sexta-feira, 29 de abril de 2022

Receita de batatas fritas no forno s.o.s.

 


Recuso-me a pagar quase 5€ por uma garrafa de óleo, não estou disposta a pactuar com semelhante abuso, e se relativamente a uma série de comidas a solução está no azeite  e óleo de côco, que eu já usava na maioria das vezes, em batatas fritas nunca testei, e nem confio que funcione. Vai daí, inovei, nada que muita gente já não fizesse antes, os que evitam fritos, por uma série de razões e não sei que mais, mas que nunca me tinha tentado antes experimentar, só que agora achei a situação assim tipo s.o.s; não pago!

Em suma, fiz, adoramos, e é para continuar! 


Batatas fritas no forno

Ingredientes:

4 batatas médias 

sal, colorau,azeite,

Como fazer:

Ligar o forno a 180º. Colocar as batatas aos palitos num recipiente, salpicar com sal e colorau, regar generosamente com azeite, envolver tudo muito bem, cuidadosamente.

Forrar um tabuleiro de forno com papel manteiga, despejar-lhe as batatas, tendo o cuidado de as espalhar muito bem, para não ficarem sobrepostas; levar a "fritar", cerca de 30, 40 minutos, depende do gosto de cada um, mais ou menos crocantes. 

Não precisa de mexer, nem de virar. 

Aprovado e aconselhado!

terça-feira, 26 de abril de 2022

Escolhas


Estávamos na mesma sala, e no momento em que eu ia dizer " As flores daquele vasos estão lindas!", a outra pessoa comentou, olhando noutra direcção: " Que desarrumação vai naquele canto!". Eu calei-me e pensei, como estando 2 pessoas no mesmo sítio, cada uma vê algo diferente. 

A diferença entre pessoas bem-dispostas e felizes, e as outras, é o foco para onde cada uma escolhe dirigir a atenção. 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Vício de jardinar


Dia em que eu não passe, pelo menos uma hora no jardim, é dia incompleto. Estou sempre a pensar quando terei um tempo livre para trabalhar nele mais um pouco. Uma hora no mínimo, senão nem vale a pena. E há sempre tanta coisa no jardim para fazer! Antes de me dedicar a ele, seriamente, achava que jardinar era comprar as plantas no horto, transplantá-las para os vasos, e regá-las.  Também pensava que a época para fazer isto, era quando o tempo estava bom, e precisamente quando as flores já tinham desabrochado. Ou seja, era sempre tarde para semear ou plantar bolbos. 

O jasmim liberta um odor maravilhoso, crescerá e será trepadeira.

Agora percebo que se jardina todo o ano, de uma estação para outra, pois o jardim de que se desfruta no momento foi trabalhado na estação anterior. Que fazer frio não é desculpa para trabalhar, e que mesmo em dias de chuva há abertas, frequentemente, que se podem aproveitar. 

Percebo agora que dedicar tempo, diariamente, ao jardim me permite acompanhar as plantas, e descobrir atempadamente uma praga que começa a notar-se, um broto que está a ser devorado por caracóis nas suas ceias nocturnas, uma planta que não se desenvolve, etc., e agir para remediar as situações; no início as pragas são mais fáceis de eliminar, até pode ser à mão, um a um, o broto pode ser protegido, por uma garrafa de água, cortada na base que funciona como redoma, e a planta estagnada pode mudar de lugar. Porque as plantas podem mudar-se de lugar, até encontrarmos aquele que mais lhe agrada, e também a nós, que era algo que eu desconhecia. 

Como eu não mato os caracóis e lesmas, tenho por vezes no jardim uma comunidade que prolifera a números preocupantes, nesses momentos apanho-os para dentro de um saco, onde já coloquei uma folha de alface, ou outro vegetal, e vou libertá-los num jardim público, que não tem flores, só relva e prado. Acho que assim ninguém sai prejudicado. No início contava-os, mas depois de 100 desisti😏

Por me ter adiantado no Inverno a plantar e semear, tenho acompanhado o crescimento das plantas e flores, e isso é outra das alegrias dos jardineiros, ver aquele pontinho verde a furar a terra, a despontar entre o solo castanho, é um momento diário que proporciona grande satisfação. Quando a dedicação dá frutos, é normal sentirmo-nos recompensados. 

