segunda-feira, 31 de maio de 2010

S.O.S. para a Família Santa Clara


(Imagem)
Ensinaram-me que a “Justiça é cega” para provar que ela é imparcial. Que a justiça é feita doa a quem doer. Porém, já há muito que deixei de acreditar nesta historinha mitológica; a justiça é cega porque é insensata.
Para se fazer Justiça é necessário ter os olhos e ouvidos bem abertos; a justiça é feita quando o mal é reparado, através de compensação ou castigo.

Há dias, ouvi o próprio bastonário da Ordem dos Advogados, Dr.Marinho Pinto, numa entrevista a propósito de um caso, declarar que a "Justiça não fazia justiça".  Falou de forma geral, não somente a respeito daquele caso. Que eu o diga, é uma coisa, que seja o bastonário e que não caia o Carmo e a Trindade, é outra. É triste, pois significa que ele sabe, todos sabem e é caso aceite.

Quando li no blogue da Bianca sobre a família Santa Clara, imediatamente me lembrei da declaração do bastonário; acontece no Brasil, onde a Justiça também não é feita.

O Mundo divide-se entre aqueles que querem que o Mundo mude e aqueles que fazem o Mundo mudar; a família Santa Clara pertence ao último grupo. Quer fazer parte dos últimos?
Então leia...

Aos leitores do Eneaotil, nunca pedi nada por aqui. Mas gostaria de fazer um barulho em relação a essa história. Peço que leiam até o final e que divulguem. Que contem a seus amigos jornalistas, que enviem esta história para os jornais, que relatem tudo o que eu contei aqui hoje, na mesa do jantar. Que compartilhem este escândalo no Google Reader, no Twitter, em listas de discussões. Que ajudem. Porque todo mundo aqui teve a oportunidade de ter uma família e sabe o quanto isto foi importante.”

Continue a ler aqui: Eneaotil. 
( A blogueira que divulga, e dá o testemunho, conhece a família Santa Clara)
Testemunhos de quem pertenceu - pertence?- à Família Santa Clara, aqui

Uma boa semana!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Receita de caracóis doces


Por uma questão de organização e disciplina impus a mim mesma, desde há muito, somente uma postagem semanal. Porém, se consigo controlar as postagens, controlar o impulso da escrita é-me completamente impossível, e por isso vou escrevendo os posts e guardando na pen. Acontece que os textos se vão acumulando, e ultimamente parece que comento constantemente em blogues que também escrevi sobre aquele assunto, mas guardei para publicar posteriormente. Entretanto, fico sem vontade de os publicar, afinal o assunto perde a originalidade, não é?
Tudo isto para dizer que vou ligar o piloto-automático e publicar os textos em stand-by, caso contrário corro o risco de chegar ao Natal ainda a falar das férias de verão.

Desta vez, uma receita que testei e aprovei ( aprovamos!) e quero partilhar. Inicialmente pareceu-me muito complicada de executar, mas estava errada. Da segunda vez que fiz, só precisei da receita para ver as quantidades. Tirei a receita do 100% Açúcar.  

Caracóis doces:

Ingredientes:
- 2 ovos;
- 240 ml leite morno;
- 100 gr de açúcar ( na receita dizia 40 gr, mas cá em casa gostamos de mais doce)
- 530 gr de farinha ( T 55 sem fermento);
- 1 c. café de sal;
- Meia saqueta de fermento de padeiro (no original indicava uma saqueta, mas eu coloco sempre metade)
- 80 de manteiga em cubos.
Preparação:
Colocar os ingredientes pela ordem indicada na MFP, o fermento por último; escolher o programa de Massa (na minha é o 8, cerca de 1h30 ).

Entretanto, prepara-se o creme pasteleiro da seguinte forma:
Ingredientes do creme pasteleiro:
- 2 gemas;
- 50  de açúcar;
- 20 gr de Maizena;
- 250 ml de leite;
- 80 gr pepitas de chocolate, sultanas, ou amêndoa ralada ( experimentei com os três);
- 1 ovo para pincelar.

Preparação:
Bata as gemas com o açúcar até esbranquiçar. Junto a Maizena e misture ainda. Aqueça o leite numa caçarola e deite-o pouco a pouco na mistura anterior. Deite tudo para a caçarola anterior e leve ao lume a engrossar. Reserve e deixe arrefecer.

