terça-feira, 26 de junho de 2018

Dica de leitura: A História de Quem Vai e de Quem Fica

 
Via Wook

Em apenas um mês consegui ler esta tetralogia, e à medida que ia lendo o último, a pena antecipada em terminá-lo invadia-me. Portanto, a vontade de ler compulsivamente, sentida no primeiro livro, manteve-se até ao fim e não consegui refrear a leitura, nem com a ideia de a poupar, prolongando assim este prazer.

A escrita de Elena Ferrante agarra o leitor desde o primeiro parágrafo ao último, os acontecimentos sucedem de forma caótica e porém, perfeitamente engrenados. E nós só queremos ler mais, mais alguma coisa que nos elucide e possa dar-nos informação para escolher facções. 
O estranho é que Lenú, sendo a narradora, não consegue manipular a história de forma a tornar-se personagem preferida, a sua sinceridade mantém-na cativa, tanto quanto a voz omissa de Lila a protege daquilo que nós apenas adivinhamos.

O terceiro volume passa-se nos anos 70, com uma Itália agitada politicamente que serve de pano de fundo às personagens já conhecidas. Encontramos Elena a viver uma vida de sonho, colheu os frutos do seu lavor e conseguiu escapar ao bairro napolitano; parece que tudo lhe sorri, marido intelectual de boas famílias, livro publicado com sucesso, retrato de família completo, com as duas filhinhas (um tanto inesperadas), perfeitamente estabelecida na sua rotina burguesa. Por seu lado, Lila leva agora uma vida de dificuldades e sobressaltos, que Lenú propositadamente ignora, e que vem apenas a conhecer a pedido de Enzo. A vida das duas volta a entrelaçar-se e novamente Lila como que renasce das cinzas, provocando em Lenú as habituais comparações e espoletando os velhos ressentimentos; a competição recomeça, como sempre que estão juntas.  E constantemente, o destino desata nós e faz laços como que brincando com os pobres humanos, entregues a uma sorte da qual não conseguem escapar. Querendo ou não. E os acontecimentos surpreendem-nos e fazem-nos recear sempre o pior, até porque o que é bom, nunca dura. 

Título – História de quem vai e de quem fica
Autora – Elena Ferrante
Editora – Relógio D’Água Editores  
Páginas – 325

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Bolo de cenoura para o fim-de-semana




Bolo de cenoura há muitos, e são bons, mas normalmente não variam muito no sabor. Ao contrário de este que realmente é delicioso. E a cobertura dá-lhe uma frescura e leveza que contrasta com a massa mais compacta. Como não tinha Mascarpone disponível substitui por requeijão, o que lhe deu aquela aparência granulada, ao contrário do cremoso pretendido que ficaria muito mais bonito, porém a nível de sabor funcionou. Uma delicia!

Bolo de cenoura*

Ingredientes:
240 ml de óleo de girassol
4 ovos médios
280 gr de farinha
200 gr de açúcar mascavado
1colher de chá de fermento em pó
2 colheres de café de bicarbonato
1 pitada de sal
2 colheres de café de canela
1 colher de sopa de gengibre ralado
100 gr de nozes picadas grosseiramente
50 gr de uvas passas

Como fazer: 
Bater os ovos com o açúcar até obter uma massa esponjosa, juntando o óleo sem deixar de bater. Acrescentar a cenoura ralada. Numa taça à parte juntar a farinha com o fermento, sal canela e gengibre e bicarbonato. Misturar tudo bem e juntar à massa anterior. 
Colocar em forma de 22 cm untada e enfarinhada, levar a cozer a 180º com calor só por baixo, cerca de uma hora. Não abrir o forno até que o bolo tenha crescido e pareça cozido ( cerca de 50 m.). 

Para a cobertura:
Misturar bem 250 gr de Mascarpone com 60 gr de manteiga, juntar 1 c.de café de essência de baunilha e 60 gr de açúcar, envolvendo bem para que fique liso e homogéneo. Quando o bolo arrefecer rechear e cobrir.

