sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Couscous de Inverno

 


Esta receita é uma óptima proposta para o Ano Novo, é rica e festiva. Acompanha com um arroz Basmati e uma salada fresca de alface, rúcula, tomates-cereja, cebola roxa e maçã fatiada, e fica perfeito!

Retirei a receita do Compassionate Cuisine, vou transcrever Ipsis Verbis, não vá a receita desaparecer, como tantas vezes acontece. 



Couscous de Inverno

" 3-4 PORÇÕES | DURAÇÃO: 50 MIN | DIFICULDADE: 1/5

Ingredientes
2 cenouras, descascadas e cortadas em cubos
1 cebola roxa, cortada em cubos
1 pau de canela
2 folhas de louro
1 colher de sopa de azeite
½ colher de chá de gengibre em pó
¼ colher de chá de açafrão-das-Índias (curcuma)
1 colher de chá de colorau
½ colher de chá de paprika (pode ser fumada)
¼ colher de chá de piripiri
¼ cabeça de couve-flor pequena (pode aproveitar o talo, cortando-o em cubos)
½ abóbora-menina (350 – 400 g), descascada e cortada em cubos
2 damascos, picados
260 g de grão-de-bico cozido (corresponde a 1 lata pequena)
80 g de cuscuz
80 mL de água
Salsa ou coentros frescos, picados
Uma pitada de sal e pimenta preta a gosto

Procedimento
1. Preaqueça o forno a 180°C. Coloque a cenoura e a cebola numa forna, e junte a canela, as folhas de louro, ½ colher de sopa de azeite e uma pitada de sal. Leve ao forno e asse durante cerca de 10 a 15 min. Junte a abóbora, a couve-flor, ½ colher de sopa de azeite, e as especiarias. Envolva tudo e leve novamente ao forno. Deixe assar cerca de 30 min, até os legumes ficarem dourados. Junte cerca de 80 mL de água, o grão-de-bico, e os damascos picados. Leve ao forno mais 10 min.
2. Enquanto os legumes assam, prepare o cuscuz: numa taça coloque o cuscuz, a água a ferver, e uma pitada de sal. Cubra a taça, e deixe repousar cerca de 10 min. Solte o cuscuz com um garfo, e reserve.


.3. Para servir, envolva o cuscuz com os legumes e sirva numa travessa ou prato fundo. Ajuste os condimentos a gosto. Guarneça com coentros/salsa frescos picados e amêndoas tostadas."


Desejo-vos Boas Entradas em 2023, e que o Ano Novo vos traga tudo de bom!

Até ao Ano| 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Dica de Leitura - " Noite sem lua"

Via

Este foi o último livro que li em 2022, e queria deixá-lo registado. 

John Steinbeck é um autor norte-americano, nascido em 1902 e vencedor do prémio Nobel da Literatura. Foi muito bem sucedido, e a sua actividade escrita prolífica. Vários dos seus livros foram adaptados ao cinema, eu vi pelo menos "A leste do Paraíso", e li "As vinhas da Ira" e "A pérola", que tenho, e ainda tenha sido há muitos, muitos anos, e não me recorde detalhadamente, sei que fiquei com boa impressão. Portanto, este "Noite sem lua" não me decepcionou, pelo contrário, foi muito melhor do que antecipei. 

A acção localiza-se algures perto de Inglaterra, num país/ilha que não é nomeado, durante uma guerra que também não é designada mas leva a crer que seja a II Mundial, e que é invadido sem resistência, devido ao diminuto e despreparado exército,em poucas horas. O local tem interesse devido à mina de carvão, que o inimigo pretende, e desde logo o diálogo entre o Presidente do país e o coronel inimigo espanta pela franqueza e humanidade. Um, enquanto soldado de carreira cumpre ordens sem questionar, o outro, eleito pelo povo não esquece que deve fazer o que este deseja, e que é somente um mero representante. Este modelo de politico que parece deixar o coronel perplexo, tal como me deixou a mim, é o exemplo perfeito do que deveria ser, mas que desapareceu da nossa sociedade, e se tornou utópico. 

O retrato dos soldados inimigos e da população ocupada é visto do mesmo ângulo, o humano. Por detrás da imagem dos soldados há homens,velhos,jovens, rapazes que querem paz, querem voltar a casa, às famílias, e desesperam pela falta das emoções que os fazem felizes, aconchegados e queridos. No fim de contas, almejam o mesmo que os civis privados de uma série de coisas decorrentes da guerra. 

Numa época de tanta guerra no mundo, e mesmo aqui, na Europa, ler este livro lembra-nos de que as pessoas, o que querem realmente, é viver em paz. Em segurança, com as suas famílias. E que se os políticos fossem genuínos representantes dos seus povos jamais se envolveriam em guerras; é deste modo, um romance universal, e por isso o escolho como a melhor leitura de 2022. 


Título: Noite sem Lua

Autor: John Steinbeck

Editora: Ulisseia

Nr de Págs: 176

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Embrulhos dos presentes 2022

 


Gosto de embrulhar os presentes todos com o mesmo papel, e quando vi este rolo de papel de embrulho pensei na toalha de mesa, pareceu-me igual, e boa ideia embrulhar os presentes naquele prolongamento, e comprei.

Afinal era bem diferente, não ficou perfeito, ficou mismatched mas o suficiente para suscitar comentários que perceberam a associação.  

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Mesa de Natal

 


Este Natal voltei a usar o serviço de pratos Bordallo Pnheiro, e foi isso que deu o mote para a montagem da mesa; para mim, as cores de Natal são o verde e o vermelho, portanto, foi só recolher pela casa o que poderia ser usado nesta mesa; e a toalha foi comprada a pensar nesta combinação, é de algodão reciclado, da Tognana, o tecido é algo grosso, tem um certo aspecto rústico, mas eu gosto imenso dela, dá à sala um ar muito aconchegante, nesta ocasião, muito natalício. 




Para o centro de mesa usei dois ramos de pinheiro manso, uma fita de cetim a que dei um grande laçarote, decorei com duas rodelas de laranja, três ou quatro pinhas e pronto. 