Entretanto, voltando à MFP, retire no fim do programa; amasse-a, para tirar o ar e fazendo uma bola coloque-a numa tigela polvilhada com um pouco de farinha, colocando-a no frigorífico uma hora.
No fim desse tempo, retire, divida a massa em duas metades, estenda a massa com o rolo em forma de rectângulo, polvilhando a banca de trabalho com farinha. Estenda por cima metade do creme pasteleiro e por cima polvilhe com as pepitas ou o que quiser. Faça um rolo e corte fatias com cerca de 3 cm de largura. Coloque-as num tabuleiro com papel vegetal. Cobre-se com um pano e deixa-se descansar 40 minutos à temperatura ambiente.
Fazer o mesmo procedimento com a outra metade da massa.
Pincelar os caracóis com um pincel com ovo batido. Leve a cozer em forno a cerca de 180º 15 minutos.

São deliciosos ainda mornos, continuam muito bons frios e podem ainda congelar-se, para improvisar um lanche.

Bom apetite!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Campeonato dos mini. Que são mega!


Casei com um homem que não gosta de futebol e não é pura coincidência que o nosso filho também não goste. Nunca gostei deste desporto, e muito menos do interesse exacerbado que parece despertar na população; não compreendo as “notícias” de futebol nas Notícias da tv, que frequentemente antecedem informações verdadeiramente importantes. Nem compreendo o fervor com que os adeptos acompanham os jogadores. Também não compreendo os salários, prémios e contractos absurdamente milionários, celebrados entre clubes, jogadores e empresários.

Seria de estranhar, por isso, que eu nunca tivesse assistido a um jogo de futebol?! Não, pois não? Absolutamente coerente.

No entanto, li ou ouvi algures, alguém dizer que todos deveríamos pelo menos uma vez na vida, assistir a um jogo de futebol ao vivo. Que o espectáculo, o ambiente, os nervos, se tornam contagiantes e entusiasmantes.

Pelo menos uma vez na vida, parece-me bem.
E que essa primeira vez seja para ver um sobrinho, parece-me melhor ainda. Ontem foi a minha estreia, no último jogo do campeonato internacional de minis, com a equipa do meu sobrinho, de 6 anos, na semi-final, a disputar o primeiro lugar.

Já sei o que são treinadores de bancada; todos sabem melhor do que o treinador. E já sei como se portam as mães a dar ânimo aos filhos, em campo; energia pura, transmitida pelo fio umbilical imaginário.

Adorei ver os pequeninos, exaustos pela maratona de jogos do fim-de-semana, empenhados até ao final do jogo. E vibrei com a alegria deles, quando desfilaram, sentindo-se as próprias estrelas do céu. Lembrei-me do meu tio-avô  ( tio-bisavô do Gonçalo), jogador do Sporting Clube de Braga, num tempo em que se jogava verdadeiramente por amor à camisola. Quando os próprios jogadores, pagavam as chuteiras e equipamento dos seus bolsos.
Aquele é que deveria ser o verdadeiro espírito do desporto e eu revi isso, hoje, no jogo dos mini. Em tamanho, porque em atitude, eles são dos GRANDES.

Parabéns Gonçalo, brilhaste e quem estava lá viu!
(Este texto é dedicado ao meu sobrinho, que não gosta de perder nem a feijões.)

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A arte é subjectiva

E muito particular. Há autores que dizem: - Eu escrevi / produzi, agora cada um que interprete como entender.O meu trabalho acaba aí.
Há outros que dizem o contrário: - Não, eu quis dizer "isto" e é isso mesmo que significa.

Prefiro a liberdade interpretativa dos  primeiros.

Recordo-me dos professores de Língua Portuguesa que tive, e daqueles que me revoltaram profundamente por não aceitarem a minha interpretação na poesia. Como eu me sentia impotente e injustiçada perante aquela atitude redutora.  Desde logo, eu soube que um dia, sendo professora seria diferente.

Há professores que ensinam a reflectir – os bons professores e os outros, que obrigam a memorizar.

Quando a Letícia me mostrou esta escultura feita com um resto de massa quebrada eu achei-a muito bonita e pensei que já a conhecia de algum lado.
Lembrei-me da escultura pagã da Mãe-terra:


Mas não.
- É o pai. – Diz-me a autora.
-Aaaahhhh.... Digo eu.

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Para onde vão as abelhas?!


Sempre achei fascinante e misteriosa a história das abelhas; em criança costumava imaginar como seria a vida dentro da colmeia, pois sabia que era uma sociedade inusitadamente organizada. E como eu, suponho que muitas mais pessoas e crianças se apaixonaram por elas, tendo em conta o sucesso que a série animada “Abelha Maia” teve e tem até hoje. De certa forma, através desses desenhos animados ficamos a saber um pouco mais sobre a vida destes insectos maravilhosos.

