segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Yeah, sou rica!

(Imagem daqui)
Numa época de tantas interrogações, incertezas, tanta análise e xaropada de psicólogo para descobrir coisas tipo: “Como dizer não ao meu filho”, não admira que as pessoas já nem saibam a que classe pertencem! Por isso, elaborei este teste, muito simples (testes são científicos e matemáticos, por isso fidedignos). Leia e coloque à frente de cada questão: Sim- Não- Não sei.

Mora em apartamento?
É a favor da pena de morte?
Toma remédio para a depressão?
Lê livros “Best seller”?
Faz yoga ou corre?
Lê as colunas sociais?
Consome pirataria?

Resultados:
Se você respondeu “Não sei” a todas as perguntas: É pobre.
Se respondeu “Não” a todas as perguntas”: É rico.
Se respondeu “sim” a uma ou mais questões: Lamento imenso, é definitivamente...(glup, engoli em seco), coragem... classe média!

MAS, calma, nem tudo está perdido e nem sequer precisa ganhar o EuroMilhões, nem tão pouco gastar um cêntimo! Basta mudar de opinião sobre uma questão; pode ser contra a pena de morte? Óptimo, porque isso realmente é indigno do homem. No entanto, se de facto é muito fiel aos seus princípios…não faça nada e nada mude! Espere. Tenha paciência, porque mais dia menos dia a classe média vai acabar por desaparecer. Os economistas que o digam e a culpa é da crise. Ponto!

Se é pobre e quer mudar de classe, pense nisto: não vai dar para ser rico, pois não? Então classe média para quê? Perder os seus direitos e ganhar somente deveres?! Perder o rendimento mínimo, escalão A dos filhos na escola, direito a casa, ter que levantar cedo para trabalhar, pagar transportes... Não, pois não? Mau negócio.

Bom, se é rico…Palavras para quê? Por exemplo eu fiquei muda (felizmente o teclado funciona mesmo assim) com a revelação. Sou rica e nem sabia! E esta hein?

Nota: Neste texto foi usada e abusada a figura de estilo “ironia”; a ideia é parodiar um certo blogue que por sua vez “parodia” a classe média way of life. “Ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão”. Certo? Certo.

Uma boa semana!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os parvinhos da selecção

(Imagem daqui)
Há dias recebi um FW em que dizia: todos temos amigos altos, magros, gordos, divertidos, mal-humorados, nervosos, tranquilos, famosos… Alto lá!

Eu não tenho amigos famosos; no máximo, tive a certa altura uma colega que era familiar de uma pessoa conhecida e só por isso ela já tinha a mania que todos se aproximavam dela interessadamente. Na realidade eu só soube desse parentesco porque ela própria me contou, pedindo sigilo. E eu guardei segredo, talvez para decepção dela.

Realmente não tenho pachorra para famosos, para as manias de estrela, de VIP, esquisitices e má-educação. Raras são as celebridades que conseguem ter o pé no chão e levar uma vida “normal”. Tão poucos que se podem nomear: Cameron Diaz, Meryl Streep, Robbie Williams e Etc.

Recentemente vi, na televisão, os jogadores de futebol da selecção a saírem do autocarro, quando chegavam a um hotel, onde uma multidão os aguardava. Nada estranho até aqui. Os fãs aplaudiam-nos e gritava os nomes deles. Normal. Os jogadores desfilaram impassíveis, por detrás dos óculos de sol, alheados nos head-phones. Não esboçaram um sorriso, não levantaram um braço em saudação, não deram um autógrafo. Eram os próprios deuses a caminharem entre mortais! Chocante!

Sim, chocou-me que os jogadores não demonstrassem qualquer apreço e consideração por aqueles que fazem do futebol o que é! Por pessoas que ganham uma ninharia e ainda assim despendem tempo e dinheiro para verem os jogos, comprarem jornais desportivos e se deslocarem entusiasticamente, para verem a selecção chegar. Não merecem um sorriso? Uns apertos de mãos? Autógrafos?!

Esse é só mais um dos motivos pelos quais eu não gosto de futebol; não conheço desportistas tão arrogantes como estes! Ingratos. E parvinhos.

Tenha uma óptima semana, esbanjando sorrisos!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dar é melhor


Há dias, a propósito do Natal, a Letícia dizia “dar é melhor do que receber”; imediatamente eu peguei na deixa e perguntei-lhe porquê, ao que ela me respondeu: - Porque quem dá também recebe.
Assim de repente quem ouvir pode pensar que é uma forma muito interesseira de estar. Mas não é!