A fruta que espalhei pela mesa foi apenas encenação, não se pode manter demasiada decoração quando o espaço é necessário para trazer refeições para 9 pessoas, sendo que metade comeu peru assado e outra metade rolo wellington de lentilhas, cogumelos e nozes. 

Gostei imenso do resultado, muito provavelmente vou repetir na passagem de ano, com algumas alterações, aliás basta mudar a toalha, para uma de linho bordada, e o centro para dar logo outro ar. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Sonhos-falsos de Abóbora


No domingo passado, queria fazer alguma sobremesa que soubesse um pouco a Natal (sem ser uma das sobremesas tradicionais, prefiro esperar até ao dia), e por outro lado, pretendia que fosse algo rápido, pensei em sonhos de abóbora, porque já a tinha cozida, mas adaptei uma receita; a modos que resultou numa falsa versão de sonhos. Funcionou, preparei a massa, e no momento da sobremesa fritei os bolinhos. Foram para a mesa quentinhos e bons. Mas frios também sabem bem. 

Sonhos-Falsos de Abóbora 

Ingredientes:
Uma chávena grande de abóbora-menina cozida e escorrida
3 Colheres de sopa de açúcar
6 colheres de farinha com fermento (se a massa parecer demasiado liquida acrescente mais farinha, depende da abóbora)
1 ovo 
Raspa de uma laranja
Mistura de açúcar e canela a gosto

Como Fazer:
Triturar a abóbora, transformando-a num puré, juntar-lhe o açúcar, o ovo, a raspa de laranja, envolver; juntar a farinha peneirada e envolver novamente, com delicadeza.
Fritar às colheradas em óleo bem quente, de ambos os lados, escorrer no papel e, por fim, passar na mistura de açúcar e canela.

Não tem que enganar, não requer os cuidados dos sonhos, nem sequer o tempo. E ficam muito bons. 

Aproveito para desejar um Feliz Natal. Que não vos falte nada, sobretudo paz e amor.  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Dica de leitura - Uma vida Inteira

Via
É considerado um romance brilhante, e foi um fenómeno de vendas nas livrarias alemãs. Já não recordo de onde me chegou a dica mas a apresentação da narrativa interessou-me. Assim que comecei a ler as primeiras páginas anotei mentalmente que devo prestar mais atenção à origem das minhas sugestões de leitura; tal como aconteceu antes com o som, são agora as palavras lidas que não estando em sintonia com a minha consciência se me tornam penosas e intoleráveis. Refiro-me particularmente à descrição da infância do protagonista; o mau-trato infantil, ainda que em ficção, é-me absolutamente insuportável. 

Portanto, esta é a história de Egger, um órfão recolhido por parentes relutantes, que desde cedo encontrou as amarguras e desgostos de um mundo rural, duro e impiedoso para com os frágeis e necessitados. Mas ele possui a resiliência das ervas daninhas, que teima em singrar nos climas mais hostis, e até disso faz gala. Tudo o que a primeira metade do século XX lhe proporciona ele aproveita, retirando-lhe o melhor de que é capaz, tornando-se um sobrevivente obstinado do principio ao fim da sua vida. 

Egger é uma personagem comovedora, seja pela solidão imposta e depois auto-infligida, seja pelas suas diversas facetas, por vezes inesperadas, como a romântica, revelam alguém de quem não se sabe o que esperar. Só ele é capaz de se ver na sua profundidade, e tem a coragem de o fazer. 

Título: Uma vida Inteira

Autor: Robert Seethaler

Nr de págs: 120

Editora: Porto Editora 

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Imaginem uma árvore sem presentes! Só envelopes.

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Uma das coisas mais problemáticas do Natal são os presentes. Olhando para trás apercebo-me de como era diferente, e fácil, quando eu era criança, e adolescente! Qualquer que fosse o presente agradava-nos, fossem chocolates, roupa, livros, blocos de Notas e Diários, borrachinhas perfumadas e com feitios de animais, porta-lápis, bijutaria, jogos de tabuleiro, enfim, fosse útil como um pijama, supérfluo como uns brincos de fantasia, ou pedagógico como um livro, deixava-nos entusiasmados e felizes. 

Vivi essa fase da vida em que as pessoas eram mais contidas, e que compras supérfluas não se faziam regularmente, as roupas eram compradas conforme a necessidade delas, e ir às compras só por ir, tipo dar uma volta no shopping, não era programa. Portanto, as festas como o Natal e aniversários eram as únicas ocasiões em que se compravam e ofereciam aqueles extras. Lembro-me de um poncho às riscas que recebi, teria 8 ou 9 anos, e adorei. Também do mini-saco de água quente, com o desenho do Gato das Botas, e muitos outros presentes que eram apenas bonitos para mim, e actualmente impensáveis de se oferecer. 

O que vejo agora é que as crianças e adolescentes têm absolutamente tudo o que precisam, e não precisam, a qualquer altura. Umas vezes pedindo, outras simplesmente partindo da iniciativa dos pais, vão adquirindo e coleccionando uma quantidade e diversidade de coisas que lhes colmata qualquer vazio. E portanto, tornaram-se muito exigentes; uma peça de roupa por si já não os satisfaz, tem que ser de determinada marca, e ainda assim, um certo modelo, provavelmente aquele que todos os da mesma idade estão a vestir. Livros? A maioria não lê. Jogos? Sucedem-se as modas tão rápidas neste quesito que já nem sabemos se o que jogam no início de Dezembro os entusiasma ainda no Natal. Resta-nos portanto... o vil metal! E pronto, lá vai uma nota ou duas dentro do envelope. Para mim este é o presente que mais me frustra e até me entristece. Para além de não dizer nada a respeito do que eu sei sobre aquela criança ou jovem, simboliza o materialismo puro e duro, e nesta época choca-me mais ainda. 

Há quem nesta questão seja muito pragmático,"Olha, melhor, dinheiro num envelope e não se pensa mais nisso, está feito.", e eu até compreendo esta opinião, mas para mim é só mesmo esse o único aspecto positivo.  

Tentei diversas vezes lutar contra esta tendência, mas tive que me render pelo insucesso resultante. Portanto, por tudo isto, este aspecto do Natal é também um pelo qual anseio libertar-me, e que termina com a entrada de cada um destes jovens no mercado de trabalho. É a regra na família. 

