segunda-feira, 21 de junho de 2021

Calçado vegano português

Verney- Sustainble shoes
 

Já há alguns anos que não compro calçado em pele, e na minha busca por calçado vegano acabei por encontrar esta marca, a Verney, fundada por alunos da Universidade do Minho, cuja empresa se localiza até muito próximo de onde vivo, e cujo fabrico é português, de Santa Maria da Feira, tudo razões pelas quais queria comprar algo deles; mas para não ser de pele achei o calçado caro, e tinha receio que não tivessem bom aspecto. Sempre gostei muito de sapatos, mas tinha que ser tipo amor à primeira vista, independentemente do preço. Porém, a Verney não tem loja física, e online não dá para apreciar com exactidão os detalhes do fabrico, do material, e muito menos experimentar para ver como fica no pé, se é confortável, etc. 

Portanto, tinha encontrado no ano passado uns chinelos que me agradaram muito mas na duvida ia sempre adiando a compra. Esta semanas entrei no site, vi que estavam com uma promoção de 50% e arrisquei. Em boa hora, pois preencheram todos os meus critérios. 

A caixa tem muito bom aspecto, o calçado cuidadosamente embalado, a entrega super rápida, e ainda recebi de oferta uma tote bag, muito engraçada! 

Temos mesmo que ultrapassar esse preconceito da pele manufacturada, as alternativas já são excelentes, de variadíssimos materiais, até casca de ananás já transformam em algo surpreendente. 

Em suma, o que é português é bom, e o que é vegano ainda melhor.


quarta-feira, 16 de junho de 2021

A propósito dos trintões e um pouco acima

  

Via Provérbios

Tenho notado, com preocupação, que as novas gerações recebem da parte dos pais tudo aquilo que estes nunca tiveram, e que após uma vida difícil de muito trabalho e pouco repouso, acumularam, e querem agora proporcionar aos filhos a facilidade que lhes foi negada; dizem até, referindo-se a dinheiros e heranças: se vou deixar, mais vale ajudá-los agora, quando mais precisam. E tudo muito bem, se de uma ajuda se tratasse, mas andar com filhos adultos, casados e até com filhos "ao colo", parece-me excessivo. E frequentemente o que vejo, como resposta dos filhos, é uma falta enorme de gratidão, como se tudo o que recebem lhes fosse garantidamente devido. 

A minha mãe refere-se muitas vezes ao provérbio acima citado, a propósito de casos que correram mal, em que os pais ficaram em maus lençóis, por tudo darem aos filhos, antes do tempo, passando por dificuldades, e até abandono.

No meio é que está a virtude, já diz outro ditado. E a propósito de um post que partilhei no FB, recebi o comentário que publico abaixo, que merece republicação pela clareza da análise. 

"
...a polícia dos bons costumes agora é feita por jovens licenciados, e das jotas politicas, dos 25 aos 40 anos. Coloquei "40 anos" porque agora vive-se até aos 40 anos debaixo da saia das mães. Com essa idade ainda é a mãezinha que lhes faz tudo... o que o mundo mudou em 5 anos! A minha diferença para essa malta é abismal. Aos 16 éramos autónomos. Nós, filhos do proletariado, saiamos da escola ao 5° ano para trabalhar. Ganhávamos o nosso dinheiro e estudávamos à noite. Depois quem podia concorria à universidade. Andava-se a pé nas cidades universitárias ou de transporte público. Residiam aos 12 em cada T3, cada quarto com 2 beliches... que às vezes eram improvisados com tábuas e tijolos - estão aí quase todos em grandes cargos com cursos com notas de excepção. Tenho um colega de aldeia, juiz, que trabalhava e estudava na faculdade... e todos os fim de semana ia à aldeia ajudar os pais na lavra e com os animais. Todos os fins de semana! ...tirou 19 de média final. Mas a juventude atual -só com 5 anos de diferença de geração... é o que se vê, aos 40 anos -mesmo casados- são as mãezinhas que lhes fazem a papa, limpam o lixo, lavam e passam a roupa... e ainda dão mesada, apesar de terem cargos de "doutores"... phonix!!!"

Dá que pensar, não? 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Curgete estufada com Tofu sedoso



 Esta comidinha é muito simples, rápida de fazer e deliciosa. 