Claro que há momentos de frustração, quando os bolbos não nascem de todo, por exemplo; 25% dos narcisos e tulipas que plantei não nasceram, todavia, os bolbos pareciam saudáveis.


Também me irrita sobremaneira ver que nos jardins ingleses (do Istagram) já estão todos em flor, e os meus estão ainda a rebentar, na sua maioria; mas, afinal o nosso clima não é suposto ser mais ameno e propício?! 

A propósito, tenho estado a seguir uma série inglesa dos anos 90, sobre jardins, e fico siderada, maravilhada, até embasbacada a ver aqueles jardins, bordaduras, paredes de casas e muros, tão maravilhosamente verdes, e floridos, com vasos e potes de diversos feitios e materiais, amontoados junto às portas, umas vezes muito cuidados, outras completamente selvagens, a crescerem naturalmente, com uma beleza perfeita. E as casas? De tijolo vermelho e madeira, com telhados de colmo, tectos baixos, cozinhas deliciosamente ultrapassadas, onde as modas nunca entraram, resguardando os tachos de cobre resplandecente, pendurados, os AGA poderosos, as chaleiras e bules de chá, e cancelas imperfeitas e caminhos terrosos. 

Cenários de encantar, e nunca tive tanta vontade de viajar para Inglaterra, senão agora para visitar aquela Inglaterra rural e tradicional, repleta de jardins! Mas teria de ser fora de todos os requisitos turísticos, sem pressas, para cirandar por aquelas vilas e aldeias sem restrições. É curioso dizer isso, agora, "sem restrições"...  

Por vezes, volto atrás e revejo a cena, uma, duas, três vezes, para admirar aqueles cantos que são cenários para a história que se conta, e que me importa realmente menos. A série é MidSummer Murders😁, e sim, só os jardins e as casas me interessam ali. 

Acompanho no YT jardineiros, leio livros sobre o assunto, e sigo no Pinterest uma série de quadros inspiradores; tornei-me num caso sério da jardinagem. Nunca pensei, mas a jardinagem é uma actividade tão compensadora, e até terapêutica, pois o tempo que se passa nela é de enraizamento, de foco, de meditação e ligação à natureza. Até nos momentos em que descubro um insecto que nunca vi antes, em volta de uma planta nova, me deixa maravilhada, para não mencionar as abelhas, que amo de paixão, e adoro vê-las e ouvi-las, no meu jardim. 

Se ainda não se renderam a esta actividade, aconselho a que experimentem; comecem por comprar sementes e usar vasos. Uma varanda serve, não havendo espaço. Verão quão rápida é a recompensa, e o gosto rapidamente cresce, por um passatempo que tem tudo de benéfico.   

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Receita de Pão sem Glúten

 


Por diversas razões a Letícia quis começar a comer pão sem glúten, e se bem que inicialmente pensei que isto não duraria muito, porque sinceramente, o pão sem glúten não é de todo do agrado dos verdadeiros apreciadores de pão, fui comprando em diversos sítios, para ela experimentar o que gostaria mais, até chegar à conclusão de que mais valia fazer-lhe eu o pão. Porque, convenhamos, pagar por um pão de 700 gr, 5€ não me estava a agradar nada. 

Então dediquei-me a pesquisar, e tive uma sorte enorme ao encontrar o site " Criar Comer Crescer", onde me deparei com 2 receitas de pão sem glúten que saíram bem à primeira, e sabem mesmo a pão. A sério, quem não souber que é pão sem glúten não o adivinhará!


Pão sem glúten

Ingredientes:
200 grs farinha de arroz
100 grs farinha de aveia (ou sarraceno) 50 grs flocos de aveia 100 grs amido de tapioca (milho ou de batata) 2 c. de sopa de sementes de linhaça (moídas (14 grs)) 3 c. de sopa (17 grs) de psyllium - Uso 2 colheres de sopa; não pode faltar, ajuda a agregar os ingredientes 7 grs sal marinho - eu uso 1 colher de sopa 1 saqueta de fermento sem glúten 500 grs água

Como fazer:
Numa tacinha colocar o fermento, misturar com um pouco de água morna, e bater cuidadosamente, até ficar tudo misturado e fazer bolinhas; deixar repousar 5 minutos.