Tenho que ressalvar, sem orgulho ou falsa modéstia, que os meus filhos são os únicos jovens que conheço que recebem o que lhes oferecem com igual alegria e gratidão, e para eles os livros são dos melhores presentes que lhes podem oferecer. Têm sempre uma lista deles para sugerir quando alguém lhes pede ideias. 

Sinto-me tão grata por eles, quando penso nestas coisas. Foi-lhes, certamente, impresso no carácter os nossos valores, porém, não terem sido contagiados pelo mundo materialista que os rodeia, é qualquer coisa de excepcional. 

Mas enfim, talvez isto seja um não-problema para as pessoas em geral, e esteja tudo bem. C'est la vie!  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Tempestade



Já vem anunciada em mensagem pela Protecção Civil, sem que a tivesse requisitado. Não me causa qualquer apreensão ou receio. Aguardo-a apenas com uma certa excitação. 

Sinto-me mais viva do que nunca ao ver a força do vento dobrar os galhos das árvores gigantes, que se contorcem para um lado e o outro, numa dança sentida, embora por momentos me confunda a visão e não saiba dizer se dançam em harmonia ou lutam pela sobrevivência. O que sei é que há ali uma força extraordinária, e por vezes um certo furor apaixonado, que é lindo de se ver. 

As folhas que estavam a cair gradualmente, desde o Outono, levadas por ocasionais ventos, caíram repentinamente e as árvores agora totalmente despidas são espectros do que foram no Verão. Mostram-se na totalidade, expondo uma delicadeza que ainda suporta aves, e por momentos ventos quase ciclónicos. 

Dizer que a natureza é um espectáculo vivo não é metáfora nem hipérbole, é uma declaração absolutamente justa e precisa. Quem tiver olhos que veja, e coração a bater, que sinta. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Grande mérito

Em 2010 passeávamos por uma terrinha simpática na República checa, quando ao tirarmos fotos, numa rua pacata mas típica, um senhor nos abordou e num inglês macarrónico nos perguntou de onde éramos, respondemos "we are from Portugal" duas ou três vezes, sem que ele compreendesse, até que eu respondi, sem pensar: "Cristiano Ronaldo"! E o rosto iluminou-se com um sorriso, e ele disse algo como "Ahhh...Portugalsko!". E rimos todos, finalmente concordantes.

Eu não sigo o mundo do futebol, não me interessa absolutamente nada, mundiais e europeus idem. Mas sei isto, podem não gostar do CR7, podem atribuir-lhe este e aquele defeito, mas que levou o nome de Portugal a paragens e pessoas que desconheciam absolutamente o nosso país é inegável! 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Santiago de Compostela - visita de um dia

 


No feriado de 5 de Outubro demos um salto a Santiago de Compostela. Há alguns anos que queria lá voltar e apesar de ter estado na calha um par de vezes, foi sempre adiado. 
Fomos directamente a Pontevedra, que me tinha causado uma maior impressão, há quase 30 anos, é aquele tipo de cidade pequena e antiga de que gosto muito, e foi diferente, achei a cidade muito maior, menos provinciana, mas igualmente bonita. Passa por lá el camiño e ver os peregrinos a toda a hora já nos prepara para Compostela, é assim uma espécie de ante-sala. 

Planeamos fazer piquenique ao almoço, para nós é sempre a melhor opção, porque primeiro, é muito mais prático procurar um sítio para almoçar do que procurar um restaurante, segundo, um restaurante com opção vegetariana é ainda menos fácil de encontrar, e 3º perde-se muito menos tempo, do que fazer a refeição em restaurante. E num passeio de um dia não há tempo a perder.

Apanhamos alguma chuva no final da tarde, de forma que essa parte foi menos agradável, mas deu à mesma para passear pela cidade, admirar os prédios antigos e ruas medievais, apreciar a chegada dos peregrinados vindos pelos diversos caminhos, uns alegres, outros a chorar, uns a solo, outros acompanhados, uns a cantar outros em silêncio, mas todos emocionados, orgulhosos, e talvez aliviados, por chegarem finalmente ao destino.  
Entramos na catedral por uma porta lateral, da outra vez ainda entramos pela porta principal e podíamos tocar na estátua do santo Tiago, agora protegida com acrílico e de acesso restrito a visitantes pagantes, e ficamos sentados algum tempo a apreciar a beleza da talha dourada, das imagens, e da grandiosidade da catedral; também observamos os peregrinos, uns movidos pela fé, outros pela curiosidade turística, mas todos respeitosos. Confesso que esta parte de observar as pessoas é uma das minhas preferidas, nos passeios e viagens. É tão interessante tentar desvendar as pessoas e as suas histórias. 

De tarde, lanchamos os típicos e famosos churros com chocolate que não tem nada a ver com os que se comem por aqui, e os mais deliciosos são servidos no Café Iacobus: a dica foi-me dada pela funcionária de uma pastelaria cujo nome esqueci, mas ao mencionar em conversa o valor que dá aos doces caseiros, pensei logo que era a pessoa certa para me dizer onde encontraríamos os melhores churros. Confesso que se por acaso passássemos em frente daquele estabelecimento nunca na vida lá entraríamos, e porém, tanto os churros como o chocolate quente são deliciosos. Aconselho.

Foi um passeio que valeu muito a pena. Afinal, Santiago de Compostela fica a pouco mais de 2 horas e pico de viagem, acho que não demoraremos muito a lá voltar. 


segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Natal todos os dias

 Eu sei que a época natalícia pode ser stressante e deixar-nos muito assoberbados, sobretudo para quem organiza o Natal em casa, mas tem tantas coisas boas! 

Obviamente que há um aspecto material que não pode ser descurado nesta época, fazer a decoração da casa, pensar em quem queremos agraciar com os nossos presentes, e depois comprá-los, a mercearia para preparar as refeições, e mais isto e aquilo, e gerir o orçamento para tudo isto pode ser efectivamente desafiante, mas tentar encontrar também nestas actividades alguma tranquilidade e se possível alegria, é o desejável. E depois, há o outro lado...