Pessoas há, que se queixam continuamente de que ninguém lhes dá nada, que pelo contrário só lhes acontecem situações em que são obrigadas a "dar", a pagar, a ressarcir, etc. E isto custa-lhes imenso! Se está nesta circunstância e quer mudar, dou-lhe um conselho: - Comece a dar de forma consciente e feliz! Garanto-lhe que obterá imediatamente resultados espantosos.

Na semana passada vi o passo a passo da receita de cupcakes no Doces Abobrinhas da Roberta e não resisti. Fiz os cupcakes a pensar numa amiga que anda muito triste e porque eu não posso resolver o problema dela, pude pelo menos proporcionar-lhe momentos doces.

A receita da Roberta dá para 24 cupcakes, mas para mim, de forma mágica (magia ou as minhas formas eram mais pequenas, mas eu prefiro pensar que foi pura magia!) rendeu 32! Então lembrei-me de distribuir também por outra amiga, que está apaixonada mas tem o amor dela noutro país e morre de saudades (doce também é um bom antídoto para saudade!) e pela minha vizinha florista, que um destes dias me ofereceu um ramo de verdes, para um arranjo que eu quis fazer.

Então é assim, quem nada dá, nada recebe! Eu recebi sorrisos e a sensação de ter feito gentilezas que aqueceram um pouquinho o coração de quem estava a precisar. Também é verdade que recebi um ramo de flores e uma saca da maracujás!

Ah...só mais uma coisinha, os cupcakes da Roberta são lindos e inspiradores ( os meus são de amadora!), só vendo, mesmo!

E só mais isto: já tenho janelas e o sol brilha lá fora! Mas brilha mesmo ;)

sábado, 14 de novembro de 2009

Uma neurose!

(Imagem daqui)
Tudo porque há cerca de 3 semanas estou a viver na Escandinávia! E eu sempre disse que preferia mil vezes viver num país tropical, onde o sol brilhasse sempre e o dia começasse às 6h e terminasse às 21h. Eu sabia da minha necessidade absoluta de luz natural!

Estou cansada de responder “Sinto-me exausta” a quem me pergunta como estou e nem sequer entro em detalhes para não aborrecer ninguém, mas aqui, onde quem quiser pode virar a página, vou desopilar:
- Estou cansada de ter as persianas da casa corridas dia após dia, desde há 3 semanas! Estou cansada da escuridão! Estou cansada do vento que entra sem as janelas. Estou cansada do pó de madeira.
E eu própria já me começo a sentir-me como a minha casa: sombria, fria e desconfortável!

E nem sequer posso queixar-me ao meu marido, porque já sei o que ele me responderá: - Estamos a gastar uma pipa de massa, porque tu quiseste a ainda te queixas?! (Ele tinha preferido substituir toda a caixilharia original, em madeira tropical, da casa por pvc! Eu: nunca, jamais, never! E só por isso nem me posso queixar?).

Sabe aquele tipo de pessoa muito calma, que raramente se zanga, mas que num dado momento “explode” ? Eu sou do tipo bem-disposto, sempre bem disposta, mas quando não estou, fico com uma neura gigantesca tipo cateto elevado ao quadrado da hipotenusa (claro que não faz sentido, nem vá por aí! Coisa de gente temporiamente ensandecida )!

Então é isso: estou uma neurose e só me apetece lamentar-me, queixar-me e choramingar. Ou então, fazer a mala e mudar-me para um hotel! No Hawaii!

Bom fim de semana! (Ah, viu como mesmo mal disposta consigo ser bem educada?!)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O poder dos diminutivos

Toda a gente fala no poder que o nome tem sobre a própria pessoa, mas ninguém fala no diminutivo, já pensou? No entanto esse pode até ter mais peso, se analisarmos bem a questão; quer ver?! O nome próprio é atribuído está ainda a pessoinha no ventre materno, ou então é-lhe atribuído logo após o nascimento. Mal “deu as caras”. Já o diminutivo é atribuído por razões inspiradas nos traços da personalidade do próprio. Senão vejamos, o mais comum é adicionarmos o “inha(o), Fernandinha, Aninha, Manelzinho, etc. porque obviamente tudo o que é pequenino é “queridinho”. Depois há os derivados: Dudu, Pipo, Tita,Xana, etc. E estes podem ficar pela vida afora sem causar constrangimentos.

