 

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Dálias no centro da mesa

                              

Estas foram as primeiras dálias que cortei e pus no centro da mesa. Dado que não poderia cortar um ramalhete, por não ter flores suficientes, escolhi essas duas mini-jarras, estilo Lalique, que nunca antes tinham sido usadas com flores (limitam-se a existir em cima do armário da tv, por serem suficientemente bonitas, com as suas bacantes em relevo), e gostei!



Mas ainda tenho esperança de chegar a colher um ramo mais farfalhudo, afinal os botões das dálias estão a bombar, no jardim. Já contei 49! O meu dilema é que as quero aqui, mas também as quero lá...

terça-feira, 12 de julho de 2022

Profissões imaginadas

Foi para Enfermagem por vocação mas o primeiro estágio, no Centro de Saúde, foi o primeiro embate com a realidade; as enfermeiras relaxam na sala de espera sem consideração pelos pacientes que aguardam a chamada, também na sala de espera deles. E se calha de terminarem mais cedo com algum doente, não prosseguem chamando o seguinte, antecipadamente, antes fazem horas, enquanto tomam outro café ou conversam. 

O estágio no Lar também a chocou, mas por outros motivos, a sobranceria e até agressividade com quem as enfermeiras falam com os idosos, apanhou-a desprevenida, não tinha antecipado nada daquilo. 

Imagina agora que gostaria de trabalhar no hospital. Espero que a realidade não lhe destrua, de vez, também essa esperança. 

A juventude é idealista, e é bom que assim seja, é desse modo que a humanidade avança, mas se os hábitos nefastos, e modos de estar dos mais velhos se impõem sem luta, as gerações futuras estagnam, sem nunca chegar a florir. E perdemos todos. 

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Poesia, Uma questão de treino



Ver claro

Toda a poesia é luminosa,
até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar. 
Eugénio de Andrade

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Música relaxante para gatos assustados com fogo-de-artifício


Em época de festas dos Santos Populares, que percorre todo o país, penso muito no sofrimentos dos nossos cães e gatos (e também incluo os de rua, mais desprotegidos ainda!), assustam-se imenso, ficam desorientados o que os leva, por vezes, a fugir, e a esconder-se; eles precisam de ajuda para ultrapassar estes minutos terríveis. 

Esta música é uma estratégia, deixá-los presos em casa, num ambiente seguro e familiar, vai certamente minimizar a angústia e susto dos bichinhos. 
A dica é do National Geographic, procurei esta para a KitKat e Ellie, o Niko como é surdo fica um pouco mais protegido, embora sinta as vibrações, mas também existe a versão para cães, aqui.