Parece que o mundo inteiro, pelo menos o nosso mundo, começa a entrar lentamente em pausa, o foco a dirigir-se para coisas mais bonitas, alegres, amorosas, elevando nosso espírito e mudando a nossa vibração. Entramos num estado de mais empatia, compreensão e amor. E nesse estado passamos a fazer todas as coisas que são mais "aborrecidas" com mais paciência, e tolerância. Até incluímos quem habitualmente excluímos, como os menos afortunados. 

Os menos positivos costumam responder-me: E de que adianta?! Passa o Natal e volta tudo ao de antes! E eu respondo: Depende de ti, faz a tua parte sempre. Porque a verdade é que nos focamos muito no colectivo, retirando-nos da equação, quando de facto nós fazemos parte dela, nós somos a solução. Portanto, podemos não conseguir acabar com a fome no mundo, mas se a pudermos mitigar em alguém próximo de nós, já é tudo o que podemos fazer, e estamos a fazer.

A maioria de nós reclama demais sem noção de quão privilegiados somos. O desafio é mudar o foco para um estado interno que sinta gratidão, e desse sítio partir para o exterior. Fará toda a diferença. O Natal vem a cada ano trazer-nos outra oportunidade de sermos e fazermos melhor. Como não vivê-lo com alegria?!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Tendências em árvores de Natal

 

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Tradicionalmente, hoje é dia de montar a árvore de Natal. É isto que, realmente, dá o ponto de partida e countdown para o Natal. Cá em casa não tem havido grandes variações, mas notei que a decoração das árvores está a ser também alvo de modas.

Nos últimos anos a tendência era manter um tema, tudo bolas vermelhas, tudo bonecos-de-neve, tudo chupa-chupas, e etc. , e confesso que a criação de um tema me agradou por lhe dar um certa harmonia, que era alcançada muito facilmente, o que também me agradava pela praticidade. Porém, surgem agora sinais de que essa tendência está a mudar, e começam a aparecer árvores que me fazem lembrar muito as da minha infância, seja pela diversidade decorativa, seja pela profusão. Assim pró Kitsch

Serão menos fáceis de montar mas, convenhamos, têm vários aspectos positivos! Desde logo é aquele tipo de árvore de Natal que sendo mais difícil de identificar, requer uma observação mais demorada, em cada objecto e detalhe, provocando comentários e conversas; é também depositária de uma colecção crescente, há sempre um enfeite bonito ou com alusão significativa que justifica a compra e que traz novidade a cada Natal; e cada enfeite conta uma pequena história, lembra o sítio onde foi comprado, ou a ocasião que o originou; é também uma árvore em arranjo permanente, cada membro da família vem e dá um toque seu, trocando este ou aquele enfeite de sítio, para lhe dar mais ou menos destaque. Por fim, é uma árvore mais amiga do ambiente, por ser feita de acumulação através dos anos, e não de descarte e substituição. 

A solução para evitar o descarte do que temos, é guardá-lo e ir misturando com algo novo que se adquire, ou trocar alguns enfeites nas plataformas de venda ou feiras de velharias, onde aparecem decorações vintage únicas, que remetem para a nossa infância e nos provocam uma certa nostalgia, tão aliás própria a esta época do ano.  

E que os jogos -natalícios- comecem! 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Eu não vou esperar

 Vocês não sabem as vezes que eu fiz ou disse algo com que ninguém concordou. As vezes em que eu estive sozinha com as minhas decisões. Para mais tarde, meses, anos, haver alguém a concordar comigo, a fazer como eu. 

Vocês não sabem de mim mas sabem das vezes que aconteceu convosco. E cada vez serviu para refrear ou seguir em frente? Não é fácil avançar em solidão. 

Fazer uma retrospectiva e ver o que se seguiu, só me prova que eu não tenho de esperar por ninguém. Que cada um tem o seu tempo, e está tudo certo. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Leite-Creme Vegetariano



Foi no GAO, há cerca de 1 ano talvez,  que eu e a Letícia nos deleitamos ( muito adequado este verbo!) com um leite-Creme excepcional, e que pela primeira vez fez jus ao original. Só que para nós, agora, melhor ainda. E desde então fiz algumas tentativas para o recriar. Objectivo alcançado! 

Apresento-vos, como muita  alegria e gosto, a receita perfeita. 




Leite-Creme Vegetariano (serve 4 doses)

Ingredientes:

1/2 lt de leite vegetal (usei de aveia)

Raspa de meio limão bio

2 c.sopa de Maizena

3 C.sopa de açúcar

1 c.café de aroma de baunilha

1 c. Sopa de preparado vegan de ovo (comprei no Lidl)

ou 1 pitada de cúrcuma


Como fazer:

Aquecer o leite-vegetal com a raspa do meio limão.

Juntar todos os ingredientes secos numa taça, acrescentar em fio parte do leite-vegetal, batendo de imediato com o fouet, essa mistura; verter tudo para o fervedor onde está o restante leite-vegetal, acrescentar o aroma de baunilha, envolver tudo, e deixar ferver em lume médio, mexendo sempre, até engrossar. Este passo é muito rápido. 

Verter para uma taça, polvilhar com açúcar e queimar. 

Et voliá! De comer e chorar por mais. Mas não vale a pena, é só voltar a fazer ;) 

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Ninho

Os meus filhos adoram vir a casa aos fins-de-semana, aliás, se por algum motivo as aulas de sexta-feira forem canceladas ou adiadas antecipam de imediato a vinda. E a verdade é que eu gosto que venham. Não que estejam mal fora de casa, não, também se sentem muito bem na outra casa, e eu também gosto muito disso, mas adoram voltar a casa,  aos seus quartos, às suas coisas, aos gatos, às comidinhas "da hora", como eles referem, ao aconchego do lar, porque aqui é que continua a ser lar. 

Porém, nada disso seria apreciado e nem por isso apenas voltariam se não fosse a atmosfera que vivem em casa como família. É a família que faz o lar, e por isso esse pode ser em qualquer sítio. 