Entretanto, outros seres vão entrando na nossa vida e vão-nos baptizando conforme aquilo que acham de nós, vou abster-me de comentar os pejorativos, mas esses já dizem muito a respeito das pessoas. Depois há os que podem ser pronunciados sem fazer corar o mencionado, como Xana, Zé, Jó, etc. E ainda há aqueles que são apenas chamados na intimidade do lar. Ou doutro espaço, mais pequeno ainda, rssss….

Eu e o meu marido temos um diminutivo; confesso que por vezes nos escapa quando estamos na presença de familiares, não que seja embaraçoso, porém não gosto quando isso acontece. Demasiado privado!

Contudo, essa fronteira entre íntimo-público é bastante elástica; o que me causa pudor é pronunciado sem constrangimentos por outros. Por exemplo, num blogue que eu gosto de ler, a blogueira chama “Esparguete” ao companheiro (será necessário dizer qual a temática do blogue?!). Só digo, ele deve ter um sentido de humor fantástico, porque esparguete…sei lá, remete para um tipo alto e magro como uma vara, sensaborão! Se eu tivesse que arranjar um para o meu marido, dentro da categoria gastronómica, acho que seria… lagosta! Sim, algo substancial, saboroso e pouco comum! (- Sem ofensa, babby!)

E você, amigo-leitor, tem diminutivo? Chama o seu parceiro(a) por outro nome? Vá lá, fale sem corar que aqui ninguém vê! Rsssss...

Tenha uma excelente semana!

domingo, 1 de novembro de 2009

Educação financeira infantil

Quem tem crianças sabe como a noção de “dinheiro”, para elas, é abstracta. Recordo divertida como os meus filhos recusavam trocar um punhado de moedas de cêntimos por uma moeda de 2 euros! Certa vez levei as moedas da Letícia para trocar na mercearia por uma nota, pensando que ela ficasse contente e só a deixei tristíssima!

Bom, a partir de determinada altura compreenderam que as moedas escuras pouco valiam, e que as notas eram as mais valiosas. O tempo encarregou-se de os fazer entender. No entanto, aprender a lidar com o dinheiro já depende dos pais. A noção de “caro” e “barato” é relativa; o que para mim pode ser caro, para outra mãe poderá ser barato ou vice-versa.

As crianças sabem que têm contas no Banco, constituídas pelo dinheiro que receberam à nascença, que será utilizado quando forem maiores de idade. Porém, desde muito pequeninos que têm mealheiros, onde guardam a mesada da avó e dinheiro que os familiares lhes vão oferecendo pelo aniversário e Natal e fazem a gestão desse dinheiro, com a nossa orientação. Quando vamos de férias eles levam sempre uma quantia para gastarem naquilo que lhes interessar. E quando querem comprar algo que nós, pais, não concordamos por qualquer razão, também podem, eventualmente, utilizar o dinheiro do mealheiro. Nessa gestão eles vão compreendendo o dinheiro que sai, o que entra, o que fica e fazem comentários preocupados ou alegres sobre o assunto. A Letícia já disse: “Eu tenho mais dinheiro do que o Duarte porque não o gasto e ele gasta”. Noção de economia adquirida com sucesso!

Há cerca de 2 semanas a Letícia quis comprar a merenda na escola; comecei por lhe dar o dinheiro certo e depois um pouco a mais. As contas que ela me apresentava ao fim do dia, de quanto tinha custado e do troco que tinha recebido, bateram sempre certo. Foi com muita satisfação que constatei a responsabilidade dela e noção adquirida de custo e troco, às custas da matemática. Novamente vi que o tempo ajuda nestas aquisições de conhecimentos.

Os nossos pequenos têm um projecto em comum; querem comprar uma PlayStation e como nós, pais, fomos muito relutantes (ok, ainda somos, mas estamos a condescender) eles tomaram a iniciativa de economizar o dinheiro necessário para a compra. De uma só assentada eles vão aprender 3 lições:

Paciência; estão a economizar há mais de um ano e certamente quando o momento chegar vão saber valorizar muito mais do que se o desejo tivesse sido satisfeito sem espera.

Economia; para comprar tiveram que economizar o dinheiro deles.

Valor do dinheiro: a Playstation custa o equivalente a um ordenado mínimo, portanto equivale a um mês de trabalho da maior parte dos trabalhadores. Isto, eles já sabem. E vão saber também que não foi fácil amealhar essa quantia!

O ditado popular diz:” De pequenino se torce o pepino”, portanto na educação da criança também faz parte a questão do dinheiro.

Texto integrante da blogagem colectiva, promovida por Cybele Meyer. Clique aqui e leia mais artigos sobre o assunto.

Tenha uma óptima semana!