quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

O Instagram e as macaquinhas de imitação

Li há uns tempos que as "miúdas" da moda no Instagram compram roupa para se fotografarem e publicarem, mas que depois a devolvem às lojas. A política de devolução permite "o arrependimento", entendendo-se que tal situação seria excepção, e não utilizada como comportamento corriqueiro. Mas portanto, estão dentro da lei e nada a apontar quanto a isso. Apenas à atitude nada ética de quem se aproveita da Lei e faz disso prática corrente para alimentar um estilo de vida fictício. Só que isso já não é subentendido, pelo contrário, para quem vê é totalmente real.

Efectivamente, espanta-me a quantidade de roupa que as fashionistas compram para partilhar diariamente os seus outfits, e parece que algumas até diversas vezes ao dia, como a Chiara Ferragni (que aliás, por isso mesmo tem sido acusada de destruir a Moda), e com a excepção de umas quantas patrocinadas por marcas, indagava-me como a maior parte delas tem arcabouço financeiro para tal. Sendo que muitas delas são adolescentes, por conseguinte, ainda estudantes. Ora, são precisamente estas que me preocupam, pois são vistas pelas jovens da mesma idade, e obviamente, pelas primeiras influenciadas. É mais uma achega para minar a auto-estima, numa idade em que as preocupações com o aspecto atingem níveis estratosféricos.

As influencers são pessoas que adoram moda e mais do que adorar moda, adoram mostrar-se; sendo que no caso, a moda é o leitmotiv perfeito para se exibirem. Também se caracterizam por se colarem umas às outras relativamente às tendências, de forma que vendo uma se vê automaticamente todas. Até os quartos são semelhantes, em cores, móveis e objectos decorativos. E tudo isto, elas mostram orgulhosamente.
Assim sendo, parece-me que encaixam perfeitamente no perfil dos narcisistas, que por seu lado poderia não implicar grande coisa para além de gostar muito -sobretudo- de si próprio, mas de acordo com este artigo do Psicologias do Brasil, os narcisistas são também inseguros e pouco saudáveis. Podemos muito bem compreender porquê sem nos aprofundarmos em teses, aliás, qualquer observador atento destas redes sociais, acaba por conhecer facilmente as personalidades destas jovens, e concluir que nada disto é saudável, aconselhável e muito menos exemplar. Portanto, temos por um lado jovens narcisistas e pouco saudáveis a influenciar outras jovens ansiosas para encaixarem no grupo das primeiras. Uma autentica marmotinha-de-rabo-na-boca de loucura. 
Todas querem pertencer ao grupo, e lembramos bem que sobretudo nestas idades, a ideia de pertença ao grupo é intrínseca, o que faz das jovens seguidoras umas verdadeiras macaquinhas de imitação. 

É importante ter modelos, exemplos a seguir, todavia a era da imagem e das redes sociais vem apresentar um panorama que em nada ou pouco contribuiu para um crescimento e inspiração sadios. Estas tendências não se compadecem com as diferentes situações financeiras familiares, nem com o meio ambiente, e o consumo exacerbado, ou com a exagerada valorização do aspecto exterior. É um apelo à futilidade, ao superficial, à rama da vida que deveria compor apenas uma parte daquilo que somos. 
As influencers deste mundo baixaram a fasquia de forma, realmente, preocupante. Não haverá melhor para imitar?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Carvalhos e castanheiros

 
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Vejo como o mundo mudou, quando no mesmo telhado aonde há vinte anos estavam o Chico e o Toni, vestidos com roupa velha e suja, a beber cervejas para saciar a sede, estão agora o André e o Pedro, com calças de farda e camisolas Carhartt, a beber iogurtes líquidos na pausa da manhã. 
Vejo como não mudou assim tanto, quando entre eles falam mais alto. Afinal, estamos no Norte, e sobretudo, no Minho!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Historinhas

Não há coisas que eu inveje, coisas propriamente materiais que inveje. As minhas invejas recaem mais sobre coisas, como por exemplo, a facilidade com que algumas pessoas têm de fazer uma história. Quando contam as suas peripécias, espantam-me sempre pela abundância de acontecimentos reais que as originaram. E penso com os meus botões quão banal é a minha vida, quase nada acontece digno de memória, quanto mais digno de replica, oral ou escrita. 