* Receita retirada da revista !Hola!

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Duh?!




Uma pessoa faz "like" na página do FB do "Duh Vegan donuts" e automaticamente aparece, como página relacionada (sugerida para gostar), a do Michael J. Fox. 
- Duh?!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

O Mundial é para jovens!




Pouco ou nada me interessa o Mundial de Futebol, não percebo nem acompanho, e portanto é praticamente impossível não ver o que quer que seja, pois os canais de televisão têm sido exaustivos no seu seguimento. E de tudo o que vi, ou do pouco efectivamente, uma constante se destacou, a quantidade de jovens que assistem aos jogos. Rapazes e raparigas, viram o jogo Portugal X Espanha com um fervor e interesse que não lhes é comum a mais nada. 
A formatação a que foram sujeitos pela televisão e Internet, conjugada com a existência de um jogador português extraordinário, que se tornou ídolo mundial, foi campo fértil para desenvolver uma certa faceta da personalidade dos mais jovens. Aqui somos vencedores, temos um papel a representar no panorama futebolístico mundial, somos aguardados, e quiça, temidos. É fascinante crescer com esta doutrina, que contrasta pela positiva, com outras áreas, como a Política, da qual nada de bom vem, nem se espera. 
Portanto, o que se faz relativamente à Educação, ou Ambiente por exemplo, cujo impacto é directo nas gerações mais novas, nada lhes diz. Tudo ignoram, e indiferentes ao futuro que na Política se decide e neles se reflectirá, põem-se ao largo como velhos cépticos que desistiram de um mundo melhor por já terem sofrido demasiadas decepções.

A juventude não nasceu para sofrer, muito menos para lutar. Dizem os pais que só querem que os filhos sejam felizes, e com isso eles se barricaram por detrás de tudo o que é fácil, acessível e satisfatório. 
De tudo isto apenas uma coisa de boa saiu, por conta do futebol muitos jovens aprenderam a cantar o hino nacional e quando o fazem, dá gosto vê-los!

terça-feira, 12 de junho de 2018

História do Novo Nome (Amiga Genial- segundo volume)

Via

O ritmo de leitura manteve-se; depois do " A Amiga Genial", a vontade de conhecer o desenrolar da trama como que acompanhou a velocidade da escrita, que por sua vez fez par com o encadeamento de acontecimento após acontecimento, como um vórtice poderoso.

Continua a história das duas amigas, Elena e Lila. O tempo passou, elas tornaram-se jovens adultas; Lila, que entretanto desabrochara numa beleza estonteante casou com um comerciante de sucesso, tendo assim acesso a uma vida de prosperidade inédita. Porém, a história de amor do namoro não vingou, e o casamento revelou-se, desde o primeiro dia, infernal. Lenú continua o seu percurso escolar com muito sucesso, mantendo a determinação de superar a pobreza e escapar do bairro onde todos o que ali nasciam estavam destinados a permanecer. A competição entre ambas mantém-se, como se o sucesso de uma fosse o motor para a outra progredir também. É uma amizade bizarra, que fortifica mas também fragiliza, surgindo a ideia de que uma não é verdadeira amiga da outra. A vida errática de Lila, que ela conduz inconsequentemente, fascina Lenú, que comparativamente sente a sua infértil e monótona. Portanto, Lenú entra na Universidade e saí de Nápoles, levando um tipo de existência cada vez mais distante das suas raízes. 

Título: História do novo nome
Autora: Elena Ferrante
Pág. 372
Editora: Relógio de Água

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Toucinho do Céu com Chila



Eu queria um Toucinho do Céu à moda de Guimarães, ou seja, com chila, porém as receitas que me surgiam incluíam um número, a meu ver, realmente exagerado de gemas de ovos, de modo que peguei nesta receita, que no geral me agradou, e a adaptei ligeiramente. Segundo o meu marido, ficou perfeita! 