Por ser tão normal para nós que assim seja, quando os meus filhos me contam que este ou aquele amigo passa semanas sem ir a casa, ou que vai num dia e volta no outro, sinto uma grande pena porque isso me revela um desligamento familiar. O Duarte tem até um amigo muito próximo que já comentou: Quando começar a trabalhar vou para longe, e vou ser daqueles que vai visitar os pais 2 vezes no ano, no Natal e nas férias". E ao meu "Ai, que pena...!" tão consternado, responde o Duarte: Não me admira, a mãe dele não fala, só berra! Parece que quando jogam ouvem a mãe dele, como ruído de fundo. E eu também compreendo que não se tenha vontade de regressar a uma casa onde não nos falam com voz calma, mesmo quando reclamam, ou que reclamam muito, haverá assim tanta coisa errada para fazer zangar?! Até pode haver, quando os pais exigem perfeição dos filhos, quando nada os contenta, quando continuamente elevam a fasquia, quando não gostam de passar tempo com os filhos, de conversar com eles e saber como decorreu a semana; quando não abraçam, não aconchegam os cobertores, e dão beijinho de boa-noite. 

Há anos que eu digo que a intimidade com os filhos se constrói desde o início, desde muito cedo. E se faz com presença, amor, assertividade e justiça. Se não se constrói essa ligação na infância, torna-se muito difícil recuperá-la, e creio que tanto pais como filhos, por nunca terem vivido outra coisa, acham tudo normal e não enxergam sequer necessidade de mudanças, de melhorias. Fica apenas o sentimento, o desligamento, uma certa indiferença, até um certo desconforto e mau-estar, por isso começam a evitar as idas a casa.

Na minha geração ainda existia aquela expressão "enquanto estiveres debaixo do meu telhado...", embora eu nunca a tenha ouvido, sempre a achei horrível, era uma ameaça e um aviso: esta casa é minha! Logo não é tua. 

É tão bom sentir que existe um sítio no mundo que é garantidamente nosso! Onde somos bem-vindos, acolhidos, protegidos, em caso de necessidade. Mesmo quando saímos definitivamente de casa, para construir a nossa, com a crença de que será para sempre. É tão reconfortante saber que existe um porto-seguro, não importa o quê.

Eu já disse aos meus filhos que enquanto eu tiver casa também será deles, a entrada é franca, serão sempre recebidos de braços abertos. Isto também é amor incondicional.

Lamento imenso que muitos filhos não possam sentir o mesmo que os meus sentem. Tenho a impressão que de que já sofrem uma espécie de orfandade, em vida dos progenitores. Acho tudo isso um desperdício e muito triste, para ambas as partes. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Mudança de vida!


Ela era advogada, o marido agricultor, e aos poucos ela compreendeu que era mais feliz a trabalhar na terra do que exercendo advocacia, até que deixou mesmo o escritório. 
Construíram um estilo de vida em que o contacto com a natureza, a família, e a simplicidade primam e inspiram. As partilhas sobre construção, criação de animais ( não comem as galinhas, só os ovos!), cultivo de alimentos, receitas e reflexões são a constante deste vlog. 
Adoro estas reviravoltas na vida! 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A torto e a direito

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Esquerda e direita unidas na alteração da Constituição, quando a constituição portuguesa é reconhecida pelos legisladores como praticamente perfeita, e uma das melhores do mundo. Dá que pensar, não dá? 

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Dica de Leitura - Só o Amor é real

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Já tinha lido 2 livros deste autor, portanto sabia de antemão o tipo de leitura que seria este, mas não resisti quando vi o livro tão baratinho na Feira de Velharias, para mais quase novo. 

O Dr. Brian Weiss é um psiquiatra americano, conhecido e bem conceituado, e às páginas tantas deparou-se com uma paciente que lhe pôs o seu mundo de pernas para o ar. Ao fazer-lhe um tratamento de hipnose a paciente recuou não para a infância, ou qualquer momento da vida que lhe tinha causado o trauma, mas para séculos atrás. Após a perplexidade, prosseguiu o tratamento, e investigação, que lhe permitiu comprovar a veracidade dos factos relatos em hipnose. Como conclusão, o Dr.Brian Weiss convenceu-se de que muitas patologias e traumas são causados em vidas passadas, e aí devem ser tratadas. Escreveu um livro a relatar todo o processo pioneiro dessa paciente, e publicou-o a suas expensas, com muito receio da reacção dos seus pares, que já antevia, não seria a melhor. E não foi, teve imensos problemas, porque estas questões ainda são vistas pelo núcleo duro da ciência como charlatanice, embora cada vez menos, pelo menos actualmente.

O facto é que muitos pacientes se seguiram, muitos casos foram tratados desta forma, com registos e investigação, e sobretudo com resultados bem sucedidos. O livro também se revelou um sucesso, e não faltaram editoras interessadas em publicá-lo posteriormente. 

Este livro relata diversos casos de pacientes do Dr. Brian Weiss, dentre os quais dois se destacam, que vão sendo relatados ao longo dos capítulos de forma intermitente, e cujo desfecho, para mim que já não sou novata neste tipo de leitura, foi bastante previsível, mas que comprova, mais uma vez, a teoria do psiquiatra: temos problemas, pendências, fobias, traumas que ficaram por resolver lá atrás, e que precisam de ser resgatados para serem tratados, e nos libertarmos deles para sermos mais saudáveis, mais tranquilos e felizes.  


Título: Só o Amor é Real

Autor: Brian Weiss

Editora: Pergaminho

Nr de págs: 232

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Meditação - Um hábito Saudável

A meditação, para mim, tem sido muito desafiante, ao longo do tempo tenho tentado incluí-la no meu quotidiano, através da prática que julgava ser mais apropriada para mim, que é o foco no momento, foco no acto que estou a executar, porque sentar-me e fazer uma meditação era algo que descartava à partida. Porém, como constato constantemente, há um tempo para tudo, e esse tempo chegou no início do Outono, com uma prática meditativa mais conforme, e ao fazer essa prática diária comecei a notar que é um gosto que se enraíza e desenvolve, e dou comigo a ansiar pelo momento da meditação, e até a repeti-lo.

Há diversas meditações no YT, por vezes entre tanta escolha até nos perdemos, tenho feito, dentre outras, a prática da Letícia, que aconselho. 

Os benefícios da Meditação são diversos, veja aqui quais, e a própria Ciência já o confirma. 

Vou simplesmente partilhar o texto que recebi do Lotus Yoga Studio, e a própria ligação para a prática, que desafio a testar.

"Meditação? Sim, por favor!