Portanto a estas pessoas, a matéria-prima que compõe a escrita é tecida num fio condutor que desfia directamente das suas vidas. Logo as suas vidas são excepcionalmente ricas em experiências,  acontecem-lhes as coisas mais caricatas e inesperadas, e as pessoas mais excêntricas e profundas são atraídas para elas como insectos pela luz, como uma sub-urdidura que termina naqueles textos que eu leio. 
Pelo menos era assim que eu pensava até recentemente; e em abono da verdade, poderia ter suspeitado que a quota de fantasia do autor não estaria ausente de todo, mas quando os próprios autores anunciam os artigos como crónicas, e afirmam as histórias como reais, penso que a minha culpa ou ingenuidade deixa de ser a principal responsável deste julgamento. 
Desfez-se este encanto, quando a jornalista que leio no seu blogue, contou num dos seus posts, que a família lhe perguntou admirada, quem eram aquelas pessoas que habitualmente aparecem nas suas histórias, uma vez que eles obrigatoriamente teriam também de as conhecer. E ela teve que concordar que já não eram pessoas, tinham-se tornado personagens, que a sua imaginação fora mais além daquilo que todos viam. Ora, ora...
E então, vem a Lídia Jorge numa das suas crónicas, falar de Santa Apolónia, e de quando foi abordada por uma jovem estrangeira de Leste, que pedia esmola para o filho pequenino, e lhe retorquíra: isso não se faz, sabe, mentir, dizer que tem um filho, e a rapariga desabotoa o blusa, aperta um mamilo e sai dele leite.
Como é que ela foi capaz?!

Quantas vezes, me pediram dinheiro para os filhos, e eu nunca me atrevi a questionar, verbalmente, as razões da mendicidade. Nunca me ocorreu exprimir a minha dúvida, assim como não o faço com o pretexto da fome. Não significa que não duvide, mas também que não seja verdade, e por isso, não querendo roubar-lhes alguma réstia de dignidade que porventura possam ainda possuir, costumo dar sem palavras de afronta. Se eu tivesse originado uma cena destas com esta mendiga, haveria de querer que o chão se abrisse a meus pés e me puxasse para as profundezas da terra. Haveria de guardar a história fechada a sete chaves na minha memória, mas sempre com vergonha e arrependimento. Não teria o estofo para a pôr em palavras, quanto mais partilhá-la publicamente.
E portanto, talvez seja tudo isto que os autores possuem afinal. Não uma sucessão de histórias incríveis com pessoas sui-generis, afluindo às suas vidas como um rio que corre sem parar, mas uma fantasia desbragada, e um total despudor relativo a tudo o que os rodeia. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Leitura: O tempo entre costuras

 
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Escolhi este livro por ser de uma autora contemporânea espanhola, e por desconhecer o que se escreve em Espanha, actualmente. Apetecia-me ler algo pela pena de uma mulher, a modos que calhou de ser este. Confesso que desde logo me senti tentada a abandonar o livro, não era o que esperava nem estava a gostar. Porém, tenho uma coisa comigo, que é esta de nunca desistir da leitura, persistir até à ultima página; pode ser que a determinado ponto surja uma reviravolta que me cative. Não era o caso, eu já o sabia, era mesmo porque não o queria deixar inacabado. Desde logo entendi que este tipo de escrita e história não são o meu género. Mas, depois de pousar o livro e pegar nele, por diversas vezes, acabei por terminá-lo. Quer dizer, não há razão nenhuma para não podermos desistir de um livro, se ele não nos estiver a agradar. É prerrogativa do leitor, ora essa! E todavia, eu não consigo fazê-lo! E pensava: estou eu a perder o meu tempo com este livro, quando há tantos livros excelentes para ler! Mas após alguns dias, voltava à leitura. Talvez seja esta característica intrínseca de desistir das coisas ao fim de pouco tempo que me faz teimar. Porque a partir do momento que percebi que tinha este defeito, enfiei na cabeça que o haveria de eliminar. E assim o tenho feito nas últimas décadas. Só a isso atribuo o facto de não me conseguir desvincular do livro!

Enfim, é uma leitura levezinha, livro para levar para a praia, para espairecer a cabeça, e pronto, também aprender um pouco sobre a História de Espanha, sobretudo na época da guerra civil e primeiros anos do governo de Franco. 
Sira, a protagonista, é uma modesta aprendiz de modista, que vê a sua vida dar uma reviravolta de 180º, quando o pai que até à idade adulta desconhecia, decide apresentar-se e presenteá-la com uma enorme soma de dinheiro e jóias. Para o bem muda a sua vida, para logo de seguida se estender ao comprido e cair na maior das pobrezas. Quer a sorte que a seu lado surjam pessoas de bem, que a ajudam a recuperar e por-se de pé, montando-lhe um atelier de costura. Por essa ocasião entra em cena uma senhora inglesa que a introduz no mundo restrito da política, pela qual Sira se adentra, metamorfoseando-se numa espia de alto gabarito. Pelo meio há, claro, histórias de amor, viagens e estadias entre Madrid, Marrocos e Lisboa. E moda. 
Entre costuras, trabalhava a requintada modista, num mundo em convulsão preparando-se já para a segunda guerra mundial, com destreza e inteligência, tal qual uma espia treinada pela polícia mais capaz possível. Assim sendo, só poderia ter um final feliz!

