terça-feira, 30 de outubro de 2018

Das coisas que mudam o ar da casa

 
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As possibilidades são imensas, como a cor das paredes, ou mudar os móveis de sítio. Ou quadros novos, ou cortinas. Mas tudo isso já implica uma grande trabalheira, ou dispêndio de dinheiro, e queremos evitar isso mesmo, não é?

Na minha opinião, das coisas que mais mudam o ar da casa, sem dar trabalho nem gastar dinheiro, nenhuma fortuna pelo menos - são flores!
Há uns dois, três anos comecei a investir em flores; na entrada, tal como indica o Feng Shui, na sala, e no meu quarto. E sabem que as pessoas reparam? Mais depressa do que num móvel novo, ou algo que supostamente daria mais nas vistas.
Porém, quem beneficia realmente, somos mesmo nós; quando passamos pelas flores, é um festival de cor e fragrância.

Agora que a temperatura baixou, as flores duram mais, mas podemos sempre optar por plantas, cuja manutenção é menor e de grande durabilidade. Desde a Primavera que tenho uma Espada de S.Jorge no hall de entrada, que se dá lindamente numa área de pouca luminosidade, e é um exemplar que aconselho muito. Mas está na altura de voltarmos às flores, precisamos de alegria e cor, para contrariar a meteorologia.   

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Síndrome do Pensamento Acelerado


Augusto Cury denuncia a educação superficial, que forma pessoas doentes. Não sabemos quem somos, e portanto construir a nossa própria história fora de prisões, das quais nem nos apercebemos, torna-se impossível. É fundamental conhecer o "eu".

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Viver na aldeia é bom!

 
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Há uns anos atrás, iniciou-se um movimento de pessoas que começaram  trocar a cidade pela aldeia. Sobretudo, jovens famílias que tinham concluído que a vida citadina não lhes proporcionava a qualidade que queriam. Queriam ter mais tempo, mais espaço, mais ar livre, pretendiam que os filhos fossem criados em contacto com animais, com flores e árvores, mexendo na terra e aprendendo sobre os ciclos da natureza. Queriam, também, ter uma vida de respeito pelo meio ambiente, utilizar o que a Terra dá segundo as Estações, poluir o menos possível, enfim, vivendo num estado de cooperação com a terra, e não de exploração. Além disto, havia ainda o facto da vida na cidade ter encarecido demasiado e a vida no campo ser muito mais económica. 
Relatos de famílias a deslocarem-se para esta forma de vida, eram recorrentes, nos meios de comunicação; as reportagens exibiam crianças felizes a brincar no meio de galinhas, e pais e confirmarem que a mudança os deixara felizes. Começava a consolidar-se uma mudança de paradigma; este regresso à terra estava a revitalizar aldeias, e o interior de Portugal. 

Estes dias, vi uma outra reportagem na televisão. Sobre uma aldeia comunitária, não das raras tradicionais que ainda existem, mas das também raras, novas que se foram formando resultado deste êxodo dos últimos anos. Pessoas que procuraram a aldeia para viverem pacificamente, longe do stress das cidades, em busca de uma vida mais saudável, onde pudessem criar os filhos com valores ligados à natureza, à comida, ao consumo, à educação caseira. A aldeia deles tinha sido consumida pelos fogos de 2017 e desde então, cansados de esperar por ajudas externas e públicas, têm estado eles próprios a reconstruir tudo o que perderam. Todos ajudam, crianças pequenas inclusive, cada um faz a sua parte consoante o que pode. O genuíno espírito comunitário, numa lição prática. E a aldeia está novamente a ganhar forma. Alguns confessaram o desanimo, admitiram que a vontade de partir depois da tragédia que os deixou sem tecto, os tentara, mas finalmente resolveram ficar. Agarram-se tenazmente à terra que um dia os fizera querê-la para construir um mundo melhor, e estão pela segunda vez a realizar o sonho. 
No entanto, estes fogos que ano após ano se intensificam em quantidade e abrangência, assustam agora quem ainda sonha com mudanças de vida. Para além da destruição dos incêndios, das mortes, dos feridos, da destruição, do prejuízo, o sonho de mudanças sociais, da revitalização do interior, do regresso à natureza fica comprometido. A ideia de que viver no meio da Natureza pode ser perigoso está latente. E as pessoas remetem-se mais à cidade do que antes. E isto é terrível, é uma contenção mental que condiciona as vidas das pessoas que procuram a mudança para melhor. Que querem ser, efectivamente, agentes de mudança. Felizmente, os resilientes fazem-se ainda mais fortes pelo que vi na reportagem, e espero, desejo profundamente, que consigam inspirar ainda mais!


Aldeia comunitária em Viseu
Eco-aldeia à procura de pessoas e famílias para viver em comunidade
Regresso ao campo - Benfeita

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Moda - a grande poluidora

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Já notaram que nos filmes do futuro as pessoas estão sempre vestidas de igual? Ou então, vestem uns fatos que parecem de plástico ou de qualquer outra matéria artificial? Não é ficção, é projecção. É uma ideia que, à partida, rejeitamos com repulsa mas receio que não tenhamos outra solução e consequência; estamos num ponto em que exageramos no consumo, e a balança há-de procurar o equilíbrio, passando por um período de carência.

Constantemente saem notícias sobre as alterações climáticas, os desequilíbrios atmosféricos, os recursos naturais que se esgotam, espécies animais que se extinguem (e muitas outras ameaçadas), a poluição, as doenças causadas por ela, enfim, a própria sobrevivência da humanidade está em causa, se continuarmos a viver da forma que temos feito.