Cada vez se fala mais sobre a meditação. Livros, podcasts, entrevistas, artistas, professores, empresários, até mesmo na mesa do café ao lado ouve-se falar sobre a tal da meditação. Realmente numa sociedade com tanta informação e solicitação, desenvolver a capacidade de parar e observar é um verdadeiro luxo.

Acredito que num futuro breve o hábito de meditar se torne tão importante quanto escovar os dentes e seja utilizado como higiene mental.

A meditação faz parte do yoga. É a última técnica ensinada na escritura do Yoga Clássico - Yoga Sutra; então toda a prática de posturas, respiratórios, descontrações, purificações, cânticos tudo na verdade é feito para preparar e conduzir para a meditação.

Esta é a mais poderosa ferramenta que o yoga traz. É o momento no qual a verdadeira transformação se processa, pois o praticante é conduzido a experimentar através da vivência, a capacidade de observar e reconhecer-se além da mente. Esse processo é altamente desafiador, pois a mente é muito poderosa e facilmente entra-se no condicionamento da distração ou do julgamento dos processos mentais.

Além do descanso para a mente, prática de sentar-se para meditar traz-nos um grande reforço do poder pessoal. Isso acontece porque ao escolher para onde direcionar o foco da atenção estamos contrariando um impulso de distração, curiosidade ou julgamento. Assim a cada instante, a cada respiração, estamos reforçando a força da nossa vontade - no yoga esse esforço sobre si próprio é chamado de tapas, e é uma das principais características do comportamento yogi.

É com grande alegria que constato que o nosso grupo de meditantes está se tornando cada vez mais sólido e consistente! A cada prática percebo que os alunos estão mais confiantes e confortáveis com o processo.

Como nem todos podem juntar-se às aulas de meditação, gravei uma prática de 20 min para que possam fazer em casa :) espero que gostem.

Um beijinho e boas práticas!

Letícia"


Prática de Meditação

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Instantes

Num repente percebi que não havia vozes em casa, nenhum gato miava, dos vizinhos não vinha qualquer barulho, as máquinas das obras na rua tinham parado; notei o silêncio com felicidade, quando o ruído do motor do frigorífico parou. Por um instante o silencio foi absoluto. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Dez refeições para as crianças cozinharem!


Estava mais saborosa do que a foto. Mea culpa, não do Duarte! 

Tenho em rascunho imensos posts que por um motivo ou outro vão ficando em fim de lista, normalmente é porque outro vem mais a propósito, e acontece que há muitos que me esqueço de repescar. Foi o caso deste, de 17 de Junho de 2013, acreditam?!

Na época, com 12 anos, o Duarte começou a interessar-se pela cozinha e queria aprender a cozinhar algumas coisas, eu chamava-o para aquelas que me pareciam mais simples, como esta carbonara. 
Convém dar assistência, sobretudo no que envolve facas, fogão, e verter águas ferventes, ensinando sempre a ter muito cuidado. 
Para descascar ensinei os meus filhos a usarem o descascador, mais seguro, e para cortar sempre apoiando os legumes na tábua de madeira, nunca na mão! 

Carbonara
Ingredientes:
240 gr de massa esparguete (60 gr por pessoa) 
1 pacote de natas
1 embalagem de bacon ou fatia grossa de fiambre, cortada aos cubos
1 dente de alho picadinho
1 ovo
sal e pimenta a gosto
queijo parmesão q.b.

Como fazer:
Pôr a massa a cozer com bastante água e sal. 
Numa caçarola anti-aderente saltear o alho e o bacon ligeiramente (a gordura derrete e não precisa de óleo, no caso do fiambre já precisa de um fio de azeite), juntar-lhe o esparguete cozido, envolver, acrescentar as natas, envolver novamente, juntar algum queijo,temperar com pimenta, e por fim, abrir um ovo e mexer delicadamente, envolvendo tudo. 
Acompanhar com o queijo parmesão ralado para quem quiser acrescentar mais. 

Então, segue a lista com ideias de 10 pratos simples para as crianças cozinharem:

1º Carbonara

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

De uma vivenda para a vida de sonho


Depois de perder tudo num tremor de terra, esta senhora mudou da Nova Zelândia para a Austrália, com uma mala e 300$! Como eu admiro estas pessoas...
Seis anos depois conseguiu construir esta mini-casa, após reflexão sobre o que realmente se precisa para viver. E afinal, é tão pouco. 
E assim vive num local paradísico, sentindo que vive a vida que deveria viver mas antes não ousava. 
Por vezes a vida dá-nos um abanão, não para nos atirar ao chão, só para nos fazer mudar de via! 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

As crianças no passeio

Via

Vão ali duas crianças a correr,

e são pequenas e felizes.

Vão a saltar pelas folhas molhadas, os petizes.

Num intervalo da chuva ainda sentem as gotas cair;

enquanto correm vão a cantar e a rir.

O pai caminha à frente em passo célere.

Num jogo divertido que

que ninguém protele!

Os dias chuvosos têm momentos assim,

de uma diversão simples sem fim.

É preciso vê-los e os agarrar,

só os adultos os podem falhar.

Vão ali duas crianças, muito contentes,

parecem gigantes em forma de gente.

Regresso com elas a outro tempo,

inspiro-me nelas para o  presente. 

Oh que alegria neste quadro feliz

em que tudo é perfeito mas ninguém o diz.

É um sentimento a ribombar

Nos corações daquele feliz par. 


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Panqueca de banana e maracujá Vegan

 



Proporciona um lanche muito nutritivo e satisfatório. Com um chá a acompanhar...hummm, delicioso!

Panqueca de Banana e maracujá vegan

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 c.sobremesa de bicarbonato de sódio
pitada de sal marinho
1 banana bem madura
1 chávena de leite vegetal
1/2 xícara de água
2 c.sopa de óleo de coco ou vegetal

Como fazer:
Numa taça misturar os ingredientes secos e envolver, juntar os ingredientes líquidos e voltar a envolver bem, acrescentar a banana esmagada com um garfo. Deixar repousar 10 minutos. 
Verter com uma concha da sopa para sertã untada, deixar cozer em lume médio, virar para o outro lado.
Acompanhar com iogurte de baunilha vegetal, e um maracujá. Ou dois, porque fazem a toda a diferença.  
Gosto do maracujá fresco por cima, o sabor é mais intenso. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Nós, no yoga



Foi no yoga, que prega a não competitividade, que me apercebi que sou competitiva. Em vez de me focar unicamente em mim às paginas tantas já estava a controlar os outros, a ver se alguém se desequilibrava, se alguém conseguia fazer um asana que eu não consegui, se fazia mais ou melhor. E ficava muito satisfeita quando achava que era eu a ir à frente. 