"O tempo entre costuras"
Autora: Maria Dueñas
Porto Editora
Pág. 348

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

As delícias ou perigos da I.A. ?

 
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Tenho que fazer este preâmbulo, pois já ouvi vezes demais mulheres, que por acaso são mães, afirmarem-se indiferentes a questões que à partida são "apenas" políticas, ou ambientais, ou sociais. E se na minha óptica qualquer cidadão deveria acompanhar estas questões, nós, as mães, muito mais interessadas deveríamos estar. Não basta educar, cuidar muito bem dos nossos filhos, proporcionar-lhes estudos e comodidades. O nosso papel não se circunscreve à esfera familiar, no que lhes diz respeito. Trata-se do futuro! E nós vamos cá deixar a nossa descendência.

Ouvi, inserido no Festival da Antena2, uma palestra sobre Inteligência Artificial, com os próprios "pais da I.A. em Portugal", e diz o professor Paulo Novais (com um curriculum extenso e desnecessário de reproduzir aqui), para não termos medo que os robots nos tirem os empregos, que isso não vai acontecer, e que aliás muitos desses trabalhos em nada dignificam a humanidade. A paixão com que fala da I.A. faz-me lembrar os jovens apaixonados pela primeira vez, não há defeito que se aponte. Os robots fazem isto, os robots são capazes daquilo, até já ganham aos campeões de xadrez! E quantas maravilhas mais estão no horizonte!

Se não o tivesse ouvido referir a eficiência de robots como PT's ou advogados, até poderia acreditar que robots-pedreiros, pescadores, mineiros, e até prostitutas, felizmente substituiriam  os homens. Mas não, as referências são todas intelectuais, e a subtracção das profissões nestas áreas, não só me parecem não encaixar na causa da indignidade, como podem ser desempenhados por humanos com facilidade e gosto.
Diz ainda que a redução do emprego dará mais tempo aos homens para actividades criativas, e eu pergunto: estamos todos talhados para as ter? Ou há muitos dentre nós, que por incapacidade, não se importam, e até encontram conforto, no desempenho das actividades repetitivas?

Seja como for, os empregos são desempenhados, sobretudo, para que o homem ganhe dinheiro, e sem empregos, para além da inutilidade que muitos sentirão, há-de faltar-lhes o sustento. Cenário para que surja uma crise sem precedentes na raça humana.

Se eu já tinha muitas reservas relativamente à I.A., depois de ouvir estes palestrantes fiquei mais inquieta ainda. São intelectuais inebriados pelas possibilidades infinitas que esta área lhes traz, e quiçá, ambicionando serem os primeiros a fazer algo com a I.A. que os inscreva na História. Se realmente o fazem pelo bem da humanidade? Fiquei com sérias dúvidas.


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Kichari - Comida Ayurveda


Há algum tempo publiquei esta introdução ao Ayurveda, algo que me tem interessado ultimamente, e portanto este sistema milenar hindu de medicina tradicional está inextricavelmente ligado à alimentação. Este prato é indicado para os três doshas: Vata, Pitta e Kapha. 

É uma refeição muito prática, saborosa e reconfortante. Mesmo boa para os dias frios de Inverno.


Kichari* (de Limpeza Simples)

Ingredientes: (4 porções)
 

250 ml de feijão mungo
330 ml de Arroz Basmati
2 colheres de sopa de azeite (originalmente ghee)

1 colher de chá de gengibre fresco, ralado
1 colher de chá de sementes de coentro, finamente moídas
1 colher de chá de sementes de cominho, finamente moídas
1 colher de chá de sementes de funcho, finamente moídas
1 colher de chá de açafrão em pó
1 ml de pó de assa-fétida
1 ½ colher de chá de sal marinho ou do Himalaia rosa


Como fazer: 
Demolhe os feijões durante a noite ou pelo menos 4 horas. lave os feijões duas vezes ou até a água ficar limpa. Lave também o arroz muito bem, até a água ficar limpa; reserve.

Numa panela grande aqueça o azeite/ghee em fogo médio. Em seguida, adicione o gengibre, coentro, cominhos, erva-doce e açafrão. Asse as especiarias no azeite/ghee até começarem a soltar o odor. Baixe o lume, adicione o feijão e arroz. Misture com as especiarias 2 a 3 minutos, envolvendo tudo muito bem.
Adicione água suficiente para que o nível de água na panela seja mais alta que o feijão e arroz. Adicione a assa-fétida e envolva. Cubra. Cozinhe por 15 a 30 minutos ou até que o feijão e o arroz estejam bem cozidos. No final do tempo de cozimento, adicione o sal e mexa bem.
 