 

Estufado de Curgete com tofu sedoso

Ingredientes:

Uma curgete

Meia cebola

Um dente de alho

Uma tira de pimento vermelho

Meia embalagem de tofu sedoso

Uma colher de café de cúrcuma

Sal marinho, pimenta caiena, e azeite q.b.

Rodela de limão


Como fazer:

Cortar a curgete aos cubos pequenos e reservar. Picar a cebola e o dente de alho, saltear numa sertã em azeite até ficarem translúcidos; acrescentar a curgete, temperar com cúrcuma, sal e pimenta, envolver e deixar cozinhar, em lume médio 5 minutos. Juntar o tofu desfeito, envolver tudo, deixar cozinhar mais 2 ou 3 minutos, e está feito! 

Reguei com sumo de limão, e acompanhei com arroz agulha branco.

 

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Casa própria para todos é possível?

Durante muitos, muitos, anos pensei que este modelo de mundo em que vivemos era o único possível; que o dinheiro seria absolutamente fundamental, que as coisas que ele nos proporciona são obrigatoriamente caras, e por isso inacessíveis a uma grande franja da população mundial. E que a existência de pobres e ricos seria inevitável. Agora percebo que o pensava partindo de premissas não verdadeiras ou não necessariamente verdadeiras, mas que eram aquelas que nos davam como imutáveis. Mas só é assim porque interessa ao sistema, o topo da pirâmide alimenta-se com a sujeição, e exploração da base.
 
Felizmente, estão a surgir pessoas visionárias e maravilhosas que com conhecimentos não convencionais, trazem propostas para uma forma de estar no mundo mais fácil, mais amiga do ambiente, mais democrática; é o caso do arquitecto Michael Reynolds que nesta apresentação prova como possuir casa própria pode ser acessível a todos, e que a sua manutenção, em termos de facturas, pode ser tão irrisória como 100$ anuais.
 
Ter habitação digna deveria ser direito inalienável de todos os seres humanos, e é possível. O mundo já deveria ser um lugar assim há muito! Está provado que não podemos esperar mais pelos governos, instituições e ONG's, teremos que ser nós a fazer a nossa parte.
 
  
TEDxTamaya - Michael Reynolds - 11/22/09
   

terça-feira, 1 de junho de 2021

Dia Mundial da Criança - atormentada?

Não sei como se pode comemorar este dia depois de termos feito passar as crianças por uma série de horrores neste último ano. Há tantas crianças traumatizadas devido às restrições que lhes foram impostas.  Mesmo sem ser necessário, pois por lei estão isentas de usarem máscara na rua, ou por uma série de outras coisas, como terem celebrado os aniversários sozinhas, terem ficado em casa, sem saírem nem brincarem no exterior durante meses, não terem ido à escola, terem ido finalmente, mas ficarem interditadas de se aproximarem dos amigos, de se tocarem, praticamente de se falarem; e depois de serem forçadas a serem testadas sem sintomas, de terem sido confinadas sem sintomas porque estiverem em contacto com quem deu positivo, e arrastado a família ao confinamento, e por aí vai.

E a maioria dos pais pediu tudo isto, pediu que as escolas fechassem, encerrou os filhos em casa, interditou a família, berrou slogans protectores que os faziam saltar e tremer, impingiu-lhes a máscara mesmo quando choravam e pediam para não a usarem. E ficou em casa, a ver os noticiários catastróficos, a acreditar, apesar dos números irrisórios de óbitos que incluíam os da gripe e outras doenças, porque a palavra "pandemia" é ameaçadora; não a sua definição, entretanto mudada pela OMS, já não se pauta pelo número de mortes mas de contaminados, e esses são feitos "á la carte", com testes pcr que o próprio inventor definiu não serem apropriados para aplicar em pessoas. Mas o bloqueio é profundo. 

Cristina Martins, psicóloga no DICAD, afirma que nunca os psicólogos foram tão procurados como agora; mas que há pais que até deixam de ir às consultas, quando lhes é sugerido que afrouxem as regras, apesar da gravidade dos sintomas dos filhos. ( In Activa Abril 2020)

Não me parece que as crianças tenham algo que comemorar, novamente, este ano. Ninguém as defendeu, ou poucos o fizeram; conheço uma mãe que hoje deu feriado de escola aos filhos, e levou-os à praia. E conheço outra que retirou da creche a menina de 2 anos, para não a sujeitar a educadoras mascaradas e essas coisas todas. Benditas mães. E benditas todas as crianças!