O que pensava, por exemplo, quando tentava manter um asana de equilíbrio era "Permanece, Fernanda, equilíbrio e força, tu consegues!". Enquanto controlava pelo canto do olho se me estava a sair bem, relativamente aos outros. 

O curioso é que não ficava contente quando as minhas colegas se desequilibravam. O que aconteceu numa das últimas aulas foi que de repente, o meu cérebro não pensou em mim, pensou em nós, e a frase que ouvi foi "Vamos, força e foco, vamos conseguir". E surpreendi-me comigo mesma, senti-me satisfeita. Aquilo é que fazia sentido!

Alguém se desequilibrou, mas não interessa, da próxima será melhor, agora já sei que é este o caminho.  

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Realidades diferentes em simultâneo

Eu posso viver no mesmo país, até na mesma região e viver uma realidade muito diferente de outra pessoa, sobre o mesmo assunto. Por exemplo, estavam as minhas colegas a comentar como dantes tinham que pagar os manuais dos filhos, que era muito dinheiro no início do ano escolar, e diferentes manuais para cada filho, e que actualmente os livros serem oferecidos pelo Estado era uma ajuda enorme, quando eu apresentei a minha versão: - Pois eu, comprei unicamente os manuais para o Duarte, dele passaram para a Letícia, e dela para o meu sobrinho mais velho,e deste para o meu sobrinho mais novo. Ainda esqueci de acrescentar que do último, os manuais iam também para a menina, vizinha dele, que andava um ano abaixo. 

- Ah, pois, mas os manuais mudavam todos os anos! Nem para o meu outro filho davam. Retorquíram. 

- As escolas eram obrigadas a manter o mesmo manual cerca de 4 anos. Calhou dos manuais do Duarte serem escolhidos no ano em que iniciava novo ciclo, e assim se prolongava por toda a família. 

Verdade que era um dinheirão mas quando pensávamos como iam ser aproveitados, sentíamo-nos recompensados. 

Efectivamente, nem todos tiveram esta sorte, mas nós tivemos, essa foi a nossa realidade. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Tipo liras italianas...

Já no aeroporto, diz a minha irmã, exibindo uma nota de alguns zeros: acho que a vou gastar no freeshop, afinal para que hei-de levá-la para casa? 

Depois de 2 voltas pela loja para encontrar algo adequado, dentro do gosto e valor, acabou por se decidir por uma chiclete. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Férias em Budapeste



E já faz 1 mês que estivemos de férias em Budapeste, sem que eu partilhe aqui a experiência. As fotos eram o motivo, tinha que as descarregar e estarem repartidas entre a máquina fotográfica e o telemóvel só complicava, pelo que vou somente publicar as da máquina, para finalmente deixar este registo. 


Budapeste estava na minha lista já há alguns anos, mas depois do meu amigo Marijan ter feito um comentário sobre os húngaros, acho que perdi a pressa. Ele tinha razão, constatei agora. Porém, era um destino que entre 5 pessoas gerou consenso. Foi também programado em cima do joelho, porque eu queria viajar nas condições habituais de conforto e liberdade, e viajar com um pano na cara para mim seria extremamente difícil. De forma que foi perfeito, tudo como dantes.
 
Alugamos um apartamento no centro de Budapeste, em Peste, a parte mais turística da cidade bi-partida pelo rio Danúbio, quase em frente à Roda Gigante, de onde se podia visitar o que de melhor a capital da Hungria tem, caminhando. Um prédio antigo, de luxo no seu tempo, com apartamentos reduzidos, muito provavelmente na era comunista. Habitado por nacionais, como eu gosto.
 
Na primeira manhã, levantamo-nos bem cedo e fomos ao supermercado mais próximo comprar tudo o que era necessário para o pequeno-almoço, e logo pelo trajecto, o que mais nos chocou foi a quantidade de sem-abrigos. Nunca me consegui habituar a essa realidade, e a não os ver. Estava tudo muito sujo, os passeios, as esplanadas, as mesas e cadeiras. A primeira impressão, olhando para baixo, não foi positiva, mas bastava levantar o olhar e ver aqueles prédios burgueses do séc.XIX para nos deslumbrarmos!
 
No primeiro dia caminhamos cerca de 20 kms! Uma loucura, eu sei, suponho que a nossa ânsia de viagens estava ao rubro, com vontade de descobrir uma cidade nova, depois acalmamos, porque ninguém aguenta o ritmo, e andamos bastante de metro e autocarro, os transportes públicos são aliás bastante económicos e frequentes, assim como os táxis. Visitamos apenas o exterior, caminhamos ao longo do Danúbio, tiramos fotos, sentamo-nos a admirar a paisagem, a trocar impressões, um pouco à aventura, para sentirmos o pulso da cidade. 

Nos dias seguintes fizemos as visitas aos locais da praxe: 
1º O Parlamento ( Top!)
2º Basílica de Santo Estêvão (belíssima, a minha 2ª visita favorita) 
3º Palácio Gresham
4º Ópera
5ª Castelo Buda
6º Ilha Margarida 
7º Praça dos Heróis
8º Ponte da Liberdade
9º Bastião dos Pescadores
10º Grande Sinagoga Central e bairro judeu
11º Castelo Vajdahunyad e Parque da Cidade
12º Mercado Central de Budapeste 
13º Casa da Música (que a Letícia adorou pelo projecto arquitectónico)
14º Museu de Belas Artes
15º Memorial dos Sapatos
16º Bares decadentes (sugestão da Letícia, muito interessante e diferente)
17º Citadela na Colina Gellert ( panorâmica) 
18º Metro que vai da Vörösmaty tér ao Parque da Cidade Városliget, pela estação antiga fim séc.XIX, que reclamam a mais antiga do mundo. 