Preste atenção ao kichari enquanto cozinha; se começar a ficar espesso ou colar no fundo, adicione mais água quente.

A consistência final do kichari deve ser muito macia, húmida e cremosa. 


* Do Blogue The Ayurveda Experience

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Amar não é possuir!

Ontem li uma notícia que me deixou estarrecida, um homem assassinou a ex-sogra e também a filha de 3 anos. Depois suicidou-se. Ou seja, o ódio que tinha à ex-mulher era provavelmente tão forte como o amor que a ex-companheira tinha à sua mãe e filha, e por isso, tirou-lhe aquilo que lhe era mais precioso. Arrebatou-lhe a geração anterior e a posterior. Não a matou, como os outros fizeram a nove mulheres, apenas em Janeiro, mas condenou-a à pior das tortura, a um desgosto que a destroçou para o resto da vida. Aquela mulher nunca mais será a mesma, pode até recuperar com múltiplas ajudas da psicologia, terapias alternativas, apoios diversos, mas para sempre será refém do ódio do ex-companheiro. 

No post anterior partilhei um vídeo muito interessante sobre o amor, e que diz, amar é dar. Sem esperar reciprocidade, sem exigir pagamento, apenas dar. Uma pessoa que ama outra, dá-lhe tudo aquilo que ela pede precisamente por lhe ter amor, e se ela lhe pede liberdade, para amar outra pessoa ou apenas para ficar sozinha, quando se ama realmente, concede-se o desejo. Mesmo com tristeza, com desgosto, com sofrimento, dá-se. Acontece que este conceito de amar nos é culturalmente estranho, estamos sempre esperando reciprocidade, esquecendo que isso já sai da esfera do amor. Isso é comércio.

Estes homens não amam, estes homens possuem, e quando o "objecto" do suposto afecto tenta escapar-lhes, o predador ancestral emerge furiosamente para lutar pela sua posse. 
Mas que mães educaram estes homens, para que tenham esta visão constrangida e distorcida do amor? As mesmas mães que foram educadas por uma sociedade machista, subjugadas para sobreviverem, formatadas para que as deixem a elas em paz. Conheço o caso de uma jovem mulher que temendo pela vida fugiu do país, deixando para trás as filhas pequenas com o marido e sogra, que de resto já era quem cuidava delas. Por desespero e desamparo, abdicou das meninas, mas a estas nunca a avó lhes contou esta versão, antes as acicatava no ódio. Para espanto, tinha sido esta senhora também vítima da violência do marido alcoólico. E aguentando por anos a sua cruz, enquanto ele foi vivo, acreditava também que a nora deveria fazer o mesmo, aceitando a violência do filho. 
Esta mulher escapou, recomeçou uma nova vida, e diz-se nova família, e que está bem. Mas a que preço? E depois desse preço pago, poderá ela estar realmente bem? E as filhas? Não creio. 

Andava o meu filho no 1º ciclo quando me disse que gostava de uma menina da sua turma, mas que ela não gostava dele; quando lhe perguntei se isso o fizera triste, respondeu-me prontamente: Não. Há muito peixe no mar! Parece que esta noção faz falta a muitos homens, há décadas que ouço dizer que a proporção de mulheres para homens é de sete, e nem com essa vantagem se dão eles por satisfeitos! Porque a questão não é esta, não é exterior, é precisamente interior, mentes perturbadas pelo orgulho e vaidade, que não admitem ser dispensados. Eles é que dispensam. 

As mulheres não assassinam os companheiros. Podem ficar doentes de desgosto, prostradas na cama por dias, chorar ao alto desconsoladas, mas ao fim de algum tempo lavam o rosto e seguem com a vida. Porque as mulheres, desde o inicio dos tempos que geram vida dentro delas; alimentam-nas com os seus fluídos, e viram-se do avesso para as alimentar quando estão cá fora.  Isto de tirar a vida é um absoluto contrário ao que fazem há milhões de anos. 
Por vezes, deixam de acreditar nos homens, dizem que não os querem ver nem pintados a ouro, mas certamente que quando lhes surge alguém merecedor da sua confiança, apostam novamente. Umas vezes ganham, outras perdem, mas seguem com a vida. 

É preciso que se comece a dizer aos homens que ninguém é de ninguém. Que a vida segue, mesmo quando quem amamos sai das nossas vidas. Que nós não temos controlo algum sobre os sentimentos, e se não o temos sobre os nossos, muito menos sobre os dos outros, apenas sobre o comportamento. E se mesmo quando o nosso comportamento é correcto, impecável, amoroso e aparentemente perfeito, não chega para que nos amem, devemos deixar partir quem o quer fazer. O amor não é coercivo, pelo contrário, é libertário.