Em 2009 fui ao cinema, com as crianças, ver “História de uma abelha”; sinceramente, na altura achei o filme muito decepcionante, MAS….ele abordava  algo muito importante, que hoje relembrando acho de facto perturbador: As abelhas desaparecem e o Mundo muda, torna-se cinzento, triste, agonizante.

Porque é preocupante? Porque actualmente está a acontecer o despovoamento total das colmeias domésticas, não se encontrando os cadáveres das abelhas nas proximidades, nem existência de predadores.

Os investigadores e apicultores não sabem exactamente a que se deve esta vaga de extinções; aventuram-se em diversas teorias, como a poluição (uso de pesticidas), radiação transmitida pelas antenas dos telemóveis, que interferem com as antenas das abelhas fazendo-as perder a orientação da colmeia, aos produtos transgénicos através do consumo de pólen de milho, um micróbio novo. Ao certo ignora-se.

Ao certo sabemos somente que é grave, elas são polinizadoras naturais, induzem a formação de frutos e sementes. São produtoras de mel. O próprio Einstein deixou-nos a seguinte frase:
"Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, ao homem apenas restam quatro anos de vida. Não há abelhas, não há polinização, não há plantas, não há animais, não há homem".
Tão simples quanto isso, o impacto do desaparecimento das abelhas no ecossistema será fatal.

Eu adoro quando encontro abelhas e borboletas no nosso jardim, mas esta Primavera tenho constatado uma ausência preocupante. O que podemos fazer para reverter a situação?
Aventurar-nos na criação de abelhas? Eles fizeram-no, e contam aqui como foi.
Ou então, plantar as flores preferidas das abelhas, como: Hibisco-Hibiscus rosa sinensis, Brinco-de-princesa – Fuchsia, Camarão vermelho – Justicia brandejeana,  Candelabro-de-ouro – Pachystachis lutea, Alegria-de-jardim – Salvia splendens, Tajetes – Tajetes patula.

É pouco, não é? O ideal seria voltarmos a ter uma vida mais simples e natural. Nada de melhor me ocorre. E rezar, para que os cientistas solucionem rapidamente este mistério.

Tenha uma óptima semana!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Gripe H1N1: Como aconteceu na Europa

No início do verão de 2009 as notícias tinham somente três assuntos em destaque: a gripe Suína, a gripeA e a gripe H1N1.  Não é estranhar que o bombardeamento constante gerasse o pânico geral. Predisseram milhões de vítimas em todo o Mundo e todos os dias, nas Notícias, iam actualizando os números um a um.

Conheço pessoas que tinham reservado férias no estrangeiro e cancelaram, indo para o Algarve, e pessoas que tinham reservas no Algarve cancelaram, ficando nas praias do Norte.

Portanto, quando dissemos à nossa família que passaríamos as férias de verão em Londres, eles inquietaram-se: - Mas vocês vão mesmo para o foco da gripe A!

De facto, em Junho, a imprensa projectava milhões de vítimas só em Inglaterra. Porém, desde cedo nós compreendemos que esta gripe não era credível. Um mega exagero da Imprensa, que não deveríamos levar em conta. Por isso fomos e voltamos, sãos como peros!

No início do Outono, a pressão sobre a população fez-se com o incentivo à vacinação, contra a gripe H1N1. Porém, à medida que o Outono e Inverno avançavam a população foi compreendendo que os números negros projectados eram absolutamente falsos, e que os doentes da gripeA se tratavam e curavam, como os da gripe sazonal. Chegamos ao ridículo de ver o nosso primeiro-ministro a tomar a vacina, na tentativa de levar os portugueses renitentes a fazê-lo também, e justificar os milhões gastos em vacinas, que serviram para nada.

Contudo, se a Imprensa exorbitou as proporções da Gripe H1N1, tinha do lado a OMS e os Governos a repetir a mesma ladainha ameaçadora. Em simultâneo, nos outros países europeus acontecia a mesma situação; as populações foram compreendendo que a pandemia era falsa e recusaram-se a tomar as vacinas. Muitos insurgiram-se contra uma vacina que não tinha tido tempo de ser testada a médio e longo prazo, e de cuja responsabilidade os laboratórios farmacêuticos estavam isentos.

Países como a França , Alemanha e  Portugal cancelaram as encomendas aos  laboratórios e tentaram vender os stocks aos países de Leste, a preços de saldos.