Não fizemos um cruzeiro no Danúbio porque perdemos o horário no dia pretendido, e foi sendo adiado, mas creio valer muito a pena. A visita às Termas também é muito indicada mas não foi de todo do nosso interesse. 

Parlamento Húngaro

De todos os locais, o Parlamento húngaro foi o meu preferido, uma verdadeira obra-prima, vimos o render da guarda à coroa, mas infelizmente perdemos a explicação de tudo, dado que aquela era uma visita para russos, a única que tinha ainda disponibilidade para a nossa semana. Portanto, comprar bilhetes online com uma certa antecedência parece-me um bom conselho. 
Não éramos os únicos forasteiros entre os russos, outras nacionalidade se tinham juntado, muito provavelmente devido à mesma razão. 

O húngaro é uma língua absolutamente incompreensível, mas quase todos falam inglês, pelo menos as gerações mais novas. Achei a geração mais velha bastante fechada, certamente ainda ferida pelo regime comunista.
No geral, a população não prima pela simpatia, mas são correctos.
É uma cidade com uma intensa vida nocturna, todos os dias da semana, com uma população muito jovem, imensos estrangeiros (não fazia ideia que fosse destino tão popular entre eles), mas também nacionais.  
 
Muitos dos belíssimos edifícios estão ainda em mau estado, a necessitarem renovação urgente, a negligência dos "camaradas" relativamente aos símbolos da burguesia é outra das heranças negativas. Porém, dá para entender porque Budapeste é também apelidada como A Paris do Leste. 

Realmente, fazer as refeições todas fora não é mesmo para nós, depois de 2 dias já só desejávamos uma simples sopa! Na falta de varinha mágica, cortei os legumes e tofu em quadradinhos, cozi com algumas massinhas, e acompanhamos com fatias de pão francês torrado com azeite, e um copo de vinho húngaro (que mais parecia refresco...), e soube-nos como um banquete. 
A restauração não é propriamente económica, assim como os produtos no supermercado. Peixe fresco não existe, pouco congelado, e a carne muito cara, a minha irmã pagou 20€ por 2 bifes para o meu sobrinho. Mas vinha um embrulho que parecia um presente, lá isso era! 
Ficamos com a impressão de que o custo de vida para os húngaros deveria ser um desafio, sendo o vencimento mínimo cerca de 540€. 

Francamente, uma semana para Budapeste é excessivo, um fim-de-semana prolongado basta. Portanto, aproveitamos e demos um salto a Viena, a Letícia, obviamente, já não se lembrava de nada, uma viagem de cerca de 2 horas que se fez bem, sair muito cedo e voltar no ultimo comboio, que saiu de lá pelas 22h, deu perfeitamente para visitar O Belvedere Palace e o Schoenbrunn Palace, e ainda deambular pelo centro da capital austríaca. Para nosso espanto, lá ainda usavam máscara nos transportes públicos, segundo me disse um jovem, com toda a razão: "era uma estupidez, porque em mais nenhum lado é requerido". 
A diferença entre os dois países é notória, um mais rico, mais limpo, mais cosmopolita.

Para nossa surpresa, em Budapeste também fazem uns espectáculos de rua aos domingos, com palco montado, ao estilo de qualquer coisa como "bom dia Portugal" ou lá o que é, só que em vez dos insuportáveis "pimbas", apresentam cantores de ópera e músicos à séria! O público cantava e dançava também, animados, via-se que são admiradores genuínos da boa música. Nesse sentido, um povo muito bem educado, e com melhor gosto do que o nosso. Delicioso de ver e ouvir!

No computo geral, gostamos imenso destes dias de férias, sem dúvida de que regressamos mentalmente revigorados e inspirados.

Recolhemos a informação para a visita em blogues de viagens, pessoalmente, gosto muito do VagaMundos

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Boa-educação

Espantou-me a quantidade de pessoas a comentar um post no FB que elogiava o castigo físico para filhos ( Quando as mães criavam homens, não florzinhas de estufa") sendo a favor. Um dos argumentos mais recorrentes  era "eu também levei e estou aqui", ou " e fez-me bem" e ainda, "apanhar é mesmo o que faz falta a esta juventude mal educada".

O que eu gostava de saber, sobre estas pessoas que levaram e estão "bem" é se a relação com os pais também está bem, se é pacífica, amorosa e próxima, porque duvido. E se nesse estar "bem", estão incluídas depressões, passadas e presentes, tiques nervosos e fobias, por exemplo. 

Talvez o que faça falta a esta juventude mal educada seja amor, será que eles já pensaram nisso? Ou acompanhamento, ou até presença dos progenitores. Já pensaram nisso? 

Sendo certo que a tendência é repetir o padrão familiar, calculo que quase todos estes que apanharam e acham o resultado benéfico, tenham  aplicado a mesma fórmula aos próprios filhos, o que me faz questionar ainda: e a relação com os vossos filhos, também é boa?!  

Àqueles que levaram porrada e agora fazem diferente com os filhos, muitos parabéns, superaram-se e eles mesmos, aprenderam com a lição vivida na própria pele, fazendo agora diferente, e melhor. Porque os limites na educação dos filhos não são ensinado à força da estalada e pontapé, mas através da comunicação; não há nada que as crianças não compreendam quando devidamente explicado, e dentro do bom senso, claro, porque as crianças têm um sentido de justiça extraordinário. Podem não gostar de ouvir um "não" ( quem gosta?) mas compreendendo-o vão inevitavelmente aceitá-lo. Podem amuar, mas passa rápido. É o tempo de digerir a negação e frustração, também necessários.

Deixa-los, depressa retornam ao seu normal, sem traumas nem distanciamentos entre filhos e pais. 

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Música sacra renascentista

Liber Introitus Dominus Dixit Ad Me 

Foi um dos três maiores representantes da escola musical bracarense do Renascimento, juntamente com outros dois mestres de capela posteriores, Pero de Gamboa e Lourenço Ribeiro. Dos três é o que possui uma obra sobrevivente mais vasta, um total de 33 obras.[3] Encontra-se num manuscrito renascentista no Arquivo Distrital de Braga chamado Liber Introitus.[1] 

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