Toucinho do Céu

Ingredientes:
200 gr de miolo de amêndoa moído sem casca
220 gr de açúcar
8 gemas + 1 ovo inteiro
casca de 1 limão
125 ml de água
meio frasco de doce de chila
açúcar em pó para decorar

Como fazer:
Ponha um tacho ao lume com a água o açúcar e a casa do limão, deixe ferver alguns minutos até que forme uma calda. Junte a amêndoa o doce de chila, mexa e deixe ao lume mais 2 ou 3 minutos mexendo sempre.

Retire do lume, retire a casca do limão e deixe arrefecer um  pouco ( até ficar morno).
Bata as gemas e o ovo e junte à calda. Leve de novo ao lume, sem parar de mexer, até atingir o ponto de estrada*

Ponto de Estrada*- Passe uma colher pelo fundo do tacho,  de um lado para o outro, se formar um género de estrada que deixa a base no recipiente visível é porque o ponto foi atingido.

Retire do lume e deixe arrefecer um pouco.
Forre uma forma de 20 ou 22 cm de diâmetro e forre  o fundo com  uma folha de papel vegetal também untada, polvilhe a forma com farinha, não se esqueça de untar as laterais da forma.

Leve a massa ao forno cerca de 25 minutos.

Retire depois de cozido, deixe arrefecer bem e vire sobre um prato de servir. Retire o papel, e polvilhe com açúcar em pó. Decore com amêndoas inteiras.

Receita retirada, e adaptada, do Blogue Cozinha da Duxa

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Espectáculo com filhos


Estava aqui a pensar no esforço que fazemos para acompanhar os nossos filhos a determinados espectáculos, e lembrei-me do primeiro a que Letícia foi, dos One Direction ( grande fã, na altura!), acompanhada pelo pai. Na época, estava mentalizada que teria que ser eu, portanto quando o pai se voluntariou, alegremente aliás, também eu alegremente abdiquei do programa. 
Contudo, fazer programas com os meus filhos é coisa que muito me agrada, conciliar os nossos gostos, com eles na adolescência, é que se torna realmente desafiante. As personalidades estão a fortificar-se e descobrir-se por caminhos, muitas vezes, alheios aos dos pais.
A Letícia gosta muito de música, e eu também, todavia gostamos de géneros diferentes e escolher algo em comum parecia-me praticamente impossível. Mas não é! 
Fui eu quem descobriu o Erlend Oye, e como acontece muitas vezes, descobrindo artistas menos conhecidos, "envio-os" aos meus filhos, sabendo quem se irá encaixar no gosto de cada um, mas aqui tive a sorte de encontrar alguém que nos agrada a ambas. Pela melodia, pela longa parte instrumental, que em espectáculo se revelou ainda mais intenso e imprevisto. 
Foi um espectáculo maravilho, e sim, é possível desfrutarmos dos mesmos espectáculos, gerações à parte, haverá sempre a possibilidade de confluência.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Creme Natural Hidratante



A minha filha tem tido alguns problemas com o acne, sobretudo na testa, o que obviamente era um problema enorme para ela. A adolescência é aquela idade em que uma só borbulha parece ocupar o rosto por completo, e em consequência, só a ideia de sair à rua assim é todo um drama. No caso da Letícia compreendo que fosse muito desagradável, pois era bravo, realmente!
Portanto, como muitas mães, empenhei-me em encontrar uma solução, o mais natural possível para resolver este problema, e assim tentamos diversos cremes, pomadas e mezinhas, que ajudaram até um certo ponto, mas nunca resolveram totalmente o problema. Até encontrar este creme Hidratante Natural, que não sendo propriamente direccionado para tratamento de acne e borbulhas, se revelou uma miraculosa panaceia! 
As abelhas são mesmo umas criaturinhas maravilhosas. Feito por uma engenheira agrónoma que se tornou apicultora, tem como constituintes: óleo de coco, azeite, cera de abelha, propólis, mel, manteiga de cacau, óleo de rosa mosqueta e vitamina E. O aroma é ténue e muito agradável, diria até, tranquilizante.

( Em caso de interesse envie-me mensagem que eu passo-lhe o telemóvel da apicultora)