Entretanto, o fiasco foi tão grande que a campanha da pandemia tem sido questionada a alto nível, como por exemplo, pela Comunidade Europeia. "A ministra polaca declarou que não só se registaram menos mortes por causa do vírus H1N1 do que por causa da gripe sazonal, como os países que não fizeram campanhas de vacinação não tiveram mortalidade maior. Assim, pediu à OMS que retire o nível de alerta pandémico 6, em vigor para a gripe".

Hoje os governos confirmam que a gripe foi muito menos letal do que se imaginava inicialmente e a própria OMS afirma que o número de casos está em declínio em todo o mundo.

Estimativa de vitimas de gripe A, este Inverno: 16000 em todo o mundo,em Portugal: 122.
Vítimas de gripe comum: "A gripe sazonal mata entre 250 mil e 500 mil pessoas todos os anos em todo o mundo".

Cá em casa recusamos tomar as vacinas; mesmo as crianças abrangidas pelo plano nacional de saúde não as tomaram, como não tomam a vacina de gripe sazonal. Não é de ânimo leve. Nós, os pais,  somos os principais interessados na saúde dos nossos filhos; nós é que nos preocupamos e passamos as noites sem dormir, quando eles ficam doentes.

É simples, o nosso organismo tem defesas próprias contra as doenças, se não as deixamos actuar substituindo-as por defesas artificiais e externas as nossas defesas naturais viciam, vão diminuindo até desaparecerem por falta de necessidade.Sabe o que isso é? Dependência de fármacos.

Só posso terminar dizendo: pense por si, tenha sentido crítico, investigue e não se deixe manipular pela imprensa, Governos, médicos e amigos. Tome uma decisão em consciência, não por medo. O Inverno na Europa passou e com ele essa ameaça da Gripe A.

Quer mesmo uma vacina? Esta é natural sem efeitos colaterais:
Tenha uma dieta saudável e equilibrada.
Passe tempo com aqueles que ama.
Faça exercício.
Ria muito.
Passeie pela natureza.
Tenha um animal de estimação.
Seja optimista. Em suma, Seja feliz!


Nota:
Post sugerido pelo Celso, espero que ajude os amigos brasileiros ;)

sábado, 1 de maio de 2010

Dia da mãe: Homenagem às mulheres que optaram por não ser mães


Há alguns meses vi na tv uma reportagem sobre mulheres que optaram por não ter filhos. Apresentaram razões variadas: falta de sentido maternal, falta de tempo, dedicação prioritária à carreira, vontade de despender o dinheiro em viagens e outras coisas mais pessoais, etc.

Uma destas senhoras confessou que a partir de determinado momento, perante a insistência e incompreensão dos outros, começou a dizer que não tinha filhos, porque não podia!
Nestes casos, as pessoas calam-se. Pensam: - Coitada! Mas realmente param de tentar convencer aquela mulher de que a maternidade é imperdível. A melhor coisa do mundo.
Acreditem-me, eu compreendo-a.

- Ter ou não ter filhos?
- Seria legítimo trazer uma criança a este Mundo, tão difícil e conturbado?
- Não seria esse um acto de egoísmo supremo?
 - Não existiam já tantas crianças no Mundo?
Tempo houve em que eu me debrucei sobre estas questões. E portanto, quando me colocavam aquela famosa questão: - E filhos? Eu respondia com estas divagações, que invariavelmente resultavam na mesma resposta:
- Ah, se todos pensássemos assim ninguém tinha filhos!
- Não deveríamos antes adoptar uma criança?! Retorquia eu.
(  Na época eu achava, erradamente, que a quantidade enorme de crianças para adoptar nas Instituições se devia à falta de adoptantes. Hoje sei que os responsáveis por esse “cativeiro” são a burocracia e os juízes “crentes” nos laços sanguíneos. )
- Ah! Mas,  não quando se pode ter filhos nossos! Resumiam-me imediatamente.

Não me entendam mal, eu penso de facto que ser mãe é fantástico, mas compreendo absolutamente estas mulheres, que conscientemente optaram por não ser mães. Acho-as coerentes. E respeito-as por isso. O que já não compreendo tão bem, são as mães que se queixam das férias escolares porque têm os filhos em casa, e celebram com alegria quando as aulas recomeçam. Isto não é coerente.
Portanto, hoje, dia da Mãe, a minha homenagem vai para essas mulheres, pela coragem de assumirem que os filhos não têm lugar nas suas vidas. Por não se enganarem, nem enganarem os outros – as crianças.

Se você for uma mãe fantástica -  que gosta realmente de ser mãe - e quiser ler uma homenagem mais poética, clique aqui: lirismo imagético, garantido!

Feliz dia!