Sabemos que a indústria do petróleo é a primeira poluidora, que a industria agro-pecuária também ( é preciso mais de 15 mil litros de água para cada quilo de carne), mas não se fala da industria da moda, que segue imediatamente em segundo lugar depois do petróleo. Para fabricar umas calças são necessários 8.000 litros de água, e para uma t-shirt 2.500, o que é absolutamente espantoso dado o  número incalculável de peças de roupa, fabricadas em todo o mundo. 

Nunca como antes a moda foi tão barata, nunca como antes o apelo ao consumo foi tão grande, de forma que comprar roupa que não se precisa, se tornou banal. Pois não podemos, não devemos. E a própria industria o reconhece, por isso tem investido em formas de reciclar roupa, utilizando a devolvida pelos clientes, utilizando materiais recicláveis, e promovendo até a moda vintage
Embora eu me ponha à parte, porque para mim há décadas que é normal, sempre que pude adquiri em segunda mão (normalmente no estrangeiro, cá praticamente não existia), para a minha geração comprar roupa "usada" era absolutamente impensável. Portanto, é com grande satisfação que vejo as gerações mais novas, alheias a esse preconceito. Estive na semana passada no Porto, e percorri algumas lojas Vintage, com a minha filha, levando ela própria uma lista com as ruas onde as poderíamos encontrar.  A Letícia habituou-se comigo a fazer compras nestas lojas, portanto nada invulgar, mas a minha surpresa foi encontrar estas lojas cheias de jovens clientes, investidos na procura do artigo certo, algo bonito e único. E isso deu-me um pouco mais de esperança acerca do futuro.

As montras das lojas estão, novamente, expondo as colecções da Estação; tentações em formas e cores, do que não precisamos mas que desejamos, para renovar o guarda-roupa, para variar, para compensar um dia menos bom, uma satisfação momentânea. O clima deu a reviravolta que o justifica, mas a situação planetária, não. 
O consumo exacerbado é anti-ambiental, e é esse mantra que devemos repetir para nós mesmos, quando pensarmos em comprar algo que não necessitamos. É mais fácil falar do que fazer, portanto reconheço que já não há tempo para nos mentalizarmos gradualmente, mas se todos condescendermos um pouco que seja, no cômputo geral o impacto será massivo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Putin & o Pombo



O meu filho está doido com este vídeo. Tem mesmo muita graça ver o Pombo a fazer continência ao Presidente, mas o verdadeiro é este; vou ter que lho mostrar. Vai ficar muito decepcionado, talvez tanto como quando lhe contei  sobre o Pai Natal. Mas a verdade vem sempre à tona.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Decoração de adolescente


Na decoração do quarto da Letícia o cor-de-rosa era preponderante, foi a sua cor preferida durante muitos anos, mas no ano passado começou a dizer que queria mudanças; a cor escolhida foi o branco, pintar as paredes e colocar cortinas foi fácil, mudar alguns complementos também, portanto o resto da decoração foi feito por ela, aos poucos porque tinha bem em mente o que queria.



Este canto foi sendo construído ao longo de um ano, são entradas de museus, espectáculos de ballet, música, recados amorosos, postais recebidos e outras coisas especiais, como um disco de vinil, um presente de Natal, um mapa de uma cidade visitada, um quadro desenhado pela Letícia da Frida Khalo, enfim, cada colagem da parede constituí um momento da vida dela. 
A minha arte de fotografar não capta a beleza da arte aplicada pela minha filha, neste cantinho. Foi uma ideia mesmo gira, personalizada e sem custos.  

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Como escolher uma profissão?

Dizia-me estes dias um familiar, que tinha ouvido falar num estudo em que se dizia que 70% das crianças, que estão agora no Infantário, exercerão profissões que ainda não existem. Noutro estudo, li eu, que as gerações mais novas terão de estar aptas a desempenhar diversas profissões ao longo da vida; que essa tradição até à actualidade, de ter uma única profissão, tem os dias contados.
Acabou com os nossos pais, o costume de permanecer na mesma firma ou empresa, toda a vida, não sendo de estranhar que se passe agora para um outro nível. 

Enquanto pais e educadores, tentamos orientar os estudos dos nossos filhos no sentido de se especializarem no exercício de uma profissão, como a geração anterior fez connosco. Porém, o mundo como o conhecemos está em mutação acelerada, sendo praticamente impossível antever de forma acertada o caminho que lhes devemos indicar. 
Não nos compete a nós fazer estudos, analisá-los e criar condições para novas formas de estudar, e adquirir novos saberes. Não nos compete implementar políticas educativas, mas temos delegado e elegido pessoas que o deveriam fazer.
E portanto eu pergunto, com tantos estudos projectados no futuro, a Educação não é capaz de se orientar no sentido de preparar os jovens para este novo mercado de trabalho porquê? Continuam a sair da Escola e das Universidades formados como há um século atrás. Continuam a pedir-lhes que, com 15 anos, escolham uma profissão, quando já se adivinha que dificilmente a exercerão. Seja porque o mercado de trabalho está saturado nessa área, seja porque no futuro novas profissões estarão disponíveis, e novas necessidades surgirão.

É difícil para os jovens escolher profissões que julgam ser as definitivas. É uma decisão pesada para quem o próprio conhecimento de si mesmo ainda está em processo de realização. E por isso há mudanças de áreas até ao final do primeiro período. Ou no final no 10º ano. Por isso, ainda muitos jovens, voltam à Universidade para se formarem noutra área, ou fazerem Especializações bem diferentes da área em que se formaram. Apesar dos testes psicotécnicos, apesar das conversas com os psicólogos. Passam por angústias e dilemas desnecessariamente.
Tudo isto deveria fornecer pistas para quem projecta o Ensino e desenha a Educação. Gerir as matérias educativas é possuir o poder sobre a vida de milhares de jovens, no presente e futuro. E no entanto, tenho a impressão de que estamos todos às cegas, e a fingir que está tudo controlado.