Noutro recipiente, colocar todos os ingredientes secos, misturar bem, verter a água morna e o fermento, envolver bem, até ficar tudo misturado, cobrir a taça com uma toalha, e deixar levedar em lugar seco, uma hora.
Voltar a amassar bem, espalmando e esticando a massa, e dobrando a massa sobre si, diversas vezes.
Colocar numa forma de bolo inglês, devidamente untada com óleo, e deixar levedar de um dia para o outro, ou de 8 a 10 horas.

Ligar o forno a 250ª, colocar uma forma com água por baixo, e quando estiver quente, baixar para 230º, colocar a forma com o pão, já com cortes, e deixar cozer 35 minutos. Retirar da forma, e voltar a levar ao forno o pão apenas 5 minutos, para ficar crocante pela parte de baixo e laterais.

Retirar do forno e deixar arrefecer na grelha.

A possibilidade de variar de farinhas é óptima porque o sabor também muda, e até a textura, e variar é bom!

Eu adaptei um pouco a receita com dicas, uma daqui outra dali, que me fizeram sentido, mas quem preferir seguir à risca a receita original, siga este link.


terça-feira, 5 de abril de 2022

O artista e as pessoas

No dia seguinte estas "action figures" estavam prontas! 

Nos últimos dias a estalada que Will Smith deu ao apresentador (cujo nome ignoro e por isso me referirei a ele sempre por apresentador) dos Óscares, supostamente em defesa da mulher, tem estado por todo o lado nas redes sociais; há coisas das quais não consigo escapar, mesmo não vendo televisão, foi o caso. Não me interessa Hollywood, não me interessam as vidas dos famosos, nem estas episódios patéticos, mas interessa-me bastante observar como reagem as pessoas a estas coisas. 

Mais uma vez, as pessoas dividiram-se; uns em defesa de Will Smith, sim senhora, foi defender a sua dama, até os humoristas nacionais se afanicaram em defesa dos limites no humor, e a alopécia de Mrs Smith não é para brincar; outras ficaram do lado do apresentador, que é o que o humor faz, pega em coisas sérias e faz rir, e que a violência nunca é a resposta, etc. , etc. .  E no meio disto tudo eu só via incongruências!
 
Para começar, os cépticos dos media levaram, de imediato, esta notícia totalmente a sério! Depois, os que defendem os limites para o humor, fartam-se de os ultrapassar, mas logo surgiu quem lembrasse os excessos de um certo humorista a propósito da mulher do então 1º ministro, Passos Coelho, em consequência do tratamento de quimio, que fazia na época. Limites sim, mas só para os outros, está visto. 
Já os adeptos do pacifismo, intercalavam essa posição com outra antagónica, o apelo à NATO e C.E. para intervir na Ucrânia, contra os russos, e suponho que não fosse para lhes pôr cravos na boca das armas! 
Por fim, as românticas, seduzidas pelo espírito do cavaleiro-andante, "quem não quereria ter um homem assim para a defender?!", diziam embebecidas. Eu por acaso não queria, que sou mesmo pacifista, e detesto ver pessoas a partir para a violência. Em Hollywood ou na guerra, seja onde for. 

E por falar em Hollywood! Como é possível alguém levar a sério o que se passa na meca do cinema?! Hello?! Ali tudo é falso, manipulado. Quatro horas antes dos Óscares, o casal Smith fez um vídeo a dizer que iam "arranjar problemas". Depois é só juntar os pontos: Quem patrocinou a gala? A Pfizer. O que esteve no centro da polémica? A alopécia de Jada Smith; quem anunciou no dia seguinte que já tinha um tratamento com bons resultados para essa doença? A Pfizer. Bum! Bum! É aquela coisa: não há má publicidade, disse um génio do marketing. 

Há também quem tenha outra teoria, também válida, convenhamos que isto até pode ter sido um caso de win-win; que a cerimónia dos Óscares estava a cair em popularidade, com audiências muito baixas, e que esta cena que se queria viral iria revitalizar o moribundo. Pode ser.
 
O caso é que esta história da carochinha foi uma distracção, outras coisas estão a acontecer no mundo mais graves, em simultâneo, mas as pessoas estão com a atenção dirigida para o entretenimento, esgrimindo argumentos sérios, com o fervor das grandes causas. 
Sinceramente, o que interessa isto para a nossa felicidade?!